Em Gênesis 1 temos o relato da Criação e a origem da vida na Terra. A afirmação de Gênesis 1:1 é irrefutável – diz o Professor Adauto Lourenço em seu livro Gênesis 1 e 2.
Ao longo da história muitas teorias surgiram, sendo a mais famosa delas o BigBang e a Teoria da Evolução. Mas a Bíblia afirma que Deus é a origem da vida e o criador de todas as coisas.
De acordo com a própria Bíblia, isso é um fato. Em Salmos 8:3, o autor diz que a Criação anuncia a glória de Deus. Romanos 1:20 diz que Deus se revela por meio daquilo que criou e o autor aos Hebreus diz que isso só pode ser entendido pela fé (Hebreus 11:3,6).
Ou seja, a Bíblia não se propõe a provar que isso aconteceu, ela afirma que isso é um fato. Contudo, ao longo do tempo diversas autoridades no assunto atestam que a Bíblia está certa e que todas as suas afirmações científicas são válidas.
Para um aprofundamento maior no tema, eu sugiro a leitura dos livros: Como Tudo Começou e Gênesis 1 e 2 (Adauto Lourenço).
Caso queira, pode assistir também a palestra: Como Tudo Começou.
De toda forma, a Gênesis 1 nos apresenta as fases da Criação que pode ser dividida da seguinte forma:
Etapa 1
Dia 1 – Criação da Luz (v. 3)
Dia 2 – Firmamento, céu, mares (v. 6–8)
Dia 3 – Terra seca (1.9,10) e vegetação (1.11–13)
Etapa 2
Dia 4 – Luzeiros (v.14 – 19)
Dia 5 – Habitantes, aves e peixes (v. 20 – 23)
Dia 6 – Animais terrestres (v. 24,25) e seres humanos (v. 26–31)
A principal diferença entre essas duas fases, é que na primeira Deus criou a “matéria-prima” de tudo o que Ele do primeiro ao terceiro dia a partir do nada. Do quarto dia em diante Ele utilizou como base para finalizar Sua obra, o que fez nos primeiros três dias.
Esboço de Gênesis 1:
1.1,2: O princípio
1.3 – 5: Criação da luz
1.6 – 10: Separação do firmamento
1.11 – 13: Criação da vegetação
1.14 – 19: Criação dos luminares
1.20 – 25: Criação dos animais
1.26 – 28: Criação do homem e da mulher
1.29,30: Deus dá autoridade ao homem
1.31: A satisfação de Deus
1.1,2: O princípio
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Gênesis 1:1-2 é um início notável e intrigante da narrativa bíblica que abre as portas para uma profunda reflexão sobre a criação do universo e a presença divina. Estes dois versículos inaugurais da Bíblia são de grande importância e são frequentemente estudados com cuidado e reverência. Nesta breve exposição, vamos mergulhar nesses versículos e explorar o significado e o simbolismo que eles carregam.
O versículo 1 começa com uma afirmação ousada e concisa: “No princípio, Deus criou os céus e a terra.” Essas poucas palavras abrangem um vasto escopo de eventos e mistérios cósmicos. O “princípio” aqui mencionado não se refere ao início de Deus, pois Ele é eterno, mas sim ao início da criação, quando Deus escolheu manifestar Sua vontade criativa.
A palavra “Deus” nesta passagem é traduzida do hebraico “Elohim”, que denota o Deus supremo, o Criador soberano e todo-poderoso. Ela estabelece imediatamente a autoridade divina sobre tudo o que existe. O ato da criação não é resultado do acaso ou de forças aleatórias, mas é uma expressão deliberada da vontade de Deus.
A afirmação de que Deus criou “os céus e a terra” abrange todo o cosmos. Os “céus” representam o universo vasto e desconhecido, enquanto a “terra” abrange nosso planeta, com todos os seus elementos e vida. Neste único versículo, somos confrontados com a magnitude da criação divina, sua abrangência cósmica e sua maravilhosa complexidade.
O versículo 2 nos leva ainda mais fundo na narrativa: “A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas.” Este versículo nos oferece uma visão da condição inicial da terra antes da ação criativa de Deus. A descrição da terra como “sem forma e vazia” evoca uma imagem de caos primordial, um estado de desordem e ausência de vida.
As “trevas sobre a face do abismo” sugerem um ambiente desolado e obscuro, onde a vida ainda não se manifestou. É nesse contexto que o “Espírito de Deus pairava por sobre as águas”, indicando a presença ativa de Deus na criação, mesmo antes de Ele começar a dar forma ao mundo. O termo “pairava” carrega a ideia de cuidado, atenção e supervisão de Deus sobre Sua criação.
