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Mateus 3 Estudo: Por que João Batista foi tão polêmico?

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online
Tempo de leitura:10 minutos

Mateus 3 apresenta um divisor de águas na história da redenção. Após quatrocentos anos de silêncio profético, João Batista surge no deserto, ecoando a mensagem urgente de preparação para o Reino dos céus. Sua pregação confronta, desperta e aponta diretamente para Jesus Cristo.

William Hendriksen explica que “o surgimento de João foi surpreendente: sua aparência, seu modo de viver e, principalmente, sua mensagem, que era um convite radical à conversão” (HENDRIKSEN, 2010, p. 243).

R. C. Sproul acrescenta que “João Batista foi levantado como a voz profética que quebraria o longo silêncio de Deus e prepararia o caminho para o Rei” (SPROUL, 2017, p. 30).

Como era o contexto histórico e teológico de Mateus 3?

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O pano de fundo de Mateus 3 é de profunda expectativa messiânica. Após a última profecia registrada em Malaquias 4, o povo de Israel viveu quatrocentos anos sem um profeta.

A promessa final era clara: Deus enviaria um mensageiro com a missão de preparar o caminho para o Senhor (Malaquias 3.1). Esse mensageiro surgiria “no espírito e poder de Elias” (Lucas 1.17).

Nesse cenário, João Batista aparece no deserto da Judeia, região árida e afastada das cidades. O deserto, segundo Hendriksen, “é uma metáfora viva do coração endurecido de Israel, que precisava ser transformado para receber o Messias” (HENDRIKSEN, 2010, p. 246).

Além disso, Israel estava dividido entre grupos religiosos que se apoiavam em tradições humanas. Os fariseus, defensores da lei oral, e os saduceus, aliados ao poder político e religiosos liberais, formavam a liderança de uma fé desgastada, que ignorava a verdadeira justiça de Deus.

É nesse cenário de religiosidade superficial que João proclama uma mensagem simples e poderosa: “Arrependam-se, porque o Reino dos céus está próximo” (Mateus 3.2).

O que a pregação de João Batista revela? (Mateus 3.1–6)

João Batista pregava no deserto e dizia: “Arrependam-se, porque o Reino dos céus está próximo” (Mateus 3.2). Essa frase carrega um peso teológico profundo. O termo “arrependimento” vai além da tristeza pelo pecado; ele exige mudança de mente, de coração e de direção.

Hendriksen afirma que “a melhor tradução para metanoeite aqui é ‘convertei-vos’, pois aponta não apenas para o abandono do pecado, mas para uma nova vida produzida pelo Espírito” (HENDRIKSEN, 2010, p. 248).

João se apresenta como o cumprimento direto de Isaías 40.3: “Voz do que clama no deserto: ‘Preparem o caminho para o Senhor’”. Ele é a trombeta que anuncia a chegada do Rei.

O seu modo de viver reforçava sua mensagem. Ele vestia roupas de pêlos de camelo, usava um cinto de couro e comia gafanhotos e mel silvestre. Esse estilo austero remetia ao profeta Elias e protestava contra a ostentação e a superficialidade dos líderes religiosos.

O impacto da sua pregação foi enorme. Pessoas de Jerusalém, de toda a Judeia e das regiões ao redor do Jordão vinham até ele, confessavam seus pecados e eram batizadas (Mateus 3.5-6).

O batismo, nesse contexto, era um rito chocante para os judeus. R. C. Sproul explica que “somente os gentios convertidos eram batizados; João, ao exigir o batismo dos judeus, estava dizendo que eles também eram impuros e precisavam de purificação” (SPROUL, 2017, p. 32).

Por que João Batista confrontou os fariseus e saduceus? (Mateus 3.7–10)

João viu que muitos fariseus e saduceus vinham para o batismo e os confrontou diretamente: “Raça de víboras! Quem lhes deu a ideia de fugir da ira que se aproxima?” (Mateus 3.7).

Ele os chama de raça de víboras porque sabia que eles não estavam ali por arrependimento verdadeiro, mas por autoproteção e hipocrisia.

Hendriksen observa que “essas víboras pequenas e traiçoeiras, comuns no deserto da Judeia, ilustravam bem a natureza enganosa desses líderes” (HENDRIKSEN, 2010, p. 254).

João exige deles frutos que mostrem arrependimento genuíno (Mateus 3.8). Não bastava confiar na descendência física de Abraão, pois Deus poderia suscitar filhos de Abraão até mesmo das pedras.

Isso me ensina que a tradição religiosa e os privilégios familiares não garantem comunhão com Deus. É necessário arrependimento autêntico, evidenciado por uma vida transformada.

O machado já estava posto à raiz das árvores (Mateus 3.10). João estava dizendo que o juízo era iminente. O tempo da decisão havia chegado.

Quem é aquele que batiza com o Espírito Santo e com fogo? (Mateus 3.11–12)

João esclarece: “Eu os batizo com água para arrependimento. Mas depois de mim vem alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de levar as suas sandálias” (Mateus 3.11).

Esse alguém é Jesus. João reconhece sua inferioridade diante do Messias e anuncia que o batismo de Jesus será diferente: será com o Espírito Santo e com fogo.

Sproul explica que “o batismo com o Espírito Santo aponta para a obra purificadora e capacitadora do Espírito, e o batismo com fogo aponta tanto para o juízo como para a santificação” (SPROUL, 2017, p. 35).

O fogo pode representar a purificação que acontece na vida dos salvos, como também pode representar o juízo sobre os ímpios.

