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Início » Bíblia de Estudo Online » 1 João 4: Como saber se uma mensagem vem mesmo de Deus?

1 João 4: Como saber se uma mensagem vem mesmo de Deus?

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online
Tempo de leitura:10 minutos

1 João 4 é um daqueles capítulos que me confronta de maneira muito direta. Ele me faz lembrar que a vida cristã não é apenas sobre o que eu creio, mas sobre o que eu vivo. Não basta falar de Jesus, preciso discernir o que é verdadeiro e, acima de tudo, aprender a amar como Deus ama. Às vezes, no meio de tantas opiniões, doutrinas e pessoas dizendo “isso vem de Deus”, eu me pego confuso. Mas João, com simplicidade e firmeza, nos dá critérios claros para reconhecer o que é de Deus e o que não é.

Qual é o contexto histórico e teológico de 1 João 4?

A Primeira Carta de João foi escrita provavelmente entre 85 e 95 d.C., em um contexto em que a igreja da Ásia Menor, especialmente em Éfeso, estava sendo abalada por falsos mestres. Esses mestres ensinavam ideias que negavam aspectos fundamentais do evangelho, como a encarnação de Jesus.

Keener explica que, naquela época, existia uma forte influência do judaísmo, que reconhecia o Espírito de Deus, mas também admitia a existência de falsos profetas e outros espíritos. Além disso, havia práticas religiosas extáticas e místicas tanto entre os pagãos quanto entre alguns grupos judeus da Ásia Menor (KEENER, 2017).

Por isso, João escreve com tanta preocupação em relação ao discernimento. Ele sabia que, no meio da comunidade cristã, surgiriam pessoas afirmando ter “inspiração divina”, mas que, na verdade, estavam sendo guiadas por outro espírito.

Kistemaker destaca que o maior perigo não vinha de fora da igreja, mas de dentro. Alguns dos próprios membros estavam sendo seduzidos por essas doutrinas falsas, o que gerava confusão, divisão e esfriamento no amor (KISTEMAKER, 2006).

Diante desse cenário, João escreve como um pastor amoroso, mas também como um apóstolo experiente e firme, chamando os cristãos a discernirem os espíritos e permanecerem firmes na verdade e no amor.

Como o texto de 1 João 4 se desenvolve?

1. Como discernir os espíritos? (1 João 4.1-6)

João começa o capítulo com um alerta muito atual: “Amados, não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo” (1 João 4.1).

Eu confesso que, muitas vezes, fico impressionado com a quantidade de vozes, pregadores, “profetas” e “apóstolos” que aparecem dizendo falar em nome de Deus. Mas João nos ensina que nem tudo o que parece espiritual vem do Espírito de Deus.

O critério central para discernir os espíritos é a confissão correta sobre Jesus: “Todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne procede de Deus” (1 João 4.2). Aqui, João está combatendo diretamente a heresia docética, que negava que Jesus veio em carne, ou seja, negava a encarnação real de Cristo.

Keener observa que, para muitos judeus e até para alguns místicos daquela época, era mais aceitável imaginar um Jesus espiritual ou apenas um profeta elevado. Mas afirmar que o Filho de Deus veio em carne era escandaloso para eles (KEENER, 2017).

Já o espírito que nega Jesus é o espírito do anticristo: “Esse é o espírito do anticristo, acerca do qual vocês ouviram que está vindo, e agora já está no mundo” (1 João 4.3).

Isso me faz lembrar que o engano espiritual nem sempre aparece de maneira escandalosa. Às vezes, ele se apresenta com aparência piedosa, mas nega a essência do evangelho.

João, então, consola os cristãos dizendo: “Vocês são de Deus e os venceram, porque aquele que está em vocês é maior do que aquele que está no mundo” (1 João 4.4).

Essa frase sempre me traz segurança. Não preciso ter medo do anticristo ou dos falsos mestres. O Espírito de Deus habita em mim e é infinitamente maior do que qualquer espírito maligno.

João conclui essa seção mostrando a diferença entre os filhos de Deus e os do mundo: “Nós viemos de Deus, e todo aquele que conhece a Deus nos ouve; mas quem não vem de Deus não nos ouve. Dessa forma reconhecemos o Espírito da verdade e o espírito do erro” (1 João 4.6).

2. Como o amor revela nossa origem espiritual? (1 João 4.7-12)

João, então, muda o foco do teste da doutrina para o teste do amor. Ele escreve: “Amados, amemo-nos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1 João 4.7).

Sempre que leio esse texto, fico pensando como é simples e ao mesmo tempo profundo. Não adianta ter a teologia certa se eu não amo as pessoas. Amar é o sinal mais claro de que alguém conhece a Deus.

Kistemaker lembra que o amor que João fala aqui não é apenas um sentimento, mas o amor divino, aquele que tem origem em Deus e que se expressa em atitudes concretas de cuidado, sacrifício e serviço (KISTEMAKER, 2006).

João é categórico: “Quem não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1 João 4.8).

Eu aprendo aqui que não existe separação entre doutrina e prática. Posso até saber muito sobre Deus, mas se minha vida não transborda em amor, algo está profundamente errado.

