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Apocalipse 11 Estudo: Quem São as Duas Testemunhas e o Que Elas Representam?

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online
Tempo de leitura:9 minutos

Apocalipse 11 é uma das passagens mais simbólicas e complexas do livro. Ele apresenta a missão da igreja no mundo, sua proteção espiritual, seu testemunho fiel diante da hostilidade e, finalmente, a proclamação da vitória do Reino de Deus. Essa visão é parte do interlúdio entre a sexta e a sétima trombeta e continua o desenvolvimento iniciado em Apocalipse 10, onde João come o livrinho e é chamado a profetizar.

O Apocalipse foi escrito por João no final do primeiro século, durante o exílio na ilha de Patmos, sob a perseguição do Império Romano. A igreja vivia entre a fé e o medo, sob pressão de um sistema hostil à mensagem de Cristo. Apocalipse 11 surge como parte de uma revelação mais ampla sobre o juízo de Deus — e o cuidado com seu povo.

Nesse cenário, João recebe uma nova visão. Ele é chamado a medir o templo, o altar e os adoradores — ação que simboliza proteção espiritual. Hernandes Dias Lopes afirma que “o templo medido representa a igreja verdadeira, protegida por Deus, enquanto o átrio exterior representa os que estão apenas na aparência da fé” (LOPES, 2005, p. 242).

Simon Kistemaker destaca que o capítulo “não fala de um templo literal, mas de uma realidade espiritual: a igreja como local de adoração verdadeira” (KISTEMAKER, 2004, p. 421). Ou seja, João usa símbolos do Antigo Testamento para revelar verdades da nova aliança.

A menção aos 42 meses, 1.260 dias e “três dias e meio” — todos períodos simbólicos — reforça que a narrativa é apocalíptica, não cronológica. Esses números apontam para um tempo de testemunho, perseguição e sofrimento, mas também de fidelidade e vitória.

O que significa medir o templo de Deus? (Apocalipse 11:1–2)

“Deram-me um caniço semelhante a uma vara de medir, e me foi dito: ‘Vá e meça o templo de Deus e o altar, e conte os adoradores que lá estiverem’” (v. 1)

João é chamado a medir não um edifício, mas uma realidade espiritual. O templo, o altar e os adoradores representam a igreja — o verdadeiro povo de Deus. A medição simboliza separação, consagração e proteção divina. Em Apocalipse 7, a igreja já havia sido selada. Aqui, ela é medida: está segura espiritualmente, ainda que exposta fisicamente.

“Exclua, porém, o pátio exterior” (v. 2)

O pátio exterior, dado aos gentios, representa o mundo hostil que persegue a igreja. Eles “pisam a cidade santa” — símbolo da perseguição. Hernandes comenta: “A igreja visível é pisada, mas a igreja verdadeira é guardada por Deus” (LOPES, 2005, p. 243).

Kistemaker argumenta que “o templo representa a habitação espiritual de Deus, ou seja, a igreja; os adoradores são os que verdadeiramente pertencem a Cristo” (KISTEMAKER, 2004, p. 426). Essa distinção entre adoradores verdadeiros e os que estão fora revela o contraste entre fé autêntica e religião aparente.

Quem são as duas testemunhas e o que elas fazem? (Apocalipse 11:3–6)

“Darei poder às minhas duas testemunhas, e elas profetizarão durante mil duzentos e sessenta dias, vestidas de pano de saco” (v. 3)

As duas testemunhas simbolizam a igreja como corpo profético. Representam não indivíduos específicos, mas a totalidade do povo de Deus que proclama sua Palavra com autoridade, mesmo sob sofrimento.

A vestimenta de pano de saco aponta para arrependimento e lamento. A mensagem da igreja traz consolo para os que creem, mas também juízo para os que rejeitam.

“Estas são as duas oliveiras e os dois candelabros que permanecem diante do Senhor da terra” (v. 4)

Essa linguagem ecoa Zacarias 4, onde Josué e Zorobabel simbolizam líderes fortalecidos pelo Espírito para restaurar Israel. Agora, os símbolos são aplicados à igreja.

As testemunhas têm poder: fecham o céu (como Elias), transformam água em sangue e ferem a terra com pragas (como Moisés). Isso revela que Deus dá autoridade à igreja para proclamar tanto graça quanto juízo.

Kistemaker observa: “O testemunho da igreja é poderoso, não por sua força, mas por sua fidelidade à Palavra de Deus” (KISTEMAKER, 2004, p. 431).

O que representa a morte das testemunhas? (Apocalipse 11:7–10)

“Quando tiverem terminado o seu testemunho, a besta que vem do Abismo os atacará. E irá vencê-los e matá-los” (v. 7)

A morte das testemunhas marca o aparente triunfo do mal sobre o povo de Deus. A besta — ainda não detalhada, mas já presente — simboliza o poder anticristão que se opõe à igreja. É a primeira vez que ela aparece no livro.

“Os cadáveres ficarão expostos na rua da grande cidade” (v. 8)

A cidade é espiritualmente chamada Sodoma (imoralidade) e Egito (escravidão), e é também o lugar onde Jesus foi crucificado. Ou seja, é o mundo inteiro, hostil a Deus.

