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Início » Bíblia de Estudo Online » Filipenses 3: O que impede você de avançar para o prêmio?

Filipenses 3: O que impede você de avançar para o prêmio?

Seguir a Jesus vai custar tudo o que temos, mas será que isso vale a pena?

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online
Tempo de leitura:10 minutos

Filipenses 3 sempre mexe comigo. Toda vez que leio esse capítulo, percebo o quanto ainda me apego a coisas que, diante de Cristo, não têm valor algum. Paulo, com sua sinceridade e profundidade, nos convida a reavaliar onde está o nosso orgulho, a nossa confiança e o nosso alvo final. É impossível passar por esse texto sem ser confrontado a abandonar o que é passageiro e abraçar o que realmente importa: conhecer a Cristo.

Qual é o contexto histórico e teológico de Filipenses 3?

A carta aos Filipenses foi escrita por Paulo durante sua prisão em Roma, por volta de 60 ou 61 d.C., conforme o relato de Atos 28. Trata-se de uma das conhecidas “cartas da prisão”, ao lado de Efésios, Colossenses e Filemom.

A cidade de Filipos era uma colônia romana na região da Macedônia, fortemente marcada por orgulho cívico e influência militar. Muitos de seus habitantes eram veteranos do exército romano, e a cidadania romana era motivo de grande honra. Por isso, quando Paulo fala sobre “cidadania nos céus” (Filipenses 3.20), ele toca diretamente naquilo que os filipenses mais valorizavam.

William Hendriksen destaca que a carta, apesar de ter tom pastoral e alegre, também carrega advertências claras contra os falsos mestres, especialmente no capítulo 3. Esses mestres distorciam o evangelho, exaltavam a justiça própria e confiavam em rituais externos (HENDRIKSEN, 1992).

Craig Keener observa que o contexto cultural de Filipos torna ainda mais relevante o ensino de Paulo sobre não confiar em títulos ou conquistas humanas, algo muito valorizado naquele ambiente romano (KEENER, 2017).

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Como o texto de Filipenses 3 se desenvolve?

1. O alerta contra os falsos mestres (Filipenses 3.1-3)

Paulo inicia com um lembrete: “Alegrem-se no Senhor!” (Filipenses 3.1). Essa é uma constante na carta, mostrando que a alegria não depende das circunstâncias, mas da nossa relação com Cristo.

Logo em seguida, ele faz um forte alerta: “Cuidado com os cães, com esses que praticam o mal, com a falsa circuncisão” (Filipenses 3.2).

Na cultura judaica, “cães” era um termo depreciativo usado para se referir aos gentios. Aqui, Paulo inverte o termo e o usa contra os próprios falsos mestres judaizantes, que estavam infiltrados na igreja. Eles ensinavam que, para ser aceito por Deus, era necessário cumprir rituais como a circuncisão.

Paulo, então, afirma: “Nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos pelo Espírito de Deus, que nos gloriamos em Cristo Jesus e não temos confiança alguma na carne” (Filipenses 3.3).

A verdadeira identidade espiritual não se baseia em ritos externos, mas em adorar a Deus pelo Espírito e se gloriar unicamente em Cristo.

2. Paulo abre mão de todos os seus privilégios (Filipenses 3.4-8)

Paulo sabia bem o que era ter títulos e status religiosos. Ele diz:

“Se alguém pensa que tem razões para confiar na carne, eu ainda mais” (Filipenses 3.4).

E então, lista seus privilégios:

  • “Circuncidado no oitavo dia” – seguindo a lei judaica desde o nascimento.
  • “Pertencente ao povo de Israel, à tribo de Benjamim” – linhagem respeitada.
  • “Verdadeiro hebreu” – fiel às tradições judaicas.
  • “Fariseu” – grupo religioso rigoroso na observância da lei.
  • “Perseguidor da igreja” – zelo religioso levado ao extremo.
  • “Irrepreensível quanto à justiça que há na lei” – um padrão de vida acima da média.

Porém, tudo isso, que antes era motivo de orgulho, Paulo agora considera perda: “Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo” (Filipenses 3.7).

E ele vai além: “Considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor” (Filipenses 3.8).

O que mais me chama atenção aqui é que Paulo não despreza suas conquistas por serem ruins, mas porque, diante de Cristo, elas se tornam irrelevantes. É como se ele dissesse: “Tudo que me fazia sentir importante, agora parece lixo quando comparo com o valor de conhecer Jesus”.

3. A justiça que vem de Deus (Filipenses 3.9)

Paulo deixa claro que abriu mão da justiça baseada em méritos pessoais:

“Ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé” (Filipenses 3.9).

Esse é o coração do evangelho. Não somos aceitos por Deus pelo que fazemos, mas pelo que Cristo fez. A justiça que nos salva não nasce das nossas obras, mas da fé em Jesus.

William Hendriksen ressalta que essa é a essência da doutrina paulina da justificação pela fé: um dom gratuito de Deus, que substitui qualquer tentativa humana de merecer a salvação (HENDRIKSEN, 1992).

