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Atos 18: Como Deus transforma lugares difíceis em missão?

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online
Tempo de leitura:9 minutos

Atos 18 revela um dos momentos mais estratégicos da expansão do Evangelho no primeiro século. Aqui, Paulo chega à famosa cidade de Corinto, enfrenta oposição, persevera, vê o nascimento da igreja local e, mais adiante, o ministério de Apolo se destaca. Ao ler esse capítulo, percebo como Deus age tanto por meio dos desafios quanto das oportunidades para estabelecer o Reino em lugares improváveis, como foi o caso daquela cidade marcada pelo comércio e pela imoralidade.

Qual é o contexto histórico e teológico de Atos 18?

O livro de Atos, escrito por Lucas, narra as viagens missionárias de Paulo e o avanço da igreja pelo Império Romano. Em Atos 18, acompanhamos o apóstolo deixando Atenas e seguindo para Corinto, capital da província da Acaia.

Segundo Kistemaker (2016), Corinto havia sido destruída por Roma em 146 a.C. e refundada como colônia romana em 44 a.C., por Júlio César. No tempo de Paulo, a cidade era um dos centros políticos e econômicos mais importantes da Grécia. Como explica Keener (2017), sua localização estratégica, entre dois portos, fazia dela um polo de comércio internacional, conectando Roma ao Oriente.

Corinto, além de ser um centro comercial, era também símbolo de devassidão. O templo de Afrodite e a fama das prostitutas cultuais transformaram o nome da cidade em sinônimo de imoralidade. Mesmo assim, ou talvez justamente por isso, Deus escolheu esse lugar como palco do avanço do Evangelho.

Teologicamente, Atos 18 demonstra o cumprimento das promessas de Jesus em Atos 1.8, sobre o testemunho cristão se expandir até os confins da terra. Mostra também como Deus conduz cada detalhe, desde o encontro com Priscila e Áquila até o encorajamento pessoal que Jesus dá a Paulo.

Como o texto de Atos 18 se desenvolve?

O capítulo se divide em quatro momentos que revelam o cuidado soberano de Deus e a perseverança dos missionários.

1. O que aprendemos com a chegada de Paulo a Corinto? (Atos 18.1-4)

Atos 18 - Terceira Viagem Missionária de Paulo

O texto começa:

“Depois disso Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto” (Atos 18.1).

Após o discurso no Areópago, Paulo se dirige à capital da Acaia. Corinto, com cerca de 200 mil habitantes, era um ambiente desafiador para a pregação do Evangelho.

Logo, ele encontra Áquila e Priscila, judeus expulsos de Roma por ordem de Cláudio. Como destaca Keener (2017), a expulsão dos judeus de Roma, em 49 d.C., provavelmente estava relacionada aos conflitos entre judeus e cristãos, como indica o historiador Suetônio.

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Paulo, que compartilhava a profissão de fabricante de tendas, se une ao casal e trabalha com eles. Isso me ensina que o ministério pode, muitas vezes, ser sustentado pelo próprio esforço, sem deixar de ser eficaz. Como o próprio Paulo ensinaria depois, “os que pregam o evangelho que vivam do evangelho”, mas ele também decidiu trabalhar com as próprias mãos quando necessário (1 Coríntios 9.14).

Nos sábados, Paulo ia à sinagoga debater, tentando convencer judeus e gregos tementes a Deus.

2. Como Deus confirma o ministério de Paulo? (Atos 18.5-11)

Com a chegada de Silas e Timóteo, vindos da Macedônia, Paulo passa a se dedicar integralmente à pregação. Kistemaker (2016) explica que eles provavelmente trouxeram uma oferta das igrejas da Macedônia (2 Coríntios 11.9), permitindo que Paulo deixasse o trabalho manual por um tempo.

Mesmo assim, a resistência dos judeus cresce. Eles rejeitam a mensagem e insultam Paulo, que reage com um gesto simbólico:

“Caia sobre a cabeça de vocês o seu próprio sangue! Estou livre da minha responsabilidade. De agora em diante irei para os gentios” (Atos 18.6).

Esse gesto de sacudir as roupas remete a Ezequiel 33.4, onde o atalaia é considerado inocente se advertir o povo e este, ainda assim, se recusar a ouvir.

Diante da oposição, Paulo se instala na casa de Tício Justo, ao lado da sinagoga. Em um gesto surpreendente, Crispo, o chefe da sinagoga, crê no Senhor com toda a sua casa. Muitos outros coríntios também creem e são batizados.

Em meio a essa fase de desafios e conquistas, o próprio Jesus aparece a Paulo numa visão e o encoraja:

“Não tenha medo, continue falando e não fique calado, pois estou com você, e ninguém vai lhe fazer mal ou feri-lo, porque tenho muita gente nesta cidade” (Atos 18.9-10).

Essa promessa me emociona. Deus conhece os seus e garante a Paulo proteção e frutos, mesmo em um ambiente tão hostil como Corinto. Paulo permanece ali por um ano e meio, ensinando a Palavra de Deus.

3. O que aconteceu no tribunal de Gálio? (Atos 18.12-17)

A oposição dos judeus continua, e eles tentam usar o tribunal romano para calar Paulo. Levam o apóstolo até o procônsul Gálio, acusando-o de “persuadir o povo a adorar a Deus de maneira contrária à lei” (Atos 18.13).

