Ezequiel 20 é um capítulo importante na narrativa do profeta Ezequiel, pois aborda a infidelidade e a rebelião contínuas do povo de Israel contra Deus. Ezequiel usa uma série de imagens e metáforas para ilustrar a história de Israel e mostrar como a rebeldia deles resultou em julgamento e exílio.
Mas, ao mesmo tempo, Ezequiel também aponta para a graça e a misericórdia de Deus, que sempre oferece a oportunidade de arrependimento e restauração.
Os líderes de Israel vêm até o profeta com a intenção de consultar a Deus. Eles queriam saber o que deviam fazer agora, depois que a ruína de Jerusalém estava completa e eles já eram escravos da Babilônia.
Contudo, o Senhor Deus se nega a falar com eles sobre isso. A única palavra que eles ouvem de Deus é um juízo longo e severo. O Senhor diz claramente: “Juro pela minha vida que não deixarei que vocês me consultem”.
A partir disso, o Senhor Deus começa a lembrar-lhes do procedimento idólatra e ímpio com que seus antepassados trataram a aliança que fez com eles. E que embora eles soubessem disso cometeram os mesmos erros. Desprezaram o Senhor e a Sua Palavra.
O cativeiro em nossas vidas é na maioria das vezes consequência das nossas escolhas erradas. Quando revelou seus mandamentos a Israel, o Senhor disse: “aquele que lhes obedecer por elas viverá”.
Contudo, a inclinação da nossa carne para a desobediência leva a maioria de nós a esquecer isso. Israel estava colhendo o fruto da sua escolha. Escolheram viver longe de Deus e agora estavam vivendo.
Neste estudo, examinaremos as principais mensagens e temas de Ezequiel 20 e veremos como podemos aplicar essas verdades à nossa própria vida e relacionamento com Deus.
Esboço de Ezequiel 20:
Ez 20.1-4: O chamado ao arrependimento de Israel Ez 20.5-9: A infidelidade de Israel no Egito
Ez 20.10-12: A fidelidade de Deus em manter Sua aliança
Ez 20.13-17: A rebelião de Israel no deserto
Ez 20.18-26: O julgamento de Deus contra a idolatria de Israel
Ez 20.27-29: A infidelidade contínua de Israel
Ez 20.30-31: Deus recusa-se a ser manipulado por Israel
Ez 20.32-38: A promessa da restauração de Israel
Ez 20.39-41: Israel conhecerá o Senhor na Nova Aliança
Ez 20.42-44: A restauração de Israel trará mudanças
Ez 20.45-49: A parábola do incêndio na floresta
Reflexão de Ezequiel 20 para os nossos dias
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Ezequiel 20.1-4: O chamado ao arrependimento de Israel
No décimo dia do quinto mês do sétimo ano do exílio, alguns dos líderes de Israel vieram consultar o Senhor, e se sentaram diante de mim. 2 Então me veio esta palavra do Senhor: 3 “Filho do homem, fale com os líderes de Israel e diga-lhes: Assim diz o Soberano, o Senhor: Vocês vieram consultar-me? Juro pela minha vida que não deixarei que vocês me consultem. Palavra do Soberano, o Senhor. 4 “Você os julgará? Você os julgará, filho do homem? Então confronte-os com as práticas repugnantes dos seus antepassados. (Ez 20.1–4 NVI).
Nos capítulos 20 e 23 de Ezequiel, vemos uma apresentação direta dos pecados do povo de Judá e Jerusalém. E embora essa mensagem possa ser difícil de ouvir, devemos lembrar que ela vem de Deus, que deseja ver seu povo se arrepender e se voltar para Ele.
Neste trecho específico, vemos que Deus está revisando a história de seu povo, lembrando-os de sua rebelião passada. Como sempre, a palavra de Deus é clara e concisa, e não deixa espaço para questionamentos ou desculpas. Ele não permitirá que seu povo pergunte, mas em vez disso, apresenta a eles sua história de pecado e rebelião.
