Em nossa jornada de fé, cada um de nós deseja ouvir a voz de Deus, sentir Seu toque suave, perceber Sua mão nos guiando através das tempestades da vida.
E esse profundo anseio, esse desejo ardente de intimidade, é algo que só pode ser satisfeito quando cultivamos um relacionamento com Jesus, quando permitimos que Ele faça morada em nossos corações.
Que privilégio é o de podermos chamá-lo de “Amigo”!
Neste relacionamento, encontramos um abrigo seguro, um porto seguro no meio da tempestade, uma fonte de amor e misericórdia que nunca se esgota. Com Jesus, somos amados incondicionalmente, aceitos integralmente, abraçados em nossas fraquezas e elevados em nosso potencial.
Mas, em nossos dias, nós, cristãos, enfrentamos uma série de desafios que podem ameaçar a profundidade e a qualidade desse relacionamento santo.
Vivemos em uma era de distrações digitais constantes, de ocupações infinitas, de apelos sedutores do mundo que podem nos levar a perder o foco do que realmente importa.
Essas distrações, se não controladas, podem criar um abismo entre nós e o nosso Salvador, ameaçando a intimidade que desejamos e necessitamos.
Sendo assim, precisamos nos esforçar para cultivar, nutrir e proteger nosso relacionamento com Jesus, independentemente dos desafios que enfrentamos. Porque é através deste relacionamento que encontramos a verdadeira paz, a verdadeira alegria e o verdadeiro sentido da vida.
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O Chamado para o Relacionamento
“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem.” (João 10:27)
Essa é uma grande promessa! Uma certeza dada a todos nós que desejam um relacionamento profundo com Jesus.
Ele nos conhece. Nos vê. Nos chama. A voz dEle está lá, sussurrando em nossos corações, convidando-nos a um relacionamento mais profundo. O nosso desafio é ouvir esse chamado em meio à agitação e ao barulho de nossos dias.
Atualmente, somos constantemente bombardeados por estímulos. Nossos dias são preenchidos com uma enxurrada de tarefas, nossas mentes estão sempre ocupadas, nossos olhos fixos em telas. Em meio a todo esse ruído, podemos nos perguntar: Como posso ouvir a voz de Jesus? Como posso discernir Seu chamado entre tantas distrações?
Meu irmão, minha irmã, ouvir o chamado de Jesus requer que façamos uma pausa, que silenciemos o barulho do mundo e que voltemos nossa atenção para Ele. Requer que reservemos momentos de quietude em nossos dias para buscar Sua presença, para mergulhar em Sua Palavra, para ouvir Sua voz.
E isso pode ser um desafio. Pode ser difícil encontrar tempo em nossas agendas ocupadas, pode ser desconfortável se desconectar das distrações digitais, pode ser assustador enfrentar o silêncio. Mas, grandiosa é a recompensa que nos espera quando ousamos dar esse passo de fé!
Quando nos voltamos para Jesus, quando nos esforçamos para ouvir Sua voz, encontramos um relacionamento que é real e vivo. Encontramos uma amizade que atravessa tempestades e estabiliza nossas vidas. Descobrimos que não estamos sozinhos, que fomos vistos, que fomos amados o tempo todo.
É reconfortante reconhecer a voz de Jesus no meio da multidão, de sentir Sua presença em momentos de solidão, de perceber Sua mão nos guiando através das complexidades da vida. Esse é o relacionamento para o qual somos chamados. Essa é a intimidade que Jesus deseja compartilhar conosco.
Sobre isso, Santo Agostinho disse: “O nosso coração é inquieto enquanto não repousa em Ti.” – Santo Agostinho
Sim, o chamado está sendo feito. Jesus está nos chamando para um relacionamento mais profundo. Vamos ouvir e responder com um coração aberto e disposto.
Vamos cultivar esse relacionamento precioso com nosso Salvador. Porque nesse relacionamento, encontramos nosso propósito, nosso significado, nosso tudo.
Priorizando o Tempo com Deus
“Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.” (Mateus 6:33)
Assim como a árvore,devemos estender nossas raízes, isto é, nossa vida, em direção à fonte de toda vida, Deus.
