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João 8: o que Jesus ensina sobre liberdade?

Jesus, o verdadeiro Deus nos revela sua vontade e missão através do seu testemunho e missão.

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online
Tempo de leitura:9 minutos

João 8 é um dos capítulos mais ricos e confrontadores de todo o Evangelho. Aqui vemos Jesus sendo testado, revelando sua identidade e trazendo uma das afirmações mais poderosas sobre liberdade espiritual. Também vemos o contraste entre a dureza religiosa dos líderes judeus e a compaixão de Cristo para com os pecadores. Ao estudar este capítulo, sou lembrado de que seguir a Jesus exige arrependimento, fé e disposição para deixar as trevas.

Qual é o contexto histórico e teológico de João 8?

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O Evangelho de João foi escrito por volta do final do primeiro século, provavelmente entre os anos 85 e 95 d.C., em meio a um cenário de perseguição aos cristãos e ao crescimento das heresias, especialmente o gnosticismo. João, o apóstolo amado, escreve não apenas para narrar fatos, mas para revelar que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e que, crendo nele, podemos ter vida (cf. João 20.31).

Hernandes Dias Lopes destaca que “o evangelho de João não segue uma sequência cronológica rigorosa como os sinóticos, mas organiza os eventos de maneira a apresentar com clareza a identidade e a missão do Filho de Deus” (LOPES, 2015, p. 234).

Neste capítulo, Jesus está em Jerusalém, durante ou logo após a Festa dos Tabernáculos, um dos momentos mais importantes do calendário judaico. É nesse contexto de celebração e expectativa messiânica que os fariseus e mestres da lei tentam armar ciladas contra Jesus.

João 8 também traz o conhecido episódio da mulher apanhada em adultério, cuja autenticidade foi questionada ao longo dos séculos por causa da ausência do texto em alguns manuscritos antigos. Porém, como aponta J. C. Ryle, “nada nesta passagem contradiz a doutrina ou o caráter de Jesus. Ao contrário, ela está perfeitamente em harmonia com sua compaixão e sua sabedoria” (RYLE, 2018, p. 157).

Como Jesus lida com o pecado e a hipocrisia? (João 8.1–11)

Logo no início do capítulo, vemos um cenário tenso e revelador. Os mestres da lei e os fariseus trazem uma mulher surpreendida em adultério, forçando-a a ficar em pé diante de todos.

Eles não estavam preocupados com a justiça ou com a restauração da mulher. Queriam, na verdade, armar uma armadilha para Jesus. Se ele dissesse que ela não deveria ser apedrejada, estaria indo contra a Lei de Moisés. Se aprovasse o apedrejamento, poderia ser acusado diante das autoridades romanas.

Jesus, com sabedoria divina, inclina-se e começa a escrever no chão. O que ele escreveu, o texto não revela. Mas o gesto em si já demonstrava calma e domínio da situação. Depois, ele diz: “Se algum de vocês estiver sem pecado, seja o primeiro a atirar pedra nela” (João 8.7).

Hernandes Dias Lopes afirma que “os acusadores da mulher eram hipócritas. Usavam a lei não por zelo à justiça, mas como instrumento de condenação e armadilha contra Jesus” (LOPES, 2015, p. 237).

Um a um, os acusadores vão embora, começando pelos mais velhos. No final, restam apenas Jesus e a mulher. Ele então declara: “Eu também não a condeno. Agora vá e abandone sua vida de pecado” (João 8.11).

J. C. Ryle observa que “Jesus não minimiza o pecado, mas também não faz da condenação o primeiro passo. Ele oferece perdão e um novo começo, chamando a mulher ao arrependimento e à santidade” (RYLE, 2018, p. 159).

Por que Jesus é a luz do mundo? (João 8.12–20)

Após esse episódio, Jesus volta a ensinar no templo e faz uma das afirmações mais impactantes: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8.12).

O povo estava familiarizado com a ideia de luz como símbolo da presença e da direção de Deus. Durante a Festa dos Tabernáculos, grandes candelabros eram acesos no templo, lembrando a coluna de fogo que guiou Israel no deserto (Êxodo 13.21).

Jesus se apresenta como o cumprimento definitivo dessa luz. Ele não veio apenas para iluminar o caminho, mas para ser a própria fonte de luz espiritual.

Ryle explica que “a luz do mundo representa o conhecimento, a santidade, a verdade e a salvação que Jesus traz. Fora dele, tudo é trevas e perdição” (RYLE, 2018, p. 161).

Os fariseus questionam a validade do testemunho de Jesus. Mas ele afirma que o Pai também testifica dele, cumprindo assim a exigência da lei sobre duas testemunhas (João 8.17–18).

Qual é o destino de quem rejeita Jesus? (João 8.21–30)

A rejeição a Cristo tem consequências eternas. Jesus deixa isso claro ao dizer: “Eu vou embora, e vocês procurarão por mim, e morrerão em seus pecados. Para onde vou, vocês não podem ir” (João 8.21).