Ao revisar o passado de Israel, Deus aponta para as práticas detestáveis de seus pais, e convoca um tribunal para julgar o povo. Ezequiel, como advogado de acusação, deve apresentar as provas contra o acusado, e confrontá-los com a verdade de seus pecados.
Mas, apesar do julgamento que se avizinha, Deus ainda está disposto a perdoar e a trazer seu povo de volta para si. Ainda há uma chance para que Judá e Jerusalém se arrependam de seus pecados e se voltem para Deus. E isso deve ser o nosso foco enquanto estudamos este trecho da Escritura – não o julgamento, mas o perdão e a restauração que Deus oferece.
Que possamos aprender com a história de Israel, e nos arrependermos de nossos próprios pecados. Que possamos buscar a Deus e permitir que Ele nos restaure, para que possamos viver uma vida de santidade e justiça. E que possamos compartilhar esta mensagem de esperança com todos aqueles que ainda não conhecem a Deus.
Ezequiel 20.5-9: A infidelidade de Israel no Egito
5 e diga-lhes: Assim diz o Soberano, o Senhor: No dia em que escolhi Israel, jurei com mão erguida aos descendentes da família de Jacó e me revelei a eles no Egito. Com mão erguida eu lhes disse: Eu sou o Senhor, o seu Deus. 6 Naquele dia jurei a eles que os tiraria do Egito e os levaria para uma terra que eu havia procurado para eles, terra onde manam leite e mel, a mais linda de todas as terras. 7 E eu lhes disse: Desfaçam-se, todos vocês, das imagens repugnantes em que vocês puseram os seus olhos, e não se contaminem com os ídolos do Egito. Eu sou o Senhor, o seu Deus. 8 “Mas eles se rebelaram contra mim e não quiseram ouvir-me; não se desfizeram das imagens repugnantes em que haviam posto os seus olhos, nem abandonaram os ídolos do Egito. Por isso eu disse que derramaria a minha ira sobre eles e que lançaria a minha indignação contra eles no Egito. 9 Mas, por amor do meu nome, eu agi, evitando que o meu nome fosse profanado aos olhos das nações entre as quais estava e à vista de quem eu tinha me revelado aos israelitas para tirá-los do Egito. (Ez 20.5–9 NVI).
Quando Deus escolheu Israel, Ele se ligou a eles como seu Deus e protetor. E a primeira evidência de sua fidelidade foi sua auto-revelação a eles no Egito, quando Ele disse: “Eu sou o Senhor vosso Deus” (Êxodo 3:10).
Deus prometeu a Israel libertação da escravidão e provisão de bênçãos, incluindo uma terra que manava leite e mel. E tudo o que Ele pediu em troca foi que eles fossem fiéis a Ele e se afastassem dos ídolos e das vis imagens do Egito.
No entanto, Israel se recusou a obedecer a Deus. Eles não removeram as imagens vis e ídolos do Egito. Essa rebelião merecia julgamento, mas Deus, em sua graça e misericórdia, poupou Israel da ira.
Por que Deus fez isso? Foi porque Israel merecia ser salvo? Não, foi apenas por causa da graça e misericórdia de Deus, por causa de Seu nome. A reputação de Deus estava em jogo em Sua aliança de fidelidade com Seu povo. Em vez de dar-lhes o julgamento, que eles mereciam, Deus deu-lhes livramento.
Que aprendamos com a história de Israel e reconheçamos que não somos diferentes deles. Assim como eles, somos pecadores que merecem a ira de Deus. Mas Deus, em sua graça e misericórdia, nos oferece a salvação por meio de Seu filho Jesus Cristo.
Que possamos nos arrepender de nossos pecados e colocar nossa fé em Jesus, para que possamos ser salvos pela graça de Deus. Que possamos viver nossas vidas em fidelidade a Deus e em obediência a Sua palavra, sabendo que Ele é fiel para nos proteger e nos guiar.
