Mateus 2 Estudo: Por que os magos procuraram o menino Jesus?

Mateus - Bíblia de Estudo Online

O capítulo 2 de Mateus dá sequência ao anúncio do nascimento de Jesus, agora revelando como esse evento mexeu com o cenário político e espiritual da época. Estamos no reinado de Herodes, conhecido como Herodes, o Grande, governante cruel e paranoico, colocado no trono pelos romanos. Ele não era judeu, mas idumeu, o que já causava desconfiança e desprezo entre o povo.

Esse é o pano de fundo histórico em que o Rei prometido nasce em Belém, uma vila pequena, mas cheia de significado profético. Jesus chega ao mundo num contexto de tensão, ameaças e expectativas messiânicas, conforme já vimos também no início do Evangelho, em Mateus 1.

Teologicamente, Mateus destaca o controle soberano de Deus. Mesmo em meio à oposição política e religiosa, o plano divino segue seu curso. As promessas do Antigo Testamento começam a se cumprir com precisão.

William Hendriksen explica: “Mateus não apenas registra os fatos históricos, mas mostra como Deus dirige cada detalhe para cumprir seu propósito eterno” (HENDRIKSEN, 2001, p. 127).

Quem eram os magos e por que buscaram Jesus? (Mateus 2.1–2)

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“Depois que Jesus nasceu em Belém da Judéia, nos dias do rei Herodes, magos vindos do Oriente chegaram a Jerusalém e perguntaram: Onde está o recém-nascido rei dos judeus? Vimos a sua estrela no Oriente e viemos adorá-lo”.

Os magos eram estudiosos dos astros, provavelmente vindos da região da Pérsia ou Babilônia. Não eram reis, nem sabemos se eram apenas três, como diz a tradição popular. Essa ideia surgiu por causa dos três presentes mencionados.

O mais impressionante é que esses homens, estrangeiros, discerniram que algo grandioso estava acontecendo em Israel e vieram buscar o Rei, com o objetivo claro: adorá-lo. Isso aponta desde já para o alcance universal da salvação em Jesus, algo que se confirma em Mateus 28.19, quando Cristo envia seus discípulos a todas as nações.

R. C. Sproul comenta: “Deus, em sua providência, moveu até mesmo gentios para reconhecerem o Messias, mostrando que a salvação não seria restrita a Israel” (SPROUL, 2010, p. 28).

Por que Herodes e Jerusalém ficaram alarmados? (Mateus 2.3–6)

A notícia do nascimento de um “rei dos judeus” deixa Herodes inquieto. Sendo um governante inseguro e cruel, qualquer ameaça ao seu trono era intolerável. Mas o espanto não foi só dele — “toda Jerusalém” também se alarmou.

Mateus mostra como o nascimento de Jesus dividiu as pessoas. Uns buscaram adorá-lo, outros o rejeitaram ou ficaram indiferentes, algo que continua até hoje.

Os mestres da lei e sacerdotes, consultados por Herodes, sabiam exatamente onde o Messias nasceria: Belém, conforme a profecia de Miqueias 5.2. Essa cidade, onde Davi nasceu, agora abrigaria o nascimento do Rei prometido, o Bom Pastor de Israel, como o próprio Jesus se descreve depois em João 10.11.

O curioso é que, apesar de conhecerem as Escrituras, esses líderes não demonstram interesse em ir até Belém. Sabiam, mas não buscaram. Isso revela que o mero conhecimento bíblico, sem fé e ação, não transforma o coração.

Qual o verdadeiro plano de Herodes? (Mateus 2.7–8)

Herodes age com falsidade. Secretamente investiga os magos sobre o tempo do aparecimento da estrela e os envia a Belém, dizendo que também deseja adorar o menino. Mas, na verdade, o objetivo dele era eliminar qualquer concorrência ao trono.

Aqui vemos o contraste entre o coração dos magos e o de Herodes: enquanto uns buscam adorar, o outro planeja destruir. Essa oposição entre luz e trevas será uma constante ao longo da vida de Jesus, como Mateus detalha em Mateus 4.

O que aconteceu quando os magos encontraram Jesus? (Mateus 2.9–11)

Os magos seguem sua jornada e a estrela reaparece, guiando-os até onde estava o menino. Não o encontram mais em uma manjedoura, mas em uma casa. Isso reforça que o nascimento já havia ocorrido há algum tempo.

Ao verem o menino com Maria, “prostraram-se e o adoraram”. Gentios reconhecendo Jesus como Rei e Salvador. Um símbolo claro de que o Messias veio para todos os povos.

Os presentes oferecidos — ouro, incenso e mirra — são ricos de significado:

  • Ouro: símbolo de realeza, digno de um Rei.
  • Incenso: usado no culto a Deus, reconhecendo a divindade de Jesus.
  • Mirra: usada em embalsamamento, apontando para o sofrimento e morte que Jesus enfrentaria.

William Hendriksen destaca: “Os presentes, além de valiosos, revelam a percepção espiritual que os magos tinham sobre a missão do menino: Rei, Sacerdote e Salvador” (HENDRIKSEN, 2001, p. 131).

Como Deus protegeu Jesus? (Mateus 2.12–15)

Mais uma vez, Deus age soberanamente. Os magos são advertidos em sonho a não voltarem a Herodes, e José também recebe instrução divina: deve fugir para o Egito com Maria e o menino.

Além de preservar a vida do Salvador, essa fuga cumpre a profecia de Oséias 11.1: “Do Egito chamei o meu filho”. O retorno de Jesus do Egito simboliza a repetição, em Cristo, da trajetória do próprio Israel, o povo de Deus, como Mateus vai reforçar mais adiante em Mateus 5.

R. C. Sproul explica: “Jesus revive a história de Israel, mas sem falhas, sendo o Filho perfeito que cumpre o propósito de Deus” (SPROUL, 2010, p. 30).

O que foi o massacre dos inocentes? (Mateus 2.16–18)

Herodes, ao perceber que foi enganado, fica furioso e manda matar todos os meninos de até dois anos em Belém e arredores.

Embora não haja registros históricos fora dos Evangelhos sobre esse episódio, ele se encaixa perfeitamente no perfil cruel de Herodes, conhecido por assassinar parentes e opositores políticos sem hesitar.

Mateus vê nesse episódio o cumprimento de Jeremias 31.15, onde Raquel chora pelos filhos perdidos. Esse lamento, originalmente ligado ao exílio babilônico, ganha aqui uma dimensão mais profunda: o sofrimento causado pelo ódio ao Messias.

Por que Jesus foi morar em Nazaré? (Mateus 2.19–23)

Com a morte de Herodes, José recebe nova orientação para retornar, mas teme o governo de Arquelau na Judeia. Guiado novamente por Deus, muda-se para Nazaré, na Galileia.

Mateus interpreta isso como cumprimento profético, ainda que não exista uma citação literal no Antigo Testamento dizendo: “Ele será chamado Nazareno”. O sentido aqui é teológico. Nazaré era uma cidade desprezada, e o Messias seria alguém rejeitado e menosprezado, como Isaías 53 descreve.

Quais profecias se cumprem em Mateus 2?

O capítulo 2 mostra claramente o cumprimento de promessas antigas:

  • Miqueias 5.2: O nascimento em Belém.
  • Oséias 11.1: A chamada do Filho do Egito.
  • Jeremias 31.15: O pranto pelo massacre.
  • Profecias gerais: O desprezo e rejeição do Messias, simbolizados por Nazaré.

Esses cumprimentos não são acidentais. Revelam o plano meticuloso de Deus, algo que Mateus desenvolve em todo o Evangelho, como também vemos em Mateus 11.

O que Mateus 2 ensina para nossa vida?

Primeiro, eu aprendo que Deus governa a história. Nenhuma ação humana, nem mesmo a crueldade de um Herodes, pode impedir seus planos.

Segundo, a fé exige ação. Os magos viajaram quilômetros para adorar. Os líderes de Jerusalém sabiam onde o Messias estava, mas não foram. Conhecer a Bíblia sem compromisso com Jesus não transforma ninguém.

Terceiro, a verdadeira adoração envolve entrega. Os magos ofertaram o melhor. Isso me desafia a avaliar se estou oferecendo meu tempo, meus recursos e meu coração ao Senhor.

Quarto, seguir Jesus envolve risco e oposição. Desde o nascimento, o Salvador foi rejeitado, ameaçado e desprezado. Isso não mudou. Ser cristão hoje também exige coragem.

Por fim, a história de Mateus 2 me lembra que Deus cuida dos seus. José, Maria e Jesus não estavam sozinhos. Nem eu estou. Mesmo nos momentos de perigo, o Senhor dirige os passos dos que confiam nele, como o próprio Jesus promete em Mateus 28.20.

Conclusão

Mateus 2 é muito mais do que um relato natalino. É uma afirmação poderosa: o Rei nasceu, as promessas se cumprem, Deus governa a história e nada pode frustrar seus planos.

O que faço com isso? Como os magos, quero buscar Jesus com alegria. Como José, quero obedecer mesmo quando não entendo tudo. E como Maria, quero confiar no cuidado de Deus, sabendo que Ele sempre cumpre sua Palavra.

Evangelho de Mateus – Escolha o capítulo:


Referências

HENDRIKSEN, William. O Comentário do Novo Testamento: Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, 2001.
SPROUL, R. C. Estudos Bíblicos Expositivos em Mateus. São Paulo: Cultura Cristã, 2010.
Bíblia Sagrada. Nova Versão Internacional. São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001.

Mateus 1 Estudo: o que a genealogia revela sobre Jesus?

Mateus - Bíblia de Estudo Online

Mateus 1 marca o início do Novo Testamento e apresenta Jesus Cristo como a realização das promessas feitas a Abraão e Davi. Para leitores judeus do primeiro século, a linhagem era fundamental. O autor sabia disso e, inspirado pelo Espírito Santo, começa seu Evangelho com uma genealogia meticulosamente organizada para mostrar que Jesus é o Messias prometido.

Ao escrever “Registro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão” (Mateus 1.1), ele conecta Jesus diretamente à aliança davídica (2 Samuel 7) e à aliança abraâmica (Gênesis 12). Isso não é apenas uma introdução; é uma afirmação messiânica poderosa.

Conforme observa R. C. Sproul, “Mateus escreveu seu Evangelho para provar que Jesus era o Messias, o Rei que Israel esperava, e que cumpria todas as promessas do Antigo Testamento” (SPROUL, 2010, p. 5).

A lista de nomes é dividida em três grupos de catorze gerações: de Abraão até Davi, de Davi até o exílio, e do exílio até Cristo (v. 17). A escolha do número 14 não é aleatória. O nome “Davi” em hebraico tem valor numérico 14 (dalet = 4, vav = 6, dalet = 4). Ou seja, cada seção aponta para Davi, reafirmando que Jesus é seu legítimo herdeiro. O nome “Cristo” significa “ungido” — título messiânico reservado ao rei esperado (Isaías 9.6–7).

William Hendriksen comenta que “a repetição do número quatorze parece ser um dispositivo mnemônico e teológico, destacando a centralidade de Davi na história da redenção” (HENDRIKSEN, 2001, p. 107).

Mateus inclui ainda quatro mulheres na genealogia: Tamar, Raabe, Rute e a mulher de Urias. Todas têm histórias marcadas por escândalos ou eram gentias. Isso mostra que Deus usa pessoas improváveis para cumprir seus propósitos — um tema que também aparece em Lucas 7.

📜 Índice de Conteúdo

  1. Por que Mateus começa com uma genealogia? (Mateus 1.1–17)
  2. Por que José é essencial na história do nascimento de Jesus? (Mateus 1.18–19)
  3. Como foi o nascimento de Jesus segundo Mateus? (Mateus 1.18–23)
  4. O que significa o nome Jesus? (Mateus 1.21)
  5. Como José respondeu à revelação divina? (Mateus 1.24–25)
  6. Como Mateus 1 cumpre as promessas do Antigo Testamento? (Mateus 1.1–25)
  7. O que aprendemos com Mateus 1 hoje? (Mateus 1.1–25)
  8. Conclusão
  9. Referências

Por que Mateus começa com uma genealogia? (Mateus 1.1–17)

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“Registro da genealogia de Jesus Cristo, filho de Davi, filho de Abraão.” (Mateus 1.1)

Mateus não inicia seu Evangelho com um milagre ou com o nascimento de Jesus, mas com uma lista de nomes. Para leitores modernos, isso pode parecer anticlimático — mas para um judeu do primeiro século, era uma declaração poderosa e estratégica.

Ao apresentar a genealogia logo de início, Mateus está dizendo, com todas as letras: Jesus é o cumprimento das promessas feitas a Abraão e a Davi. Ele não é apenas mais um mestre ou profeta. Ele é o Messias esperado, o legítimo herdeiro da história redentora de Israel.

1. A genealogia confirma a identidade messiânica de Jesus

Mateus destaca dois nomes antes de qualquer outro: Davi e Abraão (Mateus 1.1). Isso conecta Jesus a:

  • Abraão: o pai da fé e da promessa de bênção às nações (Gênesis 12.3).
  • Davi: o rei a quem Deus prometeu um trono eterno (2 Samuel 7.12–16).

Essas duas alianças são os pilares da esperança messiânica do Antigo Testamento. Começar com a genealogia é o modo de Mateus dizer: “O Rei prometido chegou.”

2. A estrutura em três grupos de 14 destaca Davi como figura central

Mateus organiza a genealogia em três blocos de 14 gerações (v. 17), e isso não é acidental. O nome “Davi” em hebraico (דוד) tem valor numérico 14 (Dalet = 4, Vav = 6, Dalet = 4). Ou seja, a repetição do número 14 é um recurso teológico e mnemônico para enfatizar que Jesus é o “filho de Davi” por excelência.

Como comenta William Hendriksen:

“A repetição do número quatorze parece ser um dispositivo mnemônico e teológico, destacando a centralidade de Davi na história da redenção.” (HENDRIKSEN, 2001, p. 107)

3. Mateus mostra que Deus usa pessoas improváveis para cumprir seu plano

Na genealogia aparecem quatro mulheres: Tamar, Raabe, Rute e a mulher de Urias (Bate-Seba). Todas têm histórias de escândalo, marginalização ou origem gentílica. Isso mostra que a linhagem do Messias inclui:

  • Uma mulher que se disfarçou de prostituta (Tamar – Gênesis 38)
  • Uma prostituta gentia de Jericó (Raabe – Josué 2)
  • Uma moabita (Rute – Rute 1)
  • Um adultério e assassinato encoberto (Bate-Seba – 2 Samuel 11)

Ao incluir esses nomes, Mateus demonstra que a graça de Deus transcende as falhas humanas e as barreiras culturais. O Messias veio de uma linhagem marcada pela misericórdia — não pela perfeição.