Esses versículos iniciais de Gênesis nos desafiam a considerar questões fundamentais sobre a origem e a natureza do universo. Eles nos lembram que a criação é o resultado da vontade divina, que Deus é o Criador supremo e que Sua presença e cuidado estão presentes desde o início. Além disso, eles nos convidam a contemplar o poder transformador de Deus, que pode tirar o caos e a escuridão e trazer ordem e luz.
Em resumo, Gênesis 1:1-2 é um prólogo fascinante que nos leva ao cerne das questões existenciais e espirituais. Esses versículos nos convidam a meditar sobre a soberania de Deus como Criador e a confiar em Sua sabedoria na criação do universo. Eles estabelecem as bases para o relato da criação que se desenrola nos versículos subsequentes, revelando um Deus que é o princípio de todas as coisas, trazendo ordem do caos e luz das trevas.
Gênesis 1.3 – 5: Criação da luz
Gênesis 1:3-5 nos apresenta a primeira etapa da criação divina, um momento de profunda importância simbólica e espiritual: a criação da luz. Esses versículos são como um raio de esperança que irradia através da escuridão primordial, revelando o cuidado amoroso e a intenção de Deus para o universo que Ele está formando.
O versículo 3 nos diz: “Disse Deus: ‘Haja luz’; e houve luz.” Essa ordem divina é uma demonstração imediata da autoridade de Deus sobre a criação. A simples palavra de Deus é suficiente para trazer à existência algo tão fundamental e vital quanto a luz. Essa luz não é apenas física, mas também carrega um significado espiritual profundo. Ela simboliza a presença de Deus, Sua sabedoria, verdade e a revelação de Seu propósito divino.
É importante notar que a luz é a primeira criação específica mencionada no relato bíblico, enfatizando sua importância central na ordem da criação. Antes da luz, havia escuridão e caos, mas agora, com a luz, a ordem começa a emergir. Esse ato de separar a luz das trevas sinaliza a divisão entre a ordem e o caos, um tema recorrente no texto.
No versículo 4, lemos: “Deus viu que a luz era boa, e separou a luz das trevas.” Aqui, Deus avalia Sua própria criação e declara que a luz é boa. Isso nos revela o padrão divino de qualidade e perfeição que permeia toda a criação. A luz é vista como algo precioso e necessário para a existência ordenada.
A separação da luz das trevas também tem implicações mais profundas. Ela aponta para a dualidade presente na criação, a tensão entre a luz e as trevas, o bem e o mal. Essa dualidade é uma parte intrínseca da experiência humana e da luta entre o certo e o errado, a verdade e a mentira.
No versículo 5, a narrativa continua: “Deus chamou à luz dia, e às trevas chamou noite. Houve tarde e manhã, o primeiro dia.” Aqui, vemos Deus nomeando as partes da criação, conferindo significado e ordem a elas. Ele chama a luz de “dia” e as trevas de “noite”, estabelecendo um ciclo básico que molda a experiência humana desde o início dos tempos.
A inclusão da descrição “houve tarde e manhã, o primeiro dia” é notável, pois introduz a contagem do tempo. Esse conceito de tempo é fundamental na narrativa da criação, pois nos lembra que a criação não é apenas um evento estático, mas um processo em desenvolvimento. A inclusão do primeiro dia também estabelece uma estrutura para os dias subsequentes da criação, como veremos nos versículos seguintes.
Em resumo, Gênesis 1:3-5 nos apresenta a criação da luz como um ato inicial de separação, ordem e significado. A luz simboliza a presença e a bondade de Deus, enquanto a divisão entre a luz e as trevas aponta para a dualidade inerente à criação. A nomeação das partes da criação e a contagem do tempo também são elementos fundamentais para entendermos a narrativa da criação em Gênesis 1. Esses versículos nos lembram que, mesmo nas trevas iniciais, a luz de Deus brilha, trazendo ordem e propósito ao universo.
Gênesis 1.6 – 10: Separação do firmamento
Gênesis 1:6-10 nos conduz a uma etapa adicional do processo criativo divino, na qual Deus realiza uma separação fundamental: a formação do firmamento e a separação das águas. Esses versículos descrevem um ato de distinção e organização que moldou o ambiente terrestre e celeste, trazendo ordem e beleza à criação.
No versículo 6, lemos: “E disse Deus: ‘Haja um firmamento no meio das águas, e separe ele umas das outras'”. Aqui, Deus ordena a criação do firmamento, uma palavra que pode ser entendida como uma expansão ou abóbada. Este firmamento atua como uma barreira que divide as águas, estabelecendo uma separação fundamental entre as águas acima e as águas abaixo.