Ezequiel 20.10-12: A fidelidade de Deus em manter Sua aliança
10 Por isso eu os tirei do Egito e os trouxe para o deserto. 11 Eu lhes dei os meus decretos e lhes tornei conhecidas as minhas leis, pois aquele que lhes obedecer por elas viverá. 12 Também lhes dei os meus sábados como um sinal entre nós, para que soubessem que eu, o Senhor, fiz deles um povo santo. (Ez 20.10–12 NVI).
Deus não resgatou Israel do Egito apenas para abandoná-lo no deserto. Ele o salvou para separá-lo para si mesmo como sua nação especial. E Deus escolheu uma de suas leis, os sábados, como uma manifestação visível da Aliança Mosaica. Era um sinal para os israelitas de que eles eram o povo especial de Deus e eram obrigados a guardar sua lei.
No deserto, Deus guiou Israel com uma nuvem durante o dia e uma coluna de fogo à noite. Ele lhes deu água da rocha e maná do céu. E apesar de suas constantes murmurações e desobediência, Deus ainda os amava e os protegia.
Ezequiel discutiu o relacionamento de Deus com a primeira e a segunda geração de Israel. Enquanto a primeira geração experimentou a graça e o poder de Deus no deserto, eles também rebelaram-se contra Ele e se recusaram a entrar na terra prometida. A segunda geração, no entanto, foi mais fiel a Deus e finalmente entrou na terra.
Que aprendamos com a história de Israel e reconheçamos que, assim como eles, somos pecadores que dependem da graça de Deus. Que possamos nos lembrar da fidelidade de Deus em nossas vidas, apesar de nossas falhas e desobediências. E que possamos guardar as leis de Deus e nos dedicar a viver em obediência a Ele.
Ezequiel 20.13-17: A rebelião de Israel no deserto
13 “Contudo, os israelitas se rebelaram contra mim no deserto. Não agiram segundo os meus decretos, mas profanaram os meus sábados e rejeitaram as minhas leis, sendo que aquele que lhes obedecer por elas viverá. Por isso eu disse que derramaria a minha ira sobre eles e os destruiria no deserto. 14 Mas, por amor do meu nome, eu agi, evitando que o meu nome fosse profanado aos olhos das nações à vista das quais eu os havia tirado do Egito. 15 Com mão erguida, também jurei a eles que não os levaria para a terra que eu lhes dei, terra onde manam leite e mel, a mais linda de todas as terras, 16 porque eles rejeitaram as minhas leis, não agiram segundo os meus decretos e profanaram os meus sábados. Pois os seus corações estavam voltados para os seus ídolos. 17 Olhei, porém, para eles com piedade e não os destruí, não os exterminei no deserto. (Ez 20.13–17 NVI).
Em vez de responder em obediência, a nação desobedeceu e se rebelou contra o governo de Deus, continuando na idolatria.
Deus, em Sua justiça, poderia ter permitido que o povo morresse por causa de sua desobediência. Mas, em Sua graça, Ele os poupou por causa de Seu nome. Houve um julgamento temporal, no entanto, e aqueles que pecaram não foram autorizados a entrar na Terra Prometida.
Que aprendamos com a história de Israel e reconheçamos a graça de Deus em nossas próprias vidas. Apesar de nossas falhas e desobediências, Deus continua a nos amar e a nos proteger. E mesmo quando somos julgados, Ele o faz para nos guiar no caminho certo.
Que possamos nos arrepender de nossos pecados e viver em obediência a Deus, sabendo que Ele é fiel para nos perdoar e nos guiar. Que possamos também compartilhar esta mensagem de esperança com todos aqueles que ainda não conhecem a Deus.