Essa é uma das declarações mais solenes das Escrituras. A incredulidade fecha o caminho da salvação. Só existe uma porta, e ela se chama Jesus.

Hernandes Dias Lopes alerta que “quem rejeita Cristo caminha inevitavelmente para a condenação eterna. Não há salvação fora dele” (LOPES, 2015, p. 244).

Jesus também revela sua origem divina e sua missão ao afirmar: “Vocês são deste mundo; eu não sou deste mundo” (João 8.23).

Mais adiante, ele declara que, ao ser levantado (referência à crucificação), todos saberão que ele é o grande “Eu Sou” (João 8.28), ecoando o nome revelado a Moisés em Êxodo 3.14.

O que significa verdadeira liberdade? (João 8.31–36)

Diante dos judeus que creram superficialmente, Jesus diz: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará” (João 8.31–32).

Os líderes judeus se ofendem, alegando serem descendentes de Abraão e, portanto, livres. Mas Jesus mostra que o verdadeiro cativeiro não é político, mas espiritual: o pecado.

Ryle comenta: “Muitos se vangloriam de liberdade exterior, mas continuam escravizados por paixões, vícios e incredulidade. Só o Filho pode libertar de fato” (RYLE, 2018, p. 167).

A verdadeira liberdade é espiritual. É ser livre da culpa, do poder do pecado e da condenação eterna. Essa liberdade só existe para quem crê em Jesus e permanece em sua palavra.

Por que os filhos de Deus amam a Cristo? (João 8.37–47)

Jesus confronta os líderes religiosos, dizendo que, apesar de serem descendentes de Abraão, não são seus verdadeiros filhos, pois não fazem as obras de Abraão.

Eles também afirmam que Deus é seu Pai, mas, ao rejeitarem Jesus, provam o contrário. Jesus diz claramente: “Vocês pertencem ao pai de vocês, o diabo” (João 8.44).

Essa é uma afirmação dura, mas necessária. Segundo Hernandes Dias Lopes, “a filiação espiritual não é determinada pelo sangue ou por tradições religiosas, mas pelo amor e pela obediência a Cristo” (LOPES, 2015, p. 250).

Quem ama a Deus ama a Cristo. Quem rejeita Cristo revela pertencer ao pai da mentira.

Como Jesus revela sua divindade? (João 8.48–59)

A discussão atinge seu ápice quando os judeus acusam Jesus de ser samaritano e de estar endemoninhado (João 8.48). Jesus não se ofende, mas reafirma sua missão e faz uma promessa: “Se alguém guardar a minha palavra, jamais verá a morte” (João 8.51).

Os judeus zombam, dizendo que nem Abraão e os profetas escaparam da morte. Jesus então revela sua preexistência ao declarar: “Antes que Abraão existisse, Eu Sou” (João 8.58).

Essa é uma afirmação direta de divindade. O “Eu Sou” remete ao nome revelado por Deus a Moisés (Êxodo 3.14). Jesus não é apenas anterior a Abraão no tempo, ele é eterno.

J. C. Ryle destaca que “essas palavras são uma das provas mais claras da divindade de Cristo em todo o Evangelho” (RYLE, 2018, p. 178).

Diante disso, os judeus pegam pedras para apedrejá-lo, mas Jesus se retira, pois ainda não era sua hora.

Que profecias se cumprem em João 8?

Este capítulo cumpre e ecoa várias profecias:

  • Jesus como “a luz do mundo” (João 8.12) conecta-se às promessas de Isaías 9.2, que fala da luz que resplandece nas trevas.
  • A menção ao “Eu Sou” (João 8.24,28,58) retoma o nome divino revelado em Êxodo 3.14.
  • O confronto com os líderes religiosos e o endurecimento deles cumprem o padrão profético de rejeição ao Messias, como previsto em Isaías 53.

O que João 8 me ensina para a vida hoje?

Ao ler João 8, percebo o quanto preciso da luz de Cristo. Sem ele, continuo perdido nas trevas do pecado, da mentira e da religiosidade vazia.

Jesus me convida a segui-lo, a permanecer em sua palavra e a experimentar verdadeira liberdade. Isso significa abandonar o pecado, confiar no seu perdão e viver em obediência.

Também sou confrontado a examinar minha fé. Não basta dizer que creio ou que pertenço a uma tradição religiosa. O verdadeiro discípulo ama a Cristo, ouve sua palavra e a coloca em prática.

A afirmação de Jesus como o “Eu Sou” me enche de segurança. Ele é Deus. Ele tem poder para me salvar e sustentar.

Por fim, vejo o perigo de endurecer o coração, como fizeram os fariseus. A incredulidade não é apenas uma opinião: é um caminho para a morte eterna.

Preciso decidir hoje se sigo a luz ou permaneço nas trevas. Cristo me chama. Ele me oferece perdão, direção e vida abundante.


Referências

  • LOPES, Hernandes Dias. João: As Glórias do Filho de Deus. São Paulo: Hagnos, 2015.
  • RYLE, J. C. Meditações no Evangelho de João. 2. ed. São José dos Campos: Editora Fiel, 2018.
  • Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.

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