Ezequiel 1 começa com a descrição de uma visão que ele teve aos 30 anos, no 5º ano da deportação dos judeus para Babilônia. Nesta visão, Ezequiel vê uma tempestade vindo do norte, acompanhada por um clarão de luz e por uma figura que ele descreve como sendo de fogo.
A figura é o primeiro elemento de uma série de visões que Ezequiel tem, e é vista como a manifestação divina da presença de Deus.
A visão que Ezequiel tem é uma mensagem divina para o povo de Deus, que está em exílio em Babilônia. Deus está presente com o seu povo, mesmo que eles estejam longe de sua terra natal, e a visão é uma manifestação desse fato.
Além disso, a visão é um sinal de que Deus ainda tem planos para o seu povo e que eles ainda são objeto de sua graça e amor.
É muito interessante pensar que o Senhor Deus revela-se para nós nos lugares comuns da vida. Perceba que o rio Quebar era uma das proximidades da nova casa de Ezequiel.
Sendo assim, podemos viver a expectativa de ver a glória de Deus em nosso trabalho, na escola, universidade, na internet, enfim.
O poderoso Deus tem prazer em revelar Sua glória para nós, contudo é muito importante que estejamos atentos a ela. Precisamos seguir o Espírito de Deus, assim como mostra a visão de Ezequiel.
Esboço de Ezequiel 1:
Ez 1.1-3: “A visão da glória divina”
Ez 1.4-9: “A descrição da carruagem celestial”
Ez 1.10-14: “As rodas da carruagem com vida”
Ez 1.15-21: “A aparência dos quatro seres vivos”
Ez 1.22-28: “A glória do Senhor preenche a carruagem celestial”
Reflexão de Ezequiel 1 para os nossos dias
Estudo de Ezequiel 1 em vídeo
>>> Acesse o mapa mental de Ezequiel 1
Ezequiel 1.1-3: A visão da glória divina
Era o quinto dia do quarto mês do trigésimo ano, e eu estava entre os exilados, junto ao rio Quebar. Abriram-se os céus, e eu tive visões de Deus. 2 Foi no quinto ano do exílio do rei Joaquim, no quinto dia do quarto mês. 3 A palavra do Senhor veio ao sacerdote Ezequiel, filho de Buzi, junto ao rio Quebar, na terra dos caldeus. Ali a mão do Senhor esteve sobre ele. (Ez 1.1–3 NVI)
A primeira parte de Ezequiel se concentra na punição divina prevista para Judá. Deus enviou a espada para atacar e Ezequiel foi encarregado de explicar aos cativos o significado da punição e o motivo da sua chegada.
Ezequiel foi preparado para seu ministério ao ter uma visão da glória de Deus antes de ser chamado a servir.
No trigésimo ano de sua idade, ele teve uma visão de Deus e iniciou seu ministério profético, muito provavelmente em 593 a.C, quando ele estava com trinta anos de idade.
Ezequiel foi levado para o exílio com o rei Joaquim e reassentado no rio Quebar na Babilônia. A mensagem que ele transmitiu veio diretamente da palavra de Deus, e ele foi obrigado por Deus a ministrar.
Ezequiel 1.4-9: A descrição da carruagem celestial
4 Olhei e vi uma tempestade que vinha do norte: uma nuvem imensa, com relâmpagos e faíscas, e cercada por uma luz brilhante. O centro do fogo parecia metal reluzente, 5 e no meio do fogo havia quatro vultos que pareciam seres viventes. Na aparência tinham forma de homem, 6 mas cada um deles tinha quatro rostos e quatro asas. 7 Suas pernas eram retas; seus pés eram como os de um bezerro e reluziam como bronze polido. 8 Debaixo de suas asas, nos quatro lados, eles tinham mãos humanas. Os quatro tinham rostos e asas, 9 e as suas asas encostavam umas nas outras. Quando se moviam andavam para a frente, e não se viravam. (Ez 1.4–9 NVI).
