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Mateus 4 Estudo: Qual o sentido da tentação de Jesus?

Por Diego Nascimento
Em Bíblia de Estudo Online
Tempo de leitura:9 minutos

Mateus 4 é um dos capítulos mais decisivos do Evangelho. Ele revela como Jesus inicia seu ministério, mas antes disso, enfrenta a tentação no deserto. Esse texto não fala apenas sobre a vitória de Cristo sobre o diabo, mas também revela seu caráter, sua missão e o cumprimento das profecias.

Logo no começo, Mateus deixa claro que Jesus não caiu por acaso no deserto. Ele foi conduzido pelo Espírito para esse confronto espiritual. O texto mostra que, antes de iniciar a pregação pública, Jesus passou por um teste semelhante ao de Adão, mas com um desfecho totalmente diferente.

Como destaca R. C. Sproul, “o contraste entre o primeiro Adão e o segundo Adão, Jesus, fica evidente no deserto. Onde Adão falhou em um jardim, Jesus venceu em um deserto” (SPROUL, 2017, p. 41).

Esse capítulo é um divisor de águas: o Messias rejeita os atalhos fáceis, afirma sua obediência a Deus e começa a pregar sobre o Reino dos céus. Vamos entender cada parte com profundidade.

Por que o deserto é tão importante na tentação de Jesus? (Mateus 4.1–2)

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“Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (v. 1). Essa cena não aconteceu por acaso. Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto. O próprio Deus permitiu esse cenário difícil para um propósito específico: mostrar que o Filho era fiel e digno de cumprir sua missão.

William Hendriksen destaca que “a ida de Jesus ao deserto era parte do plano de Deus. Ali, ele seria testado, mas também mostraria sua total obediência” (HENDRIKSEN, 2001, p. 221).

O deserto tem um significado profundo nas Escrituras. Foi lá que o povo de Israel caminhou quarenta anos antes de entrar na Terra Prometida (Números 14). Também foi no deserto que Deus testou o coração do seu povo. Agora, o novo Israel, representado em Jesus, também enfrenta o deserto — mas com um resultado muito diferente.

Depois de jejuar quarenta dias e quarenta noites, Jesus teve fome. Sua humanidade está exposta aqui. Ele não usou seu poder divino para evitar o sofrimento. Isso me faz lembrar que seguir a Deus não nos livra dos desertos, mas nos fortalece neles.

Como o diabo tentou distorcer a identidade de Jesus? (Mateus 4.3–4)

O tentador se aproxima e provoca: “Se você é o Filho de Deus, mande que estas pedras se transformem em pães” (v. 3). É curioso perceber que a tentação não começa com algo escandaloso. Satanás sugere algo aparentemente inofensivo: satisfazer uma necessidade básica.

O problema não estava em comer pão, mas em quebrar a dependência do Pai. Jesus responde com as Escrituras: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (v. 4). Ele cita Deuteronômio 8.3, lembrando que o verdadeiro sustento vem de Deus.

Eu aprendo aqui que as tentações nem sempre são óbvias. Muitas vezes, elas se escondem em decisões aparentemente razoáveis, mas que nos afastam da dependência de Deus. Em momentos de escassez, nossa maior necessidade não é material — é espiritual.

Por que Jesus rejeitou o uso distorcido da Bíblia? (Mateus 4.5–7)

Na segunda investida, o diabo usa a própria Bíblia. Ele leva Jesus ao ponto mais alto do templo e cita o Salmo 91: “Ele dará ordens a seus anjos a seu respeito…” (v. 6). Satanás conhece as Escrituras, mas as usa fora de contexto.

Jesus não cai na armadilha. Ele responde: “Também está escrito: Não ponha à prova o Senhor, o seu Deus” (v. 7). Jesus ensina que a verdadeira fé não precisa de testes imprudentes. Confiar em Deus não significa agir de forma irresponsável.

R. C. Sproul observa que “a melhor defesa contra o uso distorcido da Bíblia é a própria Bíblia, corretamente interpretada” (SPROUL, 2017, p. 45). Isso me desafia a conhecer a Palavra com profundidade, para não ser enganado por interpretações superficiais ou maliciosas.

Qual foi a tentação final e o que estava em jogo? (Mateus 4.8–11)

Na terceira tentativa, o diabo revela sua verdadeira intenção. Ele oferece todos os reinos do mundo em troca de adoração: “Tudo isto lhe darei, se você se prostrar e me adorar” (v. 9).

Satanás oferece um atalho para a glória sem a cruz. Mas Jesus sabe que a verdadeira exaltação passa pela obediência e pelo sofrimento. Ele ordena: “Retire-se, Satanás! Pois está escrito: ‘Adore o Senhor, o seu Deus e só a ele preste culto’” (v. 10).

Esse versículo me confronta. Quantas vezes, sem perceber, também busco atalhos para evitar o caminho do sacrifício? Jesus me ensina que a verdadeira vitória está em permanecer fiel, mesmo que o preço seja alto.

