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Início » Bíblia de Estudo Online » Mateus 24 Estudo: Estamos vivendo os últimos dias?

Mateus 24 Estudo: Estamos vivendo os últimos dias?

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online
Tempo de leitura:7 minutos

Mateus 24 faz parte do chamado Sermão Profético ou Discurso do Monte das Oliveiras. Ele ocorre poucos dias antes da crucificação de Jesus. Após deixar o templo de Jerusalém, Jesus anuncia sua completa destruição, o que provoca perguntas dos discípulos sobre o fim dos tempos e a sua vinda.

Para o leitor moderno, é importante lembrar o peso que o templo tinha para os judeus do primeiro século. Era o símbolo da fé judaica e da presença de Deus. Após o exílio babilônico e a reconstrução do templo por Zorobabel, Herodes, o Grande, empreendeu uma reforma gigantesca que transformou o templo em um dos edifícios mais impressionantes do mundo antigo.

Jesus, ao profetizar que “não ficará aqui pedra sobre pedra” (Mateus 24.2), abalou profundamente a mente dos discípulos. Eles associavam a destruição do templo ao juízo final. Por isso, as perguntas no versículo 3 refletem essa confusão: “Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos?”

R. C. Sproul explica que o sermão de Jesus carrega tanto um cumprimento próximo, relacionado à destruição de Jerusalém em 70 d.C., quanto elementos escatológicos que apontam para o futuro retorno de Cristo (SPROUL, 2010, p. 611).

William Hendriksen também enfatiza que Mateus 24 não deve ser lido de forma simplista ou linear. Há sobreposição de profecias, com linguagem simbólica e literal entrelaçadas (HENDRIKSEN, 2001, p. 856).

Como podemos analisar o texto de Mateus 24 por seções?

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A destruição do templo e o início da conversa (Mateus 24.1–3)

Os discípulos, admirados com o templo, recebem de Jesus a chocante revelação: “não ficará aqui pedra sobre pedra” (v. 2). A destruição literal do templo, que ocorreria em 70 d.C. pelas mãos dos romanos, foi o cumprimento desta palavra.

Na sequência, no Monte das Oliveiras, os discípulos fazem três perguntas: quando isso acontecerá, qual o sinal da vinda de Cristo e qual o sinal do fim dos tempos. Essa fusão de eventos no pensamento dos discípulos é essencial para entender o discurso.

Os sinais do princípio das dores (Mateus 24.4–14)

Jesus alerta sobre falsos cristos, guerras, fomes, terremotos e perseguições. Todos esses eventos fazem parte do que Ele chama de “princípio das dores” (v. 8), uma alusão às contrações iniciais antes do parto.

Na época entre a ascensão de Jesus e a destruição de Jerusalém, todos esses sinais de fato aconteceram. Houve conflitos, fome e terremotos registrados na história daquele período.

Além disso, Jesus fala da traição e do esfriamento do amor (v. 10–12) e também da pregação do Evangelho a todas as nações antes do fim (v. 14). O apóstolo Paulo, em Colossenses 1.6, afirma que o Evangelho já havia se espalhado “em todo o mundo” dentro daquela geração.

O sacrilégio terrível e a grande tribulação (Mateus 24.15–28)

Jesus menciona o “sacrilégio terrível” (v. 15), fazendo referência a Daniel. Historicamente, entende-se que isso se cumpriu quando os romanos, com seus estandartes e ídolos, profanaram o templo em 70 d.C.

A grande tribulação, descrita como sem precedentes, foi uma realidade brutal durante o cerco de Jerusalém, conforme relatado pelo historiador Josefo.

Jesus orienta fuga imediata (v. 16–20), mostrando que, para os discípulos da época, esses eventos eram concretos e literais.

A vinda do Filho do Homem (Mateus 24.29–31)

Aqui, Jesus usa linguagem apocalíptica comum no Antigo Testamento, como em Isaías 13. Ele fala do escurecimento do sol, da queda das estrelas e do abalo dos céus.