4. A genealogia prepara o leitor para o nascimento virginal

Mateus termina a lista com uma ruptura proposital na fórmula usada até então:

“Jacó gerou José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo.” (Mateus 1.16)

A expressão “da qual nasceu” está no feminino singular, enfatizando que Jesus nasceu de Maria, e não de José. Isso preserva o mistério da concepção virginal, que será explicada a seguir (Mateus 1.18–23), mas já é antecipada aqui de maneira sutil.

5. A genealogia mostra que Deus controla a história

Ao olhar para os nomes — reis, pecadores, estrangeiras, exilados — vemos que Deus conduz a história, mesmo por caminhos quebrados e obscuros, até o cumprimento perfeito em Cristo. Ele é o clímax de uma narrativa que começou em Gênesis e termina em Apocalipse.

Por que José é essencial na história do nascimento de Jesus? (Mateus 1.18–19)

José, embora não seja o pai biológico de Jesus, é seu pai legal. A genealogia é feita por meio dele (Mateus 1.16). Ao assumir Jesus como filho, ele legitima sua linhagem real.

A NVI diz: “Jacó gerou José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo”. O texto é cuidadoso ao afirmar que Jesus nasceu de Maria, não de José, preservando a concepção virginal. Isso aponta para o nascimento sobrenatural, profetizado em Isaías 7.14 e retomado por Mateus logo à frente.

Mateus destaca que José era justo (v. 19) e, ao ser informado pelo anjo em sonho, obedece sem hesitar. Isso o torna um exemplo de fé e submissão, como outros servos de Deus, inclusive Abraão, que também respondeu prontamente a revelações divinas (Gênesis 22).

Como foi o nascimento de Jesus segundo Mateus? (Mateus 1.18–23)

“Foi assim o nascimento de Jesus Cristo…” (v. 18). Com essa frase, Mateus descreve o momento central da história da humanidade. Maria estava prometida a José, mas antes de viverem juntos, foi encontrada grávida pelo Espírito Santo.

Essa gravidez sobrenatural cumpre a profecia de Isaías 7.14, citada em Mateus 1.23: “A virgem ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe chamarão Emanuel”. Emanuel significa Deus conosco — um tema que será reafirmado no final do Evangelho em Mateus 28.20: “E estarei sempre com vocês…”

R. C. Sproul explica: “Ao nascer de uma virgem, Jesus escapa da herança adâmica de pecado, permanecendo plenamente Deus e plenamente homem, sem mácula” (SPROUL, 2010, p. 12).

O que significa o nome Jesus? (Mateus 1.21)

O anjo orienta José: “Você deverá dar-lhe o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados”. O nome Jesus, forma grega do hebraico Yeshua, significa “O Senhor é salvação”. Esse nome revela a missão de Cristo com clareza e poder.

Essa ênfase aparece também em João 3.16–17, onde o propósito da vinda de Jesus é claramente declarado: salvar, não condenar.

Como José respondeu à revelação divina? (Mateus 1.24–25)

A postura de José contrasta com a de Zacarias (Lucas 1), que duvidou do anjo. José, ao acordar, “fez o que o anjo do Senhor lhe tinha ordenado” (v. 24). Recebe Maria como esposa, mas não tem relações com ela até o nascimento de Jesus (v. 25).

Essa atitude mostra reverência e fé. José não aparece muito nos Evangelhos, mas seu papel no plano de Deus é marcante: ele protege, honra e sustenta a missão divina em silêncio e obediência.

Como Mateus 1 cumpre as promessas do Antigo Testamento? (Mateus 1.1–25)

Mateus 1 é uma tapeçaria teológica de promessas cumpridas. Ele conecta o nascimento de Jesus a alianças fundamentais:

  • Aliança com Abraão (Gênesis 12.3): Jesus traria bênção às nações.
  • Aliança com Davi (2 Samuel 7.12–16): Jesus seria o rei eterno da linhagem de Davi.
  • Nascimento virginal (Isaías 7.14): a profecia é citada e aplicada a Maria.
  • Emanuel — Deus conosco: tema que ecoa até Mateus 28.

Essas promessas não são apenas cumpridas — são destacadas com precisão. Isso nos ajuda a confiar que o plano de Deus segue firme, como vemos também em Apocalipse 21.

O que aprendemos com Mateus 1 hoje? (Mateus 1.1–25)

Deus cumpre Suas promessas. A genealogia mostra que o Senhor age na história, mesmo por meio de pessoas falhas. Jesus é o centro da história.

Ele é o cumprimento das alianças, o Rei prometido, o Salvador do mundo. A graça inclui os improváveis. Tamar, Raabe e Rute mostram que o evangelho não se limita aos “certinhos”.

A misericórdia de Deus alcança os rejeitados. A obediência gera frutos. José poderia ter abandonado Maria. Em vez disso, seguiu a direção de Deus.

Isso me desafia a confiar mesmo quando não entendo tudo. Deus está conosco. Emanuel não é só um nome, é uma realidade. Em tempos difíceis, essa verdade sustenta a fé.

Jesus salva do pecado. O maior problema humano não é externo, é interno. Jesus veio para tratar a raiz do mal. A Bíblia é uma só história.

De Gênesis a Mateus, vemos uma linha vermelha: Deus prometendo, preparando e cumprindo a salvação por meio de Cristo.

Conclusão

Mateus 1 não é apenas uma introdução — é uma proclamação: Jesus é o Messias, o Rei prometido, o Salvador que veio ao mundo para nos redimir. Sua genealogia, seu nascimento sobrenatural, seu nome e sua missão revelam que ele é o cumprimento de tudo que os profetas anunciaram.

Ao ler este capítulo, percebo que a história de Jesus é também a história da fidelidade de Deus. Ele não falha, não se atrasa, e cumpre tudo o que prometeu. Como em Apocalipse 3, Ele ainda bate à porta. E quando abrimos, Ele entra — para ficar.

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Referências

Malaquias 4 Estudo: Justiça, Salvação e Esperança

Malaquias

Malaquias 4 conclui com uma descrição detalhada do “Dia do Senhor”, um evento de julgamento divino. O capítulo começa com a descrição de um fogo destrutivo que consumirá os ímpios, que não terão raiz nem ramo.

Em contraste, os justos, que reverenciam o nome de Deus, serão restaurados e renovados pela justiça divina, que trará cura e felicidade. A conclusão do livro exorta os leitores a se lembrarem da Lei de Moisés e a se prepararem para o Dia do Senhor, que será precedido por um ministério semelhante ao de Elias.

Embora João Batista tenha sido um precursor de Cristo e “no espírito e no poder de Elias”, o cumprimento completo da profecia ainda está por vir. O livro de Malaquias é um poderoso lembrete da inevitabilidade da justiça divina e da necessidade de arrependimento e obediência para evitar a ira de Deus no Dia do Senhor.

Esboço de Malaquias 4

I. O julgamento dos ímpios no Dia do Senhor (4:1-3)
A. O fogo destrutivo que consumirá os ímpios (4:1)
B. A restauração e renovação dos justos (4:2)
C. A triste sorte dos ímpios, que serão como cinzas sob os pés dos justos (4:3)

II. A exortação para se lembrar da Lei de Moisés (4:4)
A. A importância de se lembrar da Lei (4:4a)
B. O papel de Moisés na Lei (4:4b)
C. A necessidade de temer a Deus e obedecer à Sua Lei (4:4c)

III. A vinda de Elias antes do Dia do Senhor (4:5-6)
A. A promessa da vinda de Elias (4:5)
B. A identidade de Elias e sua semelhança com João Batista (4:6a)
C. A importância da vinda de Elias para evitar o julgamento divino (4:6b)

Estudo de Malaquias 4 em vídeo

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I. O julgamento dos ímpios no Dia do Senhor (4:1-3)

“Pois certamente vem o dia, ardente como uma fornalha. Todos os arrogantes e todos os malfeitores serão como palha, e aquele dia, que está chegando, ateará fogo neles”, diz o Senhor dos Exércitos. “Nem raiz nem galho algum sobrará.
Mas para vocês que reverenciam o meu nome, o sol da justiça se levantará trazendo cura em suas asas. E vocês sairão e saltarão como bezerros soltos do curral. Depois esmagarão os ímpios, que serão como pó sob as solas dos seus pés no dia em que eu agir”, diz o Senhor dos Exércitos. (Malaquias 4:1-3)

O livro de Malaquias conclui com uma descrição detalhada do “Dia do Senhor” (4:1-3), um evento de julgamento divino que consumirá os ímpios e trará restauração e renovação aos justos.

No versículo 1, Malaquias descreve o fogo destrutivo que consumirá os ímpios no Dia do Senhor. É importante notar que esse fogo não é descontrolado, mas sim um juízo intencional de Deus. O propósito desse fogo é a destruição dos ímpios, que serão como palha sem raiz ou galho queimados pelo fogo.

No versículo 2, Malaquias contrasta a sorte dos ímpios com a dos justos. Enquanto o fogo do Dia do Senhor trará destruição aos ímpios, a justiça divina trará cura e renovação aos justos. A frase “sol da justiça” é única nesta passagem e não se refere a Cristo, como alguns comentaristas sugerem, mas sim à justiça que prevalecerá no reino vindouro de Deus. A cura e a renovação descritas como “asas” ou “raios” do sol representam o poder restaurador da justiça divina.

No versículo 3, Malaquias conclui sua descrição do Dia do Senhor, enfatizando a triste sorte dos ímpios. Eles serão como cinzas sob os pés dos justos, completamente derrotados e sem qualquer esperança de restauração. Este versículo também traz uma conclusão forte para a resposta que Deus dá à pergunta cínica dos incrédulos em 3:14-15.

O julgamento divino descrito em Malaquias 4:1-3 é um lembrete poderoso da inevitabilidade da justiça divina. A destruição dos ímpios deve ser vista como um aviso para aqueles que ainda não se arrependeram e se voltaram para Deus.

Além disso, a promessa de renovação e cura para os justos é um encorajamento para perseverarmos em nossa fé e esperança em Deus, sabendo que a justiça divina prevalecerá. Este texto nos desafia a nos arrependermos e nos voltarmos para Deus, lembrando-nos da importância da obediência à Sua Lei e da necessidade de nos prepararmos para a vinda do Dia do Senhor.

II. A exortação para se lembrar da Lei de Moisés (Malaquias 4:4)

“Lembrem-se da lei do meu servo Moisés, dos decretos e das ordenanças que lhe dei em Horebe para todo o povo de Israel. (Malaquias 4:4)

Malaquias 4:4 contém uma exortação final aos israelitas para lembrarem da Lei de Moisés e serem fiéis à sua aliança com Deus. Essa exortação é apropriada para encerrar o livro, pois Malaquias se preocupa com a falta de fidelidade do povo à aliança, especialmente em relação aos sacerdotes e líderes religiosos.

A exortação começa com o verbo “lembrar”, que é usado 14 vezes em Deuteronômio como um apelo à fidelidade à Lei de Deus. O uso dessa palavra em Malaquias 4:4 indica que a fidelidade à Lei de Deus ainda era uma preocupação válida para os israelitas.

Em seguida, Malaquias menciona Moisés como o servo fiel de Deus que recebeu a Lei do monte Sinai. Essa referência serve como um lembrete de que a Lei foi dada por Deus por meio de Moisés e, portanto, é uma expressão da vontade divina para o povo de Israel.

A exortação conclui com um apelo à fidelidade e obediência à Lei de Deus. Os israelitas são chamados a temer a Deus e a obedecer a Sua Lei, a fim de evitar o julgamento que será trazido no Dia do Senhor.

Este versículo nos desafia a lembrar da importância da fidelidade à Lei de Deus e da obediência à Sua vontade. Embora a Lei de Moisés não seja mais obrigatória para os cristãos, podemos aprender com a preocupação de Malaquias pela fidelidade e obediência à vontade de Deus.

Somos chamados a temer a Deus e obedecer a Sua vontade, sabendo que a fidelidade e obediência são essenciais para nossa relação com Ele. Podemos ser encorajados a perseverar em nossa fé e a buscar a fidelidade à vontade de Deus, sabendo que a recompensa da obediência é a vida eterna.

III. A vinda de Elias antes do Dia do Senhor (Malaquias 4:5-6)

“Vejam, eu enviarei a vocês o profeta Elias antes do grande e terrível dia do Senhor. Ele fará com que os corações dos pais se voltem para seus filhos, e os corações dos filhos para seus pais; do contrário eu virei e castigarei a terra com maldição.” (Malaquias 4:5,6)

Malaquias 4:5-6 contém uma profecia sobre a vinda de um mensageiro que prepararia o caminho para o Dia do Senhor. Esse mensageiro é frequentemente associado a João Batista, mas a interpretação exata da profecia é objeto de debate.

O versículo 5 começa com uma profecia sobre a vinda de um mensageiro, descrito como “o profeta Elias”. Essa profecia é baseada em Malaquias 3:1, que fala sobre um mensageiro que prepararia o caminho para o Senhor. É importante notar que a profecia não diz que Elias retornará pessoalmente, mas sim que ele virá “no espírito e no poder de Elias”. Isso sugere que a profecia se refere a um mensageiro que terá características semelhantes às de Elias, em vez de ser uma reencarnação literal de Elias.

O versículo 6 continua a profecia, descrevendo a missão do mensageiro. Ele virá para “converter o coração dos pais aos filhos e o coração dos filhos a seus pais”. Isso sugere que o mensageiro virá para promover a reconciliação e a unidade dentro das famílias. Essa missão é importante porque a falta de unidade e amor dentro das famílias era uma preocupação constante nos tempos de Malaquias e continua a ser um problema em muitas sociedades hoje.

O versículo 6 conclui com uma profecia sobre o julgamento divino. Se o povo não se arrepender, o Senhor virá e “ferirá a terra com maldição”. Essa profecia serve como um aviso para aqueles que não se arrependem e se voltam para Deus. O julgamento divino é inevitável para aqueles que persistem no pecado e na desobediência.

Em resumo, Malaquias 4:5-6 contém uma profecia sobre um mensageiro que prepararia o caminho para o Dia do Senhor. Embora essa profecia seja frequentemente associada a João Batista, é importante lembrar que a profecia se refere a um mensageiro que terá características semelhantes às de Elias, em vez de ser uma reencarnação literal de Elias.

