O capítulo 5 de Mateus é o início do famoso Sermão do Monte, onde Jesus revela a verdadeira ética do Reino de Deus. Esse discurso ocupa os capítulos 5, 6 e 7 e é considerado o coração do ensino de Cristo sobre o que significa ser seu discípulo.
Mateus escreve esse Evangelho entre os anos 60 e 70 d.C., com o propósito de apresentar Jesus como o Messias prometido e o verdadeiro Rei, aquele que cumpre as profecias e revela o pleno significado da Lei. O Evangelho foi direcionado, principalmente, a leitores judeus, o que fica evidente no destaque dado às promessas do Antigo Testamento e à autoridade da Lei e dos Profetas.
Jesus sobe ao monte e começa a ensinar não só seus discípulos, mas também as multidões que o seguiam. Hendriksen (2010, p. 263) observa que essa cena remete diretamente a Moisés no Monte Sinai. Assim como Moisés recebeu a Lei para o povo de Israel, agora Jesus, o novo e maior Moisés, apresenta a verdadeira interpretação e cumprimento da Lei.
R. C. Sproul (2017, p. 59) destaca que o Sermão do Monte não é um código moral genérico, mas um chamado radical para viver de acordo com os padrões de Deus, algo impossível sem a graça transformadora do Espírito Santo. O que Jesus apresenta aqui vai muito além de um conjunto de regras. É o retrato da vida daqueles que foram regenerados e pertencem ao Reino dos céus.
Esse discurso confronta diretamente o legalismo dos fariseus e as interpretações distorcidas que haviam tomado conta da religião judaica. O Reino que Jesus anuncia começa no coração, com transformação interior, e não em mudanças externas ou políticas, como muitos esperavam.
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O que o texto de Mateus 5 ensina?
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O que são as Bem-aventuranças? (Mateus 5.1–12)
O texto começa dizendo:
“Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los, dizendo: Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o Reino dos céus…” (Mateus 5.1-3, NVI).
Aqui, Jesus apresenta as Bem-aventuranças, conhecidas também como beatitudes, que são declarações de bênção espiritual sobre aqueles que fazem parte do Reino. A palavra Bem-aventurados traduz o termo grego makárioi, que, segundo Hendriksen (2010, p. 267), expressa a aprovação divina e a plenitude de vida concedidas por Deus, muito além do conceito superficial de felicidade.
Esse estilo literário de pronunciar bênçãos já aparece no Antigo Testamento. Um exemplo clássico está no início do livro de Salmos, que afirma:
“Bem-aventurado o homem que não anda no conselho dos ímpios…” (Salmos 1.1).
Jesus, então, descreve as qualidades que caracterizam os cidadãos do Reino: humildade de espírito, quebrantamento, mansidão, fome e sede de justiça, misericórdia, pureza de coração, pacificação e perseverança sob perseguição.
R. C. Sproul (2017, p. 71) ressalta que essas qualidades não são distribuídas entre grupos diferentes de cristãos, mas devem ser vistas como o retrato completo de todos aqueles que foram transformados pela graça. As Bem-aventuranças não são apenas uma lista de virtudes, mas a descrição do caráter que Deus produz em todo aquele que pertence ao Reino dos céus.
Além disso, as promessas de consolo, herança e recompensa não são conquistas humanas, mas dádivas da graça. O Reino é concedido àqueles que reconhecem sua pobreza espiritual, e o consolo vem para aqueles que choram por seus pecados.
Qual o papel do cristão como sal e luz? (Mateus 5.13–16)
Logo após as Bem-aventuranças, Jesus afirma:
“Vós sois o sal da terra… Vós sois a luz do mundo…” (Mateus 5.13-14, NVI).
O sal, na Palestina do primeiro século, tinha funções essenciais. Ele preservava os alimentos contra a deterioração e também realçava o sabor. Hendriksen (2010, p. 274) explica que o cristão deve ter esse mesmo papel no mundo: preservar o que é bom, combater a corrupção moral e espiritual e trazer sabor, ou seja, relevância e valor, à vida neste mundo.
A metáfora do sal também remete ao Antigo Testamento, onde o sal era usado em algumas ofertas, simbolizando a pureza e o pacto com Deus. Essa referência aparece, por exemplo, em Levítico 2, que ordenava: “Todas as tuas ofertas de cereais temperarás com sal”.
Ser luz, por outro lado, é o chamado para viver de modo visível, refletindo o caráter e a verdade de Deus em meio às trevas espirituais deste mundo. Sproul (2017, p. 90) lembra que, assim como a lua reflete a luz do sol, nós refletimos a luz de Cristo. Esse ensino está alinhado com o que o próprio Jesus afirma em João 8, quando declara:
“Eu sou a luz do mundo; quem me segue nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida” (João 8.12).