Esse ato de separação é mais do que uma mera divisão física. Ele simboliza a distinção e a ordem que Deus está trazendo à criação. As águas acima do firmamento representam o domínio celeste, enquanto as águas abaixo estão relacionadas à esfera terrestre. Essa separação estabelece limites e fronteiras, indicando a autoridade divina sobre a criação.
O versículo 7 continua: “E fez Deus o firmamento e separou as águas que estavam debaixo do firmamento das águas que estavam sobre o firmamento. E assim aconteceu.” Aqui, vemos a execução da ordem divina. Deus cria o firmamento, estabelecendo-o como uma barreira sólida, e separa as águas, colocando-as em seus lugares designados.
Esse ato de separação é um testemunho da habilidade de Deus em trazer ordem ao caos e à escuridão inicial. Ele molda o ambiente, criando estruturas que sustentarão a vida e a diversidade que ainda virão à existência. O “assim aconteceu” indica que a palavra de Deus é eficaz e que Sua vontade criativa se manifesta instantaneamente.
O versículo 8 nos diz: “E Deus chamou ao firmamento Céus. Houve tarde e manhã, o segundo dia.” Deus nomeia a expansão criada como “Céus”, estabelecendo assim o termo que usamos até hoje para descrever o espaço celeste. Essa nomeação confere significado e ordem à criação, refletindo a autoridade divina sobre os elementos criados.
A inclusão de “houve tarde e manhã, o segundo dia” novamente enfatiza a noção de tempo na narrativa da criação. Cada dia é uma fase distinta do processo criativo, e a contagem dos dias nos lembra que a criação é um empreendimento progressivo e ordenado.
Finalmente, o versículo 9 nos apresenta a próxima fase da criação: “E disse Deus: ‘Ajuntem-se num só lugar as águas que estão debaixo dos céus, e apareça a porção seca’. E assim aconteceu.” Aqui, Deus ordena a reunião das águas que estão abaixo dos céus, criando assim a porção seca da Terra.
Mais uma vez, vemos a palavra de Deus manifestando Sua vontade instantaneamente. A formação da porção seca representa um passo crucial na criação do ambiente terrestre, criando um espaço adequado para a vida florescer. Esse ato de separação e organização é um lembrete da capacidade de Deus em trazer ordem e beleza a partir do caos inicial.
Em resumo, Gênesis 1:6-10 nos apresenta o processo de separação do firmamento e das águas, demonstrando a autoridade de Deus sobre a criação e Sua capacidade de trazer ordem e distinção ao universo. Esses versículos estabelecem a base para a criação do ambiente terrestre e celeste, preparando o cenário para os eventos subsequentes da narrativa da criação em Gênesis 1. Eles também nos convidam a refletir sobre a importância da organização e da distinção na obra criativa de Deus.
Gênesis 1.11 – 13: Criação da vegetação
Gênesis 1:11-13 é um trecho cativante da narrativa da criação, onde somos levados a testemunhar o surgimento da vegetação na Terra. Esses versículos transmitem um senso de renovação e vitalidade, à medida que a terra começa a florescer com vida vegetal, revelando a cuidadosa orquestração de Deus na criação.
O versículo 11 nos diz: “E disse Deus: ‘Produza a terra relva, ervas que deem semente, e árvores frutíferas que, segundo as suas espécies, deem fruto que tenha em si a sua semente sobre a terra.’ E assim aconteceu.” Aqui, testemunhamos o poder da palavra de Deus mais uma vez. Sua simples ordenação é suficiente para trazer à existência uma multiplicidade de formas de vida vegetal.
A criação da vegetação é um testemunho da diversidade e da generosidade da providência divina. Deus não apenas ordena que a terra produza “relva” e “ervas que deem semente”, mas também “árvores frutíferas”. Essas árvores são criadas de acordo com suas espécies, cada uma contendo em si mesma a capacidade de reprodução. Esse design intrincado reflete a sabedoria e o propósito de Deus na criação.
Além disso, a ênfase na semente é significativa. As plantas não apenas produzem frutos para alimentar a vida animal e humana, mas também carregam em si mesmas o potencial de perpetuar sua espécie. Esse ciclo de vida é um lembrete da continuidade da criação e da sustentabilidade que Deus providenciou desde o início.
O versículo 12 continua a narrativa: “E a terra produziu relva, ervas que davam semente segundo as suas espécies, e árvores que davam fruto que tinha em si semente, segundo as suas espécies. E viu Deus que isso era bom.” Aqui, a terra responde à palavra de Deus, trazendo à existência a vegetação de acordo com Sua ordem.
A avaliação divina de que “isso era bom” nos lembra que a criação de Deus é marcada pela perfeição e pela harmonia. Cada forma de vida vegetal é criada com propósito e função específicos, contribuindo para o equilíbrio e a beleza da criação como um todo.