Ezequiel estava olhando para o norte quando ele notou uma tempestade se aproximando. Havia uma grande nuvem escura, ventos fortes e relâmpagos. Quando a nuvem se aproximou, Ezequiel mudou seu olhar da escuridão da tempestade para a luz brilhante no centro. A luz parecia metal brilhante, descrito como “ḥašmāl” na Bíblia. Este termo só ocorre em Ezequiel, parecendo referir-se a uma substância brilhante. Nas outras duas ocorrências, é usado para descrever o brilho divino.
Ezequiel viu quatro criaturas vivas no meio do fogo, que são identificadas como querubins na capítulo 10. Os querubins são anjos especiais com acesso a Deus e carregam a carruagem-trono de Deus. Na arca da aliança, imagens de ouro de querubins com asas estendidas guardavam o propiciatório onde a glória de Deus habitava. Deus estava “entronizado entre os querubins” da arca da aliança. A visão de Ezequiel era do verdadeiro trono-carruagem de Deus, carregado por querubins.
Os querubins tinham aparência um pouco semelhante aos humanos, mas não eram confundidos com eles. Cada um tinha quatro rostos e quatro asas. As pernas dos querubins eram retas e seus pés pareciam de bezerro em vez de humanos, polidos como bronze. Eles também tinham mãos humanas.
Ezequiel explicou que as quatro criaturas funcionavam como uma unidade. Duas das quatro asas de cada criatura se tocavam, formando um quadrado de conexão. Com quatro faces em quatro lados de suas cabeças e conexão em um quadrado, eles eram capazes de viajar em linha reta em qualquer direção e mudar de direção sem precisar virar. Assim, eles não precisavam se virar enquanto se moviam.
Ezequiel 1.10-14: As rodas da carruagem com vida
10 Quanto à aparência dos seus rostos, os quatro tinham rosto de homem, rosto de leão no lado direito, rosto de boi no lado esquerdo, e rosto de águia. 11 Assim eram os seus rostos. Suas asas estavam estendidas para cima; cada um deles tinha duas asas que se encostavam na de outro ser vivente, de um lado e do outro, e duas asas que cobriam os seus corpos. 12 Cada um deles ia sempre para a frente. Para onde quer que fosse o Espírito eles iam, e não se viravam quando se moviam. 13 Os seres viventes pareciam carvão aceso; eram como tochas. O fogo ia de um lado a outro entre os seres viventes, e do fogo saíam relâmpagos e faíscas. 14 Os seres viventes iam e vinham como relâmpagos. (Ez 1.10–14 NVI).
Ezequiel registra mais detalhes sobre os querubins nos versículos 10 a 14. Ele descreve os rostos dos querubins como sendo a face de um homem à frente, a face de um leão à direita, a face de um boi à esquerda e a face de uma águia nas costas.
Alguns acreditam que estes rostos representam inteligência, poder, serviço e rapidez, mas pode ser mais correto vê-los como representando as formas mais elevadas de vida no reino criado por Deus, com o homem sendo o ápice.
Ezequiel também descreve as asas dos querubins, duas delas estendidas acima e tocando as asas de outros querubins, criando uma “caixa” e as outras duas cobrindo o corpo em reverência.
O movimento dos querubins era direto, guiado pelo Espírito, e eles pareciam como brasas acesas ou tochas. Este brilho parece pressagiar a mensagem de Ezequiel sobre o julgamento ardente de Deus sobre Judá.