Ezequiel 20.18-26: O julgamento de Deus contra a idolatria de Israel
18 Eu disse aos filhos deles no deserto: Não sigam as normas dos seus pais nem obedeçam às leis deles nem se contaminem com os seus ídolos. 19 Eu sou o Senhor, o seu Deus; ajam conforme os meus decretos e tenham o cuidado de obedecer às minhas leis. 20 Santifiquem os meus sábados, para que eles sejam um sinal entre nós. Então vocês saberão que eu sou o Senhor, o seu Deus. 21 “Mas os filhos se rebelaram contra mim — não agiram de acordo com os meus decretos, não tiveram o cuidado de obedecer às minhas leis, sendo que aquele que lhes obedecer viverá por elas, e profanaram os meus sábados. Por isso eu disse que derramaria a minha ira sobre eles e lançaria o meu furor contra eles no deserto. 22 Mas contive o meu braço e, por amor do meu nome, agi, evitando que o meu nome fosse profanado aos olhos das nações à vista das quais eu os havia tirado do Egito. 23 Com mão erguida, também jurei a eles no deserto que os espalharia entre as nações e os dispersaria por outras terras, 24 porque não obedeceram às minhas leis, mas rejeitaram os meus decretos e profanaram os meus sábados, e os seus olhos cobiçaram os ídolos de seus país. 25 Também os abandonei a decretos que não eram bons e a leis pelas quais não conseguiam viver; 26 deixei que se contaminassem por meio de suas ofertas, isto é, pelo sacrifício de cada filho mais velho, para que eu os enchesse de pavor e para que eles soubessem que eu sou o Senhor. (Ez 20.18–26 NVI).
Embora Deus tenha dado a eles as mesmas oportunidades de bênção que havia dado aos seus pais, eles seguiram o caminho da desobediência.
Deus poderia ter destruído a segunda geração por seus pecados, mas, em Sua graça, Ele os poupou por causa de Seu nome. Em vez disso, Ele impôs dois julgamentos sobre eles. O primeiro foi a dispersão, quando Deus os separou e espalhou entre as nações. O segundo julgamento foi abandoná-los ao pecado, entregando-os aos estatutos e leis das religiões pagãs às quais Israel se voltou.
Embora alguns possam argumentar que Deus estava se referindo à Lei mosaica, isso nega a qualidade intrínseca da Lei como expressão da justiça de Deus. É melhor entender os estatutos e leis como mandamentos das religiões pagãs, que exigiam que os israelitas oferecessem o sacrifício de todo primogênito – uma prática que Deus condenava.
A entrega do povo ao pecado foi um ato judicial de Deus, porque eles se recusaram a seguir Seus caminhos justos. E isso não é um julgamento exclusivo para Israel, mas também para os pagãos, como Paulo expressou em suas cartas.
Que aprendamos com a história de Israel e reconheçamos a graça de Deus em nossas próprias vidas, apesar de nossas falhas e desobediências. Que possamos confiar em Sua justiça e seguir Seus caminhos, sabendo que Ele é fiel e justo para nos guiar.
Ezequiel 20.27-29: A infidelidade contínua de Israel
27 “Portanto, filho do homem, fale à nação de Israel e diga-lhes: Assim diz o Soberano, o Senhor: Nisto os seus antepassados também blasfemaram contra mim ao me abandonarem: 28 quando eu os trouxe para a terra que havia jurado dar-lhes, bastava que vissem um monte alto ou uma árvore frondosa, ali ofereciam os seus sacrifícios, faziam ofertas que provocaram a minha ira, apresentavam seu incenso aromático e derramavam suas ofertas de bebidas. 29 Perguntei-lhes então: Que altar é este no monte para onde vocês vão?” Esse altar é chamado Bama até o dia de hoje. (Ez 20.27–29 NVI).
Ainda hoje, podemos aprender muito com a história de Israel e suas ações pecaminosas, mesmo após sua entrada na Terra Prometida. Embora Deus os tenha guiado para a nova terra, eles continuaram a oferecer seus sacrifícios aos ídolos nas colinas e sob as árvores frondosas.
Ezequiel, com suas palavras sábias e perspicazes, enfatizou o pecado do povo ao perguntar: “Que lugar alto é esse para onde vocês vão?” Essa jogada de palavras, com a semelhança das palavras “mâh habāmâh” e “habā’îm”, destacou que Israel havia se voltado para a adoração de ídolos, em vez de seguir o caminho justo de Deus.