A missão do mensageiro será promover a reconciliação e a unidade dentro das famílias. A profecia também serve como um aviso para aqueles que não se arrependem e se voltam para Deus, lembrando que o julgamento divino é inevitável para aqueles que persistem no pecado e na desobediência.

Reflexão de Malaquias 4 para os nossos dias

Malaquias 4 é uma profecia poderosa sobre o Dia do Senhor, que traz tanto juízo quanto salvação. Essa passagem nos lembra que Deus é um Deus justo, que não permitirá que o mal permaneça impune. E, ao mesmo tempo, nos lembra que Deus é um Deus de graça e amor, que deseja restaurar a comunhão com seu povo.

Essa mensagem é relevante para nós hoje, pois vivemos em um mundo que parece estar cada vez mais distante de Deus. Muitos se afastaram da verdade e da justiça, e a maldade parece estar prosperando. Mas a mensagem de Malaquias 4 nos lembra que o Dia do Senhor está chegando, e que Deus trará justiça e julgamento sobre o mal.

No entanto, a mensagem de Malaquias 4 também é uma mensagem de esperança e salvação. Pois assim como o julgamento de Deus é certo, também é certo que aqueles que colocam sua fé em Cristo serão salvos. Pois Cristo é o sol da justiça, a luz que brilha nas trevas, a fonte de toda cura e restauração.

E assim, em vez de nos desesperarmos diante do mal e da injustiça deste mundo, devemos olhar para Cristo, nossa esperança e salvação. Devemos colocar nossa confiança em sua graça e amor, e viver de acordo com sua vontade, obedecendo a seus mandamentos e seguindo seu exemplo de amor e sacrifício.

Que Deus nos ajude a ser como os justos mencionados em Malaquias 4:2, que revere o nome do Senhor e desfrutam da alegria e satisfação que só podem ser encontradas nele. E que nos ajude a compartilhar essa mensagem de esperança e salvação com aqueles ao nosso redor, para que possam também colocar sua fé em Cristo e encontrar a salvação que só ele pode oferecer.

Que a graça e a paz de nosso Senhor Jesus Cristo esteja sobre a sua vida.

Motivos de oração em Malaquias 4

  1. O primeiro motivo de oração em Malaquias 4 é pela justiça de Deus. A passagem nos lembra que Deus trará juízo sobre o mal e sobre aqueles que o praticam. Devemos orar para que Deus julgue o mal e restaure a justiça em nossa sociedade.
  2. O segundo motivo de oração em Malaquias 4 é pela salvação dos perdidos. A passagem nos lembra que Deus deseja restaurar a comunhão com seu povo, e que aqueles que colocam sua fé em Cristo serão salvos. Devemos orar para que Deus traga salvação àqueles que ainda não conhecem a Cristo como seu Salvador.
  3. O terceiro motivo de oração em Malaquias 4 é pela nossa própria preparação para o Dia do Senhor. A passagem nos lembra que o Dia do Senhor está chegando e que devemos estar preparados para encontrá-lo. Devemos orar para que Deus nos ajude a viver de acordo com sua vontade, a obedecer seus mandamentos e a seguir seu exemplo de amor e sacrifício, para que estejamos prontos para encontrar o Senhor quando ele voltar.

 

A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)

Malaquias 3 Estudo: O Chamado à Generosidade

Malaquias

Malaquias 3 aponta para o futuro e apresenta uma mensagem de esperança em meio à descrença e à desobediência do povo de Israel. O profeta anuncia a vinda de um mensageiro que prepararia o caminho para a vinda do Senhor em seu dia, que seria um dia de julgamento para toda a nação, purificando-a de seus pecados.

O foco da mensagem é a desobediência do povo, especialmente em relação ao dízimo e às ofertas. Ainda assim, Deus é fiel à sua aliança e promete restauração e bênção para aqueles que retornarem a ele em arrependimento e obediência.

A mensagem de Malaquias é relevante hoje, nos lembrando da importância da obediência a Deus e da esperança em sua fidelidade em cumprir suas promessas.

Este livro profético apresenta várias acusações e promessas divinas direcionadas ao povo de Israel, incluindo questões como o desrespeito ao templo, a prática do dízimo e a descrença nas promessas de Deus.

O capítulo 3 aborda a questão do dízimo, no qual Deus desafia Israel a ser fiel em sua contribuição e promete abençoá-los abundantemente em troca. Além disso, o capítulo 3 também apresenta a acusação de blasfêmia contra Deus por parte do povo e a resposta daqueles que temem o Senhor.

Esboço de Malaquias 3

I. O Mensageiro do Senhor (3:1-6)
A. Preparando o caminho para o Senhor (3:1-2)
B. Purificando os sacerdotes (3:3-4)
C. Julgando os pecadores (3:5-6)

II. O Roubo a Deus (3:7-12)
A. O chamado ao arrependimento (3:7-9)
B. A promessa de bênção (3:10-12)

III. O Pecado da Blasfêmia (3:13-15)
A. A acusação contra o povo (3:13a)
B. A ignorância do povo (3:13b)
C. A prova da acusação (3:14-15)

IV. A Resposta daqueles que temem o Senhor (3:16)
A. A mudança de perspectiva
B. O registro das ações dos que temem o Senhor

V. A Advertência e a Promessa do Senhor (3:17-18)
A. O cuidado do Senhor pelos justos (3:17)
B. O Dia do Senhor se aproximando (3:18)

Estudo de Malaquias 3 em vídeo

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I. O Mensageiro do Senhor (Malaquias 3:1-6)

“Vejam, eu enviarei o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim. E então, de repente, o Senhor que vocês buscam virá para o seu templo; o mensageiro da aliança, aquele que vocês desejam, virá”, diz o Senhor dos Exércitos.
Mas quem suportará o dia da sua vinda? Quem ficará de pé quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão do lavandeiro. Ele se sentará como um refinador e purificador de prata; purificará os levitas e os refinará como ouro e prata. Assim trarão ao Senhor ofertas com justiça. Então as ofertas de Judá e de Jerusalém serão agradáveis ao Senhor, como nos dias passados, como nos tempos antigos. “Eu virei a vocês trazendo juízo. Sem demora vou testemunhar contra os feiticeiros, contra os adúlteros, contra os que juram falsamente e contra aqueles que exploram os trabalhadores em seus salários, que oprimem os órfãos e as viúvas e privam os estrangeiros dos seus direitos, e não têm respeito por mim”, diz o Senhor dos Exércitos. “De fato, eu, o Senhor, não mudo. Por isso vocês, descendentes de Jacó, não foram destruídos. (Malaquias 3:1-6)

Malaquias 3:1-6 é uma passagem que fala da vinda de um mensageiro, que prepararia o caminho para a vinda do Senhor. Esse mensageiro seria enviado para purificar o povo e julgar os ímpios, e assim preparar o caminho para a vinda do Senhor.

No versículo 1, a mensagem começa com a promessa da vinda de um mensageiro, que prepararia o caminho para o Senhor. Esse mensageiro seria enviado para purificar o povo, como se fosse um fogo refinador e um sabão que limpa as impurezas.

No versículo 2, a mensagem descreve a obra desse mensageiro, que julgaria os ímpios e aqueles que praticam a feitiçaria, a infidelidade conjugal, a opressão aos trabalhadores e a injustiça. Esse julgamento seria como um fogo que consome tudo o que não é puro, como um fogo que destrói o metal impuro para deixá-lo puro.

No versículo 3, a mensagem mostra que, após esse julgamento, o povo seria purificado e traria ofertas aceitáveis ao Senhor. Esse povo seria como um povo que oferece um sacrifício puro, como um sacrifício que agrada ao Senhor.

No versículo 4, a mensagem mostra que, depois desse processo de purificação, o Senhor traria justiça ao povo e o protegeria contra seus inimigos.

No versículo 5, a mensagem mostra como o Senhor julgaria aqueles que praticam a feitiçaria, a infidelidade conjugal, a opressão aos trabalhadores e a injustiça. Esses julgamentos seriam como um tribunal que condena os culpados e os inocentes.

No versículo 6, a mensagem conclui com a declaração de que o Senhor não muda e que, por isso, o povo de Israel não foi consumido. Apesar de seus pecados, Deus havia prometido protegê-los e preservá-los como um povo santo.

II. O Roubo a Deus (Malaquias 3:7-12)

Desde o tempo dos seus antepassados vocês se desviaram dos meus decretos e não os obedeceram. Voltem para mim e eu voltarei para vocês”, diz o Senhor dos Exércitos. “Mas vocês perguntam: ‘Como voltaremos? ’
“Pode um homem roubar de Deus? Contudo vocês estão me roubando. E ainda perguntam: ‘Como é que te roubamos? ’ Nos dízimos e nas ofertas. Vocês estão debaixo de grande maldição porque estão me roubando; a nação toda está me roubando. Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova”, diz o Senhor dos Exércitos, “e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las. Impedirei que pragas devorem suas colheitas, e as videiras nos campos não perderão o seu fruto”, diz o Senhor dos Exércitos. “Então todas as nações os chamarão felizes, porque a terra de vocês será maravilhosa”, diz o Senhor dos Exércitos. (Malaquias 3:7-12)

Malaquias 3:7-12 apresenta uma resposta divina às acusações do povo de Israel sobre a aparente falta de justiça divina e proteção para os fiéis. O Senhor repreende o povo por suas ações e os exorta a retornar a Ele em obediência e fidelidade.

O Senhor começa lembrando a Israel de suas tradições e alianças com Ele, que exigiam obediência e reverência. Ele os acusa de se desviarem dessas tradições e de roubá-Lo com suas práticas inadequadas, especificamente no que diz respeito aos dízimos e ofertas. O Senhor lembra ao povo que o cumprimento adequado das tradições e alianças resulta em bênçãos, enquanto a desobediência resulta em maldições.

No versículo 10, o Senhor exorta o povo a trazer todos os dízimos para a casa do tesouro, para que haja alimento suficiente para os sacerdotes e para que Ele possa abrir as janelas dos céus e derramar bênçãos sobre o povo. A importância do dízimo não era apenas financeira, mas também espiritual. O dízimo era uma forma de demonstrar fidelidade e dependência de Deus e de reconhecer Sua fidelidade em prover todas as necessidades.

Enquanto o dízimo era uma prática específica da antiga aliança entre Deus e Israel, o princípio de dar generosamente ao Senhor e à Sua obra continua válido para os crentes hoje. O Novo Testamento fala sobre generosidade e dar, não exigindo um dízimo específico, mas enfatizando o coração e a motivação por trás das ofertas (2 Coríntios 9:6-7).

Além disso, o Senhor enfatiza que Ele é fiel em cumprir Suas promessas, tanto de bênçãos quanto de maldições. O povo de Israel estava experimentando a maldição da desobediência, mas se eles retornassem a Ele em fidelidade e obediência, experimentariam a bênção da fidelidade.

Em resumo, Malaquias 3:7-12 é um lembrete para o povo de Israel de suas tradições e alianças com o Senhor, bem como de Sua fidelidade em cumprir Suas promessas de bênçãos e maldições. A exortação para trazer todos os dízimos à casa do tesouro demonstra fidelidade e dependência de Deus, e a obediência resulta em bênçãos. Embora o dízimo seja uma prática específica da antiga aliança, o princípio de dar generosamente e com o coração certo é aplicável aos crentes de hoje.

III. O Pecado da Blasfêmia (Malaquias 3:13-15)

“Vocês têm dito palavras duras contra mim”, diz o Senhor. “Ainda assim perguntam: ‘O que temos falado contra ti? ’
“Vocês dizem: ‘É inútil servir a Deus. O que ganhamos quando obedecemos aos seus preceitos e andamos lamentando diante do Senhor dos Exércitos? Por isso, agora consideramos felizes os arrogantes, pois tanto prospera o que pratica o mal como escapam ilesos os que desafiam a Deus! ’ ” (Malaquias 3:13-15)

Malaquias 3:13-15 faz parte da sexto revelação, que trata da importância de temer a Deus e de confiar em suas promessas. Neste trecho, o profeta Malco se dirige aos judeus que se queixam da aparente prosperidade dos ímpios e da falta de justiça divina. Malco responde a essa queixa, mostrando que o problema não é com Deus, mas com o próprio povo, que não tem buscado a Deus com sinceridade e obediência.

O versículo 13 começa com uma acusação de blasfêmia contra Deus, já que os judeus estavam falando palavras duras e desafiadoras contra Ele. A resposta deles, no versículo 14, demonstra uma atitude de desânimo e incredulidade, alegando que servir a Deus não trouxe benefícios ou recompensas. Eles se sentem desapontados porque esperavam que Deus os abençoasse, mas em vez disso estavam enfrentando dificuldades e desafios.

Malco então mostra que a raiz do problema é a falta de fidelidade do povo em dar o dízimo e ofertas. Eles estavam retendo o que pertencia a Deus e, portanto, estavam roubando a Deus. Mas se eles voltassem a ser fiéis nisso, Deus abriria as janelas do céu e os abençoaria abundantemente.

Este texto não deve ser interpretado como uma promessa universal de prosperidade material para os crentes hoje em dia, mas como uma advertência de que a obediência a Deus e a generosidade são a atitude correta a ser seguida. Deus deseja que seu povo confie nele e o busque com sinceridade, sabendo que Ele é fiel e justo. A promessa de bênção que Malco faz aos judeus é uma expressão da graça divina e da fidelidade de Deus em cumprir Suas promessas.

Em resumo, Malaquias 3:13-15 nos ensina que devemos confiar em Deus, mesmo quando as coisas parecem difíceis, e que devemos ser fiéis em dar a Ele o que lhe pertence. Deus é fiel e justo, e quando buscamos Sua vontade e obedecemos a Ele, podemos confiar em Sua bênção e em Sua fidelidade.

IV. A Resposta daqueles que temem o Senhor (Malaquias 3:16)

Depois aqueles que temiam ao Senhor conversaram uns com os outros, e o Senhor os ouviu com atenção. Foi escrito um livro como memorial na sua presença acerca dos que temiam ao Senhor e honravam o seu nome. (Malaquias 3:16)

Malaquias 3:16 diz: “Então, os que temiam ao SENHOR falavam uns aos outros; e o SENHOR atentava e ouvia; havia um memorial escrito diante dele para os que temem o SENHOR e para os que se lembram do seu nome”.

Este versículo fala sobre um grupo de pessoas que temiam ao Senhor e falavam uns com os outros. É possível que este grupo fosse composto pelos remanescentes fiéis que ainda buscavam a Deus em meio à desobediência da nação.