Quando Jesus diz que seus discípulos são a luz do mundo, ele não está exaltando o brilho próprio deles, mas o fato de que a luz de Cristo, refletida neles, deve ser visível para todos. Essa luz se manifesta por meio das boas obras, que devem ser vistas, não para a glória pessoal, mas para que Deus seja glorificado.
Jesus veio abolir ou cumprir a Lei? (Mateus 5.17–20)
Jesus deixa claro seu propósito ao dizer:
“Não pensem que vim abolir a Lei ou os Profetas; não vim abolir, mas cumprir” (Mateus 5.17, NVI).
Sproul (2017, p. 99) afirma que essa é uma das declarações mais importantes sobre a autoridade da Escritura. Jesus não anula a Lei. Pelo contrário, ele cumpre, revela e vive perfeitamente o que Deus ordenou, mostrando o verdadeiro significado dos mandamentos.
Hendriksen (2010, p. 279) explica que cumprir aqui não significa invalidar, mas levar à plenitude. A Lei e os Profetas apontavam para o Messias, e agora, em Cristo, todas as promessas e exigências da Lei encontram sua realização. Isso inclui tanto o cumprimento das profecias quanto a perfeita obediência à Lei moral.
Nos versos seguintes, Jesus condena as interpretações distorcidas dos fariseus, que se apegavam às aparências e desprezavam o espírito da Lei. A verdadeira justiça do Reino não é apenas externa, mas interior, e precisa exceder a justiça dos escribas e fariseus.
Esse padrão elevado de justiça não é algo que conquistamos por mérito próprio, mas resultado da transformação operada pelo Espírito Santo, conforme Deus prometeu em Ezequiel 36:
“Dar-vos-ei um coração novo e porei dentro de vós um espírito novo” (Ezequiel 36.26).
O que Jesus ensina sobre o homicídio? (Mateus 5.21–26)
Jesus prossegue aprofundando o significado da Lei ao dizer:
“Ouvistes que foi dito aos antigos: ‘Não matarás’, e: ‘Quem matar estará sujeito a julgamento’. Mas eu lhes digo que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento.” (Mateus 5.21-22, NVI).
Aqui, Cristo não está revogando o mandamento do Antigo Testamento, mas mostrando sua verdadeira profundidade. Hendriksen (2010, p. 285) explica que Jesus está corrigindo a interpretação superficial dos rabinos, que restringiam o mandamento apenas ao ato físico de tirar a vida. No entanto, o Senhor revela que o pecado começa muito antes, no coração.
A ira injusta, o desprezo, as ofensas e até mesmo as palavras duras contra o próximo são violações do espírito da Lei. R. C. Sproul (2017, p. 106) afirma que o mandamento não proíbe apenas o homicídio literal, mas tudo o que ameaça a vida ou fere a dignidade do ser humano criado à imagem de Deus.
Essa compreensão está alinhada com o ensino de Gênesis 1, que apresenta o ser humano como portador da imagem divina, o que confere valor e dignidade à vida.
Além disso, Jesus destaca a importância da reconciliação. Antes de oferecer sacrifícios a Deus, devemos buscar paz com o próximo. Esse ensino reforça o princípio de que Deus valoriza relacionamentos restaurados mais do que formalidades religiosas. Essa verdade aparece de forma semelhante em 1 João 4, quando o apóstolo afirma:
“Se alguém afirmar: ‘Eu amo a Deus’, mas odiar seu irmão, é mentiroso…” (1 João 4.20).
O que Jesus diz sobre o adultério e a pureza? (Mateus 5.27–30)
O ensino de Jesus sobre o adultério segue o mesmo princípio:
“Ouvistes que foi dito: ‘Não adulterarás’. Mas eu lhes digo: qualquer que olhar para uma mulher para desejá-la já cometeu adultério com ela no coração.” (Mateus 5.27-28, NVI).
Sproul (2017, p. 112) destaca que Jesus não minimiza o pecado, mas o amplia, indo além das aparências. O pecado do adultério começa no coração, no olhar e no desejo desordenado.
Isso não significa que o olhar em si já seja o pecado, mas o olhar com intenção impura, o cultivo do desejo lascivo. Hendriksen (2010, p. 290) reforça que Cristo denuncia a raiz do pecado, mostrando que o verdadeiro padrão de pureza exige domínio dos pensamentos e desejos, não apenas do comportamento exterior.
