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Levítico 8 Estudo: Como esse capítulo aponta para Jesus?

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online
Tempo de leitura:7 minutos

Levítico 8 é um capítulo que me confronta com a seriedade do chamado espiritual. Ele descreve, com riqueza de detalhes, a ordenação de Arão e seus filhos ao sacerdócio. Não é apenas um ritual de consagração, mas uma narrativa carregada de significado teológico, histórico e espiritual. Deus estabelece aqui, de forma pública e visível, o sacerdócio levítico como instrumento mediador entre Ele e o povo.

Qual é o contexto histórico e teológico de Levítico 8?

Levítico foi escrito por Moisés, provavelmente durante o segundo ano da jornada de Israel no deserto, logo após a construção da Tenda do Encontro (VASHOLZ, 2018). O povo havia recebido instruções detalhadas sobre o culto, os sacrifícios e a santidade. Agora, era o momento de consagrar os líderes espirituais que ministrariam diante de Deus.

O capítulo 8 marca a transição da teoria para a prática. Com o tabernáculo pronto e os utensílios consagrados, a ordenação do sacerdócio seria o próximo passo. Arão é escolhido como sumo sacerdote, e seus filhos, como sacerdotes auxiliares (Êx 29). Essa cerimônia tinha implicações espirituais e jurídicas: estabelecia quem teria autoridade para representar o povo diante de Deus.

Além disso, o texto mostra Moisés em seu papel tríplice de profeta, sacerdote e líder da nação. Ele conduz todo o rito, conforme Deus ordenou. Isso reforça sua autoridade divina — uma autoridade mais tarde contestada por Corá e outros levitas em Números 16.

Práticas semelhantes existiam em outras culturas do Antigo Oriente Próximo. Mas, como destacam Walton, Matthews e Chavalas, em Israel elas são transformadas por um novo significado: a ligação com o Deus santo, e não com deuses manipuláveis (WALTON; MATTHEWS; CHAVALAS, 2018).

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Como o texto de Levítico 8 se desenvolve?

1. Qual é a ordem inicial de Deus? (Levítico 8.1–4)

O capítulo se inicia com a instrução divina: “O Senhor disse a Moisés…”. Deus manda que Moisés reúna Arão, seus filhos, os elementos sagrados e toda a comunidade à entrada da Tenda. A consagração do sacerdócio seria pública, para que todo o povo reconhecesse a autoridade que vinha de Deus.

2. Como se dá a purificação e vestição sacerdotal? (Levítico 8.5–9)

Moisés começa o rito lavando Arão e seus filhos. Essa lavagem é símbolo de purificação (Êx 30.19–21). Ninguém pode se apresentar ao serviço de Deus sem estar limpo, espiritualmente e ritualmente. Isso me faz refletir sobre minha própria preparação antes de servir ao Senhor.

Em seguida, Arão é vestido com roupas especiais: túnica, manto, colete sacerdotal, peitoral com o Urim e o Tumim, e o turbante com a lâmina de ouro. O peitoral, com as doze pedras representando as tribos, era usado sobre o coração do sacerdote (Êx 28.29). Segundo Vasholz (2018), o Urim e o Tumim provavelmente eram as próprias pedras, simbolizando a autoridade divina de Arão como intercessor.

3. O que significa a unção com óleo? (Levítico 8.10–12)

Moisés unge o tabernáculo, os utensílios e, por fim, Arão. O óleo era símbolo de consagração e capacitação divina. O salmista descreve esse ato em “É como o óleo precioso derramado sobre a cabeça, que desce pela barba, a barba de Arão…” (Salmos 133.2).

Walton e colegas explicam que, nas culturas antigas, o óleo indicava mudança de status e proteção espiritual. A unção não era apenas um rito simbólico, mas uma separação concreta para uma nova função diante de Deus (WALTON; MATTHEWS; CHAVALAS, 2018).

4. Qual o significado dos sacrifícios na ordenação? (Levítico 8.14–29)

Três sacrifícios são oferecidos: a oferta pelo pecado, o holocausto e o carneiro da ordenação.

