O desejo por poder sempre foi uma armadilha perigosa. Em 1 Reis 1:5-10, Adonias tentou assumir o trono sem o chamado de Deus. Ele confiou em sua posição e alianças, mas ignorou o propósito divino. Muitas vezes, vemos esse mesmo erro na liderança. Pessoas buscam reconhecimento, mas não têm um chamado legítimo.
Além disso, alianças erradas podem nos afastar da vontade de Deus. Esse episódio nos ensina que Deus não honra a ambição sem propósito. Precisamos confiar na soberania dEle e esperar Seu tempo, em vez de manipular situações para alcançar o que queremos.
Estudo de 1 Reis 1:5-10 em formato de vídeo
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Ambição sem Chamado (1 Reis 1:5-6)
Adonias desejava o trono de Israel, mas ignorou completamente o chamado divino. Ele decidiu que seria rei sem consultar a vontade de Deus. Na igreja, vemos muitas pessoas assim. Elas querem liderança, mas não têm um chamado legítimo. Quando alguém busca autoridade apenas pelo desejo de ser reconhecido, os frutos de sua liderança logo se tornam evidentes.
O texto diz que Adonias “tomou a dianteira e disse: ‘Eu serei o rei.’” (1 Reis 1:5). Ele não esperou ser escolhido por Deus. Pelo contrário, providenciou carruagens, cavalos e cinquenta homens para correrem à sua frente, tentando parecer um rei antes mesmo de ser coroado. O líder autoimposto não lidera além do seu próprio ego. Ele constrói uma imagem, mas não tem a autoridade de Deus para sustentar sua posição.
Outro detalhe importante é que Davi nunca disciplinou Adonias nem questionou seu comportamento. O texto revela: “Seu pai nunca o havia contrariado” (1 Reis 1:6). Esse é um alerta para pais que possuem autoridade, mas negligenciam a correção. Filhos que crescem sem limites muitas vezes se tornam adultos que não respeitam a autoridade, nem mesmo a de Deus. Adonias seguiu os passos de Absalão, que também tentou tomar o trono por conta própria.
Deus não honra esse tipo de liderança. Adonias parecia forte, mas sua autoridade era vazia. Qualquer posição que não venha do Senhor está fadada ao fracasso. Se o chamado não vem de Deus, a queda será inevitável.
Alianças Estratégicas ou Espirituais? (1 Reis 1:7-8)
As alianças que fazemos refletem nosso coração. Provérbios 13:20 diz: “Aquele que anda com os sábios será cada vez mais sábio, mas o companheiro dos tolos acabará mal.” Adonias sabia que precisava de apoio e escolheu Joabe e Abiatar para fortalecer seu plano. Contudo, essas alianças não eram espirituais, apenas estratégicas. Ele queria poder, mas não procurou a vontade de Deus.
Joabe e Abiatar eram figuras importantes no reinado de Davi. Joabe, comandante do exército, sempre demonstrou lealdade militar, mas também era implacável e calculista. Ele assassinou Abner (2 Samuel 3:27) e Absalão (2 Samuel 18:14) para garantir sua posição. Abiatar, por outro lado, sobreviveu ao massacre dos sacerdotes de Nobe e se tornou um aliado de Davi, carregando o éfode e ajudando-o a buscar direção divina (1 Samuel 22:20-23). No entanto, ambos se afastaram do propósito de Deus ao apoiar Adonias.
Isso nos ensina que nem todo apoio é bênção. Pessoas influentes podem parecer essenciais para um projeto, mas se não compartilham da visão de Deus, sua presença pode levar à ruína. Apocalipse 13:7 nos lembra que “Foi-lhe dado poder para guerrear contra os santos e vencê-los”. Nem todo poder concedido vem de Deus. Antes de formar alianças, precisamos analisar os frutos.
Adonias não buscou a Deus, mas sim aliados que pudessem ajudá-lo a alcançar seus interesses. No fim, essas escolhas demonstraram sua falta de discernimento espiritual e prepararam o caminho para seu fracasso.
Exclusão e Manipulação: Um Plano que Falhou (1 Reis 1:9-10)
Quando alguém não tem um chamado legítimo, tenta manipular as circunstâncias para obter controle. Adonias organizou uma grande festa, sacrificou animais e reuniu pessoas influentes para declarar sua realeza. Mas, de forma estratégica, ele deixou de fora Natã, o profeta, Benaia, um dos valentes de Davi, e Salomão, o escolhido de Deus. Essa exclusão foi proposital. Ele sabia que essas pessoas se oporiam ao seu plano e poderiam revelar a verdade.
Isso mostra que Adonias não confiava na legitimidade do que estava fazendo. Se seu plano fosse de Deus, ele não precisaria ocultar informações ou excluir aqueles que poderiam confrontá-lo. Quando alguém precisa manipular a situação para alcançar poder, isso é um forte indício de que Deus não está envolvido.
Davi, por outro lado, nunca precisou manipular nada para ser rei. Ele foi ungido por Samuel e esperou pacientemente pelo tempo certo. Ele confiou em Deus para abrir as portas. Diferente de Adonias, Davi não precisou se autoproclamar líder. Deus o escolheu e o sustentou.
Busque sempre a bênção de Deus sobre sua liderança. Quando Deus te levanta, Ele mesmo acrescenta as pessoas certas ao seu lado. Não é preciso enganar, excluir ou manipular. Se o plano vem do Senhor, Ele mesmo abre o caminho e protege aqueles que Ele escolheu para realizar sua vontade.
Conclusão
A história de 1 Reis 1:5-10 nos ensina que liderança sem Deus está fadada ao fracasso. Adonias buscou poder, mas ignorou o propósito divino e caiu. Alianças erradas podem parecer vantajosas, mas nos afastam de Deus. Precisamos confiar que Ele exalta no tempo certo. Manipular circunstâncias só leva à ruína.
Em vez disso, busque ser fiel e espere a direção de Deus. Sua liderança será abençoada quando estiver debaixo da vontade dEle. Quer entender mais sobre liderança segundo Deus? Leia o estudo de “1 Reis 1″.