Gálio, contudo, se recusa a se envolver em disputas religiosas internas dos judeus. Ele entende que o cristianismo, naquele momento, era visto como uma vertente do judaísmo, o que, conforme Keener (2017), o colocava sob a proteção legal da religião judaica no Império Romano.

Quando Gálio os expulsa do tribunal, a multidão se volta contra Sóstenes, o chefe da sinagoga, e o espanca. Kistemaker (2016) observa que esse episódio revela tanto o desprezo das autoridades romanas pelas disputas religiosas dos judeus quanto o ambiente instável de Corinto.

Apesar disso, a atitude de Gálio cria um precedente favorável à pregação do Evangelho, pois, na prática, o cristianismo não é proibido na Acaia.

4. Como o ministério de Apolo contribui para a igreja? (Atos 18.18-28)

Após um tempo em Corinto, Paulo segue viagem para Éfeso, acompanhado de Priscila e Áquila. Em Cencréia, ele raspa a cabeça, como cumprimento de um voto, mostrando que, embora cristão, ainda respeitava práticas judaicas quando apropriado.

Chegando a Éfeso, Paulo debate na sinagoga, mas parte logo, prometendo voltar se Deus permitir.

Enquanto isso, surge Apolo, um judeu de Alexandria, culto e conhecedor das Escrituras. Ele falava com fervor sobre Jesus, mas só conhecia o batismo de João. Priscila e Áquila o recebem e o instruem com mais exatidão no caminho de Deus.

Apolo segue para a Acaia, onde, com grande habilidade, refuta os judeus e prova pelas Escrituras que Jesus é o Cristo. Isso me ensina que o Evangelho é anunciado de formas diversas: por meio do trabalho de Paulo, do ensino paciente de Priscila e Áquila e da pregação eloquente de Apolo. Cada um contribui com seus dons e sua história para o avanço do Reino.

Que conexões proféticas encontramos em Atos 18?

Embora Atos 18 não cite diretamente profecias do Antigo Testamento, o texto aponta para o cumprimento de várias delas:

  • O chamado aos gentios em Corinto cumpre o plano de Deus revelado a Abraão, de abençoar todas as nações (Gênesis 12.3).
  • A visão de Jesus a Paulo ecoa a promessa de proteção e presença divina dada a líderes como Josué (Josué 1.9).
  • O fortalecimento da igreja em meio à oposição cumpre a promessa de Jesus de que as portas do inferno não prevaleceriam contra a sua igreja (Mateus 16.18).
  • O papel de Apolo, judeu helenista, demonstra como Deus cumpre seu propósito de levar o Evangelho tanto a judeus quanto a gentios, conforme as profecias messiânicas de Isaías 49.6.

O que Atos 18 me ensina para a vida hoje?

Esse capítulo me traz lições valiosas e práticas:

  • Deus trabalha em ambientes desafiadores. Mesmo em Corinto, conhecida pela imoralidade, o Evangelho floresceu. Não devo subestimar o poder de Deus em lugares difíceis.
  • O sustento do ministério pode vir de diversas formas. Assim como Paulo trabalhou com as próprias mãos, Deus pode usar meu trabalho secular para abrir portas para o Evangelho.
  • Deus cuida dos detalhes. O encontro com Áquila e Priscila não foi acaso, mas parte do plano divino.
  • O medo não deve me paralisar. Quando Paulo sentiu medo, Jesus o encorajou. Deus faz o mesmo comigo quando as dificuldades me cercam.
  • O Evangelho avança por meio de diferentes pessoas. Cada um com seus dons contribui para a missão.
  • A fidelidade a Deus não me isenta de oposição, mas Deus garante proteção e propósito em meio às lutas.

Como Atos 18 me conecta ao restante das Escrituras?

Vejo em Atos 18 a confirmação do plano de Deus ao longo de toda a Bíblia:

  • O Evangelho alcançando os gentios cumpre as promessas a Abraão.
  • A presença de Jesus com Paulo relembra o que Ele prometeu em Mateus 28.20.
  • A oposição e o cuidado divino ecoam o que o próprio Jesus enfrentou e prometeu aos discípulos.
  • O papel de Apolo mostra que o conhecimento e o zelo, quando guiados pelo Espírito, fortalecem a igreja.
  • A igreja de Corinto, mesmo com seus problemas futuros, representa o triunfo da graça de Deus em um ambiente difícil.

Ao ler Atos 18, entendo que o Reino de Deus cresce em meio às adversidades. Deus chama, protege, envia e capacita os seus. E assim como fez em Corinto, Ele segue edificando a sua igreja hoje.


Referências

  • KEENER, Craig S. Comentário Histórico-Cultural da Bíblia: Novo Testamento. Tradução: José Gabriel Said. Edição Ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2017.
  • KISTEMAKER, Simon. Atos. Tradução: Ézia Mullis e Neuza Batista da Silva. 2. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2016.
  • Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.
Diego Nascimento

Sou Diego Nascimento e o Jesus e a Bíblia não é apenas um projeto, é um chamado. Deus deu essa missão a mim e a Carol (esposa) por meio do Espírito Santo. Amamos a Palavra de Deus e acreditamos que ela pode mudar a sua vida, assim como mudou a nossa.

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