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Início » Bíblia de Estudo Online » Mateus 6 Estudo: Sermão da Montanha (Parte 2)

Mateus 6 Estudo: Sermão da Montanha (Parte 2)

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online
Tempo de leitura:13 minutos

Jesus começa este trecho do Sermão do Monte nos alertando sobre um perigo sutil: transformar a fé em espetáculo. Ele diz: “Tenham o cuidado de não praticar suas ‘obras de justiça’ diante dos outros para serem vistos por eles” (Mateus 6.1, NVI).

Ao ler isso, eu me lembro como nosso coração, muitas vezes, deseja reconhecimento. Seja num post nas redes sociais, seja num elogio na igreja, o aplauso humano pode se tornar um vício.

William Hendriksen explica que aqui, “obras de justiça” se refere a atos de devoção como esmolas, orações e jejuns (HENDRIKSEN, 2001, p. 362). Jesus não condena esses atos em si, mas a motivação errada.

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Os fariseus, por exemplo, faziam questão de mostrar sua generosidade. Tocavam literalmente trombetas para anunciar suas esmolas. Mas Jesus é direto: “Eu lhes garanto que eles já receberam sua plena recompensa” (Mateus 6.2).

Ou seja, o reconhecimento dos homens é tudo o que terão. Nada de aprovação divina. Nada de tesouros eternos. Essa é a mesma realidade que aparece em Mateus 5, onde Jesus ensina que o Reino de Deus se manifesta em atitudes humildes e sinceras.

Por isso, Ele nos orienta: “Quando você der esmola, que a sua mão esquerda não saiba o que está fazendo a direita” (Mateus 6.3). É uma metáfora forte. Significa agir com tanta discrição e simplicidade que nem mesmo nós mesmos ficamos vangloriados com o que fazemos.

Eu confesso que isso me confronta. Às vezes, fazemos algo bom e logo queremos contar para alguém. Mas Jesus ensina outro caminho: o da devoção escondida, vista apenas por Deus.

R. C. Sproul destaca que “Deus não se impressiona com gestos públicos que nascem de corações orgulhosos, mas Se agrada daquilo que fazemos em segredo, movidos por amor” (SPROUL, 2010, p. 98).

Esse princípio vale para ofertas, mas também para qualquer expressão da nossa fé. O que conta para Deus é o coração.

Como deve ser a oração de quem realmente conhece a Deus? (Mateus 6.5–15)

Depois de falar sobre generosidade, Jesus aborda outro pilar da vida cristã: a oração. Mas, novamente, Ele denuncia o erro de transformar algo sagrado em show.

“E quando vocês orarem, não sejam como os hipócritas” (Mateus 6.5). Eles gostavam de orar em pé nas sinagogas e nas esquinas para serem vistos. Era um teatro, e o público aplaudia. Mas, mais uma vez, Jesus lembra: “Eles já receberam sua plena recompensa” (Mateus 6.5).

A verdadeira oração não precisa de plateia. Jesus ensina: “Vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto” (Mateus 6.6).

Eu gosto de imaginar esse momento. Um lugar simples, silencioso. Só eu e Deus. É ali que a oração encontra seu valor. Não é o volume da nossa voz nem o vocabulário bonito que impressionam o Senhor. É a sinceridade.

Jesus também nos alerta sobre as repetições vazias: “Eles pensam que por muito falarem serão ouvidos” (Mateus 6.7). Não há necessidade de discursos longos ou palavras decoradas. Deus já sabe o que precisamos (Mateus 6.8).

A seguir, Jesus nos dá o modelo perfeito: a Oração do Pai Nosso. Cada frase revela um princípio profundo:

  • “Pai nosso, que estás nos céus” – Reconhecemos quem Deus é.
  • “Santificado seja o teu nome” – Almejamos que Ele seja honrado.
  • “Venha o teu Reino” – Desejamos a soberania de Deus aqui e agora.
  • “Dá-nos hoje o nosso pão de cada dia” – Confiamos em Sua provisão diária.
  • “Perdoa as nossas dívidas” – Reconhecemos nossa necessidade de perdão.
  • “Não nos deixes cair em tentação” – Clamamos por livramento.

Esse ensino se conecta diretamente com o que o apóstolo Paulo também destaca em Filipenses 4, onde aprendemos a apresentar nossos pedidos com gratidão, confiando na paz que excede o entendimento.

Hendriksen afirma que o Pai Nosso não é apenas uma oração para ser recitada, mas “um esboço de princípios que devem moldar nossa vida de oração” (HENDRIKSEN, 2001, p. 370).

Jesus conclui o ensino com um lembrete essencial: o perdão. “Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará” (Mateus 6.14). Isso mostra que oração verdadeira transforma o coração. E um coração transformado perdoa.

Por que o jejum é uma prática esquecida, mas poderosa? (Mateus 6.16–18)

Hoje, pouco se fala sobre jejum. Mas Jesus o inclui entre as práticas fundamentais da fé.

