Ezequiel 46 contém instruções detalhadas sobre o culto diário de adoração em Israel, incluindo regulamentações para os sacrifícios no sábado e na Lua Nova.
O capítulo descreve a porta leste do pátio externo para o pátio interno, que permanecerá fechada durante seis dias da semana, mas será aberta no sábado e na Lua Nova para o príncipe Davi oferecer sacrifícios em nome do povo.
O capítulo também menciona as regras para a conduta e as ofertas dos adoradores no templo, incluindo a direção dos adoradores através de rotas pré-designadas para evitar confusão.
As ofertas de livre e espontânea vontade do príncipe também são abordadas, bem como a prática da comida compartilhada em uma refeição de comunhão. Este capítulo destaca a importância da ordem e da organização na adoração a Deus e como Ele deseja que seu povo o adore com respeito e reverência.
Esboço de Ezequiel 46:
Ez 46.1-10: A ordem e a estrutura na adoração a Deus
Ez 46.11-15: Justiça e equidade na adoração a Deus durante o Ano do Jubileu
Ez 46.16-18: O Ano do Jubileu e a importância da justiça e equidade na sociedade
Ez 46.19-24: Comunhão e partilha na adoração a Deus
Reflexão de Ezequiel 46 para os nossos dias
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Ezequiel 46.1-10: A ordem e a estrutura na adoração a Deus
“Assim diz o Soberano, o Senhor: A porta do pátio interno que dá para o leste ficará trancada nos seis dias úteis, mas no sábado e no dia da lua nova será aberta. 2 O príncipe, vindo do pátio externo, entrará pelo pórtico da entrada e ficará junto ao batente. Enquanto isso, os sacerdotes sacrificarão os holocaustos e as ofertas de comunhão dele. Ele adorará o Senhor na soleira da entrada e depois sairá, mas a porta não será fechada até a tarde.3 Nos sábados e nas luas novas o povo da terra adorará o Senhor junto à entrada que leva à porta. 4 O holocausto que o príncipe trouxer ao Senhor no dia de sábado deverá ser de seis cordeiros e um carneiro, todos sem defeito. 5 A oferta de cereal dada junto com o carneiro será de uma arroba, e a oferta de cereal com os cordeiros será de quanto ele quiser dar, mais um galão de azeite para cada arroba de cereal.6 No dia da lua nova ele oferecerá um novilho, seis cordeiros e um carneiro, todos sem defeito. 7 Como oferta de cereal ele fornecerá uma arroba com o novilho, uma arroba com o carneiro, e com os cordeiros, quanto ele quiser dar, mais um galão de azeite para cada arroba de cereal. 8 Quando o príncipe entrar, ele o fará pelo pórtico da entrada, e sairá pelo mesmo caminho. 9 “Quando o povo da terra vier perante o Senhor nas festas fixas, todo aquele que entrar pela porta norte para adorá-lo sairá pela porta sul, e todo aquele que entrar pela porta sul sairá pela porta norte. Ninguém voltará pela porta pela qual entrou, mas todos sairão pela porta oposta. 10 O príncipe deverá estar no meio deles, entrando quando eles entrarem e saindo quando eles saírem. (Ez 46.1–10)
O capítulo 46 de Ezequiel apresenta uma descrição detalhada do culto diário de adoração em Israel durante o reinado milenar de Cristo. O capítulo começa com a regulamentação dos sacrifícios no sábado e na Lua Nova, mostrando como o príncipe Davi será o responsável por oferecer sacrifícios em nome do povo.
Essa responsabilidade é significativa, pois a oferta de sacrifícios é uma forma de adoração e expressão de fé em Deus. A presença do príncipe Davi como um representante do povo mostra como a adoração a Deus deve ser feita de forma coletiva e organizada.
Além disso, o capítulo enfatiza a importância da ordem e organização na adoração a Deus, mostrando como os adoradores são direcionados a seguir rotas pré-designadas para evitar confusão e garantir que todos possam adorar a Deus de forma adequada.