Como a profecia de Isaías se cumpre na Galileia? (Mateus 4.12–16)

Depois da tentação, Jesus começa seu ministério. Ao saber que João Batista foi preso, ele se retira para a Galileia, especificamente para Cafarnaum, na região de Zebulom e Naftali.

Mateus explica: “para cumprir o que fora dito pelo profeta Isaías” (v. 14). A citação vem de Isaías 9, onde o profeta fala sobre a chegada de uma grande luz para os que viviam em trevas.

William Hendriksen destaca que “a presença de Jesus na Galileia dos gentios já apontava para o alcance universal da salvação” (HENDRIKSEN, 2001, p. 225).

Eu acho fascinante ver como Deus cumpre as promessas, muitas vezes de formas inesperadas. O Messias não começa seu ministério em Jerusalém, mas entre povos desprezados e marginalizados. Isso mostra o alcance inclusivo do evangelho.

Para aprofundar mais sobre essa profecia, você pode ler Isaías 9.

Por que a pregação de Jesus começa com arrependimento? (Mateus 4.17)

“Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo” (v. 17). Com essa frase, Jesus inaugura sua pregação pública. O arrependimento não é opcional — é o primeiro passo para entrar no Reino.

O Reino dos céus não é apenas um conceito futuro. Ele já começou com a chegada de Jesus. Mas só experimenta o Reino quem se volta a Deus, reconhecendo sua necessidade de graça.

Isso me faz refletir: arrependimento não é apenas sentir remorso. É mudança de mente, atitude e direção. O Reino não chega onde o pecado é mantido como estilo de vida.

O que significa ser pescador de homens? (Mateus 4.18–22)

Ao caminhar pela beira do mar da Galileia, Jesus chama Simão, André, Tiago e João. Eles eram pescadores, homens comuns, mas o convite era extraordinário: “Sigam-me, e eu os farei pescadores de homens” (v. 19).

Eles deixam as redes e o seguem imediatamente. Isso me impressiona. Eles largam a segurança, os negócios, os planos pessoais — tudo por causa do chamado de Cristo.

Como observa R. C. Sproul: “O chamado de Jesus é imperativo, adequado e eficaz. Ele não apenas convida, mas transforma” (SPROUL, 2017, p. 54).

Seguir Jesus ainda hoje exige coragem. Pode significar deixar zonas de conforto, velhos hábitos ou até mesmo sonhos. Mas o resultado é incomparável: participar do resgate de vidas.

Se quiser entender mais sobre o chamado dos discípulos, veja também Lucas 5.

Como Mateus 4 aponta para o cumprimento das profecias?

Mateus faz questão de mostrar que cada detalhe da vida de Jesus estava previsto nas Escrituras. Desde a tentação, que remete ao novo Adão (Romanos 5.19), até o ministério na Galileia, que cumpre Isaías 9.

O padrão se mantém: Jesus não surgiu do nada. Ele veio no tempo certo, no lugar certo e do jeito certo, como parte do plano redentor de Deus.

Isso fortalece minha confiança nas promessas bíblicas. Assim como Deus cumpriu sua palavra no passado, Ele continua fiel hoje.

O que Mateus 4 ensina para minha vida hoje?

Primeiro, me ensina que o deserto faz parte do caminho. Jesus não pulou etapas. Antes de começar o ministério, ele foi testado e aprovado. Na minha vida, o deserto não é sinal de abandono, mas de preparação.

Segundo, me mostra que as tentações sempre virão com aparência de algo bom ou necessário. Por isso, preciso conhecer e confiar na Palavra de Deus, como Jesus fez.

Terceiro, aprendo que não há atalhos para a glória. O caminho de Deus inclui obediência e, muitas vezes, renúncia. Mas vale a pena.

Por fim, sou lembrado de que o chamado de Jesus ainda ecoa: “Sigam-me”. Não importa quem eu sou ou o que faço, ele me convida a deixar as redes, confiar e segui-lo.

Conclusão

Mateus 4 não fala apenas da tentação de Jesus. Ele revela a fidelidade do Messias, o cumprimento das profecias e o início de um ministério que mudaria o mundo.

Ao ler este capítulo, percebo que o chamado de Cristo é pessoal e radical. Ele me convida a segui-lo com o coração inteiro, confiando que, mesmo nos desertos, Ele está comigo.

Que eu tenha a coragem de dizer, como os primeiros discípulos: “Sim, Senhor, eu te seguirei”.


Referências

  • HENDRIKSEN, William. O Comentário do Novo Testamento: Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, 2001.
  • SPROUL, R. C. Estudos Bíblicos Expositivos em Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, 2017.
  • Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.
Diego Nascimento

Sou Diego Nascimento e o Jesus e a Bíblia não é apenas um projeto, é um chamado. Deus deu essa missão a mim e a Carol (esposa) por meio do Espírito Santo. Amamos a Palavra de Deus e acreditamos que ela pode mudar a sua vida, assim como mudou a nossa.

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