Ele diz: “Quando jejuarem” (Mateus 6.16). Não é “se”, é “quando”. Ou seja, o jejum deve fazer parte da vida cristã. O problema, novamente, é a ostentação. Os fariseus jejuavam e logo mudavam o rosto, faziam cara de sofridos. Era outro show religioso.

Jesus é claro: “Eles já receberam sua plena recompensa” (Mateus 6.16).

O jejum verdadeiro não busca chamar atenção. Jesus ensina: “Ponha óleo sobre a cabeça e lave o rosto” (Mateus 6.17). Ou seja, cuide da aparência. Ninguém precisa saber o que você está fazendo. Só o Pai, que vê no secreto.

Sproul ressalta que o jejum bíblico é uma forma de dizer a Deus: “Minha fome espiritual é maior do que meu desejo físico” (SPROUL, 2010, p. 102).

Esse princípio ecoa o que aprendemos em Isaías 58, onde Deus mostra que o jejum verdadeiro não é apenas deixar de comer, mas buscar justiça, misericórdia e arrependimento.

Eu já vivi momentos assim. Em dias difíceis, o jejum se torna um grito silencioso da alma, clamando por direção, por socorro. E, como Jesus prometeu, o Pai vê e recompensa.

Por que acumular tesouros na terra é um engano perigoso? (Mateus 6.19–21)

Jesus continua Seu ensino e toca em algo que mexe com todos nós: o dinheiro. Ele diz: “Não acumulem para vocês tesouros na terra” (Mateus 6.19). Parece radical, mas faz todo sentido.

Afinal, tudo o que ajuntamos aqui está sujeito à traça, à ferrugem, aos ladrões. Basta olhar para o noticiário para ver como bens materiais podem sumir de uma hora para outra.

Quando leio isso, me lembro de Eclesiastes 5, onde Salomão diz que quem ama o dinheiro nunca se satisfaz. É um poço sem fundo.

Jesus nos convida a olhar para cima: “Acumulem para vocês tesouros no céu” (Mateus 6.20). O que fazemos aqui por amor a Deus e ao próximo tem valor eterno.

William Hendriksen explica que os “tesouros no céu” incluem boas obras, generosidade, intercessão e tudo o que fazemos para a glória de Deus (HENDRIKSEN, 2001, p. 377).

E o mais interessante é a conexão direta entre o nosso coração e aquilo em que investimos: “Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (Mateus 6.21).

Se o que mais valorizamos é dinheiro, sucesso ou status, nosso coração se inclina para isso. Mas se buscamos o Reino, nosso coração se apega a Deus. É o que Jesus já ensinou em Mateus 5.3: “Bem-aventurados os pobres em espírito”, aqueles que dependem totalmente do Senhor.

Como a maneira de olhar a vida afeta tudo em nós? (Mateus 6.22–23)

Jesus segue com uma metáfora poderosa: “Os olhos são a candeia do corpo” (Mateus 6.22). Ou seja, aquilo que direciona o nosso olhar influencia todo o nosso ser.

Se os olhos forem bons, ou seja, generosos, puros, voltados para o bem, todo o corpo será iluminado. Mas, se os olhos forem maus — egoístas, invejosos, gananciosos —, haverá trevas.

Eu já percebi isso em mim mesmo. Quando meu olhar se contamina com comparação, cobiça ou ingratidão, o coração se fecha, o ânimo vai embora. Mas quando escolho olhar com fé e contentamento, tudo parece mais leve.

Sproul afirma que aqui, Jesus nos lembra que “a maneira como enxergamos a vida e os outros revela se pertencemos à luz ou às trevas” (SPROUL, 2010, p. 105).

Essa verdade se conecta com o que o apóstolo João escreve em 1 João 2.16: os desejos dos olhos podem nos afastar de Deus. Por isso, precisamos vigiar o que alimenta o nosso olhar.

Por que é impossível servir a dois senhores? (Mateus 6.24)

Jesus encerra essa parte do ensino com uma declaração que corta como espada: “Ninguém pode servir a dois senhores” (Mateus 6.24).

É impossível tentar agradar a Deus e ao Dinheiro ao mesmo tempo. Cedo ou tarde, precisaremos escolher. Ou amaremos um e rejeitaremos o outro.

Eu já vivi esse conflito. Quando tentamos agradar a todos ou buscar sucesso a qualquer custo, a fé começa a enfraquecer. O coração se divide. E como Jesus deixa claro, isso não funciona.

Hendriksen observa que “o Dinheiro, aqui personificado como Mamom, se torna um ídolo quando assume o lugar de Deus em nossas prioridades” (HENDRIKSEN, 2001, p. 379).

Por isso, precisamos vigiar. O dinheiro é útil, sim. Mas quando vira senhor, vira prisão. O verdadeiro Senhor é Cristo. E só Ele pode dar sentido e paz à nossa vida.

Por que se preocupar não resolve nada? (Mateus 6.25–27)

Jesus sabe que o medo do amanhã rouba nossa paz. Por isso, Ele nos diz: “Não se preocupem com suas próprias vidas” (Mateus 6.25).

Eu confesso: isso não é fácil. Somos tentados o tempo todo a nos inquietar com contas, futuro dos filhos, saúde, segurança. Mas Jesus nos lembra que a vida é muito mais do que comida ou roupa.

