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Início » Bíblia de Estudo Online » João 9: o que aprendemos com a cura do cego?

João 9: o que aprendemos com a cura do cego?

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online
Tempo de leitura:8 minutos

João 9 é um dos relatos mais fascinantes e instrutivos de todo o Evangelho. Mais do que um simples milagre, ele apresenta um retrato completo de quem é Jesus, revela o estado espiritual da humanidade e mostra o poder transformador de Cristo. Nesse capítulo, Jesus cura um homem cego de nascença, gerando admiração, controvérsia e um profundo ensinamento espiritual. Não se trata apenas de abrir os olhos físicos de alguém, mas de revelar a cegueira espiritual dos que se consideravam sábios e religiosos.

Qual é o contexto histórico e teológico de João 9?

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O Evangelho de João foi escrito pelo apóstolo João, provavelmente entre os anos 85 e 95 d.C. Nessa época, os outros evangelhos já circulavam entre as comunidades cristãs, e o propósito de João é deixar claro que Jesus é o Filho de Deus e que somente pela fé nele há vida.

Hernandes Dias Lopes destaca que “o Evangelho de João é mais do que uma biografia; é uma exposição teológica profunda sobre a identidade de Cristo e sua missão redentora” (LOPES, 2015, p. 260).

No capítulo anterior, Jesus já havia se apresentado como “a luz do mundo” (João 8.12). Agora, essa declaração ganha um exemplo concreto ao curar um cego de nascença, demonstrando que ele, de fato, veio trazer luz aos que estão em trevas. Em Israel, a cegueira era vista como símbolo de maldição, fruto do pecado, e, ao mesmo tempo, restaurar a visão de um cego de nascença era algo que, segundo os judeus, apenas Deus poderia fazer.

O pano de fundo histórico é um ambiente religioso carregado de formalismo e hipocrisia. Os fariseus e líderes judeus estavam cada vez mais determinados a rejeitar Jesus, mesmo diante de sinais tão claros de sua divindade.

Como o texto revela a identidade de Jesus e a cegueira espiritual? (João 9.1–41)

Jesus cura um cego de nascença (João 9.1–7)

O capítulo começa com um encontro entre Jesus e um homem cego de nascença. Os discípulos, presos ao pensamento religioso da época, perguntam: “Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que nascesse cego?” (João 9.2).

J. C. Ryle explica que “os judeus, assim como muitos hoje, tinham o hábito de atribuir todo sofrimento diretamente a um pecado específico” (RYLE, 2018, p. 180). Jesus, porém, quebra esse raciocínio, afirmando que aquele homem nasceu cego “para que a obra de Deus se manifestasse na vida dele” (João 9.3).

É impressionante perceber como Jesus transforma uma situação de sofrimento em oportunidade para revelação da glória de Deus.

Ele então faz algo inusitado: mistura saliva com terra, aplica nos olhos do homem e o envia ao tanque de Siloé. Hernandes Dias Lopes comenta que “esse método singular revela que cada milagre de Jesus foi pessoal, único, nunca mecânico ou repetitivo” (LOPES, 2015, p. 262).

O homem obedece e volta vendo. Um milagre criativo, uma demonstração do poder do Criador sobre a limitação humana.

Os vizinhos e os fariseus interrogam o homem (João 9.8–34)

A cura gera alvoroço. Os vizinhos não acreditam no que veem e o levam aos fariseus. Como o milagre aconteceu no sábado, os líderes religiosos se incomodam mais com a suposta transgressão do sábado do que com a libertação daquele homem.

Os fariseus insistem em interrogações. Primeiro, questionam como o milagre aconteceu (João 9.15). Depois, duvidam que o homem fosse realmente cego e interrogam seus pais (João 9.18–21). Por fim, pressionam o ex-cego a condenar Jesus como pecador (João 9.24).

A resposta do homem é uma das declarações mais marcantes da Bíblia: “Uma coisa sei: eu era cego e agora vejo” (João 9.25).

Ryle observa que “essa resposta simples e honesta revela o poder do testemunho pessoal. Não há argumento teológico que possa invalidar o que Deus fez na vida de alguém” (RYLE, 2018, p. 188).

Os fariseus, sem argumentos, partem para o insulto e o expulsam da sinagoga, mostrando sua cegueira espiritual e dureza de coração.