4. O desejo ardente de conhecer a Cristo (Filipenses 3.10-11)

Paulo abre o coração:

“Quero conhecer a Cristo, ao poder da sua ressurreição e à participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte” (Filipenses 3.10).

Conhecer Cristo aqui não é apenas ter informação, mas uma experiência profunda de relacionamento. Envolve:

  • Experimentar o poder da ressurreição.
  • Compartilhar os sofrimentos de Cristo.
  • Tornar-se semelhante a Ele em tudo, inclusive na morte.

O objetivo final? “Alcançar a ressurreição dentre os mortos” (Filipenses 3.11).

Craig Keener observa que, para os filipenses, acostumados com ideais de sucesso e glória, essa busca pelo sofrimento e pela identificação com Cristo crucificado era algo radical (KEENER, 2017).

5. O alvo da vida cristã (Filipenses 3.12-16)

Paulo reconhece: “Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado” (Filipenses 3.12).

Mas ele não se conforma. “Prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus” (Filipenses 3.12).

A vida cristã é uma corrida constante em direção ao alvo: Cristo. Paulo nos convida a ter essa mentalidade:

“Esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo” (Filipenses 3.13-14).

Essa é uma das imagens mais fortes do capítulo. Deixar o passado no passado e seguir em direção ao que Deus preparou.

Ele encerra dizendo: “Tão-somente vivamos de acordo com o que já alcançamos” (Filipenses 3.16). Ou seja, aplicar na prática o que já aprendemos.

6. O contraste entre os verdadeiros e os falsos (Filipenses 3.17-19)

Paulo faz um convite: “Sigam unidos o meu exemplo e observem os que vivem de acordo com o padrão que lhes apresentamos” (Filipenses 3.17).

Ele sabia que exemplos concretos ajudam a fortalecer a fé.

Mas lamenta pelos que vivem como inimigos da cruz: “O seu destino é a perdição, o seu deus é o estômago e têm orgulho do que é vergonhoso” (Filipenses 3.19).

Infelizmente, há muitos que se dizem cristãos, mas vivem apenas para os prazeres terrenos. Paulo nos lembra do perigo de um evangelho distorcido, focado no conforto e não no sacrifício.

7. A nossa verdadeira cidadania (Filipenses 3.20-21)

Paulo conclui com uma declaração poderosa:

“A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente um Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Filipenses 3.20).

Os filipenses, orgulhosos de sua cidadania romana, precisavam ser lembrados de que pertenciam, antes de tudo, ao Reino de Deus.

E ele reforça a esperança final:

“Pelo poder que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio, ele transformará os nossos corpos humilhados, para serem semelhantes ao seu corpo glorioso” (Filipenses 3.21).

Que promessa maravilhosa! Um dia, seremos completamente transformados, livres do pecado e da fraqueza, semelhantes ao Cristo glorificado.

Que conexões proféticas encontramos em Filipenses 3?

Este capítulo ecoa várias profecias do Antigo Testamento sobre o Messias e a restauração final.

O desejo de Paulo de “conhecer o poder da ressurreição” (Filipenses 3.10) aponta para a esperança escatológica já revelada em textos como Daniel 12.2, que fala da ressurreição dos mortos.

A transformação do nosso corpo, prometida em Filipenses 3.21, remete à expectativa messiânica descrita em Isaías 25.8, onde Deus promete destruir a morte para sempre.

E o conceito de cidadania celestial encontra paralelo com o que o profeta Zacarias anunciou sobre o Reino vindouro do Messias, quando todas as nações reconheceriam o domínio de Deus (Zacarias 14).

Assim, Filipenses 3 nos conecta diretamente com as profecias do Antigo Testamento e nos faz olhar para o futuro glorioso que aguarda os que estão em Cristo.

O que Filipenses 3 me ensina para a vida hoje?

Filipenses 3 me ensina que devo reavaliar minhas prioridades.

Aprendo que:

  • Conquistas humanas são passageiras. Só Cristo tem valor eterno.
  • A justiça própria não me aproxima de Deus. Só a fé em Jesus me justifica.
  • Conhecer Cristo vale mais do que qualquer título ou status.
  • A vida cristã exige perseverança. Não posso parar, preciso avançar para o alvo.
  • Exemplos concretos de fé nos inspiram. Preciso observar e imitar os que andam com Deus.
  • Não posso me conformar com o evangelho confortável e terreno. A cruz continua sendo o caminho.
  • Minha verdadeira pátria não é este mundo. Sou cidadão do céu, à espera do meu Salvador.
  • A glória final me espera. Um dia, serei transformado, semelhante a Cristo.

Filipenses 3 me chama a abrir mão do orgulho, dos méritos e do apego ao presente, para abraçar o que é eterno: conhecer e seguir a Cristo.


Referências

  • HENDRIKSEN, William. Efésios e Filipenses. Tradução: Valter Graciano Martins. 3. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 1992.
  • KEENER, Craig S. Comentário Histórico-Cultural da Bíblia: Novo Testamento. Tradução: José Gabriel Said. Edição Ampliada. São Paulo: Vida Nova, 2017.
  • Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.
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