“Durante três dias e meio […] não permitirão que sejam sepultados” (v. 9)

A exposição dos cadáveres representa o desprezo completo pela igreja. Mas o tempo é curto: três dias e meio. A vitória do mal é temporária.

“Os habitantes da terra se alegrarão” (v. 10)

A reação do mundo é de festa. Hernandes comenta: “A alegria do mundo diante da morte da igreja é prova de sua cegueira espiritual” (LOPES, 2005, p. 246). Mas essa alegria será breve.

O que simboliza a ressurreição e ascensão das testemunhas? (Apocalipse 11:11–12)

“Depois dos três dias e meio, entrou neles um sopro de vida da parte de Deus” (v. 11)

A ressurreição das testemunhas mostra que o testemunho da igreja não pode ser derrotado. Mesmo quando parece morta, Deus a levanta. Isso ecoa Ezequiel 37: o sopro de vida em um vale de ossos secos.

“Subam para cá” (v. 12)

A ascensão é símbolo de glorificação. Como Cristo ressuscitou e subiu aos céus, a igreja segue seu Senhor. E os inimigos veem. Isso aponta para a manifestação pública da vitória final dos santos.

Qual o significado do terremoto e da glória a Deus? (Apocalipse 11:13–14)

“Naquela mesma hora houve um forte terremoto” (v. 13)

O terremoto é sinal do juízo de Deus. Um décimo da cidade cai e sete mil morrem. Número simbólico que representa parte da humanidade sendo atingida.

“Os sobreviventes […] deram glória ao Deus do céu”

Essa é uma das passagens mais difíceis de interpretar. Alguns acreditam que isso representa conversão genuína; outros, remorso superficial. Kistemaker afirma: “Glorificar a Deus nesse contexto parece mais uma reação de temor do que de arrependimento” (KISTEMAKER, 2004, p. 449).

O que acontece quando a sétima trombeta é tocada? (Apocalipse 11:15–19)

“O sétimo anjo tocou a sua trombeta […] o reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo” (v. 15)

Aqui está o clímax. O reino é finalmente reivindicado por Cristo. A sétima trombeta não apresenta novos juízos, mas um anúncio de vitória. Como vimos em Apocalipse 6, os selos apontam para o juízo. Aqui, as trombetas revelam que o Reino é de Deus.

“Graças te damos […] porque assumiste o teu grande poder e começaste a reinar” (v. 17)

Os 24 anciãos — símbolo da igreja glorificada — se prostram e louvam. A gratidão é pelo governo pleno de Deus, pela chegada do juízo e pela recompensa dos santos.

“Chegou o tempo de julgares os mortos […] e de destruir os que destroem a terra” (v. 18)

Essa é uma visão antecipada do juízo final. Deus recompensa os seus e destrói os ímpios.

“Foi aberto o santuário de Deus no céu […] e ali foi vista a arca da sua aliança” (v. 19)

A arca simboliza a presença e fidelidade de Deus à sua aliança. Sua revelação aponta para comunhão eterna e cumprimento de todas as promessas. Como João verá mais tarde em Apocalipse 21, “o tabernáculo de Deus está com os homens”.

Essas visões já se cumpriram ou ainda vão se cumprir?

O testemunho, sofrimento e vitória da igreja se repetem ao longo da história. Mas o texto aponta também para um clímax escatológico. Hernandes Dias Lopes afirma: “A vitória do Reino é progressiva, mas sua manifestação plena acontecerá na volta gloriosa de Cristo” (LOPES, 2005, p. 250).

Kistemaker reforça que “o Apocalipse mostra a batalha entre o bem e o mal em ciclos — cada um revelando ângulos diferentes da mesma realidade” (KISTEMAKER, 2004, p. 454). Portanto, vivemos parte dessa profecia, mas ainda esperamos seu cumprimento final.

Quais lições espirituais este capítulo nos ensina?

  1. Deus protege espiritualmente seu povo mesmo em meio à perseguição.
  2. A igreja tem uma missão profética, mesmo quando não é compreendida.
  3. A vitória do mal é temporária. A ressurreição é certa.
  4. A fidelidade vale mais do que o sucesso aparente.
  5. A Palavra de Deus é nossa força para testemunhar, mesmo sob ameaça.
  6. A glória final pertence a Cristo — não importa o que pareça agora.
  7. É tempo de permanecer fiel, pois o juízo se aproxima.

Referências

  • KISTEMAKER, Simon. Comentário do Novo Testamento: Apocalipse. 2. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2004.
  • LOPES, Hernandes Dias. Apocalipse: O futuro chegou, as coisas que em breve devem acontecer. 1. ed. São Paulo: Hagnos, 2005.
  • Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.

Diego Nascimento

Sou Diego Nascimento e o Jesus e a Bíblia não é apenas um projeto, é um chamado. Deus deu essa missão a mim e a Carol (esposa) por meio do Espírito Santo. Amamos a Palavra de Deus e acreditamos que ela pode mudar a sua vida, assim como mudou a nossa.

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