Daniel 10 Estudo: Quando você ORA ACONTECE isso!

Quando você ORA ACONTECE isso! | Daniel 10

Em Daniel 10, o profeta recebe a visita de um anjo que mais uma vez, quer lhe falar sobre eventos futuros. Uma das declarações mais recorrentes neste livro é: “Daniel, você é muito amado”.

O Deus eterno faz questão de deixar claro o seu amor por seu servo.

Daniel é um servo a quem o Senhor têm grande estima. Poucos profetas são tão estimados como ele. Isto fica muito claro na grandeza e importância das revelações.

A visita do ser celestial deixa Daniel bastante enfraquecido, de tal maneira que ele não é capaz de ouvir a profecia. O Anjo do Senhor o fortalece e o coloca de pé. Reanimado, Daniel está pronto para mais um período de revelações.

É muito forte o que vemos aqui. Deus fortalece Seu povo. Ele não quer nos ver caídos, angustiados, derrotados. Ele é a nossa força! Ele nos coloca de pé!

Esboço de Daniel 10:

Dn 10.1-3: Uma nova revelação

Dn 10.4-11: Cristo ou um anjo?

Dn 10.12-14: O conflito entre anjos e demônios

Dn 10.15-19: O impacto da visão

Dn 10.20 – 11.1: O livro da verdade

 

Daniel 10 estudo em vídeo

Daniel 10.1-3: Uma nova revelação

No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, Daniel, chamado Beltessazar, recebeu uma revelação. A mensagem era verdadeira e falava de uma grande guerra. Na visão que teve, ele entendeu a mensagem. 2 Naquela ocasião eu, Daniel, passei três semanas chorando. 3 Não comi nada saboroso; carne e vinho nem provei; e não usei nenhuma essência aromática, até se passarem as três semanas. (Dn 10.1–3)

A visão final dada a Daniel veio no terceiro ano do reinado de Ciro, que foi 536 a.C. Os exilados voltaram da Babilônia e começaram a reconstruir o templo.

💡 É possível que Daniel não tivesse retornado com os exilados por causa de sua idade. O cativeiro de Israel havia terminado. Jerusalém estava sendo reocupada, e a nação parecia estar em paz.

A revelação na visão dada a Daniel nesta ocasião destruiu qualquer esperança que o profeta pudesse ter de que Israel desfrutaria de sua nova liberdade e paz por muito tempo.

Pois Deus revelou que a nação estaria envolvida em muitos conflitos, “uma grande guerra”. Compreendendo o significado da visão, Daniel jejuou por três semanas.

A terceira e última visão de Daniel não trouxe boas notícias para o povo de Deus.

A nação de Israel havia sido libertada do cativeiro no exílio da Babilônia três anos antes, e agora parecia estar pronta para a paz, pois Jerusalém estava novamente ocupada pelo seu povo, com o império de Ciro fornecendo segurança através destas fronteiras recém-fundadas.

💡 No entanto, logo viria um conflito que mudaria para sempre todas as suposições sobre a vida dentro deste moderno do Estado natal chamado “A Terra Santa”.

Durante este tempo de luto, Daniel se absteve de alimentos escolhidos e aparentemente esperou em Deus em oração sobre o destino de seu povo.

Daniel 10.4-11: Cristo ou um anjo?

4 No vigésimo quarto dia do primeiro mês, estava eu em pé junto à margem de um grande rio, o Tigre. 5 Olhei para cima, e diante de mim estava um homem vestido de linho, com um cinto de ouro puríssimo na cintura. 6 Seu corpo era como berilo, o rosto como relâmpago, os olhos como tochas acesas, os braços e pernas como o reflexo do bronze polido, e a sua voz era como o som de uma multidão. 7 Somente eu, Daniel, tive a visão; os que me acompanhavam nada viram, mas foram tomados de tanto pavor que fugiram e se esconderam. 8 Assim fiquei sozinho, olhando para aquela grande visão; fiquei sem forças, muito pálido, e quase desfaleci. 9 Então eu o ouvi falando e, ao ouvi-lo, caí prostrado, rosto em terra, e perdi os sentidos. 10 Em seguida, a mão de alguém tocou em mim e me pôs sobre as minhas mãos e os meus joelhos vacilantes. 11 E ele disse: “Daniel, você é muito amado. Preste bem atenção ao que vou lhe falar; levante-se, pois eu fui enviado a você”. Quando ele me disse isso, pus-me em pé, tremendo. (Dn 10.4–11)

Depois de três semanas Daniel foi visitado por um mensageiro quando o profeta estava de pé junto ao rio Tigre. O mensageiro era um anjo do céu, não um ser humano. Ele estava vestido de linho e tinha uma aparência deslumbrantemente brilhante.