O versículo 13 conclui este trecho: “Houve tarde e manhã, o terceiro dia.” Mais uma vez, encontramos a marcação do tempo, indicando que a criação é um processo contínuo e ordenado. O terceiro dia é marcado pela criação da vegetação, e a contagem dos dias nos lembra a progressão cuidadosamente planejada da obra criativa de Deus.
Em resumo, Gênesis 1:11-13 nos apresenta a criação da vegetação como um ato de renovação e abundância na Terra. A palavra de Deus é suficiente para trazer à existência uma diversidade de plantas, cada uma com seu propósito e capacidade de reprodução. Esses versículos nos convidam a contemplar a sabedoria, a generosidade e a perfeição do Criador, que traz ordem e vida ao mundo. Eles também nos lembram da importância da continuidade e da sustentabilidade na criação, com a presença de sementes como símbolo da perpetuação da vida vegetal. Em suma, a criação da vegetação é um lembrete da obra maravilhosa de Deus na formação do mundo em que vivemos.
1.14 – 19: Criação dos luminares
Gênesis 1:14-19 nos leva a um momento emocionante da narrativa da criação, onde Deus dá forma aos luminares celestes, o sol, a lua e as estrelas. Estes versículos revelam a magnificência do universo e a maneira como Deus ordenou o cosmos para iluminar a Terra, marcando o ciclo de dias e noites, e fornecendo orientação para as estações.
No versículo 14, encontramos as palavras de Deus: “E disse Deus: ‘Haja luminares na expansão dos céus, para fazerem separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais, para estações, para dias e anos.'” Aqui, Deus ordena a criação dos luminares celestes, que terão múltiplas funções na sua obra criativa.
A primeira função dos luminares é “fazerem separação entre o dia e a noite”. Esta separação é fundamental para a vida na Terra, pois estabelece o ritmo natural de atividade e repouso, delineando os ciclos diários. A luz do dia, proporcionada pelo sol, contrasta com a escuridão da noite, permitindo que os seres vivos se adaptem às diferentes condições.
Outra função dos luminares é servir como “sinais”. Eles atuam como guias celestes, oferecendo orientação e referência para a navegação e a agricultura. As estrelas, em particular, eram frequentemente utilizadas por povos antigos para determinar direções e estações.
Os luminares também são designados para marcar as “estações, para dias e anos”. Isso se refere ao papel que eles desempenham na definição das estações do ano e na contagem do tempo. O movimento aparente do sol ao longo do ano determina as mudanças nas estações, e a lua é usada para marcar meses e ciclos lunares.
O versículo 15 continua: “E sejam para luminares na expansão dos céus, para iluminar a terra. E assim aconteceu.” Aqui, vemos a execução da vontade divina, à medida que os luminares são criados para iluminar a Terra. A luz do sol é fundamental para o crescimento das plantas, para o aquecimento da atmosfera e para a manutenção da vida na Terra.
O versículo 16 prossegue: “E Deus fez os dois grandes luminares: o luminar maior para governar o dia, e o luminar menor para governar a noite; fez também as estrelas.” Neste versículo, Deus cria o sol, que governará o dia, e a lua, que governará a noite. Esses “dois grandes luminares” se destacam como protagonistas na ordem do cosmos.
É importante observar que, na narrativa, Deus não apenas cria a luz, mas também designa luminares específicos para desempenhar papéis distintos. Isso destaca a ordenação divina e a precisão com que Deus estabeleceu o funcionamento do universo.
O versículo 17 prossegue com a criação das estrelas, que são mencionadas em conjunto com o sol e a lua. Embora as estrelas não sejam individuadas aqui, sua inclusão ressalta a vastidão do cosmos e a beleza da criação celeste. As estrelas também são vistas como símbolos de orientação e marcam a expansão infinita do universo.
O versículo 18 destaca mais uma vez a avaliação divina: “E Deus os pôs na expansão dos céus para iluminar a terra.” Aqui, Deus confirma que os luminares desempenham com sucesso seu papel na iluminação da Terra. Sua presença e função são reconhecidas como boas por Deus.
Finalmente, o versículo 19 conclui esta seção da narrativa: “Houve tarde e manhã, o quarto dia.” A contagem dos dias continua, enfatizando a progressão ordenada da criação. O quarto dia marca a conclusão da formação dos luminares celestes e seu estabelecimento no cosmos.
Em resumo, Gênesis 1:14-19 nos leva a um olhar fascinante para a criação dos luminares celestes, destacando sua importância na ordenação da Terra e na marcação do tempo. Esses versículos revelam a beleza e a complexidade do universo e nos lembram da cuidadosa providência de Deus na criação do cosmos. Eles também convidam à reflexão sobre o papel dos luminares na vida humana e na compreensão do tempo e da orientação. Em última análise, a criação dos luminares celestes é um testemunho da majestade e do propósito divino na formação do universo.