A palavra “falavam” pode ser traduzida como “conversavam” ou “discutiam”. É provável que essas pessoas estivessem discutindo a Palavra de Deus e encorajando umas às outras na fé.

O versículo continua dizendo que o Senhor prestava atenção a essas conversas e ouvia o que estava sendo dito. Isso mostra a importância da comunhão entre irmãos e irmãs em Cristo e como Deus se alegra quando seu povo se reúne para edificar um ao outro.

Há também um memorial escrito diante do Senhor para aqueles que temem o seu nome. Isso pode ser entendido como um registro celestial de todas as obras e palavras dos crentes fiéis. Isso mostra que Deus está ciente de tudo o que seus filhos fazem em seu nome e que essas coisas não passam despercebidas.

Em resumo, Malaquias 3:16 nos mostra a importância da comunhão entre os crentes fiéis e como Deus se alegra quando seu povo se reúne para discutir a Palavra de Deus. Também nos lembra que Deus está ciente de tudo o que fazemos em seu nome e que nossas obras e palavras não passam despercebidas por Ele.

V. A Advertência e a Promessa do Senhor (3:17-18)

Malaquias 3:17-18 apresenta uma visão do futuro para aqueles que temem o Senhor. Este texto revela o propósito de Deus para os justos e para os ímpios e encoraja a fidelidade do povo de Deus.

No verso 17, Deus declara que aqueles que temem o Senhor serão Sua propriedade no dia em que Ele fizer a Sua posse. O “dia” aqui é uma referência ao dia do Senhor, um tempo em que Deus trará julgamento sobre os ímpios e libertação para os justos. Aqueles que pertencem ao Senhor serão poupados e protegidos durante este tempo.

Deus chama Seu povo de “tesouro pessoal” ou “propriedade especial” (NVI). Isso reflete o amor e a atenção pessoal que Deus tem por aqueles que O servem. Ele não apenas os ama, mas também os guarda e protege. Este conceito também é visto em Deuteronômio 7:6, onde Deus declara que Israel é Seu tesouro pessoal.

No verso 18, Deus fala sobre a diferença que será vista entre os justos e os ímpios no dia do Senhor. Será claro que Deus tem favorecido aqueles que são fiéis a Ele. Esta distinção entre justos e ímpios é uma das principais temáticas em Malaquias.

Malaquias 3:17-18 serve como um encorajamento para os crentes permanecerem fiéis ao Senhor, mesmo quando enfrentam oposição ou dificuldades. Deus promete cuidar e proteger aqueles que são Seus e, no final, a diferença entre justos e ímpios será clara.

Este texto também nos lembra da importância da fidelidade e de viver de acordo com a vontade de Deus. Devemos ser lembrados que Deus nos ama e cuida de nós pessoalmente, mas também tem expectativas claras para nós. Como cristãos, devemos viver em obediência a Ele, com a confiança de que Ele cuidará de nós e nos protegerá.

Reflexão de Malaquias 3 para os nossos dias

Ao ler o terceiro capítulo do livro de Malaquias, somos confrontados com a promessa de um mensageiro que virá preparar o caminho para o Senhor. Este mensageiro é claramente identificado pelo Novo Testamento como João Batista, que veio preparar o caminho para a chegada de Jesus Cristo. O próprio Jesus se referiu a João Batista como o mensageiro profetizado em Malaquias 3:1.

Mas a mensagem deste capítulo não se limita apenas à preparação para a chegada de Cristo. Na verdade, a mensagem de Malaquias 3 é profundamente cristocêntrica e tem implicações importantes para nós hoje.

Assim como o povo de Israel foi chamado a se arrepender e a se voltar para Deus em preparação para a chegada do Messias, também nós, como cristãos, somos chamados a nos arrepender e a nos voltar para Deus diariamente. Precisamos ser purificados e refinados pelo fogo do Espírito Santo para que possamos ser santos e agradáveis a Deus.

Além disso, assim como o Senhor se apresentou como um fogo refinador em Malaquias 3:2, também Ele se apresenta como tal para nós hoje. Ele deseja nos refinar e nos purificar, tirando as impurezas e os pecados de nossas vidas para que possamos ser transformados à imagem de Cristo.

E, assim como o Senhor prometeu em Malaquias 3:6 que Ele não mudaria, também podemos confiar que o caráter de Deus permanece o mesmo hoje. Ele é fiel e justo, e Sua palavra é verdadeira e confiável.

Que possamos nos voltar para o Senhor em arrependimento e confiança, sabendo que Ele é capaz de nos refinar e nos purificar para que possamos ser santos e agradáveis a Ele. Que possamos confiar em Seu caráter fiel e justo e buscar viver em obediência a Sua palavra.

Que o Espírito Santo nos guie em nossas vidas diárias para que possamos refletir a imagem de Cristo e glorificar a Deus em tudo o que fazemos.

Motivos de oração em Malaquias 3

  1. O arrependimento e a purificação do coração: Assim como Malaquias chamou Israel ao arrependimento e à purificação em preparação para a vinda do Senhor, nós também podemos orar para que Deus nos ajude a reconhecer nossos pecados e a buscar a sua purificação em nossas vidas.
  2. A fidelidade na contribuição para a obra de Deus: Em Malaquias 3, Deus repreendeu Israel por não trazer o dízimo e as ofertas completas para o templo. Podemos orar para que Deus nos ajude a ser fiéis na contribuição para a sua obra e para que Ele nos dê sabedoria para usar os recursos que Ele nos confia de forma sábia e generosa.
  3. O temor e a obediência a Deus: Malaquias enfatiza a importância do temor e da obediência a Deus em nossas vidas. Podemos orar para que Deus nos ajude a crescer em nosso relacionamento com Ele, a amá-Lo cada vez mais e a obedecer aos seus mandamentos. Podemos pedir a Ele que nos ajude a ter um coração sincero e obediente, para que possamos agradá-Lo em tudo o que fazemos.

 

A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)

Malaquias 2 Estudo: Os perigos da desobediência e da infidelidade

Malaquias

Malaquias 2 contém uma série de oráculos que apresentam as acusações contra os sacerdotes e o povo de Israel. O texto mostra que a primeira revelação (versículos 1-2) começa com a advertência aos sacerdotes para honrarem a Deus, caso contrário, seriam amaldiçoados.

A segundo revelação (versículos 3-9) estabelece o padrão para os sacerdotes, apontando que eles devem ensinar a lei e se comportar com integridade. Por fim, a terceiro revelação (versículos 10-16) acusa o povo de Israel de ser infiel em seus relacionamentos uns com os outros e de se casar com pagãos, o que profanava a santidade de Israel.

O estudo desse capítulo é fundamental para entender o contexto histórico e religioso do Antigo Testamento e as implicações para a vida cristã hoje.

Malaquias apresenta duas evidências dessa infidelidade: a corrupção dos sacerdotes (2:1-9) e o divórcio (2:13-16a).

No versículo 13, o profeta fala sobre homens que choram diante do altar do Senhor porque suas ofertas não são mais aceitas. Descobrimos que esses homens haviam divorciado suas esposas israelitas para se casar com pagãs, violando assim o pacto de Deus com seu povo.

Malaquias então explica que Deus é a testemunha do casamento entre um homem e uma mulher e que Ele odeia o divórcio (versículo 16a). O capítulo termina com um apelo à fidelidade (versículo 16b) e com a promessa de que Deus trará justiça (capítulo 3:1-6).

Esboço de Malaquias 2

I. A repreensão aos sacerdotes (2:1-9)
A. A acusação de quebrar a aliança (2:1-2)
B. A ameaça de juízo (2:3-4)
C. O chamado à obediência (2:5-7)
D. A responsabilidade sacerdotal (2:8-9)

II. O pecado do povo: casamentos mistos (2:10-16)
A. A advertência contra a infidelidade à aliança (2:10-12)
B. O divórcio e suas consequências (2:13-16a)
C. O chamado à fidelidade (2:16b)

III. A esperança em Deus (2:17)
A. A acusação de falar palavras vãs (2:17a)
B. A pergunta do povo (2:17b)
C. A prova da acusação: não há esperança na justiça de Deus (2:17c)

Estudo de Malaquias 2 em vídeo

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I. A repreensão aos sacerdotes (Malaquias 2:1-9)

“E agora esta advertência é para vocês, ó sacerdotes. Se vocês não derem ouvidos e não se dispuserem a honrar o meu nome”, diz o Senhor dos Exércitos, “lançarei maldição sobre vocês, e até amaldiçoarei as suas bênçãos. Aliás já as amaldiçoei, porque vocês não me honram de coração. “Por causa de vocês eu vou destruir a sua descendência; esfregarei na cara de vocês os excrementos dos animais oferecidos em sacrifício em suas festas e lançarei vocês fora, juntamente com os excrementos. Então vocês saberão que fui eu que lhes dei esta advertência para que a minha aliança com Levi fosse mantida”, diz o Senhor dos Exércitos. “A minha aliança com ele foi uma aliança de vida e de paz, que de fato lhe dei para que me temesse. Ele me temeu, e tremeu diante do meu nome. A verdadeira lei estava em sua boca e nenhuma falsidade achou-se em seus lábios. Ele andou comigo em paz e retidão, e desviou muitos do pecado. “Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca todos esperam a instrução na lei, porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos. Mas vocês se desviaram do caminho e pelo seu ensino causaram a queda de muita gente; vocês quebraram a aliança de Levi”, diz o Senhor dos Exércitos. “Por isso eu fiz que fossem desprezados e humilhados diante de todo o povo, porque vocês não seguem os meus caminhos, mas são parciais quando ensinam a lei. ” (Malaquias 2:1-9)

O capítulo 2 de Malaquias continua a denúncia do profeta contra o sacerdócio e o povo de Israel. Neste estudo, vamos nos concentrar nos primeiros nove versos do capítulo, onde o profeta dirige sua mensagem diretamente aos sacerdotes.

No versículo 1, Malaquias começa sua fala com um chamado à atenção dos sacerdotes, ordenando que eles ouçam as palavras do Senhor. O profeta destaca a aliança que Deus fez com Levi, o antepassado dos sacerdotes, e a responsabilidade que eles têm de manter essa aliança (versículo 4).

Malaquias então explica que, se os sacerdotes não se arrependerem de seus pecados e não honrarem o nome do Senhor, Ele trará maldição sobre eles (versículo 2). O profeta acusa os sacerdotes de terem mostrado parcialidade na aplicação da lei, aceitando suborno e distorcendo o julgamento (versículo 9).

O versículo 5 destaca a importância do sacerdote como mensageiro da aliança de Deus, lembrando que a vida e a paz estavam nas mãos de Levi. No entanto, Malaquias argumenta que os sacerdotes de sua época haviam se afastado da vontade de Deus e haviam se tornado uma fonte de tropeço para o povo de Israel (versículo 8).

Malaquias também fala sobre a necessidade de santidade e pureza nos serviços do templo. Ele denuncia a prática de oferecer animais defeituosos como sacrifício e o desrespeito demonstrado pelos sacerdotes em relação à mesa do Senhor (versículos 7 e 8).

O capítulo termina com uma afirmação sobre a unidade de Deus e a importância de honrar Seu nome. Malaquias afirma que Deus é Pai de todos e que Ele não faz acepção de pessoas. Ele conclui seu discurso dizendo que a verdadeira sabedoria é temer o Senhor e viver de acordo com a Sua vontade (versículos 6 e 7).

Malaquias 2 é um alerta para os sacerdotes e para o povo de Israel sobre a importância da obediência e do compromisso com a aliança de Deus. O profeta denuncia a corrupção e a infidelidade que haviam se infiltrado no sacerdócio e no povo de Deus. Ele enfatiza a importância da santidade e da pureza nos serviços do templo e na vida do povo de Deus em geral.

A mensagem de Malaquias continua relevante para os cristãos de hoje, lembrando-nos da importância de viver de acordo com a vontade de Deus e de buscar a santidade em todos os aspectos de nossas vidas.

II. O pecado do povo: casamentos mistos (2:10-16)

Não temos todos o mesmo Pai? Não fomos todos criados pelo mesmo Deus? Por que será então que quebramos a aliança dos nossos antepassados sendo infiéis uns com os outros? Judá tem sido infiel. Uma coisa repugnante foi cometida em Israel e em Jerusalém; Judá desonrou o santuário que o Senhor ama; homens casaram-se com mulheres que adoram deuses estrangeiros. Que o Senhor lance fora das tendas de Jacó o homem que faz isso, seja ele quem for, mesmo que esteja trazendo ofertas ao Senhor dos Exércitos. Há outra coisa que vocês fazem: Enchem de lágrimas o altar do Senhor; choram e gemem porque ele já não dá atenção às suas ofertas nem as aceita com prazer. E vocês ainda perguntam: “Por quê? ” É porque o Senhor é testemunha entre você e a mulher da sua mocidade, pois você não cumpriu a sua promessa de fidelidade, embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu acordo matrimonial. Não foi o Senhor que os fez um só? Em corpo e em espírito eles lhe pertencem. E por que um só? Porque ele desejava uma descendência consagrada. Portanto, tenham cuidado: Ninguém seja infiel à mulher da sua mocidade. “Eu odeio o divórcio”, diz o Senhor, o Deus de Israel, e “o homem que se cobre de violência como se cobre de roupas”, diz o Senhor dos Exércitos. Por isso tenham bom senso; não sejam infiéis. (Malaquias 2:10-16)

Malaquias 2:10-16 aborda a questão do divórcio e sua relação com a infidelidade espiritual. Este texto começa com um apelo à unidade e fidelidade do povo de Deus. Deus pergunta: “Não temos todos nós um só Pai? Não nos criou um só Deus? Por que somos infiéis uns aos outros, profanando a aliança dos nossos antepassados?” (v. 10). O povo de Deus não está cumprindo sua parte no pacto da aliança que Ele fez com eles.

Em seguida, o profeta Malaquias fala sobre a prática do divórcio entre o povo de Deus. Ele acusa os homens de se divorciarem de suas esposas judias para se casarem com mulheres pagãs (v. 11). Este ato viola a aliança que Deus fez com seu povo e coloca em risco a santidade do povo de Deus.

Malaquias continua a falar sobre o divórcio e suas consequências em relação à adoração a Deus. Ele fala sobre como os homens que se divorciaram de suas esposas judias choram diante do altar do Senhor, mas o Senhor não ouve suas orações (v. 13). Malaquias está mostrando como a prática do divórcio não apenas viola a aliança entre marido e esposa, mas também a relação entre Deus e seu povo.