Essa ordem e organização também são vistas na restrição do acesso ao templo, com a porta leste do pátio interno permanecendo fechada durante a semana, mas sendo aberta no sábado e na Lua Nova para a oferta de sacrifícios pelo príncipe.
Essas regulamentações e restrições mostram como Deus é um Deus de ordem e deseja que sua adoração seja feita de forma respeitosa e reverente. É importante lembrar que essa organização não é um fim em si mesma, mas sim uma forma de nos aproximarmos de Deus de maneira mais significativa e autêntica.
Por fim, o capítulo também destaca a importância da comunhão em adoração, mostrando como os adoradores são permitidos compartilhar uma refeição em uma celebração de oferta de comunhão. Isso mostra como a adoração a Deus não é apenas um ato individual, mas também uma expressão de comunhão com outros crentes.
Em resumo, o capítulo 46 de Ezequiel apresenta um modelo detalhado e organizado de adoração a Deus, mostrando a importância da ordem, organização e comunhão na adoração a Deus. Isso nos ensina a importância de nos aproximarmos de Deus com respeito, reverência e em comunhão com outros crentes.
Ezequiel 46.11-15: Justiça e equidade na adoração a Deus durante o Ano do Jubileu
11 “Nas festas, inclusive as fixas, a oferta de cereal será de uma arroba com um novilho, uma arroba com um carneiro, e com os cordeiros, quanto ele quiser dar, mais um galão de azeite para cada arroba. 12 Quando o príncipe fornecer uma oferta voluntária ao Senhor, seja holocausto seja oferta de comunhão, a porta que dá para o leste será aberta para ele. Ele oferecerá seu holocausto ou suas ofertas de comunhão como o faz no dia de sábado. Então ele sairá e, depois de ter saído, a porta será trancada. 13 “Diariamente vocês fornecerão um cordeiro de um ano sem defeito como holocausto ao Senhor; manhã após manhã vocês o trarão. 14 Com ele vocês também trarão, manhã após manhã, uma oferta de cereal, de um sexto de arroba e um terço de galão de azeite para umedecer a farinha. A apresentação dessa oferta de cereal será feita em obediência a um decreto perpétuo. 15 Assim o cordeiro, a oferta de cereal e o azeite serão trazidos manhã após manhã para o holocausto que será apresentado regularmente. (Ez 46.11–15)
O profeta descreve como o príncipe terá a liberdade de oferecer ofertas de livre e espontânea vontade ao Senhor.
No entanto, é interessante notar que mesmo no ato de oferecer ofertas de livre vontade, ainda há regras e regulamentos a serem seguidos. A porta leste do pátio interno, que normalmente permanece fechada durante a semana, será aberta para o príncipe oferecer suas ofertas, mas será fechada novamente após ele sair.
Essa ênfase na ordem e na estrutura organizacional mostra a importância que Deus atribui à adoração organizada e respeitosa. Embora a oferta de livre vontade possa parecer um ato espontâneo, ainda há um protocolo a seguir e uma estrutura em que isso deve ocorrer.
Além disso, essa passagem também destaca como a oferta de livre vontade não é apenas uma questão de liberdade pessoal, mas também envolve responsabilidade social. Se o príncipe decidir dar parte de sua propriedade a um de seus filhos, essa propriedade permanecerá com os descendentes do filho e não será retornada na Ano do Jubileu. Porém, se o príncipe decidir presentear um servo, o presente será temporário e retornará ao príncipe no Ano do Jubileu.
Essa regulamentação garante que a propriedade permaneça distribuída equitativamente e que nenhum indivíduo tenha controle permanente sobre ela. Isso também mostra como a adoração a Deus está intrinsecamente ligada a nossas ações sociais e éticas.