Gênesis 1.20 – 25: Criação dos animais
Gênesis 1:20-25 nos conduz a um momento emocionante da narrativa da criação, quando Deus dá vida aos animais que habitam a Terra e os mares. Estes versículos revelam a riqueza da diversidade da vida e a maneira como Deus preencheu a Terra com seres vivos, cada um desempenhando um papel único na maravilhosa tapeçaria da criação.
O versículo 20 começa com as palavras: “E disse Deus: ‘Produzam as águas cardumes de seres viventes, e voem as aves sobre a terra, sob o firmamento dos céus’.” Aqui, Deus ordena a criação de seres vivos nas águas e nos céus. Esses seres são projetados para povoar e dar vida aos ambientes aquáticos e aéreos da Terra.
A criação de seres vivos nas águas é uma demonstração da generosidade de Deus na provisão de recursos e na diversidade da vida marinha. A abundância de criaturas aquáticas, desde peixes até seres marinhos de todas as formas e tamanhos, revela a complexidade da vida nas profundezas dos oceanos.
Da mesma forma, a criação das aves que voam sobre a terra mostra a habilidade de Deus em dar vida a seres adaptados aos céus. Cada espécie de ave é moldada para diferentes ambientes e funções, desde os pássaros que cruzam os céus em longas migrações até as aves de rapina que caçam com destreza.
O versículo 21 continua: “Criou, pois, Deus os monstros marinhos e todos os seres viventes que se arrastam, os quais as águas produziram abundantemente segundo as suas espécies; e Deus viu que isso era bom.” Aqui, vemos Deus trazendo à existência uma variedade de criaturas aquáticas, incluindo aquelas que habitam as profundezas do oceano e os seres marinhos de todos os tipos.
A avaliação divina de que “isso era bom” reforça a perfeição e a harmonia da criação de Deus. Cada criatura, desde os menores organismos marinhos até os maiores monstros marinhos, desempenha um papel único na ecologia marinha, contribuindo para a complexa teia da vida.
No versículo 22, Deus abençoa essas criaturas aquáticas e aéreas, instruindo-as a serem férteis e a multiplicarem-se, enchendo os mares e os céus com sua descendência. Isso revela o propósito de Deus para a continuidade e a diversidade da vida na Terra.
O versículo 23 nos diz: “Houve tarde e manhã, o quinto dia.” Mais uma vez, a marcação do tempo enfatiza a progressão ordenada da criação. O quinto dia marca a conclusão da formação dos seres vivos nas águas e nos céus, preparando o cenário para o evento culminante da criação da Terra.
O versículo 24 continua com a criação dos animais terrestres: “E disse Deus: ‘Produza a terra seres viventes segundo as suas espécies: animais domésticos, répteis, e animais selvagens segundo as suas espécies’. E assim aconteceu.” Aqui, Deus dá vida aos animais que habitam a terra, desde os animais domésticos que servirão ao homem até os répteis e animais selvagens que preencherão os ecossistemas terrestres.
Mais uma vez, vemos a eficácia da palavra de Deus na criação instantânea de seres vivos de diferentes espécies. Cada animal é projetado para desempenhar seu papel específico na cadeia alimentar, na manutenção do equilíbrio e na preservação da diversidade da vida terrestre.
O versículo 25 conclui essa seção da narrativa: “E Deus fez os animais selvagens segundo as suas espécies, e os animais domésticos segundo as suas espécies, e todos os répteis da terra segundo as suas espécies. E Deus viu que isso era bom.” Mais uma vez, Deus avalia Sua própria criação e declara que “isso era bom”. Cada animal, de acordo com sua espécie, é uma manifestação da sabedoria e do cuidado de Deus na formação da Terra.
Em resumo, Gênesis 1:20-25 nos conduz a um emocionante olhar para a criação dos seres vivos que habitam as águas, os céus e a terra. Esses versículos revelam a diversidade da vida criada por Deus e a maneira como Ele preencheu a Terra com uma riqueza de formas de vida. A avaliação divina de que “isso era bom” nos lembra da perfeição e da harmonia da criação. Essa seção da narrativa também nos convida a refletir sobre a interconexão e a interdependência de todas as formas de vida na Terra e a apreciar a complexidade e a beleza do mundo natural.
1.26 – 28: Criação do homem e da mulher
Gênesis 1:26-28 nos leva a um dos momentos mais significativos da narrativa da criação: a criação do homem e da mulher à imagem de Deus. Esses versículos carregam um profundo significado teológico e antropológico, pois revelam a singularidade e o propósito da humanidade na criação divina.