Malaquias continua a descrever a prática do divórcio e seu impacto na aliança com Deus. Ele descreve como Deus é testemunha do pacto de casamento que é feito entre um homem e uma mulher (v. 14). O divórcio quebra este pacto e, portanto, coloca em risco a relação entre o homem e Deus. Malaquias também fala sobre como Deus busca um povo santo e fiel e como o divórcio é uma violação dessa santidade (v. 15).

Finalmente, Malaquias enfatiza a importância da fidelidade e da guarda do espírito. Ele afirma: “Porque eu odeio o divórcio, diz o Senhor, o Deus de Israel, e aquele que cobre de violência o seu vestido, diz o Senhor dos Exércitos; portanto, guardai-vos em vosso espírito, e não sejais infiéis” (v. 16).

Malaquias está mostrando como a prática do divórcio não apenas viola a relação entre marido e esposa, mas também a relação entre Deus e seu povo. Ele está chamando o povo de Deus a ser fiel a Deus e uns aos outros em todas as áreas de suas vidas.

Em resumo, Malaquias 2:10-16 mostra como a prática do divórcio coloca em risco a santidade da relação entre o homem e Deus.

Malaquias está chamando o povo de Deus a ser fiel a Deus e uns aos outros em todas as áreas de suas vidas, incluindo o casamento. Ele está mostrando que a infidelidade no casamento não é apenas uma violação da aliança entre marido e esposa, mas também uma violação da aliança entre Deus e seu povo.

III. A esperança em Deus (Malaquias 2:17)

“Vocês têm cansado o Senhor com as suas palavras. ‘Como o temos cansado? ’, vocês ainda perguntam. Quando dizem: ‘Todos os que fazem o mal são bons aos olhos do Senhor, e ele se agrada deles’ e também quando perguntam: ‘Onde está o Deus da justiça? ’ ” (Malaquias 2:17)

Malaquias 2:17 inicia a quarta e última seção do livro, que aborda a esperança em Deus. Nessa seção, Deus responde àqueles que questionam Sua justiça e reafirma Seu amor e fidelidade para com o Seu povo.

O versículo 17 começa com a acusação de Deus contra o povo de Israel, afirmando que eles O têm cansado com suas palavras. Em outras palavras, Deus está dizendo que o povo está questionando Sua justiça e bondade, e isso está cansando-o. Isso é irônico, já que Deus é Aquele que nunca se cansa nem se enfraquece (Isaías 40:28).

O povo de Israel então pergunta como eles têm cansado a Deus. Esta pergunta revela a sua cegueira espiritual, pois eles não percebem como as suas palavras e ações estão desagradando a Deus.

Deus responde a essa pergunta, afirmando que o povo tem desagradado a Ele com suas palavras. Eles questionam Sua justiça, dizendo que Ele não castiga os maus e não recompensa os justos. Essa era uma questão comum em tempos difíceis, quando os justos pareciam estar sofrendo e os ímpios pareciam estar prosperando.

Deus reafirma Sua justiça e diz que Ele julgará os maus e recompensará os justos. Ele não esqueceu o Seu povo e está atento às suas palavras e ações. Aqueles que O servem com fidelidade serão recompensados, mas aqueles que O desobedecem serão punidos.

O versículo 17 é uma introdução à seção final do livro de Malaquias, que trata da esperança em Deus. Deus está lembrando ao Seu povo que Ele é justo e fiel, e que Ele não os abandonou. Eles podem confiar nEle e esperar por Sua justiça e salvação.

Reflexão de Malaquias 2 para os nossos dias

A falta de temor e reverência a Deus, a infidelidade, a injustiça e a falta de compromisso com a palavra do Senhor são evidentes em nossa sociedade.

No entanto, devemos lembrar que a mensagem de Malaquias não é apenas um chamado à correção moral, mas um chamado ao arrependimento e à volta para Deus. E essa volta para Deus só pode ser realizada através de Cristo Jesus, que é o caminho, a verdade e a vida.

Ao ler Malaquias 2, podemos ver que o Senhor está chamando o povo a um compromisso com a verdade e a um amor inabalável pela justiça. O próprio Senhor Jesus Cristo é a personificação da verdade e da justiça. Ele veio a este mundo para buscar e salvar o que estava perdido e para nos mostrar o caminho da vida eterna.

Assim como o povo de Israel precisava se arrepender e voltar para o Senhor, nós também precisamos fazer o mesmo. Precisamos confessar nossos pecados e nos arrepender de nossas falhas e infidelidades. E, acima de tudo, precisamos nos voltar para Cristo Jesus e aceitá-lo como nosso Senhor e Salvador.

Em Malaquias 2:17, Deus diz: “Estais cansados de mim e dissestes: Em que te cansamos?” É fácil para nós também ficarmos cansados e desanimados diante das provações e dificuldades da vida. Mas devemos lembrar que Cristo Jesus é a nossa esperança e nossa força. Nele, podemos encontrar descanso para nossas almas e paz para nossos corações.

Assim como o povo de Israel precisava de um redentor para salvá-los de seus pecados, nós também precisamos de um Salvador. E esse Salvador é Cristo Jesus, que nos amou e se entregou por nós na cruz do Calvário. Nele, temos perdão e vida eterna.

Que possamos, então, olhar para Cristo Jesus, o autor e consumador de nossa fé, e nos esforçar para viver uma vida de fidelidade e amor ao Senhor. Que possamos nos lembrar sempre de que somos salvos pela graça, através da fé em Jesus Cristo, e que é Ele quem nos sustenta em todas as coisas.

Que Deus nos abençoe e nos ajude a viver uma vida de santidade e compromisso com a sua palavra. Que possamos sempre nos lembrar de que, em Cristo Jesus, somos mais que vencedores.

Motivos de oração em Malaquias 2

  1. Arrependimento pessoal e coletivo: Um dos principais temas de Malaquias 2 é a necessidade de arrependimento pessoal e coletivo. O livro começa com Deus expressando seu amor por Israel e, em seguida, confrontando o povo com seus pecados. Isso nos leva a orar por arrependimento pessoal e coletivo em nossas vidas e em nossas igrejas. Ore para que o Espírito Santo revele nossos pecados e nos dê a graça para confessá-los e nos voltarmos para Deus.
  2. Fidelidade matrimonial: Outro tema importante em Malaquias 2 é a fidelidade matrimonial. Deus condena a prática de divórcio e infidelidade conjugal, lembrando aos Israelitas da aliança que fizeram com Ele e com seus cônjuges. Ore para que o Espírito Santo fortaleça nossos relacionamentos e nos ajude a manter nossos votos matrimoniais. Ore também pelas famílias que enfrentam desafios em seus relacionamentos.
  3. Esperança em Deus: O livro de Malaquias também fala sobre a justiça de Deus, que é evidente em sua condenação do pecado e em seu amor pelos justos. Isso nos leva a orar por esperança em Deus, sabendo que ele é um Deus justo e fiel que cumpre suas promessas. Ore para que o Espírito Santo nos ajude a confiar em Deus mesmo em tempos difíceis e a ter a esperança da glória eterna que ele prometeu.

 

A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)

Malaquias 1 Estudo: A importância das ofertas puras

Malaquias

Malaquias 1 começa com uma introdução que cria um clima sombrio e de ansiedade. A palavra maśśā’ (carga ou fardo) aparece pela primeira vez no início do livro e introduz uma mensagem ameaçadora que denuncia a infidelidade de Israel em seu relacionamento com Deus.

A mensagem de Malaquias é uma acusação da parte de Deus contra a infidelidade de Israel, em um momento em que os sacerdotes deveriam estar agindo como mensageiros de Deus.

No entanto, o livro começa com uma declaração do amor de Deus por Israel, o que leva a um diálogo que revela a infidelidade de Israel em relação a Deus.

O primeiro oráculo de Malaquias, que começa com a reivindicação do amor de Deus por Israel, é seguido pelo segundo oráculo, que aborda a falta de honra que Israel demonstra em relação a Deus.

O livro de Malaquias é um chamado para a restauração do relacionamento entre Deus e Israel, baseado no amor e na honra.

Deus, através de Malaquias, aponta que essas ofertas não eram aceitáveis e desrespeitavam suas instruções. Os sacerdotes questionaram como eles haviam profanado o Senhor, e a resposta de Malaquias foi que eles haviam tratado o altar do Senhor com desprezo, oferecendo sacrifícios impróprios e contaminados.

Além disso, eles estavam chamando a mesa do Senhor de desprezível. O termo “mesa do Senhor” pode se referir ao altar de sacrifício ou, metaforicamente, a todas as ofertas sacrificadas no altar.

Malaquias afirma que a atitude dos sacerdotes em relação aos sacrifícios era de desdém, o que era uma forma de desprezo pelo Senhor. O estudo do livro de Malaquias é relevante para entendermos como devemos nos relacionar com Deus e oferecer-lhe nosso melhor.

Esboço de Malaquias 1

I. Introdução (vv. 1-5)
A. O autor e destinatários
B. O amor de Deus por Israel
C. A incredulidade de Israel

II. A prova da acusação de Deus: sacrifícios desprezíveis (vv. 6-14)
A. A acusação contra os sacerdotes (vv. 6-7)
B. A resposta desafiadora dos sacerdotes (v. 7)
C. A resposta de Deus à desculpa dos sacerdotes (vv. 8-10)
D. A admoestação de Deus aos sacerdotes (vv. 11-14)

Estudo de Malaquias 1 em vídeo

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I. Introdução (Malaquias 1.1-5)

Uma advertência: a palavra do Senhor contra Israel, por meio de Malaquias. “Eu sempre os amei”, diz o Senhor. “Mas vocês perguntam: ‘De que maneira nos amaste? ’ “Não era Esaú irmão de Jacó? “, declara o Senhor. “Todavia eu amei Jacó, mas rejeitei Esaú. Transformei suas montanhas em terra devastada e as terras de sua herança em morada de chacais do deserto. ” Embora Edom afirme: “Fomos esmagados, mas reconstruiremos as ruínas”, assim diz o Senhor dos Exércitos: “Podem construir, mas eu demolirei. Eles serão chamados Terra Perversa, povo contra quem o Senhor está irado para sempre. Vocês verão isso com os próprios olhos e exclamarão: Grande é o Senhor, até mesmo além das fronteiras de Israel! (Malaquias 1:1-5)

Malaquias é o último livro do Antigo Testamento e apresenta uma mensagem de Deus para o povo de Judá, em um período em que estavam retornando do exílio na Babilônia. No capítulo 1, versículos 1 a 5, Malaquias começa sua mensagem descrevendo o amor de Deus por Israel.

O versículo 1 apresenta o autor como “a mensagem da palavra do Senhor a Israel por meio de Malaquias”. O nome “Malaquias” significa “meu mensageiro”, o que sugere que essa não era necessariamente uma pessoa, mas uma mensagem que Deus estava enviando ao povo de Israel.

No versículo 2, Deus declara seu amor por Israel, afirmando que Ele os amou. No entanto, os líderes e o povo de Israel duvidam desse amor, perguntando: “Como nos amaste?” Deus responde, lembrando-lhes que Ele escolheu Jacó (Israel) em vez de Esaú (Edom). Isso pode ser entendido como uma declaração da escolha divina de Israel como um povo especial.

No versículo 3, Deus apresenta um contraste entre o amor que Ele tem por Israel e o desprezo que Edom, o irmão de Israel, tinha por eles. Edom, como um povo vizinho de Israel, tinha uma longa história de hostilidade com os israelitas. Deus afirma que Edom seria punido por seu desprezo por Israel, tornando-se um lugar desolado.

Nos versículos 4 e 5, Deus continua a falar sobre Seu amor por Israel e sua ira contra Edom. Ele diz que os edomitas verão a punição que receberão por sua hostilidade contra Israel, e que isso será um sinal da fidelidade de Deus a Seu povo.

Em resumo, os versículos 1 a 5 do capítulo 1 de Malaquias apresentam a mensagem de que Deus ama Israel e escolheu-os como um povo especial. Isso é contrastado com o desprezo de Edom por Israel, o que levará à sua punição. A mensagem de Deus é de amor e fidelidade a Seu povo, apesar da hostilidade que eles enfrentam dos vizinhos.

II. A prova da acusação de Deus: sacrifícios desprezíveis (Malaquias 1.6-14)

“O filho honra seu pai, e o servo o seu senhor. Se eu sou pai, onde está a honra que me é devida? Se eu sou senhor, onde está o temor que me devem? “, pergunta o Senhor dos Exércitos a vocês, sacerdotes. “São vocês que desprezam o meu nome! ” “Mas vocês perguntam: ‘De que maneira temos desprezado o teu nome? ’
“Trazendo comida impura ao meu altar! “E mesmo assim ainda perguntam: ‘De que maneira te desonramos? ’ “Ao dizerem que a mesa do Senhor é desprezível. “Na hora de trazerem animais cegos para sacrificar, vocês não vêem mal algum. Na hora de trazerem animais aleijados e doentes como oferta, também não vêem mal algum. Tentem oferecê-los de presente ao governador! Será que ele se agradará de vocês? Será que os atenderá? “, pergunta o Senhor dos Exércitos. “E agora, sacerdotes, tentem apaziguar a Deus para que tenha compaixão de nós! Será que com esse tipo de oferta ele os atenderá? “, pergunta o Senhor dos Exércitos. “Ah, se um de vocês fechasse as portas do templo. Assim ao menos não acenderiam o fogo do meu altar inutilmente. Não tenho prazer em vocês”, diz o Senhor dos Exércitos, “e não aceitarei as suas ofertas. Pois do oriente ao ocidente grande é o meu nome entre as nações. Em toda parte incenso e ofertas puras são trazidos ao meu nome, porque grande é o meu nome entre as nações”, diz o Senhor dos Exércitos. “Mas vocês o profanam ao dizerem que a mesa do Senhor é imunda e que a sua comida é desprezível. E ainda dizem: ‘Que canseira! ’ e riem dela com desprezo”, diz o Senhor dos Exércitos. “Quando vocês trazem animais roubados, aleijados e doentes e os oferecem em sacrifício, deveria eu aceitá-los de suas mãos? “, pergunta o Senhor. “Maldito seja o enganador que, tendo no rebanho um macho sem defeito, promete oferecê-lo e depois sacrifica um animal defeituoso”, diz o Senhor dos Exércitos; “pois eu sou um grande rei, e o meu nome é temido entre as nações. ” (Malaquias 1:6-14)

Malaquias 1:6-14 apresenta um forte apelo ao povo de Deus para que se arrependa de seus pecados e volte a servi-lo com verdadeiro coração. Este trecho denuncia a falta de compromisso e devoção dos sacerdotes, que estavam oferecendo sacrifícios defeituosos e desonrando o nome de Deus.