João afirma que Jesus traria a pá para limpar a eira (Mateus 3.12). O trigo será recolhido no celeiro, mas a palha será queimada com fogo que nunca se apaga. Aqui vemos um retrato claro do juízo final, como lemos também em Apocalipse 20.

A urgência de João me chama a refletir sobre o estado do meu coração. Estou produzindo frutos de arrependimento ou estou confiando apenas em rótulos e tradições?

Por que Jesus quis ser batizado por João? (Mateus 3.13–15)

O batismo de Jesus pode parecer estranho à primeira vista. Afinal, se o batismo de João era para arrependimento, por que o Cordeiro sem pecado precisaria ser batizado?

João tenta impedir: “Eu preciso ser batizado por ti, e tu vens a mim?” (Mateus 3.14).

Jesus responde: “Deixe assim por enquanto; convém que assim façamos, para cumprir toda a justiça” (Mateus 3.15).

Hendriksen esclarece que “o batismo de Jesus foi um gesto de solidariedade com os pecadores, uma forma de se identificar com aqueles que ele veio salvar” (HENDRIKSEN, 2010, p. 268).

Jesus não foi batizado por causa de pecado próprio, mas para ratificar seu compromisso de cumprir toda a vontade do Pai, como também vemos em João 4.34.

Esse gesto reforça que o ministério de Jesus seria totalmente vicário: ele viveria, sofreria, morreria e ressuscitaria em favor do seu povo.

O que aconteceu no batismo de Jesus? (Mateus 3.16–17)

Assim que Jesus foi batizado e saiu da água, os céus se abriram. O Espírito Santo desceu sobre ele em forma de pomba e uma voz do céu disse: “Este é o meu Filho amado, em quem me agrado” (Mateus 3.17).

Este é um dos momentos mais belos da Trindade revelada na Bíblia. O Filho é batizado, o Espírito desce, e o Pai declara publicamente seu prazer no Filho.

Sproul comenta que “a voz do Pai confirma que Jesus é o Messias prometido, o Servo do Senhor em quem Deus tem total prazer” (SPROUL, 2017, p. 37).

Esse episódio marca o início oficial do ministério de Jesus e aponta para a unção plena do Espírito, como também é profetizado em Isaías 61.

Além disso, o batismo de Jesus antecipa a missão de resgatar pecadores. Como R. C. Sproul ressalta, “o batismo de Jesus já aponta para a cruz, onde ele será o Cordeiro que tira o pecado do mundo” (SPROUL, 2017, p. 38).

Quais profecias foram cumpridas em Mateus 3?

O primeiro grande cumprimento é a profecia de Isaías 40.3: “Voz do que clama no deserto”. João Batista é o mensageiro que prepara o caminho para o Messias.

A profecia de Malaquias 4.5–6 também se cumpre. João veio no espírito de Elias, como Jesus mesmo confirma em Mateus 11.14.

O batismo de Jesus, com a descida do Espírito e a voz do Pai, cumpre o anúncio de Isaías 42.1: “Eis o meu servo, a quem sustenho; o meu escolhido, em quem tenho prazer”.

Tudo isso mostra que o plano de Deus segue uma linha precisa, que une Antigo e Novo Testamentos, e nos conduz à plenitude em Cristo, como vemos também em Apocalipse 21.

O que Mateus 3 ensina para a minha vida hoje?

Mateus 3 me ensina que Deus exige um arrependimento real, não superficial. Eu não posso confiar na tradição, na religiosidade ou no passado da minha família. O Reino dos céus exige mudança de vida.

A postura de João me desafia a viver com coragem. Ele confrontou líderes religiosos e pregou a verdade sem medo. Isso me chama a examinar meu coração: tenho medo de desagradar as pessoas ou estou disposto a anunciar o evangelho com sinceridade?

O batismo de Jesus me ensina sobre humildade. Ele, sendo o Filho de Deus, se submeteu ao batismo. Ele não precisava, mas fez isso por amor a nós.

O anúncio do Pai sobre o Filho me enche de esperança. Se Deus tem prazer no Filho, e eu estou em Cristo, então Deus me recebe e me ama com o mesmo amor.

Isso me desafia a buscar uma vida frutífera. Como João advertiu, sem frutos de arrependimento, meu cristianismo é vazio.

Finalmente, a urgência do juízo me chama a refletir: estou preparado para encontrar o Senhor? Tenho vivido como trigo ou como palha?

Conclusão

Mateus 3 marca o início do ministério de Jesus e o clímax da preparação profética para sua chegada. João Batista anuncia o Reino dos céus e clama por arrependimento urgente.

O batismo de Jesus inaugura publicamente seu ministério e revela a Trindade em perfeita harmonia. O Filho se submete, o Espírito desce e o Pai declara seu prazer.

Este capítulo me lembra que Deus cumpre suas promessas com precisão e me chama a uma vida de arrependimento, fé e frutos verdadeiros. Como em Apocalipse 3, Jesus ainda bate à porta, e cabe a cada um de nós decidir: abrir ou permanecer indiferente.


Referências

  • HENDRIKSEN, William. Mateus: Comentário do Novo Testamento. Tradução Valter Graciano Martins. 2. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2010.
  • SPROUL, R. C. Estudos Bíblicos Expositivos em Mateus. Tradução Giuliana Niedhardt Santos. 1. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2017.
Diego Nascimento

Sou Diego Nascimento e o Jesus e a Bíblia não é apenas um projeto, é um chamado. Deus deu essa missão a mim e a Carol (esposa) por meio do Espírito Santo. Amamos a Palavra de Deus e acreditamos que ela pode mudar a sua vida, assim como mudou a nossa.

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