Como Gabriel havia sido enviado anteriormente por Deus para revelar a verdade a Daniel, provavelmente Gabriel também foi o visitante nesta ocasião. Os anjos, que habitam na presença de Deus que é luz, são eles próprios revestidos de luz, e Daniel viu algo da glória do céu refletida neste que o visitou.

Alguns estudantes da Bíblia dizem que o homem era o Cristo pré-encarnado por alguns motivos:

  1. A semelhança da descrição aqui com a de Cristo em Apocalipse 1:13-16;
  2. A resposta de Daniel e seus amigos (v.v 7–8);
  3. O fato de que este “Homem” pode ser o mesmo que o “Filho do Homem” em Daniel 7:13 e o “Homem” em Daniel 8:16.

Por outro lado, a favor deste mensageiro ser um anjo está a improbabilidade de Cristo ser impedido por um príncipe (demônio) da Pérsia (v.v13) e necessitar da ajuda do anjo Miguel, e o fato de a pessoa estar dando uma mensagem do céu.

Os companheiros de Daniel evidentemente viram o brilho da luz sem ver o visitante e fugiram para se esconder de seu brilho.

Daniel ficou sozinho na presença do anjo e, estando fraco, Daniel se prostrou diante do mensageiro. Nessa posição Daniel adormeceu. Ele foi então despertado de seu sono pelo anjo para que pudesse receber a revelação que o anjo viera entregar.

💡 O anjo, chamando o profeta de muito estimado, declarou: Eu agora fui enviado a você por Deus, que ouviu o pedido de entendimento de Daniel.

Daniel 10.12-14: O conflito entre anjos e demônios

12 E ele prosseguiu: “Não tenha medo, Daniel. Desde o primeiro dia em que você decidiu buscar entendimento e humilhar-se diante do seu Deus, suas palavras foram ouvidas, e eu vim em resposta a elas. 13 Mas o príncipe do reino da Pérsia me resistiu durante vinte e um dias. Então Miguel, um dos príncipes supremos, veio em minha ajuda, pois eu fui impedido de continuar ali com os reis da Pérsia. 14 Agora vim explicar-lhe o que acontecerá ao seu povo no futuro, pois a visão se refere a uma época futura”. (Dn 10.12–14)

💡 Encorajando Daniel a não ter medo, Gabriel explicou o motivo da demora na resposta de Deus à sua oração. Quando Daniel começou a jejuar e lamentar em resposta à visão de uma grande guerra (vv. 1-2), Deus havia enviado Gabriel com uma mensagem para ele, mas Gabriel foi impedido pelo príncipe do reino persa.

Como os homens não podem lutar com anjos, o príncipe mencionado aqui deve ter sido um adversário satânico.

Deus organizou o reino angélico em diferentes níveis descritos como “governo, autoridade, poder e domínio” (Efésios 1:21). Gabriel e Miguel receberam autoridade sobre os anjos que administram os assuntos de Deus para a nação de Israel.

Em imitação, Satanás também aparentemente designou demônios de alto escalão para posições de autoridade sobre cada reino. O príncipe do reino persa era um representante satânico designado para a Pérsia.

Para tentar impedir que a mensagem de Gabriel chegasse a Daniel, o príncipe demoníaco atacou Gabriel enquanto ele embarcava em sua missão.

💡 Isso dá uma visão da natureza da guerra travada nos lugares celestiais entre os anjos de Deus e os demônios de Satanás a que Paulo se referiu Efésios 6:12: “pois a nossa luta não é contra pessoas, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.

A batalha entre Gabriel e o príncipe (demônio) da Pérsia continuou por três semanas até que Miguel, um dos principais príncipes do reino celestial, veio em auxílio de Gabriel.