Sproul observa que esta linguagem não precisa ser lida como um evento astronômico literal, mas sim como uma forma de comunicar o juízo de Deus sobre Jerusalém (SPROUL, 2010, p. 636).

A “vinda do Filho do Homem” aqui aponta, não necessariamente ao retorno final de Cristo, mas à sua vinda em juízo sobre Israel, demonstrada na destruição de Jerusalém.

A parábola da figueira e o tempo da profecia (Mateus 24.32–35)

Jesus usa a figueira como ilustração: quando os galhos brotam, o verão está próximo. Da mesma forma, quando os discípulos vissem os sinais, deveriam entender que o juízo estava às portas.

Ele é categórico: “não passará esta geração até que todas essas coisas aconteçam” (v. 34). Hendriksen destaca que a palavra geração se refere à geração contemporânea de Jesus, ou seja, aquelas pessoas presenciaram o cumprimento dessas profecias (HENDRIKSEN, 2001, p. 869).

O dia e a hora desconhecidos (Mateus 24.36–44)

Jesus afirma que o dia e a hora exatos são desconhecidos, inclusive por Ele em sua humanidade. Essa declaração, longe de anular o que foi dito antes, reforça a necessidade de vigilância.

O exemplo dos dias de Noé mostra como as pessoas vivem despreocupadas, até que o juízo chega inesperadamente.

Os servos fiéis e infiéis (Mateus 24.45–51)

Jesus encerra o capítulo com uma exortação à fidelidade. O servo prudente cumpre suas responsabilidades mesmo sem saber quando o senhor voltará. Já o servo infiel abusa da sua posição, esquecendo-se de que o juízo é certo.

Essa distinção ecoa a parábola dos talentos e os ensinamentos sobre vigilância em Mateus 25.

Como as profecias de Mateus 24 se cumpriram?

Grande parte do que Jesus profetizou se cumpriu de forma impressionante na destruição de Jerusalém em 70 d.C. Os sinais iniciais, a tribulação, o sacrilégio e o juízo sobre o templo aconteceram exatamente como Ele previu.

Como Sproul enfatiza, isso demonstra a autoridade profética de Jesus e a veracidade das Escrituras (SPROUL, 2010, p. 638).

No entanto, Mateus 24 também aponta para um cumprimento final. Há elementos que ultrapassam o cerco de Jerusalém e se conectam ao retorno glorioso de Cristo, como em Apocalipse 21.

Quais são as lições espirituais e aplicações práticas de Mateus 24?

Ao ler Mateus 24, aprendo que Deus cumpre o que promete. A destruição do templo, algo impensável na época, aconteceu conforme a palavra de Jesus.

Também sou chamado à vigilância. A vida cristã não permite acomodação. Não sabemos o dia nem a hora, mas devemos viver preparados, como ensina Mateus 25.13.

Outro ensino fundamental é a perseverança. Jesus disse: “aquele que perseverar até o fim será salvo” (v. 13). Não se trata de ganhar salvação pelas obras, mas de provar, pela constância, a autenticidade da fé.

Por fim, há um alerta contra o engano religioso. Falsos cristos e falsos profetas sempre existirão. Por isso, preciso conhecer as Escrituras e permanecer firme na verdade revelada, como também nos exorta 2 Timóteo 3.16–17.

Mateus 24 me lembra que, em meio ao caos, Deus está no controle. Seu Reino avança, e nenhum evento foge ao seu plano soberano.


Referências

  • HENDRIKSEN, William. O Comentário do Novo Testamento: Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, 2001.
  • SPROUL, R. C. Estudos Bíblicos Expositivos em Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, 2010.
  • Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.
Diego Nascimento

Sou Diego Nascimento e o Jesus e a Bíblia não é apenas um projeto, é um chamado. Deus deu essa missão a mim e a Carol (esposa) por meio do Espírito Santo. Amamos a Palavra de Deus e acreditamos que ela pode mudar a sua vida, assim como mudou a nossa.

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