E assim como Israel, muitos de nós podemos nos encontrar oferecendo nossos sacrifícios em lugares inadequados, em vez de adorar a Deus de acordo com Sua vontade. Podemos colocar nossas prioridades e desejos acima do caminho certo de Deus, seguindo as ilusões e tentações deste mundo.
Que possamos aprender com a história de Israel e evitar o mesmo pecado em nossas próprias vidas. Que possamos adorar a Deus em espírito e em verdade, seguindo Seus caminhos justos em todos os momentos e em todos os lugares.
Ezequiel 20.30-31: Deus recusa-se a ser manipulado por Israel
30 “Portanto, diga à nação de Israel: Assim diz o Soberano, o Senhor: Vocês não estão se contaminando como os seus antepassados se contaminaram? E não estão cobiçando as suas imagens repugnantes? 31 Quando vocês apresentam as suas ofertas, o sacrifício de seus filhos no fogo, continuam a contaminar-se com todos os seus ídolos até o dia de hoje. E eu deverei deixar que me consultem, ó nação de Israel? Juro pela minha vida, palavra do Soberano, o Senhor, que não permitirei que vocês me consultem. (Ez 20.30–31 NVI).
Nos dias de Ezequiel, o povo de Israel continuou em sua rebeldia, assim como seus ancestrais, envolvidos em idolatria e sacrifício de crianças. Em sua arrogância, eles pensavam que poderiam se voltar para Deus sempre que quisessem, como se Ele fosse um tabuleiro ouija divino que poderiam manipular para obter uma resposta.
Mas Deus recusou-se a deixá-los perguntar a Ele. Ele não seria manipulado pelos caprichos egoístas do povo. Ele não seria um Deus que se curvaria a seus desejos e interesses. Deus é soberano e santo, e não pode ser tratado de forma irreverente.
Deus é um Deus de amor e graça, mas Ele também é um Deus de justiça e santidade. Ele espera que Seu povo O obedeça e O siga em tudo. Ele espera que Seu povo viva de acordo com Seus caminhos justos, sem se desviar para a idolatria ou ações pecaminosas.
Que possamos aprender com a história de Israel e evitar a tentação de nos voltar para Deus apenas quando nos convém. Que possamos ter um relacionamento constante com Ele, seguindo-O em todos os momentos e em todas as coisas, sabendo que Ele é o único caminho verdadeiro.
Ezequiel 20.32-38: A promessa da restauração de Israel
32 “Vocês dizem: ‘Queremos ser como as nações, como os povos do mundo, que servem à madeira e à pedra’. Mas o que vocês têm em mente jamais acontecerá. 33 Juro pela minha vida, palavra do Soberano, o Senhor, que dominarei sobre vocês com mão poderosa e braço forte e com ira que já transbordou. 34 Trarei vocês dentre as nações e os ajuntarei dentre as terras para onde vocês foram espalhados, com mão poderosa e braço forte e com ira que já transbordou. 35 Trarei vocês para o deserto das nações e ali, face a face, os julgarei. 36 Assim como julguei os seus antepassados no deserto do Egito, também os julgarei. Palavra do Soberano, o Senhor. 37 Contarei vocês enquanto estiverem passando debaixo da minha vara, e os trarei para o vínculo da aliança. 38 Eu os separarei daqueles que se revoltam e se rebelam contra mim. Embora eu os tire da terra onde habitam, eles não entrarão na terra de Israel. Então vocês saberão que eu sou o Senhor. (Ez 20.32–38 NVI).
O povo de Israel desobedeceu repetidamente a Deus e se entregou à idolatria, mas Ele não os abandonou completamente. Em vez disso, Deus prometeu restaurar Seu povo e trazê-los de volta à Sua aliança.