Tal conflito angélico-demoníaco indica algo do poder de Satanás. Enquanto o rei da Pérsia estava lutando contra Miguel, Gabriel foi capaz de trazer uma mensagem a Daniel sobre o futuro de Israel, o povo de Daniel.

Era para ser uma revelação da guerra entre Israel e seus vizinhos até que Israel recebesse paz pelo vindouro Príncipe da paz. Esta visão contém a revelação profética mais detalhada do Livro de Daniel.

Daniel 10.15-19: O impacto da visão

15 Quando ele me disse isso, prostrei-me, rosto em terra, sem conseguir falar. 16 Então um ser que parecia homem tocou nos meus lábios, e eu abri a minha boca e comecei a falar. Eu disse àquele que estava em pé diante de mim: Estou angustiado por causa da visão, meu senhor, e quase desfaleço.17 Como posso eu, teu servo, conversar contigo, meu senhor? Minhas forças se foram, e mal posso respirar. 18 O ser que parecia homem tocou em mim outra vez e me deu forças. 19 Ele disse: “Não tenha medo, você, que é muito amado. Que a paz seja com você! Seja forte! Seja forte!” Ditas essas palavras, senti-me fortalecido e disse: Fala, meu senhor, visto que me deste forças. (Dn 10.15–19)

Daniel estava enfraquecido com o aparecimento do mensageiro. Agora ele também ficou impressionado ao saber do conflito angélico-demoníaco que atrasou a resposta à sua oração.

Além disso, ele foi dominado pela angústia com o conteúdo da visão dos sofrimentos vindouros de Israel. Ele ficou totalmente debilitado e ofegante.

Ao dirigir-se ao mensageiro como meu senhor, Daniel estava demonstrando respeito ao anjo do Senhor.

💡 Para atender à necessidade do profeta, o anjo primeiro acalmou o alarme no coração de Daniel, e o fortaleceu física e emocionalmente. Daniel estava então pronto para receber os detalhes da mensagem.

Daniel 10.20 – 11.1: O livro da verdade

20 Então ele me disse: “Você sabe por que vim? Tenho que voltar para lutar contra o príncipe da Pérsia e, logo que eu for, chegará o príncipe da Grécia; 21 mas antes lhe revelarei o que está escrito no Livro da Verdade. E nessa luta ninguém me ajuda contra eles, senão Miguel, o príncipe de vocês, (11.1) sendo que, no primeiro ano de Dario, rei dos medos, ajudei-o e dei-lhe apoio. (Dn 10.20–11.1)

O mensageiro então declarou que quando ele voltasse para lutar contra o príncipe da Pérsia, o príncipe da Grécia viria. Esses príncipes, conforme declarado anteriormente, eram demônios, os representantes de Satanás designados às nações para se oporem às forças divinas.

A Pérsia e a Grécia foram duas grandes nações apresentadas em detalhes no capítulo 11.

O que é o Livro da verdade?

💡 Provavelmente foi “o registro da verdade de Deus em geral, da qual a Bíblia é uma expressão”. O mensageiro estava prestes a contar a Daniel os planos de Deus para Israel sob a Pérsia e a Grécia (Daniel 11:2–35) e mais tarde na Tribulação (vv. 36–45) e no Milênio (Daniel 12:1–4).

O mensageiro disse a Daniel que ele foi apoiado por Miguel em sua luta contra os demônios. Miguel é o seu príncipe (de Daniel) no sentido de que ele tem um relacionamento especial com Israel, o povo de Daniel.

Motivos de oração em Daniel 10

Oro para que:

  • Deus dê ordem aos seus anjos para nos guardar;
  • O Senhor responda às nossas orações;
  • O Senhor nos fortaleça.

Daniel 9 Estudo: A Oração de Daniel

Daniel 9 Estudo O SINGIFICADO das 70 Semanas (Bíblia Explicada)

Em Daniel 9, vemos que o profeta percebe através da leitura dos escritos de Jeremias que o cativeiro na Babilônia durará cerca de 70 anos.  Após esta percepção Daniel ora a Deus de forma intensa.

