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Mateus 16 Estudo: quem Jesus é para você?

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online
Tempo de leitura:8 minutos

O capítulo 16 de Mateus marca um momento crucial no Evangelho. Até aqui, os discípulos testemunharam milagres, ouviram parábolas e viram o poder de Jesus se manifestar. Mas agora, o foco muda. Jesus começa a preparar seus seguidores para algo muito mais profundo: o sofrimento, a cruz e a revelação definitiva de quem Ele é.

Mateus registra que os fariseus e saduceus, líderes religiosos rivais, se unem para tentar Jesus. Ao mesmo tempo, os discípulos precisam amadurecer e entender que seguir a Cristo não é sobre glória terrena, mas sobre negar-se a si mesmo.

É importante lembrar que Mateus escreve para judeus do primeiro século. Por isso, ele conecta o ministério de Jesus diretamente às profecias do Antigo Testamento, mostrando que Ele é o Messias esperado. Como afirma R. C. Sproul: “Mateus escreveu seu Evangelho para provar que Jesus era o Messias, o Rei que Israel esperava, e que cumpria todas as promessas do Antigo Testamento” (SPROUL, 2010, p. 5).

A seguir, vamos analisar o texto com mais detalhes.

Por que os líderes religiosos pediram um sinal? (Mateus 16.1–4)

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Os fariseus e saduceus eram grupos rivais. Os primeiros, mais conservadores, acreditavam em toda a Escritura e em milagres. Os segundos, liberais, rejeitavam boa parte do Antigo Testamento e negavam o sobrenatural. Porém, ambos se unem contra Jesus.

Eles pedem um “sinal do céu” (v. 1), ou seja, um milagre inquestionável, vindo diretamente de Deus, que confirmasse a identidade de Jesus. Mas essa exigência não era sincera; eles estavam tentando-o, como já haviam feito em Mateus 12.

Jesus responde de forma direta, usando um provérbio popular: “Vocês sabem interpretar o aspecto do céu, mas não sabem interpretar os sinais dos tempos” (v. 3). Eles eram bons em prever o tempo, mas cegos para perceber o cumprimento das profecias diante dos próprios olhos.

O único sinal que receberiam seria o de Jonas (v. 4), referência à sua morte e ressurreição, como já explicado em Mateus 12.40.

William Hendriksen destaca: “A geração perversa não buscava a verdade, mas sim argumentos para rejeitá-la” (HENDRIKSEN, 2001, p. 686).

O que significa o fermento dos fariseus e saduceus? (Mateus 16.5–12)

Logo após esse confronto, Jesus e os discípulos atravessam o mar da Galileia. Durante a viagem, os discípulos percebem que esqueceram de levar pão. Jesus, então, alerta: “Estejam atentos e tenham cuidado com o fermento dos fariseus e dos saduceus” (v. 6).

Eles pensam que Ele está falando do pão físico, mas Jesus explica que está falando do ensino desses líderes (v. 12).

Na Bíblia, o fermento muitas vezes representa algo que se infiltra e contamina. Aqui, simboliza a doutrina corrupta e hipócrita dos fariseus (legalismo e tradições humanas) e dos saduceus (ceticismo e incredulidade).

Essa advertência continua atual. Muitos hoje relativizam a verdade, distorcem o Evangelho ou acrescentam regras humanas. Como discípulos de Jesus, devemos estar atentos e firmes na sã doutrina, como lemos em 2 Timóteo 4.3–4.

Quem é Jesus segundo os discípulos? (Mateus 16.13–20)

Em Cesareia de Filipe, longe das multidões, Jesus faz uma pergunta decisiva: “Quem os homens dizem que o Filho do homem é?” (v. 13). Os discípulos respondem com as opiniões populares: João Batista, Elias, Jeremias ou algum dos profetas.

Mas a pergunta mais importante vem em seguida: “E vocês? Quem vocês dizem que eu sou?” (v. 15).

Pedro responde com firmeza: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (v. 16).

Essa confissão é o ponto alto do capítulo. Pedro reconhece que Jesus não é apenas um profeta ou mestre, mas o Messias prometido, o próprio Filho de Deus.

R. C. Sproul comenta: “Essa declaração não foi fruto do intelecto humano, mas revelação direta do Pai celestial” (SPROUL, 2010, p. 437).

Jesus confirma: “Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus” (v. 17).

Em seguida, Ele diz: “Você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (v. 18).