A oferta pelo pecado (v. 14–17) serve para purificação. O sangue é colocado nas pontas do altar e o restante derramado na base. Os restos do animal são queimados fora do acampamento — prática ecoada em Hebreus 13.11–12, onde se mostra que Jesus também sofreu fora da cidade, como o sacrifício perfeito.

O segundo sacrifício (v. 18–21), o holocausto, é inteiramente queimado no altar. Ele simboliza entrega total — tudo pertence ao Senhor.

O terceiro sacrifício é o carneiro da ordenação (v. 22–29). Moisés coloca sangue na orelha, na mão e no pé direitos de Arão e seus filhos. Vasholz destaca que isso simboliza consagração total — ouvir, agir e andar segundo a vontade de Deus (VASHOLZ, 2018).

5. Qual o papel do óleo e sangue juntos? (Levítico 8.30)

Moisés asperge óleo e sangue sobre Arão, seus filhos e suas vestes. Isso une os dois elementos essenciais da consagração: o sangue que purifica e o óleo que separa para Deus. As vestes agora são santas e não podem sair do santuário (Êx 29.29–30).

6. O que representa a refeição sagrada? (Levítico 8.31–32)

Arão e seus filhos comem da carne do sacrifício e dos pães da ordenação. Esse ato sela sua comunhão com Deus e o início oficial de seu serviço. O que sobra é queimado, conforme a regra das ofertas pacíficas (Lv 7.15).

7. Por que sete dias? (Levítico 8.33–36)

A ordenação dura sete dias, refletindo um ciclo de consagração completo. O número sete, na Bíblia, marca momentos de transição e santificação: a criação (Gn 2.2), a dedicação do templo (2Cr 7.9), o luto (Gn 50.10) e até a semana de núpcias (Gn 29.27). Esse tempo separava os sacerdotes para o serviço sagrado.

Como Levítico 8 aponta para Cristo?

O sacerdócio de Arão era temporário e imperfeito. Já o de Cristo é eterno. Em Hebreus 7.26–28, Jesus é descrito como “santo, inculpável, puro, separado dos pecadores”. Ele não precisa oferecer sacrifícios por si mesmo, como Arão, porque é sem pecado.

Enquanto Arão era ungido com óleo, Jesus foi ungido com o Espírito (Atos 10.38). A glória de Deus que apareceu após os sete dias de consagração de Arão aponta para a ressurreição e exaltação de Cristo no oitavo dia — o domingo da nova criação.

O sangue sobre os sacerdotes indica sua necessidade de expiação. Já Jesus, o Cordeiro de Deus, oferece seu próprio sangue como sacrifício definitivo. Como João Batista declarou: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (João 1.29).

Quais lições práticas Levítico 8 me ensina hoje?

Ler Levítico 8 me lembra que o serviço a Deus exige separação. Não posso viver de qualquer forma e querer servir ao Senhor com integridade. A lavagem de Arão me desafia a buscar pureza — interna e externa.

As roupas sacerdotais falam sobre identidade. Deus vestiu Arão com glória e beleza (Êx 28.2). Hoje, sou chamado a me vestir de justiça e santidade. Como diz Paulo: “Revistam-se do Senhor Jesus Cristo” (Romanos 13.14).

O sangue na orelha, mão e pé me confronta. Estou ouvindo a voz de Deus? Minhas mãos estão agindo com justiça? Meus passos estão sendo guiados pela Palavra? A consagração envolve tudo.

O número sete me lembra da importância do tempo com Deus. Preciso de pausas para consagração. Momentos para me retirar, ouvir, ser renovado. Como Jesus fazia em oração (Lucas 5.16).

Por fim, vejo que toda essa estrutura sacerdotal apontava para Cristo. Ele é o verdadeiro sumo sacerdote. Em Hebreus 4.14–16, sou convidado a me aproximar do trono com confiança. Tenho acesso direto ao Pai — por causa dEle.


Referências

  • WALTON, John H.; MATTHEWS, Victor H.; CHAVALAS, Mark W. Comentário Histórico-Cultural da Bíblia: Antigo Testamento. Tradução: Noemi Valéria Altoé da Silva. 1. ed. São Paulo: Vida Nova, 2018.
  • VASHOLZ, Robert I. Levítico. Tradução: Jonathan Hack. 1. ed. São Paulo: Cultura Cristã, 2018.
  • Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.

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