Em 2 Samuel 22 vemos um cântico de Davi que é quase idêntico ao Salmos 18. Esse louvor é uma expressão de gratidão por todo o bem e livramento que o Senhor lhe deu ao longo de sua vida, até ali.
Não são poucas as vezes que vemos Davi em perigo, mas de todas elas o Senhor o livrou. Isso porque além de Deus ser o seu refúgio, ele fez da oração sua aliada.
Os anos de experimentos e tribulações, serviram como um laboratório de revelação. Assim como o deserto foi para Moisés, as muitas tribulações de sua vida foram para Davi. Ele reconhece que a revelação e o conhecimento que tem de Deus, são muito maiores agora.
Davi reconhece todo o bem que o Senhor lhe fez e é grato por isso, além disso, ele canta a Deus reconhecendo Sua capacitação, força e dons.
O rei sabe que não chegaria tão longe, caso o Senhor não o tivesse coberto de benção e favor.
Mais uma grande lição nos dá o rei Davi. Ele nos mostra que devemos ser gratos a Deus por tudo o que Ele tem feito e permitido em nossa vida.
Esboço de 2 Samuel 22:
2 Sm 22:1-4: Davi cantou ao Senhor
2 Sm 22:5-20: “Livrou-me, pois me quer bem”
2 Sml 22:21-30: Esse é o segredo
2 Sm 22:31-51: Quem é Deus além do Senhor?
Estudo de 2 Samuel 22 em vídeo
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2 Samuel 22:1-4: Davi cantou ao Senhor
Davi cantou ao Senhor este cântico, quando ele o livrou das mãos de todos os seus inimigos e das mãos de Saul, 2 dizendo: “O Senhor é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador; 3 o meu Deus é a minha rocha, em que me refugio; o meu escudo e o meu poderoso salvador. Ele é a minha torre alta, o meu abrigo seguro. Tu, Senhor, és o meu salvador, e me salvas dos violentos. 4 Clamo ao Senhor, que é digno de louvor, e sou salvo dos meus inimigos. (2 Sm 22.1–4 NVI)
Em 2 Samuel 22, lemos sobre uma canção que o Rei Davi cantou em gratidão ao Senhor por tê-lo livrado de seus inimigos e de Saul.
Por uma década Davi teve que fugir de Saul, para não morrer. Nesse período foram cinco atentados, que só não o mataram porque Deus o livrou.
Ao ser coroado rei de Judá e Israel, passou mais vários anos em batalhas difíceis contra os filisteus, amonitas, sírios, os moabitas e edomitas. Além de fortalecê-lo contra todos eles e lhe dar vitória, o Senhor o livrou várias vezes da morte.
Esta canção, celebra a providência de Deus ao libertá-lo de todos os seus inimigos. E é encontrada, reescrita no Salmo 18, com poucas diferenças.
De uma maneira característica dos cânticos, o salmista Davi primeiro reconheceu a grandeza e a glória do Senhor, descrevendo-o como: rocha, fortaleza, libertador, refúgio, escudo e poderoso Salvador.
O que isso nos ensina?
Quando declaramos que Deus é a nossa rocha, estamos dizendo que Ele é uma base firme na qual podemos confiar. Ele é seguro e inabalável – alguém a quem podemos sempre recorrer quando a vida se torna difícil.
Por várias vezes Davi precisou se esconder nas rochas do deserto, nos períodos de fuga, sendo a mais conhecida na caverna de Adulão.
Quando cremos que Deus é a nossa fortaleza, estamos dizendo que Ele nos protege de perigos e ataques. Como Seus filhos amados, podemos crer que nada pode nos separar do Seu amor (Romanos 8:38-39).
Assim como uma fortaleza física protege seus habitantes de ataques, cercando-os com muros fortes por todos os lados, assim também o Senhor nos protege com Sua presença, como ele promete no Salmo 91. Não importa o que venha contra nós ou quão grandes sejam os ataques, nada pode nos destruir.
Quando declaramos que Deus é o nosso Libertador, estamos dizendo que Ele nos resgata quando toda esperança parece perdida. O texto Sagrado nos fala não somente da libertação do Senhor, mas também de Sua presença com aqueles que O buscam em tempos de dificuldade.
Sempre que você se sentir sobrecarregado ou sobrecarregada, saiba que você pode recorrer a Ele para receber conforto e segurança, porque não há grandes problemas ou inimigos poderosos demais para o Senhor…
2 Samuel 22:5-20: “Livrou-me, pois me quer bem”
5 “As ondas da morte me cercaram; as torrentes da destruição me aterrorizaram. 6 As cordas da sepultura me envolveram, as armadilhas da morte me confrontaram. 7 Na minha angústia, clamei ao Senhor; clamei ao meu Deus. Do seu templo ele ouviu a minha voz; o meu grito de socorro chegou aos seus ouvidos…19 Eles me atacaram no dia da minha calamidade, mas o Senhor foi o meu amparo. 20 Deu-me ampla liberdade; livrou-me, pois me quer bem. (2 Sm 22.5–20 NVI).
Davi era muito consciente da presença e dos milagres que Deus havia operado em sua vida. Ele olhou a morte nos olhos, diversas vezes, como nos conta nos versos de 5 a 7.
O perigo era real e a morte, iminente. Foi apenas a misericórdia de Deus em resposta à sua oração que trouxe a salvação de Davi, direto do céu.
Em sua canção Davi fala sobre os propósitos dos livramentos de Deus e dos feitos do Senhor por toda a terra (vv. 8-9). Davi mostrou que é o Senhor quem controla a terra. Em Sua ira, Davi sente que o Senhor abalou todo o universo como uma expressão de Seu cuidado por ele.
