Em Romanos 6, Paulo nos conduz a uma reflexão profunda sobre a nova vida em Cristo. Este capítulo é essencial para entendermos a transformação que ocorre quando somos unidos a Jesus pela fé. Paulo inicia destacando a questão do pecado e da graça, perguntando retoricamente se devemos continuar pecando para que a graça abunde. Ele responde de forma enfática: de maneira nenhuma! Aqui, somos chamados a viver de acordo com a nossa nova identidade em Cristo.
Paulo utiliza a analogia do batismo para ilustrar essa transformação. Assim como Cristo morreu e ressuscitou, nós também morremos para o pecado e ressuscitamos para uma vida nova. Isso significa que o poder do pecado foi quebrado e não somos mais seus escravos. Agora, somos livres para viver uma vida que honra a Deus.
Outro ponto crucial é a instrução de Paulo para oferecermos nossos corpos como instrumentos de justiça. Ele nos incentiva a não permitir que o pecado reine em nossos corpos mortais, mas a nos apresentarmos a Deus como aqueles que passaram da morte para a vida.
Em resumo, Romanos 6 nos desafia a viver de acordo com a nossa nova natureza, a reconhecer a liberdade que temos em Cristo e a nos dedicarmos à justiça. É um convite à santidade e à renovação diária.
Esboço de Romanos 6
I. A Nova Vida em Cristo (Rm 6:1-11)
A. A Pergunta sobre o Pecado e a Graça (1-2)
B. A União com Cristo na Sua Morte e Ressurreição (3-5)
C. O Velho Homem Crucificado com Cristo (6-7)
D. Vivos para Deus em Cristo Jesus (8-11)
II. A Santificação Prática (Rm 6:12-14)
A. Não Permitir que o Pecado Reine no Corpo Mortal (12)
B. Oferecer-se a Deus como Instrumentos de Justiça (13)
C. O Domínio da Graça sobre o Pecado (14)
III. Escravos da Justiça (Rm 6:15-23)
A. A Pergunta sobre a Liberdade e o Pecado (15)
B. Escravos da Obediência e da Justiça (16-18)
C. A Nova Escravidão à Justiça (19)
D. O Fruto da Santificação e a Vida Eterna (20-22)
E. O Salário do Pecado e o Dom de Deus (23)
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I. A Nova Vida em Cristo (Rm 6:1-11)
Vamos nos aprofundar no primeiro ponto de nosso esboço: A Nova Vida em Cristo, em Romanos 6:1-11. Este trecho é fundamental para entendermos a transformação que ocorre quando somos unidos a Jesus pela fé.
Paulo começa com uma pergunta provocativa: “Que diremos, pois? Continuaremos no pecado, para que a graça aumente?” (Rm 6:1). Ele responde enfaticamente: “De modo nenhum! Nós, que morremos para o pecado, como podemos continuar vivendo nele?” (Rm 6:2). Esta pergunta retórica nos desafia a considerar seriamente nossa nova identidade em Cristo. Não somos mais escravos do pecado, mas fomos libertados para viver uma nova vida.
A analogia do batismo é crucial aqui. Paulo explica que, quando somos batizados, somos imersos na morte de Cristo e ressuscitamos com Ele para uma nova vida (Rm 6:3-4). Esta imagem poderosa nos lembra que nossa antiga vida, dominada pelo pecado, foi enterrada. Assim como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, nós também devemos andar em novidade de vida.
Nos versículos 6 e 7, Paulo fala sobre o “velho homem” sendo crucificado com Cristo, para que o corpo do pecado seja destruído e não sejamos mais escravos do pecado. A crucificação do velho homem simboliza a destruição do poder do pecado em nossas vidas. Somos libertos para viver de maneira justa e santa.
A seguir, Paulo nos lembra que, se morremos com Cristo, cremos que também viveremos com Ele (Rm 6:8). Isso nos dá esperança e certeza de uma vida eterna com Deus. Cristo, ressuscitado dentre os mortos, não morre mais; a morte não tem domínio sobre Ele. Da mesma forma, devemos considerar-nos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus (Rm 6:9-11).