Em resumo, essa passagem enfatiza a importância da ordem e estrutura na adoração a Deus, mesmo quando se trata de ofertas de livre vontade. Também destaca a responsabilidade social que acompanha nossas escolhas pessoais e como nossas ações devem ser guiadas pelos princípios éticos de Deus.
Ezequiel 46.16-18: O Ano do Jubileu e a importância da justiça e equidade na sociedade
16 “Assim diz o Soberano, o Senhor: Se da sua herança o príncipe fizer um presente a um de seus filhos, este pertencerá também aos seus descendentes; será propriedade deles por herança. 17 Se, porém, da sua herança ele fizer um presente a um dos seus escravos, o escravo poderá mantê-lo consigo até o ano da liberdade; então o presente voltará para o príncipe. Sua herança pertence unicamente a seus filhos; deles será. 18 O príncipe não tomará coisa alguma da herança do povo, expulsando os herdeiros de sua propriedade. Dará a seus filhos a herança daquilo que é sua própria propriedade, para que ninguém do meu povo seja separado de sua propriedade”. (Ez 46.16–18)
Aqui o profeta apresenta as regulamentações relacionadas às ofertas de livre vontade durante o Ano do Jubileu.
Durante o Ano do Jubileu, que ocorria a cada 50 anos, a propriedade retornava aos seus proprietários originais. No entanto, o príncipe não teria permissão para reivindicar nenhuma terra fora da sua herança designada. Isso mostra como Deus valoriza a justiça e a equidade na distribuição de bens e recursos.
Além disso, a passagem também destaca a importância de não oprimir as pessoas e de não tomar suas propriedades. Isso é particularmente significativo, considerando as más práticas de alguns líderes da época de Ezequiel, que oprimiam o povo e confiscavam suas terras.
Essa passagem enfatiza a importância da justiça e da equidade na sociedade, refletindo os valores de Deus. A adoração a Deus não pode ser separada da justiça social e das ações éticas. Essa passagem também mostra que o Ano do Jubileu é uma oportunidade para reestabelecer a justiça e a equidade na sociedade, um tempo para corrigir desigualdades e injustiças.
Em resumo, a passagem do Ezequiel 46:16-18 destaca a importância da justiça e da equidade na distribuição de bens e recursos, mostrando como a adoração a Deus está ligada a ações éticas e sociais. O Ano do Jubileu é uma oportunidade para reestabelecer a justiça e a equidade na sociedade, refletindo os valores de Deus.
Ezequiel 46.19-24: Comunhão e partilha na adoração a Deus
19 Depois o homem me levou, pela entrada existente ao lado da porta, até os quartos sagrados que davam para o norte, os quais pertenciam aos sacerdotes, e mostrou-me um local no lado oeste. 20 Ele me disse: “Este é o lugar onde os sacerdotes cozinharão a oferta pela culpa e a oferta pelo pecado, e assarão a oferta de cereal, para levá-las ao pátio externo e consagrar o povo”. 21 Ele então me levou para o pátio externo e me fez passar por seus quatro cantos, e em cada canto vi um pátio. 22 Eram pátios fechados, com vinte metros de comprimento e quinze metros de largura; os pátios dos quatro cantos tinham a mesma medida. 23 Em volta de cada um dos quatro pátios, pelo lado de dentro, havia uma saliência de pedra, com lugares para fogo construídos em toda a sua volta debaixo da saliência. 24 Ele me disse: “Estas são as cozinhas onde aqueles que ministram no templo cozinharão os sacrifícios do povo”. (Ez 46.19–24)
Aqui, Ezequiel descreve as cozinhas dos sacerdotes e dos adoradores no templo.
A passagem começa descrevendo as cozinhas dos sacerdotes, que ficavam no extremo oeste das câmaras dos sacerdotes, próximas ao templo propriamente dito. Os sacerdotes eram responsáveis por cozinhar as ofertas de sacrifícios de culpa e pecado, para que não entrassem no pátio externo. Eles também tinham permissão para comer uma porção dos sacrifícios oferecidos no templo.