No versículo 26, encontramos as palavras de Deus: “E disse Deus: ‘Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos, sobre toda a terra e sobre todos os répteis que rastejam pela terra'”. Aqui, Deus deliberadamente se dirige à criação do ser humano, declarando a intenção de fazê-lo à Sua própria imagem e semelhança.
A afirmação de que o homem é criado à imagem de Deus é uma declaração de dignidade e valor intrínsecos. Isso significa que cada ser humano possui uma natureza especial que o distingue das outras formas de vida criadas. A imagem de Deus no homem inclui características como inteligência, moralidade, consciência e a capacidade de se relacionar com Deus e com os outros.
Além disso, Deus dá ao homem a responsabilidade de “ter domínio sobre” a criação terrestre, incluindo os animais e a natureza em geral. Esse domínio não é um convite à exploração ou exploração irresponsável, mas sim uma comissão de cuidado e responsabilidade. O ser humano é chamado a ser um mordomo fiel da criação de Deus, preservando e protegendo o mundo natural.
O versículo 27 afirma: “Criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” Aqui, a ênfase na criação do ser humano à imagem de Deus é repetida, enfatizando ainda mais a singularidade e a dignidade inerentes à humanidade. A criação do homem e da mulher à imagem de Deus também destaca a igualdade fundamental entre os dois gêneros.
A inclusão da criação da mulher é notável, pois demonstra que ambos, homem e mulher, compartilham igualmente a imagem e a semelhança de Deus. Isso desafia qualquer noção de superioridade ou inferioridade entre os gêneros e estabelece a base para uma parceria igualitária e complementar entre homem e mulher na vida e na sociedade.
O versículo 28 continua: “Deus os abençoou, e Deus lhes disse: ‘Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam pela terra'”. Aqui, Deus abençoa o homem e a mulher, dando-lhes a comissão de serem fecundos, multiplicarem-se e encherem a terra.
Essa bênção e comissão refletem a participação ativa do ser humano na obra criativa de Deus. O homem e a mulher são chamados a serem co-criadores com Deus, contribuindo para a expansão da humanidade e para o cuidado da criação. A ideia de “dominai” e “sujeitai” a terra novamente enfatiza a responsabilidade de cuidado e preservação da natureza.
Esses versículos nos convidam a contemplar a profundidade da relação entre Deus e a humanidade. Somos criados à imagem de Deus, dotados de dignidade, valor e responsabilidade. Além disso, a criação do homem e da mulher nos lembra da igualdade e complementaridade dos gêneros, bem como da importância da cooperação e da parceria na vida e na sociedade.
Em resumo, Gênesis 1:26-28 revela a criação do homem e da mulher à imagem de Deus, destacando a singularidade, a dignidade e a responsabilidade inerentes à humanidade. Esses versículos nos convidam a refletir sobre o papel especial que Deus deu ao ser humano na administração da criação e na participação ativa na expansão da vida na Terra. Eles também estabelecem os alicerces para uma compreensão profunda da natureza e do propósito da humanidade na cosmovisão bíblica.
Gênesis 1.29,30: Deus dá autoridade ao homem
Gênesis 1:29-30 nos leva a um momento crucial da narrativa da criação, onde Deus dá ao homem autoridade sobre a criação e estabelece as bases para a responsabilidade do ser humano em relação ao mundo natural. Esses versículos revelam a generosidade e o propósito de Deus na provisão de alimento e na relação harmoniosa entre o homem e a criação.
No versículo 29, encontramos as palavras de Deus: “E disse Deus: ‘Eis que vos tenho dado todas as ervas que produzem semente, que estão sobre a face de toda a terra, e todas as árvores em que há fruto que dê semente; ser-vos-ão para mantimento'”. Aqui, Deus dá ao homem a autoridade e a responsabilidade de cuidar da criação terrestre.
A palavra “autoridade” não deve ser entendida como um domínio irresponsável, mas como uma comissão de cuidado e responsabilidade. O ser humano é chamado a ser um mordomo fiel da terra, cuidando das plantas e dos animais que dela dependem. A provisão de alimento à base de plantas revela a generosidade de Deus na sustentação da vida.
Esses versículos também enfatizam a importância da interdependência entre o ser humano e a criação. O homem depende das plantas para obter alimento, e as plantas, por sua vez, dependem da ação humana para sua multiplicação e preservação. Essa relação simbiótica reflete a ordem e a harmonia que Deus estabeleceu na criação.
O versículo 30 continua: “E a todos os animais da terra, a todas as aves dos céus e a todos os répteis da terra, em que há fôlego de vida, toda erva verde lhes será para mantimento”. Aqui, Deus estende a provisão de alimento às criaturas vivas da terra, incluindo animais terrestres, aves e répteis.