Em resumo, esta passagem nos ensina que, em Cristo, experimentamos uma transformação radical. Morremos para o pecado e ressuscitamos para uma nova vida. Somos chamados a viver de acordo com essa nova realidade, oferecendo-nos a Deus como instrumentos de justiça e vivendo para a Sua glória. Essa é a essência da nossa nova vida em Cristo.
II. A Santificação Prática (Rm 6:12-14)
Vamos analisar o segundo ponto do nosso esboço: A Santificação Prática, em Romanos 6:12-14. Este trecho nos ensina como viver de acordo com a nossa nova identidade em Cristo, no dia a dia.
Paulo começa com uma instrução clara: “Portanto, não permitam que o pecado reine em seu corpo mortal, fazendo com que vocês obedeçam aos seus desejos” (Rm 6:12). Aqui, ele nos chama a ação. Não podemos permitir que o pecado continue a dominar nossas vidas. Embora o pecado ainda esteja presente, ele não deve governar nossas ações e pensamentos. Temos o poder, em Cristo, de resistir aos desejos pecaminosos.
A seguir, Paulo nos exorta: “Não ofereçam os membros do corpo de vocês ao pecado, como instrumentos de injustiça; mas, como quem passou da morte para a vida, ofereçam-se a Deus, e ofereçam os membros do corpo de vocês a ele, como instrumentos de justiça” (Rm 6:13). Esta é uma imagem poderosa de entrega. Devemos conscientemente escolher usar nosso corpo, nossa mente e nosso coração para a justiça, em vez de permitir que o pecado nos use para o mal. A palavra “oferecer” implica um ato deliberado de entrega a Deus, reconhecendo que agora pertencemos a Ele.
Finalmente, Paulo nos lembra da promessa maravilhosa: “Pois o pecado não terá domínio sobre vocês, porque vocês não estão debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rm 6:14). Esta declaração é libertadora. A graça de Deus nos capacita a viver de maneira justa. Não estamos mais presos à obrigação da lei, mas somos motivados e habilitados pela graça a viver em santidade. Isso não significa que podemos pecar livremente, mas sim que temos a força para vencer o pecado através da graça divina.
Em resumo, Romanos 6:12-14 nos desafia a viver de maneira prática nossa nova vida em Cristo. Somos chamados a resistir ao pecado, oferecer-nos a Deus como instrumentos de justiça, e viver sob o domínio libertador da graça. Esta é a essência da santificação prática: viver diariamente para a glória de Deus, capacitados pela Sua graça.
III. Escravos da Justiça (Rm 6:15-23)
Vamos explorar o terceiro ponto do nosso esboço: Escravos da Justiça, em Romanos 6:15-23. Este trecho nos revela uma poderosa verdade sobre nossa nova identidade e a quem servimos.
Paulo começa com outra pergunta provocativa: “E então? Havemos de pecar porque não estamos debaixo da lei, mas debaixo da graça?” (Rm 6:15). Ele responde novamente com um enfático “De modo nenhum!” Isso nos lembra que a graça não é uma licença para pecar, mas uma capacitação para viver de maneira justa.
Ele então nos explica o conceito de escravidão espiritual: “Não sabem que, quando vocês se oferecem a alguém para lhe obedecer como escravos, tornam-se escravos daquele a quem obedecem: escravos do pecado, que leva à morte, ou da obediência, que leva à justiça?” (Rm 6:16). Aqui, Paulo nos mostra que todos servimos a algo ou alguém. Se obedecemos ao pecado, nos tornamos seus escravos. Se obedecemos a Deus, nos tornamos escravos da justiça.
Nos versículos 17 e 18, Paulo expressa gratidão: “Mas graças a Deus, porque, outrora escravos do pecado, vocês vieram a obedecer de coração à forma de ensino que lhes foi transmitida. Vocês foram libertados do pecado e tornaram-se escravos da justiça.” Ele nos lembra da transformação que ocorreu em nossas vidas. Fomos libertados do poder do pecado e agora somos servos da justiça. Esta nova identidade é motivo de gratidão e alegria.