Deus deixou claro que Ele nunca permitiria que Seu povo se divorciasse completamente Dele. Mesmo que o povo de Israel quisesse se tornar como seus vizinhos idólatras, Deus permaneceria o Deus deles. Ele governaria sobre eles com mão poderosa e braço estendido, mas agora com ira derramada. A ira de Deus é um assunto sério e não deve ser ignorada. É preciso que todos reconheçam que Ele é um Deus justo e que haverá consequências para a desobediência.
Deus prometeu trazer Israel de volta a Ele mesmo através de um novo “Êxodo”. Assim como o Êxodo trouxe Israel da escravidão para o deserto, este novo “Êxodo” traria Israel dos países onde ela havia sido espalhada. Deus iniciaria o processo de purificação de Seu povo, permitindo apenas aqueles que pertencem a Ele a entrar na terra prometida. Aqueles que não pertencem a Ele serão removidos e banidos para o castigo eterno.
No entanto, Deus é um Deus de graça e misericórdia. Ele prometeu uma Nova Aliança com Israel, uma aliança permanente. Ele reunirá Seu povo na terra prometida e permitirá que aqueles que colocam sua confiança Nele entrem em Seu reino. Deus nunca abandona Seu povo e sempre oferece uma oportunidade para o arrependimento e a restauração.
Meus irmãos e irmãs, que possamos aprender com a história de Israel e reconhecer que a desobediência a Deus traz consequências. Mas também podemos confiar na promessa de Deus de que Ele nunca nos abandonará e que sempre há uma oportunidade para a restauração. Que possamos colocar nossa confiança em Deus e segui-Lo obedientemente.
Ezequiel 20.39-41: Israel conhecerá o Senhor na Nova Aliança
39 “Quanto a vocês, ó nação de Israel, assim diz o Soberano, o Senhor: Vão prestar culto a seus ídolos, cada um de vocês! Mas depois disso certamente me ouvirão e não profanarão mais o meu santo nome com as suas ofertas e com os seus ídolos. 40 Pois no meu santo monte, no alto monte de Israel, palavra do Soberano, o Senhor, na sua terra, toda a nação de Israel me prestará culto, e ali eu os aceitarei. Ali exigirei as suas ofertas e as suas melhores dádivas, junto com todas as suas dádivas sagradas.41 Eu as aceitarei como incenso aromático, quando eu os tirar dentre as nações e os ajuntar dentre as terras pelas quais vocês foram espalhados, e me mostrarei santo no meio de vocês à vista das nações. (Ez 20.39–41 NVI).
Nas Escrituras, Deus nos revela Sua história com Israel, uma nação escolhida para ser um testemunho vivo da glória do Altíssimo. Infelizmente, o povo de Israel muitas vezes se desviou do caminho do Senhor e se entregou à idolatria e ao pecado. No entanto, Deus não os abandonou, mas, pelo contrário, continuou a estender Sua mão de graça e misericórdia.
Ezequiel nos conta que, em um futuro próximo, quando Israel entrar na Nova Aliança, ela finalmente conhecerá o Senhor. Ela não mais profanará o santo nome do Senhor, mas o servirá em adoração sincera, oferecendo suas melhores ofertas e sacrifícios. Isso resultará na manifestação da santidade de Deus entre todas as nações.
A santidade de Deus é algo que deve ser levado a sério. Ela é a natureza divina do Senhor, que O separa do pecado e da impureza. Ezequiel nos ensina que, através da adoração sincera de Israel, Deus será separado de tudo o que é profano e comum. Todas as nações sentirão a santidade de Deus, que será revelada em Seu povo.
Que essa verdade seja uma motivação para nós, que também fomos chamados a ser um testemunho vivo da glória de Deus. Que possamos nos esforçar diariamente para separar-nos do pecado e da impureza, para que possamos manifestar a santidade do Senhor em nossa vida. Que possamos adorar ao Senhor com sinceridade e oferecer nossas melhores ofertas em gratidão pela Sua graça e misericórdia.
Que o Espírito Santo nos ajude a viver uma vida santa e separada para o Senhor, para que através de nós, a santidade de Deus seja manifestada ao mundo.