Ele se humilha, se arrepende e coloca todo o Israel na presença de Deus, como um intercessor. Daniel suplica ao Senhor que tenha misericórdia do Seu povo.

Uma das fortes declarações de Daniel neste capítulo é: “Não demos ouvido aos teus servos, os profetas, que falaram em teu nome aos nossos reis, aos nossos líderes e aos nossos antepassados, e a todo o teu povo”.

A humanidade caminha sem querer ouvir a Palavra de Deus. Sem lhe dar atenção.

Mas isso tem um preço, a deixa vulnerável.

São milhares de mazelas e desgraças que provocam desequilíbrio e dor nas pessoas.

Daniel confessa que seu povo, Israel não quis dar ouvidos às vozes de autoridade que Deus levantou ao longo da história, por isso perecem.

Se você não quer passar por isso, mantenha sua atenção na Palavra de Deus.

Não despreze as vozes de autoridade que o Senhor tem levantado. Dessa maneira, estaremos sempre alertas com relação a vontade de Deus e não estaremos sob o julgo da desobediência.

Esboço de Daniel 9:

Dn 9.1,2: A duração do cativeiro

Dn 9.3-6: A confissão de Daniel

Dn 9.7-11: A justiça de Deus

Dn 9.12-14: O motivo da desgraça

Dn 9.15,16: “perdoa Senhor”

Dn 9.17-19: “Por amor de ti, Senhor, olha”

Dn 9.20,21: O anjo Gabriel visita Daniel

Dn 9.22,23: O objetivo da visita de Gabriel

Dn 9.24: As setenta semanas e seu significado

Dn 9.25: A promulgação do decreto

Dn 9.26: A morte do Ungido e o fim das 70 semanas

Dn 9.27: A última semana e o arrebatamento da Igreja

Estudo de Daniel 9 em vídeo

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Daniel 9.1,2: A duração do cativeiro

Dario, filho de Xerxes, da linhagem dos medos, foi constituído governante do reino babilônio. 2 No primeiro ano do seu reinado, eu, Daniel, compreendi pelas Escrituras, conforme a palavra do Senhor dada ao profeta Jeremias, que a desolação de Jerusalém iria durar setenta anos. (Dn 9.1–2)

Era agora o primeiro ano do reinado de Dario, o medo. Isso foi em 539 a.C., 66 anos depois de Daniel ter sido exilado.

A derrubada do reino babilônico pelos medo-persas foi de fato um evento importante. Foi revelado a Belsazar através da interpretação de Daniel da escrita na parede, como lemos em Daniel 5:25-28, 30.

A derrubada babilônica preparou o caminho para a libertação dos judeus que estavam no exílio desde a primeira invasão de Jerusalém por Nabucodonosor em 605 a.C.

Além de predizer a derrubada do povo, Jeremias também predisse que a permanência de Israel na Babilônia duraria 70 anos (Jeremias 25:11-12).

💡 Evidentemente movido pela vitória de Dario, Daniel examinou as Escrituras para entender os eventos dos quais ele era parte vital. Ele entendeu que a vitória de Dario significava que o fim do cativeiro de 70 anos estava próximo. Assim, esses eventos significativos tornaram-se ainda mais importantes para Daniel.

Daniel 9.3-6: A confissão de Daniel

3 Por isso me voltei para o Senhor Deus com orações e súplicas, em jejum, em pano de saco e coberto de cinza. 4 Orei ao Senhor, o meu Deus, e confessei: Ó Senhor, Deus grande e temível, que manténs a tua aliança de amor com todos aqueles que te amam e obedecem aos teus mandamentos, 5 nós temos cometido pecado e somos culpados. Temos sido ímpios e rebeldes, e nos afastamos dos teus mandamentos e das tuas leis. 6 Não demos ouvido aos teus servos, os profetas, que falaram em teu nome aos nossos reis, aos nossos líderes e aos nossos antepassados, e a todo o teu povo. (Dn 9.2–6)

O estudo de Daniel das Escrituras o levou a se voltar para Deus e fazer uma oração de confissão e petição, com jejum. Vestindo pano de saco e cinzas era evidência de luto em tristeza ou arrependimento.