Isso nos lembra que a autoridade dada ao homem também implica a responsabilidade de cuidar dos animais e do equilíbrio ecológico. O alimento à base de plantas é fornecido a todas as criaturas que têm fôlego de vida, enfatizando a preocupação de Deus com o bem-estar de toda a criação.
Esses versículos nos convidam a contemplar a relação entre o ser humano e a criação de forma mais profunda. Somos chamados a exercer autoridade com sabedoria e responsabilidade, reconhecendo a importância de preservar a diversidade da vida na Terra. A autoridade não é um convite para a exploração desenfreada, mas sim uma comissão de cuidado e preservação.
A generosidade de Deus na provisão de alimento à base de plantas também nos convida a refletir sobre a importância da sustentabilidade e da responsabilidade ambiental. O ser humano é chamado a ser um mordomo responsável da criação, preservando a biodiversidade e cuidando do meio ambiente.
Em resumo, Gênesis 1:29-30 nos lembra da autoridade dada ao homem sobre a criação, acompanhada da responsabilidade de cuidado e preservação. Esses versículos enfatizam a generosidade de Deus na provisão de alimento à base de plantas e a interdependência entre o ser humano e a criação. Eles também nos convidam a refletir sobre o papel do ser humano como mordomo da Terra e a importância da responsabilidade ambiental na administração dos recursos naturais. Em última análise, a autoridade concedida ao homem é um chamado para agir com sabedoria e compaixão em relação à criação de Deus.
1.31: A satisfação de Deus
Gênesis 1:31 nos conduz a um momento culminante na narrativa da criação, onde Deus contempla Sua obra completa e declara que “viu Deus que isso era bom”. Este versículo encapsula a satisfação de Deus com Sua criação e reflete a perfeição e a harmonia da obra divina.
A declaração de Deus de que “viu que isso era bom” é repetida ao longo da narrativa da criação, após cada ato criativo. Cada vez que Deus cria algo novo, Ele avalia Sua própria obra e a declara como boa. No entanto, no versículo 31, essa avaliação final é dada após a criação do ser humano, que é a coroação da obra criativa de Deus.
A frase “viu que isso era bom” revela a satisfação de Deus com a ordem e a beleza de Sua criação. Ela reflete a apreciação de Deus por cada elemento da criação, desde os céus e a terra até os seres vivos que a habitam. Essa repetição enfatiza a bondade intrínseca da criação de Deus.
No entanto, a satisfação de Deus vai além de uma mera apreciação estética. Ela também reflete a ordem e a harmonia que Deus estabeleceu na criação. Cada elemento se encaixa perfeitamente em seu lugar designado, contribuindo para a diversidade e a interdependência da vida na Terra.
Além disso, a criação do homem e da mulher à imagem de Deus, como mencionado nos versículos anteriores, é um ponto culminante na narrativa. O ser humano é a única criatura que possui essa distinção e essa semelhança com o Criador. Essa criação à imagem de Deus acrescenta um elemento único e significativo à obra divina.
A declaração de que “viu Deus que isso era bom” nos convida a refletir sobre a dignidade e o valor intrínsecos da humanidade. Cada ser humano é uma expressão da imagem e da semelhança de Deus, dotado de inteligência, moralidade e a capacidade de se relacionar com Deus e com os outros.
Essa avaliação final também nos lembra da responsabilidade do ser humano como mordomo da criação de Deus. O ser humano recebeu autoridade e responsabilidade para cuidar da Terra e das criaturas que dela dependem. Essa responsabilidade inclui o cuidado da natureza e a preservação da diversidade da vida.
Em um mundo onde muitas vezes testemunhamos a degradação do meio ambiente e a exploração desenfreada dos recursos naturais, a satisfação de Deus com Sua criação nos chama a atenção para a importância do cuidado responsável da Terra. Somos chamados a agir como mordomos fiéis, preservando e protegendo a criação de Deus para as gerações futuras.
Em resumo, Gênesis 1:31 captura a satisfação de Deus com Sua obra criativa, destacando a bondade intrínseca e a harmonia da criação. Essa declaração final ressalta a importância da criação do ser humano à imagem de Deus como ponto culminante na narrativa e nos lembra da dignidade e da responsabilidade da humanidade como mordomos da Terra. A satisfação de Deus também nos convida a refletir sobre a importância do cuidado responsável da criação e da preservação da diversidade da vida na Terra. Em última análise, essa satisfação divina é um convite à apreciação, ao cuidado e à gratidão pela obra maravilhosa de Deus no mundo que habitamos.