Essa visão está em harmonia com o que o apóstolo Paulo ensina em 1 Coríntios 6, quando afirma que o corpo do cristão é templo do Espírito Santo e, por isso, deve ser preservado da imoralidade.
Por fim, Jesus usa uma linguagem forte e figurada ao dizer:
“Se o teu olho direito te faz tropeçar, arranca-o e lança-o fora…” (Mateus 5.29).
Hendriksen (2010, p. 291) explica que essa é uma hipérbole típica da linguagem judaica, não um convite literal à automutilação, mas um chamado radical para eliminar qualquer fonte de pecado em nossa vida. Jesus mostra que, diante da pureza, nenhum sacrifício é grande demais.
O apóstolo Paulo retoma esse princípio em Colossenses 3, onde diz:
“Mortifiquem os membros do corpo que pertencem à terra: imoralidade sexual, impureza, paixão, desejos maus e a ganância…” (Colossenses 3.5).
O que Jesus ensina sobre o divórcio? (Mateus 5.31–32)
Jesus segue aprofundando a compreensão da Lei ao dizer:
“Foi dito: ‘Aquele que se divorciar de sua mulher deverá dar-lhe certidão de divórcio’. Mas eu lhes digo que todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por imoralidade sexual, faz com que ela se torne adúltera, e quem se casar com a mulher divorciada estará cometendo adultério.” (Mateus 5.31-32, NVI).
Na cultura judaica, conforme explica Hendriksen (2010, p. 293), o divórcio havia se tornado algo fácil e banal, especialmente entre os homens. Bastava entregar uma certidão e o casamento estava desfeito. O ensino de Moisés em Deuteronômio 24 havia sido deturpado, transformando algo que era exceção em uma prática comum.
Jesus, porém, resgata o propósito original de Deus para o casamento, como registrado em Gênesis 2, onde homem e mulher são unidos por Deus e se tornam “uma só carne”. O divórcio, segundo Cristo, só se justifica em caso de infidelidade, e mesmo assim, não é obrigatório.
Sproul (2017, p. 114) destaca que Jesus condena o espírito leviano em relação ao casamento, chamando seu povo à fidelidade e ao compromisso, algo que ecoa o padrão elevado de santidade e responsabilidade nas relações.
O que Jesus ensina sobre juramentos? (Mateus 5.33–37)
Em seguida, Jesus aborda os juramentos, dizendo:
“Vocês também ouviram o que foi dito aos seus antepassados: ‘Não jure falsamente, mas cumpra os juramentos que você fez ao Senhor’. Mas eu lhes digo: não jurem de forma alguma…” (Mateus 5.33-34, NVI).
Esse ensino não é uma condenação absoluta de todo e qualquer juramento. Hendriksen (2010, p. 294) e Sproul (2017, p. 116) explicam que Jesus está criticando a prática comum de usar juramentos como recurso para sustentar a mentira ou enganar os outros. Os fariseus criaram distinções absurdas entre tipos de juramentos, como se alguns pudessem ser quebrados sem culpa.
Cristo vai além da formalidade e atinge o coração da questão: o cristão deve ser conhecido por sua sinceridade e integridade. Um simples “sim” ou “não” deve bastar. Esse princípio está alinhado com o ensino de Tiago 5, onde o apóstolo diz:
“Acima de tudo, meus irmãos, não jurem, nem pelo céu, nem pela terra, nem por qualquer outra coisa. Seja o sim de vocês, sim, e o não, não, para que não caiam em condenação.” (Tiago 5.12).
Na prática, Jesus nos convida a uma vida de transparência e verdade, onde nossas palavras sejam dignas de confiança, sem necessidade de reforços externos.
Como Jesus transforma o conceito de vingança? (Mateus 5.38–42)
Jesus afirma:
“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente’. Mas eu lhes digo: não resistam ao perverso. Se alguém o ferir na face direita, ofereça-lhe também a outra…” (Mateus 5.38-39, NVI).
A famosa expressão “olho por olho” (cf. Êxodo 21) fazia parte da legislação do Antigo Testamento, estabelecendo limites para punições e impedindo excessos. Hendriksen (2010, p. 295) destaca que essa lei tinha caráter jurídico, aplicada por autoridades, não por indivíduos em busca de vingança pessoal.
Jesus, porém, vai além do princípio jurídico e aponta para a ética do Reino de Deus, onde o discípulo é chamado a abdicar de sua sede por revanche. Sproul (2017, p. 118) explica que Jesus não está abolindo o sistema de justiça, mas ensinando que, em nossas relações pessoais, devemos responder ao mal com generosidade e paciência.