Moisés revelou o princípio pelo qual Deus lidaria com Seu povo da aliança: a obediência traria bênção, e a desobediência traria disciplina.

Uma forma de disciplina era que Israel seria subjugado aos poderes gentios, como lemos em Deuteronômio 28:48-57, 64-68.

A experiência de Israel na Babilônia foi o resultado desse princípio.

Então Moisés revelou a base sobre a qual a disciplina seria levantada e a nação seria restaurada à bênção: o arrependimento (Deuteronômio 30). Ela teria que voltar para Deus e obedecer a Sua voz; então Deus devolveria seu cativeiro e restauraria o povo à terra de onde eles haviam sido dispersos e derramaria bênçãos sobre eles.

💡 Daniel evidentemente tinha plena consciência de que os anos na Babilônia eram uma disciplina divina para Israel. Sabendo que a confissão era um requisito para a restauração, ele confessou o pecado de seu povo, identificando-se com o pecado como se fosse pessoalmente responsável por ele.

Daniel observou que a bênção depende da obediência, pois Deus mantém Sua aliança de amor com todos os que O amam e Lhe obedecem. Mesmo um povo da aliança não pode ser abençoado se desobedecer.

na oração, Daniel reconheceu quatro vezes que seu povo havia pecado. Seu pecado foi um pecado de rebelião contra Deus e em se afastar da Palavra de Deus que eles conheciam.

Deus em graça enviou profetas para exortar o povo a retornar a Ele, mas eles se recusaram a atender suas mensagens.

Reis e pessoas igualmente eram culpados diante de Deus.

Daniel 9.7-11: A justiça de Deus

7 Senhor, tu és justo, e hoje estamos envergonhados. Sim, nós, o povo de Judá, de Jerusalém e de todo o Israel, tanto os que estão perto como os que estão distantes, em todas as terras pelas quais nos espalhaste por causa de nossa infidelidade para contigo. 8 Ó Senhor, nós e nossos reis, nossos líderes e nossos antepassados estamos envergonhados por termos pecado contra ti. 9 O Senhor nosso Deus é misericordioso e perdoador, apesar de termos sido rebeldes; 10 não te demos ouvidos, Senhor nosso Deus, nem obedecemos às leis que nos deste por meio dos teus servos, os profetas. 11 Todo o Israel transgrediu a tua lei e se desviou, recusando-se a te ouvir. (Dn 9.7–11)

Daniel então reconheceu que Deus é justo e justo em disciplinar Israel por sua infidelidade, pela qual ela foi coberta de vergonha e dispersa em países estrangeiros.

A disciplina de Deus não significava que Ele havia negado misericórdia e perdão a Seu povo, mas significava que Ele, sendo justo, deveria punir a rebelião e desobediência das pessoas.

Eles se recusaram a guardar as leis de Deus porque transgrediram Sua Lei e se afastaram de Deus, sendo obstinados em sua desobediência.

💡 Por causa de sua rebelião e desobediência, Israel estava experimentando as maldições e julgamentos escritos por Moisés em Deuteronômio 28:15-68.

Apesar da severidade da disciplina, incluindo grande desastre nacional, a nação não estava se afastando de seus pecados e se submetendo à autoridade da Lei, a verdade de Deus.

Este desastre, a queda de Jerusalém, foi porque Deus é justo e Israel não O obedeceu.

Daniel 9.12-14: O motivo da desgraça

11 Todo o Israel tem transgredido a tua lei e se desviou, recusando-se a te ouvir. “Por isso as maldições e as pragas escritas na Lei de Moisés, servo de Deus, têm sido derramadas sobre nós, porque temos pecado contra ti. 12 Tu tens cumprido as palavras faladas contra nós e contra os nossos governantes, trazendo-nos grande desgraça. Debaixo de todo o céu jamais se fez algo como o que foi feito a Jerusalém. 13 Assim como está escrito na Lei de Moisés, toda essa desgraça nos atingiu, e ainda assim não temos buscado o favor do Senhor, do nosso Deus, afastando-nos de nossas maldades e obedecendo à tua verdade. 14 O Senhor não hesitou em trazer desgraça sobre nós, pois o Senhor, o nosso Deus, é justo em tudo o que faz; ainda assim nós não o temos ouvido. (Dn 9:11-14 NVI)

No Antigo Testamento, a rebelião e a desobediência contra Deus eram frequentemente enfrentadas com maldições e julgamentos, como era o caso de Israel.