Num mundo repleto de estímulos, informações e distrações, é tentador nos deixar levar pela correnteza de nossas responsabilidades, desejos e demandas. No entanto, assim como a árvore que busca suas necessidades nas profundezas, devemos buscar, em primeiro lugar, o Reino de Deus.
Imagine, por um momento, essa árvore.
Mesmo quando o sol escaldante brilha acima, ela permanece verde e vibrante. Mesmo quando o ambiente ao redor está seco e estéril, ela produz frutos. Por quê? Porque suas raízes estão firmemente enraizadas no rio. Ela busca seu sustento, não nas circunstâncias temporais ao seu redor, mas na fonte de vida inesgotável abaixo.
Como cristãos, somos chamados a fazer o mesmo. Devemos buscar nosso sustento, não no mundo ao nosso redor, mas em Deus. Devemos priorizar nosso tempo com Ele – em oração, em estudo da Bíblia, em meditação – acima de todas as outras coisas.
Esse não é um chamado para negar nossas responsabilidades ou abandonar nossas vidas diárias. Pelo contrário, é um chamado para encontrar o propósito, a força e a sabedoria para viver nossas vidas em meio a essas responsabilidades e demandas. É um chamado para enraizar nossa identidade, nossa esperança e nosso futuro em Deus.
Sobre isso, Jerry Bridges disse: “A principal razão pela qual devemos gastar tempo a sós com Deus é cultivar um relacionamento com Ele. Isso significa que precisamos reservar tempo suficiente para estarmos a sós com Deus para que Ele possa nos mostrar Seu amor, nos ensinar a verdade e trabalhar em nós a verdadeira santidade.” – Jerry Bridges
Quando fazemos isso, quando priorizamos nosso relacionamento com Deus acima de todas as coisas, experimentamos a promessa de Mateus 6:33. Todas as outras coisas – paz, alegria, força, sabedoria – serão acrescentadas a nós. Não porque as buscamos diretamente, mas porque buscamos primeiro a Deus.
Desenvolvendo a Intimidade com Deus
“Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus.” (Salmos 42:1)
A jornada de fé que compartilhamos não é apenas sobre regras a serem seguidas ou rituais a serem realizados. No seu centro, trata-se de um relacionamento de amor entre o Criador e a criação. Como a corça anseia pela água, nossa alma anseia por Deus. Anseia por essa intimidade, essa conexão profunda que só pode ser encontrada em Sua presença.
Desenvolver essa intimidade requer que venhamos a Deus com transparência e vulnerabilidade. Requer que sejamos honestos sobre nossas lutas, nossas dúvidas, nossos medos. Requer que abramos nossos corações e permitamos que Deus veja quem realmente somos.
Não é fácil. Pode ser assustador se abrir dessa maneira. Pode ser desconfortável admitir nossas falhas e fraquezas. Mas é naqueles momentos de vulnerabilidade que encontramos a verdadeira intimidade com Deus. Porque é nos momentos em que nos vemos como realmente somos que Deus pode nos amar, curar e transformar como Ele deseja.
Quando cultivamos essa intimidade com Jesus, descobrimos uma realidade surpreendente. Descobrimos que somos amados, não apesar de quem somos, mas por causa de quem somos. Descobrimos que Deus não nos vê como somos agora, mas como podemos ser em Seu amor.
E esse amor transforma. Ele cura nossas feridas, quebra nossas correntes, e nos liberta para viver a vida abundante que Jesus prometeu. Nesse amor, encontramos a coragem para enfrentar nossos desafios, a força para superar nossas lutas, e a esperança de um futuro glorioso em Cristo.
Sobre isso, A.W Tozer disse: “A intimidade com Deus é o que diferencia os adoradores de meros crentes.” – A. W. Tozer
Que possamos vir a Ele com corações abertos, prontos para sermos amados, curados e transformados. Que possamos beber profundamente da fonte de Sua presença, saciando a sede de nossa alma.
Como a corça anseia pelas águas, que nossas almas anseiem por Deus. E nesse anseio, que encontremos a intimidade, a satisfação e a alegria que nossos corações sempre desejaram.