No versículo 6, Deus expressa seu amor pelo povo de Israel, relembrando a aliança que Ele fez com seus antepassados. No entanto, os sacerdotes haviam falhado em honrar e obedecer a Deus, demonstrando um profundo desrespeito pelo Seu nome. Eles perguntam: “Como te desprezamos?” (v. 6), como se estivessem indignados com a acusação de Deus. A resposta de Deus revela que a desonra havia ocorrido por meio dos sacrifícios que ofereciam (v. 7).

Os sacerdotes ofereciam sacrifícios defeituosos e desonravam o nome de Deus. Deus chama essas ofertas de “alimentos impuros” (v. 7), e isso é um insulto à santidade de Deus. O versículo 8 revela que eles ofereciam animais cegos, aleijados e doentes como sacrifícios, o que era proibido pela lei de Deus (Levítico 22:22)

Esse tipo de oferta era inadequada e inaceitável. O Senhor questiona o motivo de eles acharem que Ele aceitaria tais ofertas e afirma que preferiria que eles fechassem as portas do templo do que oferecer sacrifícios indignos (v. 10).

No versículo 11, Deus anuncia que o Seu nome seria glorificado em todo o mundo, e que as nações iriam oferecer a Ele sacrifícios puros, uma profecia que se cumpriu com a vinda de Jesus Cristo. No entanto, essa promessa contrasta com a realidade do momento, quando os sacerdotes de Israel estavam falhando em oferecer ofertas puras.

Finalmente, no versículo 14, Deus rejeita os sacrifícios defeituosos que os sacerdotes ofereciam. Ele os considerava malditos e diz que preferiria que a porta do templo fosse fechada do que receber ofertas tão inadequadas.

Este trecho nos leva a refletir sobre a importância de servir a Deus com sinceridade e devoção, e de como as nossas ofertas e sacrifícios devem refletir o nosso amor e gratidão por Ele. Assim como os sacerdotes foram repreendidos por oferecerem sacrifícios defeituosos, nós também precisamos examinar nossas próprias vidas e ver se estamos oferecendo a Deus o nosso melhor. Devemos nos esforçar para sermos fiéis em tudo o que fazemos e honrar a Deus em nossas atitudes e ações.

Reflexão de Malaquias 1 para os nossos dias

Malaquias 1.1-14 é uma mensagem forte e desafiadora para os nossos dias, mesmo sendo um livro escrito há séculos. Através deste texto, podemos ver a importância da adoração a Deus e da nossa obediência à Sua Palavra.

O primeiro ponto que podemos destacar é a santidade de Deus e a importância de oferecermos a Ele o nosso melhor. Malaquias denuncia a atitude dos sacerdotes de oferecerem animais defeituosos como sacrifício, desonrando a Deus e profanando o Seu nome. Hoje, podemos aplicar essa mensagem em nossas vidas, lembrando que Deus merece o melhor de nós, em todos os aspectos, seja na nossa adoração, nas nossas finanças, no nosso tempo e nas nossas relações.

O segundo ponto é a atitude de desprezo dos sacerdotes em relação à adoração a Deus. Eles viam a adoração como um fardo e ofereciam sacrifícios com desdém. Isso nos lembra da importância de vivermos uma vida de gratidão e devoção a Deus, em vez de encararmos a adoração como uma obrigação ou rotina.

O terceiro ponto é a atitude de desrespeito e falta de reverência a Deus. Os sacerdotes eram indiferentes à santidade de Deus e tratavam a adoração a Ele de forma irreverente e impura. Hoje, precisamos lembrar que Deus é santo e devemos tratá-lo com a reverência e respeito que Ele merece.

Essas são algumas das mensagens que podemos extrair de Malaquias 1.1-14 para os nossos dias. Precisamos lembrar que Deus merece o nosso melhor, que a adoração a Ele é uma oportunidade de expressar nossa gratidão e devoção, e que devemos tratá-lo com a reverência e respeito que Ele merece. Que essas verdades possam nos inspirar a viver uma vida que honra a Deus em todos os aspectos.

Motivos de oração em Malaquias 1

Com base no texto, aqui estão três motivos de oração que podemos extrair do livro de Malaquias:

  1. Arrependimento por nossos pecados: Como os sacerdotes em Malaquias 1, muitas vezes desonramos a Deus com nossas ações e palavras. Podemos orar por um coração arrependido e pedir a Deus que nos ajude a viver em obediência à sua vontade.
  2. Renovação em nosso compromisso com Deus: Como os sacerdotes em Malaquias 1, podemos cair na complacência e oferecer a Deus apenas o mínimo. Podemos orar por um renovado compromisso com Deus, para que possamos servi-lo com sinceridade e devoção.
  3. Foco no verdadeiro sacrifício: Em Malaquias 1, Deus rejeita os sacrifícios imperfeitos dos sacerdotes. Podemos orar por um maior entendimento e apreciação do sacrifício de Jesus Cristo na cruz, que é o único sacrifício perfeito e aceitável para Deus. Podemos pedir a Deus para nos ajudar a viver em luz da salvação que Jesus nos proporcionou.

A versão bíblica utilizada neste estudo é a Nova Versão Internacional (São Paulo: Sociedade Bíblica Internacional, 2001)

Zacarias 9 Estudo: O dobro da COLHEITA

Zcarias 9 Estudo

Em Zacarias 9, o Deus de Israel faz uma grave advertência contra os inimigos do seu povo. Isso é uma consequência dos danos causados aos filhos do Senhor. Não se preocupe, o Senhor tem cuidado de você nos mínimos detalhes.

As coisas que lhe afligem não estão passando despercebido aos olhos dele.

Se permanecermos na presença do nosso Deus, desfrutaremos da promessa de alegria que Ele tem reservado para todos nós. A graça de Deus é consoladora e protetora. A calamidade não lhe destruirá, desde que você permaneça debaixo de suas asas.

Esboço de Zacarias 9

9.12: Deus contempla toda a Terra

9.3,4: Tudo pertence ao Senhor

9.5-7: Colocaram a esperança no lugar errado

9.8: Deus defende o seu povo

9.9: O Rei montado em um jumento

9.10: O fim das guerras

9.11,12: Deus de aliança

9.13: Deus capacita o Seu povo

9.14,15: Deus faz o seu povo triunfar

9.16,17: Deus abençoa seu povo

Estudo de Zacarias 9 em vídeo

Zacarias 9.1,2 – Deus contempla toda a Terra

A advertência do Senhor é contra a terra de Hadraque e cairá sobre Damasco, porque os olhos do Senhor estão sobre toda a humanidade e sobre todas as tribos de Israel, e também sobre Hamate que faz fronteira com Damasco, e sobre Tiro e Sidom, embora sejam muito sábias. Zacarias 9:1,2

Alexandre, o Grande, foi provavelmente a causa humana da destruição apresentada nestes e nos versículos seguintes, porque a ordem das cidades apresentadas no texto bíblico parece corresponder geralmente à linha de marcha de Alexandre.

Mas seu envolvimento é ignorado nesta profecia para enfatizar a causa divina final do julgamento em certas cidades e países começando ao norte de Israel.

A localização mais ao norte, Hadraque, era provavelmente Hatarikka, uma cidade e país ao norte de Hamate e mencionado em inscrições cuneiformes assírias.

Damasco era a capital de Aram (Síria).

As palavras, “porque os olhos do Senhor estão sobre toda a humanidade e sobre todas as tribos de Israel” indicam o temor de todos os povos pelo julgamento divino trazido sobre suas cidades.

Hamate era uma cidade síria ao norte de Damasco, no rio Orontes.

A oeste, na costa, ficavam as cidades fenícias de Tiro e Sidom.

Zacarias 9.3,4 – Tudo pertence ao Senhor

Tiro construiu para si uma fortaleza; acumulou prata como pó, e ouro como lama das ruas. Mas o Senhor se apossará dela e lançará no mar suas riquezas, e ela será consumida pelo fogo. (Zacarias 9:3,4)

Tiro era uma fortaleza, uma cidadela de defesa que havia resistido a um cerco de 5 anos pelos assírios sob a liderança de Salmaneser V e, anos depois, a um cerco de 13 anos pelo exército babilônico de Nabucodonosor.

Sua força comercial e econômica se reflete em figuras de linguagem que falam da prata sendo tão comum quanto o pó, e o ouro tão comum quanto a sujeira como se vê em Ezequiel 28.4,5.

Seu empobrecimento e destruição pelo relativamente breve cerco de cinco meses de Alexandre são atribuídos à ação final de Deus em destruir seu poder no mar.

Zacarias 9.5-7 – Colocaram a esperança no lugar errado

Ao ver isso Ascalom ficará com medo; Gaza também se contorcerá de agonia, assim como Ecrom, porque a sua esperança fracassou. Gaza perderá o seu rei, e Ascalom ficará deserta. Um povo bastardo ocupará Asdode, e assim eu acabarei com o orgulho dos filisteus. Tirarei o sangue de suas bocas, e a comida proibida dentre os seus dentes. Aquele que restar pertencerá ao nosso Deus e se tornará chefe em Judá, e Ecrom será como os jebuseus. (Zacarias 9:5-7)

Quatro das cinco principais cidades filisteias são as próximas na marcha do julgamento.

O sangue e o alimento proibido de sacrifícios idólatras, retirados das próprias bocas e dentes cerrados de alguns filisteus indicam sua retirada da idolatria para pertencer ao Deus de Israel e até se tornarem líderes em Judá.

Como os jebuseus, eles serão absorvidos e farão parte povo de Deus.

Uma vez que não há evidência de que isso foi cumprido na invasão de Alexandre, aparentemente aguarda o cumprimento futuro como parte da bênção que resultará do governo do Jesus sonre a Terra.

Zacarias 9.8 – Deus defende o seu povo

Defenderei a minha casa contra os invasores. Nunca mais um opressor passará por cima do meu povo, porque agora eu vejo isso com os meus próprios olhos. (Zacarias 9:8)

Os exércitos macedônios de Alexandre passaram e voltaram a passar pela cidade de Jerusalém sem sitiá-la.

A causa final disso foi a proteção divina da cidade que fica clara na declaração: “Defenderei a minha casa”.

Esta defesa é uma referência a proteção final de Deus sobre Jerusalém no Milênio, quando os inimigos nunca mais a invadirão.

Zacarias 9.9 – O Rei montado em um jumento

Alegre-se muito, cidade de Sião! Exulte, Jerusalém! Eis que o seu rei vem a você, justo e vitorioso, humilde e montado num jumento, um jumentinho, cria de jumenta. (Zacarias 9:9)

Os habitantes de Jerusalém foram personificados como a Filha de Sião e a Filha de Jerusalém que, representando toda a nação de Israel, foram exortados a acolher o Rei vindouro não com medo, mas com alegria, regozijo.

O anúncio de que “seu Rei vem a você” se refere ao tão esperado Rei e Messias anunciado em Isaías 9:5-7 e Miquéias 5:2-4.

O adjetivo “Justo” descreve tanto Seu caráter quanto Seu reinado.

Ele virá como Libertador!

Sua entrada pacífica – montado em um jumento – foi cumprida quando Ele se apresentou a Israel na Entrada Triunfal descrita em Mateus 21:1-5.

No antigo Oriente Próximo, se um rei viesse em paz, ele montava um burro em vez de um garanhão de guerra.

Cristo montou um jumentinho, o potro de uma jumenta.

Como algumas outras profecias do Antigo Testamento, esta combina dois eventos em uma perspectiva – eventos que o Novo Testamento e o Antigo Testamento dividem em dois adventos distintos de Cristo separados pela atual Era da Igreja.

Em Seu Primeiro Advento Ele montou em um jumento e se apresentou à nação de Israel, mas eles O rejeitaram como seu Rei.

Assim, Seu governo universal será estabelecido quando Ele vier novamente.

Zacarias 9.10 – O fim das guerras

Ele destruirá os carros de guerra de Efraim e os cavalos de Jerusalém, e os arcos de batalha serão quebrados. Ele proclamará paz às nações e dominará de um mar a outro, e do Eufrates até aos confins da terra. (Zacarias 9:10)

A destruição dos instrumentos de guerra por Deus – removendo os carros, os cavalos de guerra e o arco de batalha – significa o fim da guerra no Milênio, como lemos em Miquéias 4:3.

Este governo pacífico do vindouro Rei messiânico se estenderá de mar a mar e do Rio até os confins da terra.

Essas expressões indicam claramente a extensão mundial do Reino do Senhor Jesus.

Zacarias 9.11,12 – Deus de aliança

Quanto a você, por causa do sangue da minha aliança com você, libertarei os seus prisioneiros de um poço sem água. Voltem à sua fortaleza, ó prisioneiros da esperança; pois hoje mesmo anuncio que restaurarei tudo em dobro para vocês. (Zacarias 9:11,12)

Aqui vemos fidelidade de Deus às Suas alianças com Israel e que isso é a Sua base para libertá-la da opressão.

Os destinatários imediatos nesses versículos podem ter sido exilados judeus ainda na Babilônia, mas o tema do cumprimento da aliança sugere uma referência final ao reagrupamento de Israel no fim dos tempos.

Pelo menos a esperança futura da nação, por intermédio do Messias, foi a base para o encorajamento contemporâneo nos dias de Zacarias.

O sangue da Minha aliança com você pode se referir aos sacrifícios da Aliança Mosaica, mas também pode estar relacionado à Aliança Abraâmica fundamental que foi confirmada com um sacrifício de sangue.

O poço sem água, que aparece aqui é provavelmente uma figura para o local de exílio.

A fortaleza refere-se a Jerusalém.

Os exilados na Babilônia foram chamados de prisioneiros da esperança porque tinham a promessa de Deus de serem reunidos.

Deus restaurará o dobro, isto é, Suas bênçãos no Milênio excederão em muito qualquer coisa que Israel já conheceu.

Zacarias 9.13 – Deus capacita o Seu povo

Quando eu curvar Judá como se curva um arco e usar Efraim como flecha, levantarei os filhos de Sião contra os filhos da Grécia, e farei você semelhante à espada de um guerreiro. Zacarias 9:13

Pelo menos este versículo, e talvez o resto do capítulo, referem-se ao conflito dos Macabeus (169-135 a.C.) com Antíoco IV Epífanes , Antíoco V Eupator, Antíoco VI e Antíoco VII Sidetes, que eram governantes gregos da Síria.

Essa vitória judaica prenunciou o conflito final e a vitória de Israel quando Deus os trouxer para o Reino milenar.