Paulo continua, usando uma linguagem prática: “Como seres humanos, uso esta analogia por causa das suas limitações naturais: assim como vocês ofereceram os membros dos seus corpos em escravidão à impureza e à maldade que leva à maldade, ofereçam-nos agora em escravidão à justiça, que leva à santidade” (Rm 6:19). Ele nos chama a um compromisso prático com a santidade, oferecendo nossas vidas a Deus.
Finalmente, Paulo contrasta os resultados de servir ao pecado e servir a Deus: “Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 6:23). O pecado nos paga com morte, mas Deus nos dá o dom gratuito da vida eterna através de Jesus.
Em resumo, Romanos 6:15-23 nos desafia a escolher a quem serviremos. Somos chamados a viver como escravos da justiça, servindo a Deus com alegria e gratidão, reconhecendo a nova vida que temos em Cristo. Essa é a essência de viver para a glória de Deus, em liberdade e santidade.
Reflexão de Romanos 6 para os nossos dias
Romanos 6 nos traz uma mensagem poderosa e transformadora que é extremamente relevante para os nossos dias. Este capítulo nos desafia a refletir sobre a profundidade da graça de Deus e o impacto que ela deve ter em nossas vidas diárias.
Vivemos em uma época onde muitas vezes o pecado é relativizado e a graça é mal compreendida. Paulo nos lembra que, ao sermos unidos a Cristo, passamos por uma transformação radical. Não somos mais escravos do pecado, mas fomos libertados para viver uma nova vida em Cristo. Isso significa que nossas ações, pensamentos e atitudes devem refletir essa nova identidade.
A analogia do batismo que Paulo usa é especialmente significativa. Quando somos batizados, simbolizamos nossa morte para o pecado e ressurreição para uma vida nova. Isso nos lembra que nossa antiga vida, dominada pelo pecado, foi deixada para trás. Somos agora chamados a andar em novidade de vida, uma vida que honra a Deus e reflete Sua justiça.
Nos dias de hoje, essa mensagem é um chamado à santidade prática. Não devemos permitir que o pecado reine em nossos corpos, mas devemos nos oferecer a Deus como instrumentos de justiça. Isso implica uma escolha consciente e diária de viver de acordo com os princípios do Reino de Deus, resistindo às tentações e influências do mundo ao nosso redor.
Além disso, a graça de Deus, que nos liberta do domínio do pecado, é uma fonte de capacitação. Não estamos sozinhos nessa jornada de santificação. A graça nos dá força para viver de maneira justa e nos capacita a superar as fraquezas e desafios que enfrentamos.
Por fim, Romanos 6 nos lembra da seriedade do pecado e da dádiva maravilhosa da vida eterna em Cristo Jesus. O pecado nos paga com morte, mas Deus, em Sua infinita graça, nos oferece a vida eterna. Isso deve encher nossos corações de gratidão e nos motivar a viver de forma que glorifique a Deus em todos os aspectos de nossas vidas.
Que possamos, a cada dia, lembrar da nossa nova identidade em Cristo e viver de acordo com a liberdade e a justiça que Ele nos concedeu.
3 Motivos de oração em Romanos 6
1. Gratidão pela Nova Vida em Cristo: Ore agradecendo a Deus por nos libertar do poder do pecado e nos conceder uma nova vida através de Jesus. Agradeça pela transformação que essa nova vida traz e pela esperança da ressurreição.
2. Força para Viver em Santidade: Peça a Deus força e sabedoria para resistir ao pecado e viver de acordo com a Sua justiça. Ore para que o Espírito Santo nos capacite a oferecer nossos corpos como instrumentos de justiça a cada dia.
3. Reconhecimento da Graça: Ore para que possamos compreender profundamente a graça de Deus e viver de maneira que reflita essa verdade. Peça que nossa vida seja um testemunho vivo da graça transformadora de Deus para aqueles ao nosso redor.