Ezequiel 1.15-21: A aparência dos quatro seres vivos
15 Enquanto eu olhava para eles, vi uma roda ao lado de cada um deles, diante dos seus quatro rostos. 16 Esta era a aparência das rodas e a sua estrutura: reluziam como o berilo; as quatro tinham aparência semelhante. Cada roda parecia estar entrosada na outra. 17 Quando se moviam, seguiam nas quatro direções dos quatro rostos, e não se viravam enquanto iam.18 Seus aros eram altos e impressionantes e estavam cheios de olhos ao redor. 19 Quando os seres viventes se moviam, as rodas ao seu lado se moviam; quando se elevavam do chão, as rodas também se elevavam. 20 Para onde quer que o Espírito fosse, os seres viventes iam, e as rodas os seguiam, porque o mesmo Espírito estava nelas. 21 Quando os seres viventes se moviam, elas também se moviam; quando eles ficavam imóveis, elas também ficavam; e quando os seres viventes se elevavam do chão, as rodas também se elevavam com eles, porque o mesmo Espírito deles estava nelas. (Ez 1.15–21 NVI).
Ezequiel viu querubins com rodas brilhantes ao seu lado. As rodas brilhavam com uma cor verde-amarela, como o jaspe amarelo ou outras pedras preciosas.
As duas rodas de cada querubim tinham uma forma incomum e poderiam se mover em quatro direções sem precisar se virar.
A altura imponente das rodas e seus aros cheios de olhos retratavam a onisciência divina. O espírito das criaturas vivas estava nas rodas, representando uma extensão dos querubins no trono-carruagem de Deus.
Enquanto Deus dirigia os querubins, as rodas respondiam e a carruagem avançava.
Ezequiel 1.22-24: A glória do Senhor preenche a carruagem celestial
22 Acima das cabeças dos seres viventes estava o que parecia uma abóbada, reluzente como gelo, e impressionante. 23 Debaixo dela cada ser vivente estendia duas asas ao que lhe estava mais próximo, e com as outras duas asas cobria o corpo. 24 Ouvi o ruído de suas asas quando voavam. Parecia o ruído de muitas águas, parecia a voz do Todo-poderoso. Era um ruído estrondoso, como o de um exército. Quando paravam, fechavam as asas. (Ez 1.22–24 NVI).
Ezequiel teve uma visão divina de Deus e de sua corte celestial. Ele descreveu a visão em detalhes para seu povo, que estava preso na Babilônia, para transmitir a mensagem de que Deus ainda governava sobre eles, mesmo que estivessem longe da Terra Santa.
A visão começou com a descrição de quatro querubins, criaturas aladas, cada um com duas asas estendidas para cima e tocando as asas de um querubim de cada lado, formando uma grande “caixa”.
As outras duas asas cobriam seus corpos em reverência à presença sagrada de Deus. Os querubins se moviam sempre diretamente, guiados pelo Espírito de Deus, e pareciam brilhar como brasas acesas ou tochas.
Abaixo dos querubins, Ezequiel viu quatro rodas, uma ao lado de cada querubim. Cada roda brilhava como crisólito e tinha uma forma incomum, cruzando outra roda em ângulos retos, permitindo que pudessem se mover em quatro direções sem serem virados.
A grande altura das rodas, combinada com os aros cheios de olhos ao redor, retratava a onisciência divina de Deus. Ezequiel imaginou que o espírito das criaturas vivas estava nas rodas, respondendo ao comando de Deus e impulsionando a carruagem celestial.
As asas dos querubins se juntaram acima de suas cabeças e formaram uma expansão, que parecia uma extensão sólida, semelhante à criada por Deus no segundo dia da criação.
O brilho brilhante da extensão parecia cristais de gelo brilhando à luz do sol. Por fim, Ezequiel descreveu uma figura, semelhante a um homem, sentada no trono-carruagem de Deus, que governava sobre a corte celestial e governava todas as coisas.
A visão de Ezequiel transmitia a mensagem de que Deus ainda era o rei e governava sobre seu povo, mesmo que estivessem longe de casa.
A descrição detalhada e poética da corte celestial e da presença de Deus enviava uma mensagem poderosa e encorajadora para o povo preso na Babilônia, para que soubesse que Deus não os tinha abandonado e que ainda tinha o poder e o controle sobre todas as coisas.