Em seguida, a passagem descreve as cozinhas para os adoradores, que ficavam nas quatro esquinas do pátio externo. Essas cozinhas eram usadas para preparar as ofertas de comunhão que os adoradores ofereciam a Deus. Eles eram permitidos a comer parte das ofertas como uma refeição de comunhão, em conformidade com as leis estabelecidas em Levítico 7:15-18.
Essas cozinhas simbolizam a importância da comunhão e da partilha na adoração a Deus. Elas também mostram como Deus valoriza a comunhão entre as pessoas e como a adoração a Deus deve ser uma expressão de comunhão entre os crentes.
Essa passagem também destaca a importância da santidade na adoração a Deus. Os sacrifícios devem ser preparados de uma maneira que não os profane, e a adoração deve ser feita com respeito e reverência. A santidade de Deus é refletida em Sua casa, e Sua presença deve ser tratada com respeito e temor.
Em resumo, a passagem do Ezequiel 46:19-24 destaca a importância da comunhão e partilha na adoração a Deus. Ela também enfatiza a importância da santidade na adoração a Deus e mostra como a adoração a Deus deve ser uma expressão de comunhão entre os crentes.
Reflexão de Ezequiel 46 para os nossos dias
Meus queridos irmãos e irmãs em Cristo, a passagem de Ezequiel 46 nos traz uma visão profética do templo que será construído durante o reinado milenar de Cristo. Embora essa visão seja para o futuro, ainda podemos extrair algumas lições valiosas que são relevantes para nossas vidas hoje.
Em primeiro lugar, a passagem enfatiza a importância da ordem e da estrutura na adoração a Deus. Deus é um Deus de ordem e deseja que Sua adoração seja feita com respeito e reverência. Isso significa que devemos seguir as regulamentações e regras estabelecidas para a adoração a Deus, mesmo quando oferecemos ofertas de livre vontade.
Além disso, a passagem destaca a importância da justiça e equidade na distribuição de bens e recursos. Deus não quer que ninguém seja oprimido ou que suas propriedades sejam tomadas injustamente. A adoração a Deus está ligada à justiça social e ética, e devemos ter cuidado para não oprimir os outros ou buscar nossos próprios interesses egoístas.
Finalmente, a passagem enfatiza a importância da comunhão e partilha na adoração a Deus. Devemos compartilhar nossas bênçãos com os outros e buscar a comunhão com nossos irmãos e irmãs em Cristo. A adoração a Deus não é apenas um ato individual, mas uma expressão de comunhão entre os crentes.
Portanto, meus irmãos e irmãs, vamos seguir esses princípios em nossas próprias vidas e em nossas igrejas. Vamos buscar adorar a Deus com ordem, justiça e comunhão, seguindo o exemplo que Ele estabeleceu para nós em Sua Palavra. Que Deus nos abençoe e nos guie em nossa adoração a Ele!
Motivos de oração em Ezequiel 46
- Pedir a Deus por uma adoração ordenada e respeitosa: Ezequiel 46 enfatiza a importância da ordem e da estrutura na adoração a Deus. Portanto, podemos orar para que Deus nos ajude a adorá-Lo de maneira respeitosa e ordenada, seguindo as regulamentações e regras estabelecidas para a adoração a Ele.
- Pedir a Deus por justiça e equidade na sociedade: A passagem destaca a importância da justiça e equidade na distribuição de bens e recursos. Podemos orar para que Deus ajude a estabelecer uma sociedade mais justa e equitativa, onde ninguém seja oprimido ou tenha suas propriedades tomadas injustamente.
- Pedir a Deus por comunhão e partilha entre os crentes: A passagem enfatiza a importância da comunhão e partilha na adoração a Deus. Podemos orar para que Deus nos ajude a compartilhar nossas bênçãos com os outros e buscar a comunhão com nossos irmãos e irmãs em Cristo, para que juntos possamos adorá-Lo de maneira mais plena e significativa.
A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)