Hendriksen explica que a “pedra” sobre a qual a igreja é edificada não é Pedro em si, mas sua confissão: a fé em Cristo como o Filho de Deus (HENDRIKSEN, 2001, p. 690).

Jesus promete que “as portas do Hades” (o poder da morte) não prevalecerão contra a igreja (v. 18). Ou seja, nem a morte, nem o inferno poderão destruir o povo de Deus.

Ele também fala sobre as chaves do Reino (v. 19), que simbolizam autoridade espiritual. O que Pedro liga ou desliga na terra reflete a vontade de Deus revelada nos céus, algo que se aplica ao ministério de proclamação do Evangelho e disciplina eclesiástica, como também vemos em Mateus 18.18.

Por que Jesus anunciou seu sofrimento? (Mateus 16.21–28)

Após a confissão de Pedro, Jesus começa a explicar o caminho da cruz. Ele diz que precisa ir a Jerusalém, sofrer, ser morto e ressuscitar (v. 21).

Os discípulos esperavam um Messias vitorioso, que livraria Israel de Roma. A ideia de um Messias sofredor era incompreensível para eles, apesar das profecias de Isaías 53 e Salmo 22.

Pedro, talvez cheio de zelo, repreende Jesus: “Nunca, Senhor! Isso nunca te acontecerá!” (v. 22).

Mas Jesus responde com firmeza: “Para trás de mim, Satanás! Você é uma pedra de tropeço para mim” (v. 23).

Aqui, vemos o contraste: antes, Pedro foi chamado de pedra da confissão; agora, é uma pedra de tropeço, ao tentar afastar Jesus da cruz.

Sproul explica: “Pedro, sem perceber, estava ecoando a tentação de Satanás no deserto, ao sugerir um caminho sem sofrimento” (SPROUL, 2010, p. 440).

Jesus então ensina o custo do discipulado: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (v. 24).

Negar-se a si mesmo significa abrir mão dos próprios desejos e vontades. Tomar a cruz é aceitar o sofrimento, a humilhação e até a morte por amor a Cristo.

Jesus completa: “Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a vida por minha causa, a encontrará” (v. 25).

Essas palavras nos lembram que a verdadeira vida não está nas conquistas terrenas, mas na entrega total a Cristo. Como diz Filipenses 3.8, tudo é perda diante da excelência de conhecer Jesus.

Por fim, Jesus fala do juízo final (v. 27) e diz que alguns ali presentes veriam o Filho do Homem vindo em seu Reino (v. 28). Essa expressão aponta, provavelmente, para a transfiguração (Mateus 17), a ressurreição ou até o Pentecostes, quando o Reino de Deus se manifestaria de forma poderosa.

Como Mateus 16 aponta para o cumprimento das profecias?

Todo o capítulo reforça o cumprimento das Escrituras:

  • O sinal de Jonas (v. 4) remete à morte e ressurreição de Cristo, conforme profetizado em Salmo 16.10 e Isaías 53.
  • A confissão de Pedro confirma que Jesus é o Messias esperado, o Filho de Deus, conforme promessas feitas a Davi em 2 Samuel 7.
  • O anúncio da cruz revela o cumprimento do papel do Servo Sofredor descrito por Isaías.
  • A promessa da vitória sobre o Hades aponta para a ressurreição e o triunfo final de Cristo, conforme Apocalipse 1.18.

O que Mateus 16 me ensina para a vida hoje?

Esse capítulo me confronta em vários pontos.

Primeiro, preciso ter cuidado com o fermento — o ensino corrompido, seja ele legalista, liberal ou mundano. Doutrina importa. Como afirma Hendriksen: “Negligenciar a doutrina abre espaço para o erro e para o afastamento de Deus” (HENDRIKSEN, 2001, p. 693).

Segundo, sou desafiado a responder a pergunta de Jesus: “Quem você diz que eu sou?” (v. 15). Essa resposta não pode ser superficial. Reconhecer Jesus como o Cristo, o Filho do Deus vivo, transforma tudo.

Terceiro, o caminho da cruz é inevitável. Seguir a Cristo implica negar a mim mesmo, aceitar o sofrimento e confiar que, ao perder, ganho a verdadeira vida.

Por fim, preciso viver com os olhos na eternidade. Jesus prometeu recompensas eternas e garantiu que o Reino já começou a se manifestar. A glória que virá vale infinitamente mais do que qualquer sacrifício aqui.


Referências

  • HENDRIKSEN, William. O Comentário do Novo Testamento: Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, 2001.
  • SPROUL, R. C. Estudos Bíblicos Expositivos em Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, 2010.
  • Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.

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