O chamado para “dar a outra face” ou “caminhar a segunda milha” (v. 41) não incentiva a passividade diante de injustiças sociais ou abuso, mas revela um coração livre do desejo de retribuição egoísta. É a mesma atitude de Cristo diante de seus algozes, conforme vemos em 1 Pedro 2:
“Quando insultado, não revidava; quando sofria, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça.” (1 Pedro 2.23).
Essa postura contracultural revela o caráter do Reino e nos diferencia num mundo marcado pelo ódio e pela disputa.
O que significa amar os inimigos? (Mateus 5.43–48)
Na parte final do capítulo, Jesus eleva ainda mais o padrão:
“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Ame o seu próximo e odeie o seu inimigo’. Mas eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem…” (Mateus 5.43-44, NVI).
Hendriksen (2010, p. 297) observa que, embora o mandamento para amar o próximo estivesse claro na Lei (Lv 19.18), a tradição rabínica distorceu o ensino, adicionando a ideia de odiar os inimigos.
Jesus, porém, resgata o amor em sua forma mais sublime: o amor que não depende do mérito do outro, mas reflete o caráter de Deus. Afinal, como afirma Jesus:
“Ele faz raiar o seu sol sobre maus e bons e derrama chuva sobre justos e injustos.” (Mateus 5.45, NVI).
Sproul (2017, p. 120) destaca que esse amor não é sentimento superficial, mas uma disposição ativa de fazer o bem, inclusive àqueles que nos ferem. Tal amor revela que somos, de fato, filhos de Deus, pois imitamos seu caráter gracioso.
O chamado final — “Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celeste” (v. 48) — não significa perfeição absoluta aqui e agora, mas uma busca sincera pela maturidade espiritual, moldados pelo exemplo e pela graça de Cristo (cf. Filipenses 3).
O que aprendemos com Mateus 5 hoje? (Mateus 5.1–48)
O Sermão do Monte não é um ideal inatingível, mas o retrato da vida no Reino de Deus. Jesus não veio apenas para nos ensinar bons princípios — Ele veio para nos transformar por dentro.
A felicidade que Ele oferece não depende de circunstâncias externas, mas nasce de um coração humilde, arrependido e sedento de justiça. As bem-aventuranças revelam o que Deus valoriza, e nos confrontam com a verdade: o Reino pertence aos quebrantados, não aos orgulhosos.
Jesus também redefine a ética. Ele não suaviza a Lei, mas a aprofunda. Não basta evitar o homicídio ou o adultério externos — o problema começa no coração. E a solução está nEle.
Ser sal e luz significa viver de forma que o mundo perceba a diferença. Não para sermos aplaudidos, mas para que o Pai seja glorificado. A justiça do Reino não é aparente, como a dos fariseus, mas verdadeira, brotando de um coração regenerado.
O chamado é radical: amar os inimigos, perdoar, abrir mão da vingança, buscar pureza, dizer a verdade, viver em paz. Isso nos coloca contra a cultura, mas nos alinha ao caráter do Pai.
Como destaca Romanos 12, somos chamados a não nos conformar com este mundo, mas a sermos transformados pela renovação da mente. E isso começa pelas palavras de Jesus.
Conclusão
Mateus 5 não é apenas um código ético — é o manifesto do Reino. Jesus nos chama a viver de forma diferente, não por mérito próprio, mas pela graça que Ele oferece.
Ao ler este capítulo, percebo o quanto preciso de Cristo. Ele não apenas ensinou o caminho — Ele é o caminho. E cada bem-aventurança, cada mandamento, revela meu profundo anseio: ser como Ele.
A verdadeira justiça, o amor aos inimigos, a pureza de coração, a sede de justiça — tudo isso só é possível quando Cristo reina em nós. E Ele reina não só em palavras, mas na prática, no cotidiano, nas pequenas e grandes decisões.
Que ao olhar para o Sermão do Monte, eu não desista diante do padrão elevado, mas corra para os pés de Jesus, que me chama, transforma e me capacita a viver o que Ele mesmo ensinou.
Referências
- HENDRIKSEN, William. O Comentário do Novo Testamento: Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, 2001.
- SPROUL, R. C. Estudos Bíblicos Expositivos em Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, 2017.
- Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.

Sou Diego Nascimento e o Jesus e a Bíblia não é apenas um projeto, é um chamado. Deus deu essa missão a mim e a Carol (esposa) por meio do Espírito Santo. Amamos a Palavra de Deus e acreditamos que ela pode mudar a sua vida, assim como mudou a nossa.