Mas a soberania de Deus vai ainda mais longe. Ele também é o Senhor dos céus!
Embora Baal, o deus cananeu, fosse conhecido por seus adoradores como “o cavaleiro das nuvens”, é o Deus de Israel quem está entronizado nos céus e a quem toda a Criação está submissa.
Com relâmpagos e voz de trovão, Ele clamou contra os inimigos de Davi, aterrorizando-os. O Deus Criador, reorganizou toda a Criação, por amor a Davi, seu servo.
Davi se refere às obras poderosas de Deus como uma expressão de seu amor, como Alguém poderoso para salvar, o rei deixa fica claro que Deus o livrou de seus inimigos porque ele era o alvo de sua misericórdia e graça.
O rei expressa esses livramentos de Deus por meio de vários verbos: alcançou, segurou, tirou, resgatou, trouxe para fora.
Ou seja, Deus moveu céus e Terra, porque amava Davi, em suas próprias palavras, ele diz: “Deu-me ampla liberdade; livrou-me, pois me quer bem.”
Esse mesmo cuidado, está à sua disposição…
2 Samuel 22:21-30: Esse é o segredo
21 “O Senhor me tratou conforme a minha retidão; conforme a pureza das minhas mãos me recompensou. 22 Pois guardei os caminhos do Senhor; não cometi a perversidade de afastar-me do meu Deus. 23 Todos os seus mandamentos estão diante de mim; não me afastei dos seus decretos. 24 Tenho sido irrepreensível para com ele e guardei-me de pecar. 25 O Senhor recompensou-me segundo a minha retidão, conforme a pureza das minhas mãos perante ele. 26 “Ao fiel te revelas fiel, ao irrepreensível te revelas irrepreensível, 27 ao puro te revelas puro, mas ao perverso te revelas astuto. 28 Salvas os humildes, mas os teus olhos estão sobre os orgulhosos para os humilhar. 29 Tu és a minha lâmpada, ó Senhor! O Senhor ilumina-me as trevas. 30 Contigo posso avançar contra uma tropa; com o meu Deus posso transpor muralhas. (2 Sm 22.21–30 NVI).
É possível que Davi tenha escrito essa canção antes de cometer adultério com Bate-Seba, porque as declarações de inocência e pureza que ele faz aqui, não são compatíveis com as atrocidades que ele cometeu com Urias e pelas inúmeras vezes que desobedeceu os mandamentos, nesse período.
A libertação de Davi por Deus foi seguida por Suas bênçãos, recompensas divinas compatíveis com a obediência de Davi. Ele está dizendo, que a bênção de Deus, normalmente é derramada sobre a vida de quem é fiel e perseverar na piedade.
Na canção, o rei declara que guardou os caminhos de Deus, a lei e os decretos, e se absteve da iniquidade. E Deus o recompensou e mostrou misericórdia para com ele, como faz com todos os que são fiéis, irrepreensíveis, puros e humildes.
Além disso, ele faz uma comparação com os ímpios, que por causa de seu orgulho, não podem receber o favor do Senhor. No testemunho de Davi, com Deus, o justo é invencível. Ele pode romper barreiras ou escalar os muros mais altos…
2 Samuel 22:31-51: Quem é Deus além do Senhor?
31 “Este é o Deus cujo caminho é perfeito; a palavra do Senhor é comprovadamente genuína. Ele é escudo para todos os que nele se refugiam. 32 Pois quem é Deus além do Senhor? E quem é Rocha senão o nosso Deus? 33 É Deus quem me reveste de força e torna perfeito o meu caminho. 34 Ele me faz correr veloz como a gazela e me firma os passos nos lugares altos. 35 É ele que treina as minhas mãos para a batalha, e assim os meus braços vergam o arco de bronze. 36 Tu me dás o teu escudo de livramento; a tua ajuda me fez forte…51 Ele concede grandes vitórias ao seu rei; é bondoso com o seu ungido, com Davi e seus descendentes para sempre”. (2 Sm 22.31–51 NVI).
Na parte final da canção, Davi fala mais uma vez sobre os atributos de Deus, fazendo uma ligação entre eles e as muitas maneiras pelas quais o Senhor havia trabalhado e trabalharia por amor a ele.
Primeiro, o rei o descreve como um escudo, uma Rocha, um refúgio forte, aquele que dá agilidade e poder a Seus servos. Ele também é um Escudo (v. 36) que nos impede de escorregar e cair.
Novamente, Ele é o juiz de seus inimigos. Por meio do Senhor, Davi foi capaz de perseguir e destruir seus inimigos para que não pudessem se levantar novamente.
O Senhor também é uma Fortaleza. Os inimigos de Davi clamaram a Deus, mas Ele não respondeu. Em vez disso, Ele deixou Davi vencê-los e governá-los.
Por fim, o rei Davi, declara que o Senhor era seu Salvador. Embora seus inimigos o cercassem e estivessem prestes a destruí-lo, o Senhor o livrou e deu vitória.
Como resultado, Davi O louvou e reconheceu que todos os benefícios de Deus no passado eram símbolos de Suas bênçãos prometidas a ele e aos seus descendentes, bênçãos que durarão para sempre.
O testemunho de Davi é uma grande lição para cada cristão em nossos dias. Ao olhar para a vida dele, percebemos alguém, cuja vida tinha tudo para dar errado, mas a presença de Deus, alterou todas as coisas.
Deus pode fazer o mesmo por mim e por você, e ele quer fazer. Mas para isso, precisamos fazer de Deus o nosso refúgio, assim como fez Davi.
A PAZ do SENHOR estudo maravilhoso . DEUS ABENÇOE…