Em Daniel 9:11b-14, vemos que apesar da severidade da disciplina que enfrentavam, incluindo um grande desastre nacional, eles não estavam se afastando de seus pecados.

💡 Este desastre, a queda de Jerusalém, foi o resultado da justiça de Deus e de sua falta de obediência. Podemos aprender com isso que a rebelião e a desobediência sempre terão consequências, mesmo que essas consequências não sejam imediatamente aparentes.

Quando nos rebelamos contra Deus, podemos não ver a colheita imediata, mas isso não significa que não haverá nenhuma.

Assim como Israel experimentou os frutos de sua rebelião, nós também experimentaremos, se optarmos por desobedecer a Deus.

Daniel 9.15,16: “perdoa Senhor”

15 Ó Senhor nosso Deus, que tiraste o teu povo do Egito com mão poderosa e que fizeste para ti um nome que permanece até hoje, nós temos cometido pecado e somos culpados. 16 Agora Senhor, conforme todos os teus feitos justos, afasta de Jerusalém, da tua cidade, do teu santo monte, a tua ira e a tua indignação. Os nossos pecados e as iniquidades de nossos antepassados fizeram de Jerusalém e do teu povo objeto de zombaria para todos os que nos rodeiam. (Dn 9.15–16)

Daniel começou sua oração mencionando duas das mesmas coisas com as quais começou sua confissão: a grandeza de Deus e o pecado do povo.

Daniel falou sobre Deus libertar Israel do Egito por Seu grande poder. Deus foi glorificado através da libertação de Seu povo. Mas porque a nação pecou, ela se tornou um objeto de desprezo para as nações ao seu redor.

💡 Em oração para que Deus, de acordo com Seus atos de justiça, afastasse Sua ira de Jerusalém, Daniel estava pedindo que a disciplina de Deus fosse encerrada e o povo liberto de sua atual escravidão.

Mais uma vez Daniel atribuiu o status atual da nação ao seu pecado passado e aos pecados iniquidades de seus antepassados.

Daniel 9.17-19: “Por amor de ti, Senhor, olha”

17 Ouve, nosso Deus, as orações e as súplicas do teu servo. Por amor de ti, Senhor, olha com bondade para o teu santuário abandonado. 18 Inclina os teus ouvidos, ó Deus, e ouve; abre os teus olhos e vê a desolação da cidade que leva o teu nome. Não te fazemos pedidos por sermos justos, mas por causa da tua grande misericórdia. 19 Senhor, ouve! Senhor, perdoa! Senhor, vê e age! Por amor de ti, meu Deus, não te demores, pois a tua cidade e o teu povo levam o teu nome. (Dn 9.17–19)

Tendo orado pelo pecado e a remoção da ira de Deus, o profeta agora orou pelo positivo, o favor, a misericórdia e o perdão de Deus.

Daniel pediu que Deus ouvisse suas orações e restaurasse o santuário por amor a Ele. E ele queria que Deus ouvisse seu pedido e visse a desolação da cidade.

💡 Curiosamente, Daniel não especificou o que Deus deveria fazer; ele apenas pediu que Deus “olhe” para o santuário e “veja” a cidade, ambas em desolação por muitos anos.

Daniel baseou seus pedidos na grande misericórdia de Deus, não na justiça da nação, pois ela não tinha nenhuma.

Mas porque Deus é misericordioso e perdoador, ele orou, ó Senhor, ouça! Ó Senhor, perdoa!

Preocupado com a reputação de Deus, Daniel queria que o Senhor agisse rapidamente em favor da cidade e das pessoas que levavam Seu nome. Tudo isso traria glória a Deus porque foi por amor a Ele.