Assim como o arco e a flecha são essenciais um ao outro, assim Judá e Efraim (Efraim representa as 10 tribos do norte de Israel) serão reunidos.

A referência a essas armas de guerra, incluindo a espada do guerreiro, indica que Deus capacitará Seu povo para derrotar o inimigo, os filhos da Grécia.

Zacarias 9.14,15 – Deus faz o seu povo triunfar

Então o Senhor aparecerá sobre eles; sua flecha brilhará como o relâmpago. O Soberano Senhor tocará a trombeta e marchará em meio às tempestades do sul; o Senhor dos Exércitos os protegerá. Eles pisotearão e destruirão as pedras das atiradeiras. Eles beberão o sangue do inimigo como se fosse vinho; estarão cheios como a bacia usada para aspergir água nos cantos do altar. (Zacarias 9:14,15)

A descrição de uma tempestade controlada por Deus retrata poeticamente o poder de Israel para a vitória sobre seus inimigos.

A aparição divina foi por meios providenciais no período Macabeu, mas será literal e visível quando Cristo aparecer vitorioso em Seu Segundo Advento.

A última parte do versículo 15 retrata a alegria incontida de Israel e a plenitude do regozijo por causa do poderoso livramento de Deus.

Zacarias 9.16,17 – Deus abençoa seu povo

Naquele dia o Senhor, o seu Deus, os salvará como rebanho do seu povo, e como joias de uma coroa brilharão em sua terra. Ah! Como serão belos! Como serão formosos! O trigo dará vigor aos rapazes, e o vinho novo às moças. (Zacarias 9:16,17)

A libertação divina predita aqui virá naquele dia, uma referência ao fim dos tempos.

Deus cuidará deles como um pastor cuida de seu rebanho.

Então Israel brilhará em Sua terra como joias em uma coroa.

Esta é uma bela aparição das promessas cumpridas referentes ao povo da terra.

Serão símbolos atraentes e belos de tudo o que Deus fez por eles.

A bênção divina sobre a natureza produzirá condições de abundância, como lemos em Joel 2:21-27, para que a saúde física também seja assegurada.

Motivos de oração em Zacarias 9

Oro pare que:

  • Creiamos e dependamos da soberania de Deus;
  • Que coloquemos a nossa esperança e fé, no Senhor;
  • Tenhamos um coração sensível às manifestações simples, do Senhor Jesus;
  • Que Deus nos abençoe, ajude e fortaleça.

Zacarias 8 Estudo: O Ciúme de Deus

Zacarias 8 Estudo

Em Zacarias 8, o Senhor Deus começa demonstrando seu amor por Sião. Embora tantas coisas difíceis tenha acontecido a Seu povo o Senhor mostra que não os abandonou ou deixou de amá-los. As dificuldades da vida não devem ser sinônimo do abandono de Deus. Muitas das situações difíceis que vivemos são fruto das nossas más escolhas.

O povo de Deus estava passando por um dos piore momentos de suas vidas, sem receber alívio porque não estavam buscando a Deus. Contudo, em meio a tudo isso o bondoso Deus revela que tem “muito ciúme de Sião; estou me consumindo de ciúmes por ela”.

Não importa o que as situações digam. Deus nos ama profunda e incondicionalmente. Ele deseja nos livrar dos nossos maiores temores. Há uma promessa de prosperidade e paz para o Seu povo, em meio a toda essa turbulência da vida.

Portanto, nos aproximemos de Deus com um coração sincero e cheio de desejo de amá-lo. Dessa forma, conheceremos mais profundamente o nosso amado Pai. 

Esboço de Zacarias 8:

8.1,2: Ciúmes de Sião

8.3-6: A restauração de Jerusalém

8.7,8: O futuro de Israel e Judá

8.18,19: Ame o que Deus ama

8.20-23: “Vamos com você!”

Estudo de Zacarias 8 em Vídeo

Ciúmes de Sião

Em Zacarias 8.1,2 está escrito:

Mais uma vez veio a mim a palavra do Senhor dos Exércitos: Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Tenho muito ciúme de Sião; estou me consumindo de ciúmes por ela”.

Assim como Zacarias 7 se assemelha ao chamado ao arrependimento em 1:2–6, Zacarias 8 reflete as bênçãos prometidas nas visões noturnas (1:7–6:8).

Assim, a terceira e a quarta mensagens veem a restauração do exílio nos dias de Zacarias como um precursor de futuras bênçãos e prosperidade no Milênio.

Eles também enfatizam aquele tempo futuro em que a justiça, a justiça e a paz encherão a terra.

Zacarias novamente identificou esta mensagem como uma revelação de Deus. A mensagem é dividida em sete partes pela frase recorrente: “veio a mim a palavra do Senhor dos Exércitos”.

Se cada uma dessas partes resume mensagens mais longas que Zacarias entregou, mas não registrou, não pode ser determinado a partir da passagem.

O versículo 2 deixa muito claro o amor do Senhor por Sião (Jerusalém).

Um símbolo da Cidade Santa, onde o seu povo será reunido perpetuamente.

Zacarias 8 e a restauração de Jerusalém

Em Zacarias 8.3-6 está escrito:

Assim diz o Senhor: “Estou voltando para Sião e habitarei em Jerusalém. Então Jerusalém será chamada Cidade da Verdade, e o monte do Senhor dos Exércitos será chamado Monte Sagrado”. Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Homens e mulheres de idade avançada voltarão a sentar-se nas praças de Jerusalém, cada um com sua bengala, por causa da idade. As ruas da cidade ficarão cheias de meninos e meninas brincando”. Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Mesmo que isso pareça impossível para o remanescente deste povo naquela época, será impossível para mim? “, declara o Senhor dos Exércitos.

O “reinicio” do relacionamento entre Deus e Seu povo é marcado por seu retorno a Sião (Jerusalém), fato que antecipa o cumprimento do Milênio através do reino pessoal de Cristo no trono de Davi.

Naquele tempo, Sua verdade e santidade serão comunicadas na cidade e em toda a terra.

Sião era originalmente o nome do monte onde viviam os jebuseus, cuja fortaleza Davi conquistou, como nos mostra 2 Samuel 5:7.

Mais tarde, Sião (e Monte Sião) foram nomes para o local do templo em Jerusalém.

Também Sião tornou-se sinônimo de toda a cidade de Jerusalém (Isaías 2:3).

Sião e Jerusalém são mencionadas juntas várias vezes por Zacarias (Zacarias 1:14,17, 8:3; 9:9). Em Jerusalém haverá segurança em todos os sentidos, inclusive para os mais vulneráveis, como idosos e crianças.

Tais bênçãos futuras podem parecer maravilhosas para o remanescente deste povo naquele tempo, em contraste com a destruição que virá antes, como vemos em Mateus 24:15-25, mas tais realizações milagrosas não são difíceis para Deus.

Zacarias 8 e o futuro de Israel e Judá

Em Zacarias 8:7,8 está escrito:

Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Salvarei meu povo dos países do leste e do oeste. Eu os trarei de volta para que habitem em Jerusalém; serão meu povo e eu serei o Deus deles, com fidelidade e justiça”.

Mais uma vez o Senhor prometeu reunir Israel e Judá no futuro.

Os países do leste e do oeste são provavelmente uma forma de ilustrar países em todas as direções, por toda a terra (Isaías 11:11-12).

O alcance mundial dessa restauração sugere que Jerusalém representa a terra de Israel como um todo.

Este reagrupamento irá instituir um relacionamento restaurado entre Deus e Israel em que a fidelidade e justiça de Deus serão mais evidentes (Oséias 2:19 -20).

Um rica semeadura e colheita

Em Zacarias 8:9-13 está escrito:

Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Vocês que estão ouvindo hoje estas palavras já proferidas pelos profetas quando foram lançados os alicerces do templo do Senhor dos Exércitos, fortaleçam as mãos para que o templo seja construído. Pois antes daquele tempo não havia salários para os homens nem para os animais. Ninguém podia tratar os seus negócios com segurança por causa de seus adversários, porque eu tinha posto cada um contra o seu próximo. Mas agora não vou mais tratar com o remanescente deste povo como fiz no passado”, declara o Senhor dos Exércitos. “Haverá uma rica semeadura, a videira dará o seu fruto, a terra produzirá suas colheitas e o céu derramará o orvalho. E darei todas essas coisas como uma herança ao remanescente deste povo. Assim como vocês foram uma maldição para as nações, ó Judá e Israel, também os salvarei e vocês serão uma bênção. Não tenham medo, antes sejam fortes. “

As pessoas que ouviram essas palavras ditas pelos profetas (Zacarias e Ageu) deveriam ser encorajadas (Ageu 2:4) para completar a reconstrução do templo.

As promessas de bênçãos futuras de Deus devem sempre encorajar Seu povo em suas tarefas atuais. Antes desse encorajamento por meio da palavra profética, quando o povo começou a reconstruir o templo, seu trabalho teve poucos resultados (Ageu 1.6) e os inimigos os mantiveram inseguros.

As bênçãos futuras de Israel estão relacionadas não apenas à produtividade da terra (Zacarias 8:12), mas também a um papel invertido entre as nações (v. 13).

Agora um objeto de maldição entre as nações , Judá e Israel será uma bênção. Portanto, o povo não deve ter medo.

Deus decide abençoar

Em Zacarias 8:14-17 está escrito:

Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Assim como eu havia decidido castigar vocês sem compaixão quando os seus antepassados me enfureceram”, diz o Senhor dos Exércitos, “também agora decidi fazer de novo o bem a Jerusalém e a Judá. Não tenham medo! Eis o que devem fazer: Falem somente a verdade uns com os outros, e julguem retamente em seus tribunais; não planejem no íntimo o mal contra o seu próximo, e não queiram jurar com falsidade. Porque eu odeio todas essas coisas”, declara o Senhor.

O Senhor então afirmou a certeza do cumprimento de Seu propósito divino para bênçãos futuras.

Ele comparou essa bênção futura com as promessas já cumpridas de desastre que Ele trouxe sobre os antepassados desta geração, que haviam pecado.

Em vista das opções de desastre e bênção, Deus ofereceu a Seu povo um futuro que refletia a realidade espiritual em vez do formalismo hipócrita que caracterizava seus pais e os ameaçava.

Verdade, justiça, misericórdia e honestidade devem ser parte do seu caráter nas esferas pessoal, civil e religiosa.

Em resumo, a mensagem é: “Faça aquilo que Deus ama e evite as coisas que Deus odeia”.

Ame o que Deus ama

Em Zacarias 8:18,19 está escrito:

Mais uma vez veio a mim a palavra do Senhor dos Exércitos. Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Os jejuns do quarto, do quinto, do sétimo e do décimo meses serão ocasiões alegres e cheias de júbilo, festas felizes para o povo de Judá. Por isso amem a verdade e a paz”.

Como a palavra anterior do Senhor através de Zacarias, esta também é dividida em várias partes pela frase repetida: “veio a mim a palavra do Senhor dos Exércitos”.

O Senhor esperou até agora para responder à pergunta levantada pelos delegados de Betel feita em Zacarias 7:2-3 sobre os jejuns comemorativos.

Ele disse que os jejuns se tornariam ocasiões alegres e festivais felizes.

Isso se tornará real a partir da volta de Jesus, simbolizando a alegria milenar.

Portanto, novamente as pessoas nos dias de Zacarias foram encorajadas por sua esperança futura de amar o que Deus ama, neste caso, a verdade e a paz.

“Vamos com você!”

Em Zacarias 8:20-23 está escrito:

Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Povos e habitantes de muitas cidades ainda virão, e os habitantes de uma cidade irão a outra e dirão: ‘Vamos logo suplicar o favor do Senhor e buscar o Senhor dos Exércitos. Eu mesmo já estou indo’. E muitos povos e nações poderosas virão buscar o Senhor dos Exércitos em Jerusalém e suplicar o seu favor”. Assim diz o Senhor dos Exércitos: “Naqueles dias, dez homens de todas as línguas e nações agarrarão firmemente a barra das vestes de um judeu e dirão: ‘Nós vamos com você porque ouvimos dizer que Deus está com vocês’ “.

No futuro dia de bênção, os povos de toda a terra se unirão aos judeus por causa de seu relacionamento com o Senhor.

As pessoas saberão que Deus está com Israel e que eles são Seu povo.

Como resultado, muitas nações virão a Jerusalém para adorar durante o Milênio.

Motivos de oração em Zacarias 8

Oro para que:

  • O Espírito Santo nos revele a profundida do amor de Deus por nós;
  • A volta de Jesus aconteça, o quanto antes;
  • Deus abençoe o futuro do seu povo;
  • Haja uma colheita e semeadura abundante da nossa parte;
  • A benção do Senhor seja derramada sobre nossa vida, diariamente;
  • Nosso coração seja inclinado a amar aquilo que Deus ama e o agrada;
  • A vontade do Senhor seja feita aqui na Terra como é feita no céu.

Zacarias 7 Estudo: “Não os ouvirei!”

Zacarias 7 Estudo

Em Zacarias 7, aprendemos que nossas atitudes de culto ao Senhor Deus devem ser movidas de sinceridade e adoração. O Senhor acusa o povo de jejuar e oferecer sacrifícios em benefício próprio. Não havia a intenção de agradar a Deus com suas atitudes.

Eles não estavam cumprindo o seguinte princípio: “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus”. (1 Coríntios 10:31)

Nossa vida deve ser um altar constante de adoração ao Senhor. Todas as nossas atitudes, no fim, devem carregar o desejo de honrá-lo.

Seja na Igreja ou na vida cotidiana, na escola, no trabalho, em casa, enfim. Devemos fazer “tudo para a glória de Deus”.

Esboço de Zacarias 7:

7.1,2: Súplica ao Senhor

7.3: Religiosidade

7.4-7: A intenção por trás da fé

7.8-10: A verdadeira religião

Zacarias 7: Estudo em Vídeo

Zacarias 7 e a súplica ao Senhor

Em Zacarias 7.1,2 está escrito:

No quarto ano do reinado do rei Dario, a palavra do Senhor veio a Zacarias, no quarto dia do nono mês, o mês de quisleu. Foi quando o povo de Betel enviou Sarezer e Régen-Meleque com seus homens, para suplicarem ao Senhor

Quase dois anos após as primeiras visões (dezembro de 518 a.C) e mais ou menos na metade do período de reconstrução do templo (520-516), Zacarias recebeu novas revelações da parte de Deus.

Três delas começam com o profeta dizendo: “veio a mim a palavra do Senhor Todo-Poderoso” (7:4; 8:1,18).