Ele nos convida a olhar para as aves do céu. Elas não plantam, não colhem, não estocam, e ainda assim, Deus as alimenta. É impossível não lembrar do que está escrito em Salmos 145.15–16: “Todos esperam em ti, e tu lhes dás o alimento no tempo certo”.

Se Deus cuida das aves, como não cuidará de nós, que somos Seus filhos? E além disso, Jesus questiona: “Quem de vocês pode acrescentar uma hora que seja à sua vida?” (Mateus 6.27). Ou seja, preocupar-se só cansa, mas não resolve nada.

Sproul comenta que “a ansiedade revela uma fé enfraquecida, pois ignora o cuidado providencial do Pai” (SPROUL, 2010, p. 108).

Como a natureza revela o cuidado de Deus? (Mateus 6.28–30)

Jesus nos chama a contemplar outra lição prática: os lírios do campo. Eles crescem, belos e vistosos, sem esforço, sem trabalho humano.

Ele afirma que nem mesmo Salomão, com toda sua glória, se vestiu como um deles. Isso me faz lembrar de 1 Reis 10, quando a rainha de Sabá ficou impressionada com a riqueza e o esplendor do rei.

Mas nem o ouro de Salomão se compara à beleza simples e natural das flores, criadas e cuidadas por Deus. Se Ele faz isso com a relva do campo, que hoje existe e amanhã desaparece, imagine o quanto Ele cuida de nós.

William Hendriksen destaca que Jesus chama os discípulos de “homens de pequena fé” (Mateus 6.30) não para acusá-los, mas para despertá-los a confiar mais (HENDRIKSEN, 2001, p. 382).

Essa advertência ainda ecoa hoje. Quando me pego ansioso, sei que preciso renovar minha fé no cuidado do Pai.

Qual é a solução para as nossas preocupações? (Mateus 6.31–34)

Jesus conclui com um conselho prático e libertador: “Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça” (Mateus 6.33).

Não significa ignorar responsabilidades, mas reorganizar prioridades. Quando Deus e Seu Reino estão no centro, o restante encontra seu lugar. E as necessidades básicas — comida, bebida, roupa — são supridas.

Essa promessa ecoa a fidelidade de Deus demonstrada em Deuteronômio 8, quando Ele cuidou do povo no deserto.

Sproul afirma que “buscar o Reino não é uma atividade isolada, mas uma postura constante de submissão ao governo de Deus” (SPROUL, 2010, p. 110).

E Jesus termina com sabedoria prática: não se preocupe com o amanhã. Cada dia já tem seus próprios desafios.

Eu vejo isso na minha vida. Quando me concentro no hoje, consigo lidar melhor com as tarefas e preocupações. Mas quando me perco tentando resolver o que nem aconteceu ainda, só me sobrecarrego.

Jesus não nega que haverá lutas. Mas Ele garante: o Pai cuida de nós. Isso me desafia a descansar, confiar e buscar o Reino acima de tudo.

O que aprendemos com Mateus 6 hoje? (Mateus 6.1–34)

Jesus nos ensina o caminho da verdadeira espiritualidade. Não se trata de aparência, mas de sinceridade. Obras de caridade, oração e jejum não são para impressionar pessoas, mas para agradar a Deus.

O Pai vê o que fazemos em secreto. Ele conhece o nosso coração. Não adianta fazer o bem só para os outros verem. O que importa é a motivação.

Jesus também nos ensina a orar com simplicidade e fé. O Pai Nosso não é um mantra vazio, mas um modelo de intimidade com Deus. Nele, aprendemos a confiar, a perdoar e a buscar o Reino.

Além disso, o Mestre trata de algo muito atual: a ansiedade. Ele sabe que nosso coração facilmente se apega ao dinheiro e às preocupações. Mas a solução é clara: buscar o Reino em primeiro lugar.

Ao olhar para as aves e as flores, somos lembrados do cuidado do Pai. Não precisamos viver ansiosos. Deus conhece nossas necessidades e cuida de nós, como em Salmos 23, onde Ele é apresentado como o bom Pastor.

O maior tesouro não está na terra, mas no céu. Onde está o nosso coração, ali estará também nosso foco e nossa esperança.

Conclusão

Mateus 6 não é um discurso sobre regras, mas um convite à confiança. Jesus nos chama a viver para agradar o Pai, e não para buscar aplausos humanos. Ele nos ensina que a oração verdadeira é simples e sincera, que o jejum é discreto e que a vida deve ser livre da ansiedade.

Buscando o Reino, encontramos equilíbrio. Descansando no cuidado de Deus, encontramos paz. E vivendo com o coração no céu, encontramos propósito.

Ao ler este capítulo, percebo o quanto ainda preciso confiar mais. E lembro que, assim como em Mateus 11, Jesus continua dizendo: “Venham a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso”.

Referências

  • HENDRIKSEN, William. O Comentário do Novo Testamento: Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, 2001.
  • SPROUL, R. C. Estudos Bíblicos Expositivos em Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, 2010.
  • Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.

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