João aponta o maior exemplo desse amor: “Foi assim que Deus manifestou o seu amor entre nós: enviou o seu Filho Unigênito ao mundo, para que pudéssemos viver por meio dele” (1 João 4.9).

É impossível falar de amor sem olhar para a cruz. Deus não apenas disse que nos ama. Ele provou isso de forma prática e dolorosa, enviando o Seu Filho para morrer pelos nossos pecados.

E João reforça: “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1 João 4.10).

O amor de Deus é iniciativa dEle, não nossa. Isso me ensina humildade e gratidão. Eu só amo porque Ele me amou primeiro.

Por isso, João conclui: “Amados, visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar-nos uns aos outros” (1 João 4.11).

Amar o próximo não é opcional para quem diz seguir a Jesus. É uma resposta natural ao amor que recebemos de Deus.

3. Como o amor de Deus se revela em nós? (1 João 4.13-21)

João, então, aprofunda o tema do amor ao falar da habitação de Deus em nós: “Sabemos que permanecemos nele, e ele em nós, porque ele nos deu do seu Espírito” (1 João 4.13).

O Espírito Santo não é apenas uma força ou influência. Ele é a presença real de Deus em nós, que nos capacita a viver em amor.

João testemunha sobre Jesus: “E vimos e testemunhamos que o Pai enviou seu Filho para ser o Salvador do mundo” (1 João 4.14).

Essa é a base da fé cristã. Jesus é o Salvador do mundo, e crer nisso nos faz permanecer em Deus: “Se alguém confessa publicamente que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece nele, e ele em Deus” (1 João 4.15).

Quando confesso a Cristo como Filho de Deus, essa não é apenas uma declaração intelectual. É um compromisso de vida. É reconhecer que dependo dEle todos os dias.

João afirma: “Deus é amor. Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele” (1 João 4.16).

Essa frase sempre me desafia. Não é possível estar em Deus e ser indiferente ao próximo. Amor e permanência em Deus estão ligados.

O amor gera confiança: “Dessa forma o amor está aperfeiçoado entre nós, para que no dia do juízo tenhamos confiança” (1 João 4.17).

Quando vivo no amor, não preciso temer o julgamento final. E João conclui: “No amor não há medo; pelo contrário o perfeito amor expulsa o medo” (1 João 4.18).

Esse versículo me consola muito. Não preciso viver com medo do castigo. Quando sei que sou amado por Deus e amo ao próximo, meu coração descansa.

Por fim, João diz algo muito prático: “Se alguém afirmar: ‘Eu amo a Deus’, mas odiar seu irmão, é mentiroso” (1 João 4.20).

Não dá para dizer que ama a Deus e desprezar o irmão. Nosso amor a Deus se revela na forma como tratamos as pessoas.

João encerra com o mandamento claro: “Quem ama a Deus, ame também seu irmão” (1 João 4.21).

Quais conexões proféticas encontramos em 1 João 4?

Este capítulo está profundamente conectado ao Antigo e Novo Testamento:

  • A afirmação de que “Jesus veio em carne” responde diretamente às profecias messiânicas como Isaías 7.14 e Miquéias 5.2, que anunciavam o nascimento do Messias.
  • O amor de Deus revelado na cruz é o cumprimento de João 3.16, onde Jesus é apresentado como prova do amor de Deus pelo mundo.
  • O Espírito dado aos crentes cumpre as promessas de Ezequiel 36.27 e Joel 2.28, sobre o Espírito sendo derramado sobre o povo de Deus.

Além disso, a ênfase no amor ao próximo retoma o mandamento de Levítico 19.18, reafirmado por Jesus em Mateus 22.39.

O que 1 João 4 me ensina para a vida hoje?

Este capítulo me ensina verdades práticas e profundas:

  • Não posso acreditar em tudo o que ouço. Preciso testar os espíritos e examinar as doutrinas à luz da Palavra.
  • A confissão correta sobre Jesus é essencial. Ele é Deus encarnado, Salvador do mundo.
  • O amor é o maior sinal de que pertenço a Deus. Sem amor, minha fé é vazia.
  • O medo não domina o coração que conhece o amor de Deus. Posso viver em segurança, sabendo que Deus me ama.
  • Amar a Deus e amar ao próximo são inseparáveis. Não dá para dizer que amo a Deus se desprezo as pessoas ao meu redor.

Sempre que leio 1 João 4, sou confrontado a olhar para minha fé de forma honesta. Não basta ter a doutrina certa. É preciso que o amor de Deus transforme meu coração e minha forma de viver.

Andar em amor é a maior evidência de que Deus habita em mim. E, mesmo em um mundo cheio de engano, posso viver com segurança, sabendo que “aquele que está em mim é maior do que aquele que está no mundo” (1 João 4.4).


Referências

  • KISTEMAKER, Simon. Tiago e Epístolas de João. 1. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2006.
  • KEENER, Craig S. Comentário Histórico-Cultural da Bíblia: Novo Testamento. Tradução: José Gabriel Said. Edição Ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2017.
  • Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.

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