A segunda mensagem inicia de maneira semelhante: “A palavra do Senhor veio novamente a Zacarias” (7:8).

Essas mensagens foram dadas em resposta a uma delegação que veio a Jerusalém para perguntar se a nação deveria continuar a jejuar em memória da destruição de Jerusalém.

Os delegados eram judeus. Embora tenham nomes estrangeiros, mudados provavelmente na Babilônia.

Podemos ver isso, também, na vida de Daniel e seus amigos.

Esta delegação veio de Betel, como se vê em Esdras 2:28, a cidade israelita cerca de 19 quilômetros ao norte de Jerusalém.

Ela tinha sido o centro de adoração apóstata para o Reino do norte. 10 tribos de Israel, conforme lemos em 1 Reis 12:28–29.

Religiosidade

Em Zacarias 7.3 está escrito:

…perguntando aos sacerdotes do templo do Senhor dos Exércitos e aos profetas: “Devemos lamentar e jejuar no quinto mês, como já faz tantos anos que estamos fazendo? “

A questão levantada pelos betelitas implicava o desejo de descontinuar a auto-imposta observância religiosa do jejum no quinto mês, que comemorava a queima da cidade e do templo por Nabucodonosor como se vê em 2 Reis 25:8-10.

A intenção por trás da fé

Em Zacarias 7.4-7 está escrito:

Então o Senhor dos Exércitos me falou: “Pergunte a todo o povo e aos sacerdotes: Quando vocês jejuaram no quinto e no sétimo meses durante os últimos setenta anos, foi de fato para mim que jejuaram? E quando comiam e bebiam, não era para vocês mesmos que o faziam? Não são essas as palavras do Senhor proclamadas pelos antigos profetas quando Jerusalém e as cidades ao seu redor estavam em paz e prosperavam, e o Neguebe e a Sefelá eram habitados? “

A resposta à pergunta dos delegados judeus só é concluída em Zacarias 8:18-19.

Enquanto isso, a primeira mensagem divina lembrou ao povo que o Senhor Deus advertiu seus pais através dos profetas anteriores que Ele queria adoração sincera, a partir da atitude de coração não religiosidade.

A pergunta deles foi uma oportunidade para repreender os jejuns legalistas, sem atitude e motivação correta que os que voltaram do cativeiro estavam praticando e que não possuem o amparo da bênção de Deus.

Assim, a repreensão foi contra o culto vazio, desprovido de realidade espiritual, pois jejuando ou festejando, eles não estavam fazendo isso para o Senhor Zacarias 7:5, mas para si mesmos (v. 6). Os exilados observaram dois jejuns durante o cativeiro babilônico, um no quinto mês e outro no sétimo mês.

Este jejum do sétimo mês não foi o jejum instituído por Deus no Dia da Expiação anual, como está escrito em Levítico 16:29,31, que também era realizado no sétimo mês.

Mas um jejum que comemorava o assassinato de Gedalias, governador de Judá, durante um período de conflito civil após a queda de Jerusalém (Jeremias 41:2).

A festa provavelmente incluía tanto as festas nacionais de Levítico 23 quanto as festas familiares associadas aos sacrifícios levíticos (Deuteronômio 12:5-7).

A verdadeira religião

Em Zacarias 7.8-10 está escrito:

E a palavra do Senhor veio novamente a Zacarias: “Assim diz o Senhor dos Exércitos: ‘Administrem a verdadeira justiça, mostrem misericórdia e compaixão uns para com os outros. Não oprimam a viúva e o órfão, nem o estrangeiro e o necessitado. Nem tramem maldades uns contra os outros’.

A segunda mensagem do Senhor ao profeta frisou a conduta da geração anterior que resultou no exílio.

Nos nos dias de Zacarias, Deus desejava a realidade espiritual interior em vez da aparência da religiosidade.

A verdadeira justiça (Isaías 1:17) juntamente com misericórdia e compaixão (Miquéias 6:8) devem ser demonstradas para com todos, mas especialmente para a viúva, os órfãos, estrangeiros e pobres, que não estavam em posição de se defender, e assim são frequentemente mencionados na Bíblia como alvos do cuidado e amparo de Deus.

Além disso, o povo de Deus não devia nem pensar mal uns dos outros.

Zacarias 7 e os Corações endurecidos

Em Zacarias 7.11-14 está escrito:

“Mas eles se recusaram a dar atenção; teimosamente viraram as costas e taparam os ouvidos. Endureceram o coração para não ouvirem a Lei e as palavras que o Senhor dos Exércitos tinha falado pelo seu Espírito por meio dos antigos profetas. Por isso o Senhor dos Exércitos irou-se muito”. ” ‘Quando eu os chamei, não deram ouvidos; por isso, quando eles me chamarem, também não ouvirei’, diz o Senhor dos Exércitos. ‘Eu os espalhei com um vendaval entre nações que eles nem conhecem. A terra que deixaram para trás ficou tão destruída que ninguém podia atravessá-la. Foi assim que transformaram a terra aprazível em ruínas’ “.

A geração anterior havia sido desobediente; viraram as costas e taparam os ouvidos para a Palavra e vontade de Deus.

Eles endureceram seus corações e não ouviram nem obedeceram às palavras que o Senhor Todo-Poderoso havia enviado pelo Seu Espírito por meio dos profetas anteriores.

Esta declaração não apenas coloca as palavras dos profetas de antes do exílio em pé de igualdade com a Lei mosaica, mas também identifica o Espírito de Deus como a Fonte de inspiração profética que falou por meio de agentes humanos, como lemos em 2 Timóteo 3:16 e 2 Pedro 1: 21.

A desobediência do povo à verdade revelada resultou em ira divina, e os resultados são apontados aqui:

1. O Senhor não ouve suas orações (v.13);

2. Foram dispersos entre as nações (v.14);

3. A terra foi desolada (v.14);

Zacarias 6 Estudo: Tempo de Recomeçar

Zacarias 6 Estudo

Em Zacarias 6, vemos o Senhor Deus falando com seu servo por meio de visões espirituais, mais uma vez. 

Precisamos estar atentos à voz do Senhor e desenvolver um ótimo relacionamento com Ele. 

Apenas assim, conseguiremos ter a sensibilidade necessária para entender sua Palavra.

Outrossim, é a questão da reconstrução. Muitas coisas em nossas vidas vêm e vão. 

Mas para algumas delas é necessário recomeçar. Novas oportunidades dadas por Deus devem ser aproveitadas. 

Devemos orar ao Senhor e pedir direção e graça para viver os seus propósitos em nossas vidas.

Não podemos desistir. Deve haver em nós a persistência necessária para que a obra do Senhor se desenvolva e aconteça. 

Esboço de Zacarias 6:

6.1 – 3: Os cavalos vermelhos, pretos, brancos e malhados

6.4-8: O significado da visão dos cavalos

6.9-11: A coroa na cabeça de Josué

6.12,13: O Messias como Rei-Sacerdote

6.14,15: O significado da coroação

Estudo de Zacarias 6 em Vídeo

Os cavalos vermelhos, pretos, brancos e malhados

Em Zacarias 6.1-3 está escrito:

Olhei novamente e vi diante de mim quatro carruagens que vinham saindo do meio de duas montanhas de bronze. 2 À primeira estavam atrelados cavalos vermelhos, à segunda, cavalos pretos, 3 à terceira, cavalos brancos, e à quarta, cavalos malhados. Todos eram vigorosos.

O local de partida das carruagens é identificado como duas montanhas que eram feitas de bronze

Aqui, o bronze parece simbolizar o justo julgamento divino contra o pecado algo muito semelhante ao que lemos em Apocalipse 1:15 e 2:18.

Alguns estudiosos acreditam que estas duas montanhas possam ser o Monte Sião e o Monte das Oliveiras, em uma associação com a Segunda Vinda de Cristo, mas é uma especulação, não se pode afirmar com certeza.

As quatro carruagens com cavalos de cores diferentes falam da universalidade do julgamento divino que irá em todas as direções por toda a terra.

Se as cores aqui possuem algum significado, talvez o vermelho simbolize guerra e derramamento de sangue, preto designe morte e fome, branco fale de triunfo e vitória, e malhado uma referência a pestes e pragas.

Vemos algo semelhante em Apocalipse 6.1-8.

O significado da visão dos cavalos

Em Zacarias 6.4-8 está escrito:

4 Perguntei ao anjo que falava comigo: Que representam estes cavalos atrelados, meu senhor?5 O anjo me respondeu: “Estes são os quatro espíritos dos céus, que acabam de sair da presença do Soberano de toda a terra. 6 A carruagem puxada pelos cavalos pretos vai em direção à terra do norte, a que tem cavalos brancos vai em direção ao ocidente, e a que tem cavalos malhados vai para a terra do sul”. 7 Os vigorosos cavalos avançavam, impacientes por percorrer a terra. E o anjo lhes disse: “Percorram toda a terra!” E eles foram. 8 Então ele me chamou e disse: “Veja, os que foram para a terra do norte deram repouso ao meu Espírito naquela terra”.

A pedido de Zacarias o anjo intérprete explicou o significado dos cavalos com suas carruagens.

Os quatro espíritos (ou “ventos”) do céu, podem se referir a anjos do julgamento divino ou ao poder de Deus para cumprir os propósitos do seu juízo.

O título divino, “Soberano de toda a terra”, é uma designação milenar que descreve o governo universal do Messias sobre a terra durante a futura Era do Reino.

O mesmo termo é utilizado em um contexto semelhante em Miquéias 4.13.

O país do norte refere-se à Babilônia, cujas invasões vieram sobre Israel do norte.

O sul, refere-se ao Egito.

Nos versículos de 7b-8, vemos a manifestação da ira de Deus, depois de ser executada sobre a maldade da Babilônia, e somente após o cumprimento deste juízo ela então descansará.

Na primeira visão, Deus estava irado com as nações que se sentiam seguras; nesta visão vemos que Ele está satisfeito com o seu justo julgamento.

Algo semelhante lemos em Apocalipse 19.

A coroa na cabeça de Josué

Em Zacarias 6.9-11 está escrito:

9 E o Senhor me ordenou: 10 “Tome prata e ouro dos exilados Heldai, Tobias e Jedaías, que chegaram da Babilônia. No mesmo dia vá à casa de Josias, filho de Sofonias. 11 Pegue a prata e o ouro, faça uma coroa, e coloque-a na cabeça do sumo sacerdote Josué, filho de Jeozadaque.

As oito visões noturnas foram concluídas com uma instrução ao profeta Zacarias.

Deus o instruiu a realizar um ato simbólico ao coroar Josué, o sumo sacerdote.

Josué representava “o Renovo”, o Messias, que reconstruirá o futuro templo e será tanto um Sacerdote quanto um Rei.

Pela palavra do Senhor o Profeta Zacarias foi instruído a coroar Josué, o sumo sacerdote, com uma coroa feita de prata e ouro.

Os metais preciosos foram recebidos de uma pequena e desconhecida delegação de judeus exilados da Babilônia.

Quem são eles?

O texto nos mostra que são Heldai, Jedaías e Tobias.

Provavelmente eles trouxeram a prata e o ouro para ajudar na reconstrução do templo.

A coroação do sumo sacerdote Josué, em vez de Zorobabel, o governador nos revela o significado simbólico da coroação.

A coroação de Zorobabel pode ter sido mal interpretada por alguns como a coroação do messiânico Filho de Davi, já que Zorobabel, como o Messias prometido, era tanto um descendente de Davi quanto um líder político.

Mesmo em tempos catastróficos, Deus está agindo.

O Messias como Rei-Sacerdote

Em Zacarias 6.12-13 está escrito:

12 Diga-lhe que assim diz o Senhor dos Exércitos: Aqui está o homem cujo nome é Renovo, e ele sairá do seu lugar e construirá o templo do Senhor. 13 Ele construirá o templo do Senhor, será revestido de majestade e se assentará em seu trono para governar. Ele será sacerdote no trono. E haverá harmonia entre os dois.

O Senhor Deus disse a Zacarias para dizer a Josué que ele representaria ou tipificaria o Renovo que reconstruirá o templo milenar.

A coroação tinha um significado típico apontando para o Messias como Rei-Sacerdote, como Melquisedeque séculos antes, que aparece em Gênesis 14:18-20.

O título “Renovo” é um título messiânico, como já indicado Zacarias 3.8.

Visto que a promessa de reconstruir o templo pós-exílico nos dias de Zacarias foi dada a Zorobabel, qualquer papel que o próprio Josué tivesse no projeto era aparentemente menor.

Assim, a promessa de que o Renovo construirá o templo do Senhor provavelmente se limita ao papel do Messias no estabelecimento do templo milenar, como se lê em Isaías 56.6–7.

O texto nos diz que o Renovo messiânico será revestido de majestade, sendo esta uma clara referência a Jesus como o Portador da glória essencial de Deus.

Cristo também se sentará e governará em Seu trono como Sacerdote em Seu trono, como nos mostra Hebreus 4.15.

Um sacerdote levítico, segundo o regimento da lei mosaica nunca poderia se tornar um rei e sentar-se em um trono.

Mas Cristo unirá em Si os ofícios de sacerdote e rei, como também indicado na declaração, haverá harmonia entre os dois.

Jesus é sacerdote perfeito. O Escritor aos Hebreus diz que ele é capaz de ter compaixão de nós, porque passou pelos mesmos sofrimentos. 

Zacarias 6 e o significado da coroação

Em Zacarias 6.14,15 está escrito:

14 A coroa será para Heldai, Tobias, Jedaías e Hem, filho de Sofonias, como um memorial no templo do Senhor. 15 Gente de longe virá ajudar a construir o templo do Senhor. Então vocês saberão que o Senhor dos Exércitos me enviou a vocês. Isto só acontecerá se obedecerem fielmente à voz do Senhor, o seu Deus”.

Deus disse a Zacarias para dar a coroa à delegação de judeus que vinham da Babilônia, como um memorial da simbólica coroação de Josué, o sumo sacerdote.

Aparentemente, depois que Josué foi coroado, os três deveriam colocar a coroa no templo do Senhor, depois que ele fosse construído.

Imperceptivelmente, as instruções divinas dadas ao Profeta Zacarias para realizar a coroação simbólica parecem ter ligação com a profecia proferida pelo Renovo, que é enviado pelo Senhor.

A delegação da Babilônia, embora composta por judeus, parece ser um símbolo de todos aqueles que estão longe e que ajudarão a construir o templo milenar.

Pessoas de muitas nações ao redor do mundo trarão suas riquezas para o templo, isso também por ser vista em Isaías 60.5 e Ageu 2.7-8.

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