Daniel 9.20,21: O anjo Gabriel visita Daniel

20 Enquanto eu estava falando e orando, confessando o meu pecado e o pecado de Israel, meu povo, e trazendo o meu pedido ao Senhor, o meu Deus, em favor do seu santo monte — 21 enquanto eu ainda estava em oração, Gabriel, o homem que eu tinha visto na visão anterior, veio voando rapidamente para onde eu estava, à hora do sacrifício da tarde. (Dn 9.20–21)

A oração de Daniel incluiu a confissão de seu pecado e do pecado de seu povo, e seu pedido para que Deus restaurasse Jerusalém (o monte santo de Deus).

💡 A resposta à oração de Daniel não demorou. Pois ele foi interrompido pelo aparecimento de Gabriel, que o procurara antes para interpretar sua visão do carneiro e do bode (ver Daniel 8:15-16). Gabriel veio rapidamente na hora do sacrifício da noite. Este foi um dos dois sacrifícios diários exigidos na Lei (ver Êxodo 29:38-39).

Embora o templo tenha sido destruído para que os sacrifícios não pudessem ser oferecidos por aqueles 66 anos, Daniel ainda observava aquela hora do dia como uma hora designada de adoração.

Talvez esta tenha sido uma das três vezes em que ele orava diariamente (ver Daniel 6:10).

Daniel 9.22,23: O objetivo da visita de Gabriel

22 Ele me instruiu e me disse: “Daniel, agora vim para dar-lhe percepção e entendimento. 23 Assim que você começou a orar, houve uma resposta, que eu lhe trouxe porque você é muito amado. Por isso, preste atenção à mensagem para entender a visão… (Dn 9.22–23)

Embora Daniel não se referisse a isso em sua oração, ele estava evidentemente preocupado com o plano de Deus para Israel daquele ponto em diante.

A profecia de Jeremias (ver Jeremias 25:11-12) havia revelado o plano de Deus para a nação apenas até o fim do cativeiro babilônico de 70 anos.

Daniel queria saber o que aconteceria depois disso.

As duas visões anteriores de Daniel 7-8, sobre os eventos futuros tratavam principalmente de nações gentias que surgiriam começando com Babilônia.

💡 Assim, Gabriel foi enviado por Deus para responder a Daniel e revelar o plano de Deus para Seu povo até sua consumação no reino da aliança sob o Messias de Israel.

Gabriel daria a Daniel uma visão dos propósitos de Deus para Seu povo. Porque o profeta era muito amado por Deus, Gabriel recebeu uma resposta para Daniel assim que o profeta começou a orar.

Daniel 9.24: As setenta semanas e seu significado

24 “Setenta semanas estão decretadas para o seu povo e sua santa cidade a fim de acabar com a transgressão, dar fim ao pecado, expiar as culpas, trazer justiça eterna, cumprir a visão e a profecia, e ungir o santíssimo. (Dn 9.24)

Daniel foi informado pela primeira vez que o plano de Deus seria consumado em 70 “setenta semanas”. Uma vez que Daniel estava pensando no plano de Deus em termos de anos, seria mais natural para ele entender esse período de tempo como anos.

Enquanto as pessoas hoje pensam em unidades de dezenas (por exemplo, décadas), as pessoas nos dias de Daniel pensavam em períodos de tempo divididos em sete.

Sete dias são em uma semana. Cada sétimo ano era um ano de descanso sabático (ver Levítico 25:1-7). Sete “setes” os trouxeram para o Ano do Jubileu (Levítico 25:8-12). Setenta “setes”, então, é um período de 490 anos.

Os 490 não poderiam designar dias pois não seria tempo suficiente para que os eventos profetizados em Daniel 9:24–27 ocorressem.

O mesmo vale para 490 semanas de sete dias cada (ou seja, 3.430 dias, cerca de 9 anos e meio).

Além disso, se os dias fossem planejados, seria de se esperar que Daniel tivesse acrescentado “de dias” após “70 semanas” pois em 10:2-3 ele escreveu literalmente “três semanas”.

💡 Também desde que Israel e Judá falharam em guardar os anos sabáticos – a cada sétimo ano a terra deveria ficar em repouso – ao longo de sua história, o Senhor impôs à terra 70 “sábados” (ver Levítico 26:34-35).

Assim, seriam necessários 490 anos para completar 70 anos sabáticos, com um ocorrendo a cada sete anos.