Reflexão de Gênesis 1 para os nossos dias
O relato da criação em Gênesis 1 é muito mais do que uma narrativa antiga sobre como o mundo surgiu. É uma fonte de sabedoria atemporal que continua a ressoar em nossos dias, oferecendo lições profundas e inspiradoras para a nossa existência no mundo atual.
Primeiramente, Gênesis 1 nos lembra da grandiosidade e da beleza da criação. À medida que contemplamos os céus, a terra, os mares e toda a diversidade da vida que nos cerca, somos convidados a apreciar a maravilha do mundo natural. Em uma era de urbanização e tecnologia, essa reflexão nos chama a reconectar com a natureza e a valorizar a beleza que nos foi confiada.
Além disso, Gênesis 1 nos ensina sobre a responsabilidade do ser humano como mordomo da Terra. A autoridade concedida ao homem sobre a criação não é um sinal de domínio irrestrito, mas sim um chamado para cuidar e proteger o meio ambiente. Diante dos desafios ambientais que enfrentamos, essa lição se torna mais relevante do que nunca. Somos convocados a sermos defensores da sustentabilidade e a adotarmos práticas responsáveis em relação aos recursos naturais.
A criação do homem e da mulher à imagem de Deus também ressalta a dignidade e o valor intrínsecos da humanidade. Em um mundo que muitas vezes é marcado por divisões, discriminações e desigualdades, Gênesis 1 nos lembra de nossa igualdade fundamental como seres criados à imagem de Deus. Isso nos chama a tratar uns aos outros com respeito, amor e justiça, independentemente de nossa origem, raça ou gênero.
A avaliação divina de que “isso era bom” após cada ato criativo nos convida a contemplar a bondade inerente à criação. Nosso mundo está repleto de beleza, generosidade e potencial. No entanto, muitas vezes somos confrontados com desafios, conflitos e sofrimento. Gênesis 1 nos desafia a buscar e promover o bem em nosso mundo, a sermos agentes de transformação e a trabalhar pela justiça e pela paz.
Além disso, Gênesis 1 nos recorda da importância do descanso e da contemplação. Após seis dias de trabalho, Deus descansou no sétimo dia e o santificou. Isso nos ensina sobre o valor do equilíbrio entre trabalho e descanso, entre atividade e contemplação. Em uma sociedade movida pelo ritmo frenético, essa lição nos incentiva a encontrar tempo para a renovação espiritual e física.
Por fim, Gênesis 1 nos convida a reconhecer o Criador por trás da criação. Cada elemento da natureza, cada criatura viva, é uma manifestação do cuidado e do propósito de Deus. Isso nos chama a contemplar a presença divina em nossa vida diária, a buscar uma conexão espiritual e a viver de acordo com princípios éticos e morais que honrem o Criador e Sua obra.
Em resumo, Gênesis 1 continua a ser uma fonte de inspiração e orientação para os nossos dias. Ele nos lembra da grandiosidade da criação, da responsabilidade de cuidar do meio ambiente, da dignidade da humanidade, da busca pelo bem, da importância do descanso e da presença de Deus em nossa vida. É uma história antiga que ecoa com relevância e significado em nossa jornada contemporânea, convidando-nos a viver com sabedoria, compaixão e gratidão no mundo que habitamos.
3 Motivos de Oração em Gênesis 1
- Gratidão pela Criação: Gênesis 1 nos lembra da magnificência da criação de Deus, desde os céus e a terra até as plantas, animais e seres humanos. Um motivo de oração que podemos encontrar aqui é a gratidão. Podemos orar para expressar nossa profunda gratidão a Deus pela beleza e abundância da criação que Ele nos deu. Ao contemplar os céus estrelados, as montanhas majestosas e os rios fluindo, podemos agradecer a Deus por Sua generosidade e maravilha.
- Responsabilidade Ambiental: À medida que lemos sobre Deus dando ao ser humano a autoridade sobre a criação, somos lembrados de nossa responsabilidade como mordomos da Terra. Isso nos dá um motivo de oração para pedir orientação e força para cuidar do meio ambiente de maneira responsável. Podemos orar para que Deus nos ajude a ser bons administradores dos recursos naturais, a lutar contra a degradação ambiental e a promover a sustentabilidade em nosso mundo.
- Compaixão e Justiça: A criação do homem e da mulher à imagem de Deus nos lembra da igualdade e dignidade de toda a humanidade. Isso nos motiva a orar pela compaixão e justiça em nosso mundo. Podemos orar pelas pessoas que enfrentam discriminação, injustiça e desigualdade, pedindo a Deus que trabalhe por um mundo mais justo e igualitário. Também podemos orar para que a imagem de Deus em cada pessoa seja reconhecida e respeitada.