Ezequiel 20.42-44: A restauração de Israel trará mudanças
42 Vocês saberão que eu sou o Senhor, quando eu os trouxer para a terra de Israel, a terra que, de mão erguida, jurei dar aos seus antepassados. 43 Ali vocês se lembrarão da conduta que tiveram e de todas as ações pelas quais vocês se contaminaram, e terão nojo de si mesmos por causa de todo mal que fizeram. 44 E saberão que eu sou o Senhor, quando eu tratar com vocês por amor do meu nome e não de acordo com os seus caminhos maus e suas práticas perversas, ó nação de Israel. Palavra do Soberano, o Senhor”. (Ez 20.42–44 NVI).
A restauração de Israel é um ato de graça divina que produzirá mudanças profundas na nação. A primeira mudança será uma nova percepção de Deus.
Quando Israel entrar na Nova Aliança, ela terá um encontro pessoal com o Senhor e saberá quem Ele é verdadeiramente. O nome Yahweh, o nome pessoal de Deus, revelado a Israel, enfatiza a auto-existência de Deus e Sua fidelidade na aliança.
Israel compreenderá o verdadeiro significado do nome (e caráter) de Deus quando Ele a trouxer de volta para a Palestina.
Essa promessa não depende de sua fidelidade, pois ela havia sido extremamente infiel. A promessa, feita por Deus, depende de Sua fidelidade, e Ele demonstrará Sua lealdade à aliança cumprindo-a.
A segunda mudança será o arrependimento de Israel. Ela se lembrará de sua conduta passada e sentirá tristeza e remorso por todo o mal que fez.
A vergonha que Israel deveria ter sentido (mas não sentiu) nos dias de Ezequiel será finalmente manifestada quando Deus a restaurar.
A restauração de Israel será um ato de graça divina que trará arrependimento genuíno e uma mudança de coração. Deus não apenas perdoará o pecado de Israel, mas também transformará seu coração e mente, capacitando-a a seguir Seus caminhos.
Essa mudança resultará em uma nova relação entre Deus e Israel. A nação conhecerá o Senhor de uma maneira mais profunda e verdadeira e desfrutará de uma comunhão mais íntima com Ele.
Como resultado, a nação será fiel à aliança e não mais profanará o nome santo de Deus. Ela oferecerá suas melhores ofertas e sacrifícios em adoração sincera, e Deus será santificado por meio da vida de Seu povo.
A restauração de Israel é um ato de graça divina que traz consigo a promessa de transformação e renovação. Deus é fiel em cumprir Suas promessas, mesmo quando Seu povo é infiel.
Quando Deus traz restauração, Ele traz uma nova percepção Dele mesmo, arrependimento, mudança de coração e uma nova relação com Ele. Que possamos ser encorajados a confiar na fidelidade de Deus e buscar Sua restauração em nossas próprias vidas.
Ezequiel 20.45-49: A parábola do incêndio na floresta
45 Veio a mim esta palavra do Senhor: 46 “Filho do homem, vire o rosto para o sul; pregue contra o sul e profetize contra a floresta da terra do Neguebe. 47 Diga à floresta do Neguebe: Ouça a palavra do Senhor. Assim diz o Soberano, o Senhor: Estou a ponto de incendiá-la, consumindo assim todas as suas árvores, tanto as verdes quanto as secas. A chama abrasadora não será apagada, e todos os rostos, do Neguebe até o norte, serão ressecados por ela. 48 Todos verão que eu, o Senhor, a acendi; não será apagada”. 49 Então eu disse: Ah, Soberano Senhor! Estão dizendo a meu respeito: “Acaso ele não está apenas contando parábolas?” (Ez 20.45–49 NVI).
A parábola do incêndio na floresta, registrada em Ezequiel 20:45-49, traz à tona uma imagem poderosa. Ezequiel deveria pregar contra o sul e as terras do sul. Ele olhou para o sul, para a cidade de Temã, e anunciou que Deus destruiria Judá com um fogo de julgamento.