Reflexão de Ezequiel 1 para os nossos dias
Ezequiel 1 nos apresenta uma visão impressionante do trono de Deus e do esplendor de Sua glória. Embora tenha sido uma visão específica dada a Ezequiel em um momento específico da história, há muito que podemos tirar dessa visão e aplicar em nossos dias.
Em primeiro lugar, a visão de Ezequiel nos lembra da majestade e grandeza de Deus. Muitas vezes, em nossa vida cotidiana, esquecemos quem Deus é e como Ele é grandioso. Precisamos ser lembrados de que Ele é o Criador do universo, o Senhor de toda a criação e o Soberano do universo. Isso deve nos levar a uma maior reverência e adoração a Ele em nossas vidas diárias.
Em segundo lugar, a visão de Ezequiel nos lembra da soberania de Deus sobre todas as coisas. Nós podemos sentir que tudo está fora de controle e que estamos perdendo a esperança em meio a tempos difíceis. No entanto, essa visão nos lembra que Deus está no controle de todas as coisas e que nada escapa ao Seu domínio. Isso deve nos levar a confiar Nele em todas as circunstâncias, sabendo que Ele está no controle e tem um plano para nossas vidas.
Em terceiro lugar, a visão de Ezequiel nos lembra da santidade de Deus e da nossa necessidade de santidade. Ezequiel descreveu os querubins como cobertos com olhos, o que representa a onisciência divina. Isso nos lembra que Deus vê tudo e sabe tudo. Como cristãos, somos chamados a ser santos, a ser separados do pecado e a viver vidas que reflitam a santidade de Deus. Essa visão deve nos motivar a buscar uma maior santidade em nossas vidas e a nos arrepender de qualquer pecado que possa estar nos impedindo de nos aproximarmos de Deus.
Em resumo, a visão de Ezequiel 1 nos lembra da majestade, soberania e santidade de Deus. Devemos ser levados a uma maior adoração e reverência a Ele, confiar em Sua soberania em todas as circunstâncias e buscar uma maior santidade em nossas vidas.
Motivos de oração em Ezequiel 1:
- O chamado de Ezequiel começa com uma visão de Deus, onde o profeta é chamado para ser uma voz do Senhor ao seu povo. Isso pode inspirar nossa oração para buscar a presença de Deus e seu propósito em nossas vidas.
- O poder e a glória de Deus: A visão de Ezequiel mostra a majestade e o poder de Deus como ele aparece como uma roda dentro da roda. Isso pode motivar nossa oração de adoração e gratidão por Deus e sua glória.
- A necessidade de escutar e obedecer a Deus: A mensagem de Ezequiel para o seu povo é que eles precisavam ouvir e obedecer ao Senhor. Isso pode ser um lembrete para nós orarmos para buscar a direção e a obediência a Deus em nossas vidas.
GRAÇA E PAZ\
GOSTEI MUITO DOS ESTUDO, E GOSTARIA DE CONTINUAR APROVEITANDO O MÁXIMO,QUE DEUS CONTINUE USANDO PARA CRESCIMENTO DAQUELES QUE VÃO SE APROFUNDAR NO CONHECIMENTO0.
UM GRANDE ABRAÇO DESTE SERVO DE DEUS!
irmaão q Deus venha continua abençoando vc e sua familia e o melhor q simos todos irmãos em cristo
amem
uma bençao
estudo muito bom tenho muito o que aprender
amem
maravilha de estudo do profeta ezequiel
Meu sonho é pregar a palavra de Deus mais esqueço de tudo que eu leio
Meu esposo não éevangélico
Um filho Rodrigo faleceu e não pude reconhecer o corpo
Estou sempre orando pedindo a Deus orientação SABEDORIA sou nova no evangelho
Não tenho condições de pagar uma faculdade de teologia
Muito bom essas mensagens de Deus
Que esperiência maravilhosa de Ezequiel.
Pastor,muito obrigado,o senhor está sendo canal de Deus para nossas vidas.
A paz de cristo muito bom que Deus em cristo abençoe.