O reencontro com Jesus e a revelação espiritual (João 9.35–41)

Sabendo da exclusão daquele homem, Jesus o procura e se revela como o Filho do homem. O ex-cego, agora com os olhos da alma abertos, declara: “Senhor, eu creio” e o adora (João 9.38).

Enquanto isso, os fariseus permanecem cegos, confiando em seu suposto conhecimento. Jesus afirma: “Se vocês fossem cegos, não seriam culpados de pecado; mas agora que dizem que podem ver, a culpa de vocês permanece” (João 9.41).

Esse contraste revela o ponto central do capítulo: a verdadeira cegueira não é física, mas espiritual.

Que profecias se cumprem em João 9?

O milagre do cego de nascença aponta diretamente para o cumprimento de várias profecias messiânicas.

Isaías profetizou sobre o Messias: “Então se abrirão os olhos dos cegos” (Isaías 35.5). Jesus não apenas abre os olhos de um cego, mas de alguém que nunca tinha visto — um cego de nascença — mostrando que ele é o cumprimento da promessa de Deus.

Além disso, o título que Jesus usa para si, “Filho do homem”, remete a Daniel 7.13-14, onde o Filho do homem recebe domínio e glória eterna.

Ao curar o cego e revelar sua identidade, Jesus mostra que é o Messias esperado, o enviado de Deus para trazer salvação e luz ao mundo.

O que João 9 me ensina para a vida hoje?

Ao meditar nesse capítulo, percebo o quanto posso ser tentado a enxergar a vida com os mesmos olhos dos fariseus ou dos discípulos antes da cruz. É fácil julgar as pessoas, relacionar sofrimento a culpa ou se apegar a tradições sem perceber a ação de Deus.

Jesus me ensina que o sofrimento pode ser uma plataforma para a glória de Deus. Como destaca Hernandes Dias Lopes, “Deus é soberano sobre as tragédias e, muitas vezes, se revela de maneira especial no meio delas” (LOPES, 2015, p. 263).

Vejo também a importância da obediência, mesmo quando não entendo totalmente o que Deus está fazendo. O cego foi se lavar no tanque de Siloé sem questionar. Sua cura veio depois da obediência.

Aprendo ainda que o testemunho pessoal tem poder. Assim como aquele homem disse: “Eu era cego e agora vejo”, preciso ter essa convicção e compartilhar o que Cristo fez na minha vida.

Outra lição forte é o perigo da religiosidade sem transformação. Os fariseus conheciam a Lei, mas estavam cegos espiritualmente. Não quero cair nessa armadilha. Quero permanecer humilde, ensinável, com os olhos abertos para ver Cristo em ação.

Por fim, sou lembrado de que Jesus não abandona os que sofrem perseguição por causa dele. Quando o homem foi expulso da sinagoga, Jesus o encontrou e se revelou mais plenamente. Em momentos de rejeição ou dor, posso confiar que o Senhor está comigo.

Como João 9 me conecta ao restante das Escrituras?

Esse capítulo dialoga com várias outras passagens da Bíblia:

  • A declaração de Jesus como “luz do mundo” conecta-se a João 8, onde ele faz a mesma afirmação.
  • A cura de cegos é um sinal messiânico já profetizado em Isaías 35.
  • O título “Filho do homem” remete à visão de Daniel 7.
  • A dureza dos fariseus lembra a rejeição de Jesus anunciada em Isaías 6.9-10, onde o povo ouviria, mas não entenderia; veria, mas não perceberia.
  • A experiência de perseguição e rejeição é semelhante à de Estêvão em Atos 7.

João 9 mostra que a vinda de Jesus não trouxe apenas bênção, mas também divisão. Alguns creriam e veriam; outros, cegos espirituais, rejeitariam a luz.


Referências

  • LOPES, Hernandes Dias. João: As Glórias do Filho de Deus. São Paulo: Hagnos, 2015.
  • RYLE, J. C. Meditações no Evangelho de João. 2. ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 2018.
  • Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.

Diego Nascimento

Sou Diego Nascimento e o Jesus e a Bíblia não é apenas um projeto, é um chamado. Deus deu essa missão a mim e a Carol (esposa) por meio do Espírito Santo. Amamos a Palavra de Deus e acreditamos que ela pode mudar a sua vida, assim como mudou a nossa.

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