A terra do sul, o Neguebe, seria como uma densa floresta em chamas, totalmente consumida pelas chamas. Ezequiel usou palavras poéticas para descrever a terra do sul, mas a mensagem não poderia ser mais clara: Judá enfrentaria a ira de Deus.
Infelizmente, o povo não entendeu as palavras de Ezequiel. Eles viram suas ações e ouviram suas palavras, mas não podiam compreendê-las.
Ezequiel ficou frustrado, clamando a Deus que as pessoas o acusavam de apenas contar parábolas ou enigmas confusos. Ele estava alertando-os sobre a destruição iminente, mas eles simplesmente não queriam ouvir.
No entanto, a parábola do incêndio na floresta é uma imagem que ainda ressoa conosco hoje. Ela nos lembra que Deus é um Deus de julgamento e justiça, que não pode permitir o pecado e a rebeldia de Seu povo indefinidamente.
Aqueles que se recusam a ouvir Sua palavra e se arrepender serão consumidos pelas chamas do julgamento.
Mas aqueles que se voltam para Ele encontrarão refúgio e segurança em Seus braços amorosos. Que possamos ouvir as palavras de Ezequiel e responder à mensagem de Deus com humildade e arrependimento.
Reflexão de Ezequiel 20 para os nossos dias
O livro de Ezequiel pode parecer distante e desconectado da nossa vida diária, mas a mensagem que ele compartilha com seu povo é atemporal e ainda ressoa conosco hoje.
Em Ezequiel 20, vemos a história de Israel, um povo que, apesar de suas promessas de fidelidade a Deus, continuou a se voltar para a idolatria e o pecado. Ezequiel confronta o povo com sua infidelidade e os adverte sobre a ira vindoura de Deus.
Essa mensagem ainda é relevante para nós hoje, pois também enfrentamos tentações e lutas semelhantes em nossa própria vida.
Somos tentados a colocar nossos desejos e prazeres acima de Deus, a buscar satisfação em coisas que não nos satisfazem verdadeiramente.
Precisamos lembrar que Deus é um Deus santo e justo, que não pode permitir que o pecado continue indefinidamente. Precisamos nos arrepender de nossos próprios pecados e buscar a graça e o perdão de Deus.
Além disso, a parábola do incêndio na floresta nos lembra que Deus é um Deus de julgamento, mas também um Deus de misericórdia.
Ele oferece a chance de arrependimento e restauração, mesmo quando enfrentamos as consequências de nossas escolhas erradas. Podemos confiar em Deus e encontrar refúgio em Seus braços amorosos.
Que possamos aprender com a história de Israel e a mensagem de Ezequiel, e que possamos buscar viver em fidelidade e obediência a Deus em nossas próprias vidas, sabendo que Ele é um Deus que nos ama e deseja o nosso bem.
Motivos de oração em Ezequiel 20
- Arrependimento: podemos orar para que, assim como Deus chamou Israel ao arrependimento em Ezequiel 20, Ele também nos ajude a reconhecer e nos arrependermos de nossos próprios pecados. Ore para que Deus nos conceda o dom do arrependimento e a graça de viver uma vida piedosa diante Dele.
- Santidade: em Ezequiel 20, vemos a importância da santidade e separação do povo de Deus. Ore para que Deus nos ajude a viver uma vida santa, separada do mundo e consagrada para Ele. Ore para que Ele nos capacite a viver uma vida de obediência a Sua Palavra e ao Seu chamado.
- Restauração: embora Israel tenha sido repreendido e punido por sua rebelião em Ezequiel 20, Deus também prometeu restauração e renovação. Ore para que Deus restaure aqueles que estão distantes Dele e quebrantados por seus pecados. Ore para que Ele traga cura e renovação para aqueles que foram feridos e desencorajados, e que Ele os conduza de volta à Sua presença.
A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)
quero saber sobre ezequiel 21 sobre a espada com mas detalhe