Este período de tempo foi decretado para o povo de Daniel e a Cidade Santa. Esta profecia, então, não se preocupa com a história mundial ou com a história da igreja, mas com a história de Israel e da cidade de Jerusalém.

💡 Quando esses 490 anos terminarem, Deus terá completado seis coisas para Israel. Os três primeiros têm a ver com o pecado, e os três segundos com o reino. A base para os três primeiros foi fornecida na obra de Cristo na cruz, mas todos os seis serão realizados por Israel na Segunda Volta de Cristo.

Primeiro

No final dos 490 anos, Deus acabará com a transgressão de Israel. A expressão “dar fim” significa “concluir algo”. O pecado de desobediência de Israel será encerrado na segunda vinda de Cristo, quando ela se arrepender e se voltar para Ele como seu Messias e Salvador.

Então ela será restaurada na terra e abençoada, em resposta à oração de Daniel.

Nos dias do Antigo Testamento, o ponto alto do calendário festivo de Israel era o Dia da Expiação (Levítico 16). Naquele dia, a nação se reuniu diante de Deus, reconheceu seu pecado e ofereceu sacrifícios de sangue para cobrir esse pecado.

Embora esse sacrifício cobrisse o pecado de Israel por 12 meses, não removeu permanentemente esse pecado (ver Hebreus 10:1-3). Era necessário que fosse oferecido um sacrifício a Deus que removesse permanentemente todos os pecados acumulados.

Este sacrifício foi oferecido por Jesus Cristo que por Sua morte pagou por todos os pecados que não haviam sido removidos no passado (ver Romanos 3:25). Assim, Sua obra expiatória na cruz tornou possível Seu futuro “fim” da transgressão de Israel.

Segundo

Deus porá fim ao pecado. Aqui o pensamento é selar algo com vista à punição (Deuteronômio 32:34). Isso enfatizou que o pecado de Israel que ficou impune seria punido – em ou através de Jesus Cristo, seu substituto, que levaria os pecados do mundo na cruz.

Então, na segunda vinda de Cristo, ele removerá o pecado de Israel ( ver Ezequiel 37:23 e Romanos 11:20-27).

Terceiro

Deus expiará a maldade. O verbo “expiar” significa “cobrir ou expiar”. Isso também se relaciona com a expiação final de Deus de Israel quando ela se arrepende na segunda vinda de Cristo, pois a provisão para essa expiação já foi feita na cruz.

O dia da expiação de Israel deve ser mantido em vista também aqui, como na primeira dessas seis realizações. Naquele dia, Deus proveu uma base justa sobre a qual Ele lidaria com um povo culpado.

O sangue aplicado ao propiciatório sobre a arca da aliança permitiu que Ele habitasse entre seu povo pecador. Da mesma forma, a profecia de Daniel prometia que, por causa do sangue de Cristo derramado na cruz, Deus lidaria com os pecadores, e aqui em particular, com os pecadores em Israel.

Sendo propiciado (ou seja, satisfeito) pelo sangue de Cristo, Deus pode expiar o pecado.

Quarto

As outras três realizações tratam de aspectos positivos do plano de Deus. Estando satisfeito pela morte de Cristo, Deus trará justiça eterna. A forma do verbo “trazer” aqui significa “fazer entrar”.

A palavra “eterno” significa eras. Assim, esta frase é uma profecia de que Deus estabelecerá uma era caracterizada pela justiça. Esta é uma referência ao reino Milenar (ver Isaías 60:21 e Jeremias 23:5-6).

Quinto

Deus selará a visão e a profecia. Tudo o que Deus através dos profetas disse que faria no cumprimento de Sua aliança com Israel será plenamente realizado no reino milenar.

Sexto

Deus ungirá o santíssimo. Isso pode se referir à dedicação do lugar Santíssimo no templo milenar, descrito em Ezequiel 41–46. Ou pode se referir não a um lugar santo, mas ao Santo, Cristo.

Se assim for, isso fala da entronização de Cristo, “o Ungido” (ver Daniel 7:25–27) como Rei dos reis e Senhor dos senhores no Milênio.

Essas seis realizações, então, antecipam o estabelecimento do reino milenar estando Israel sob a autoridade de seu Rei prometido.

Estas seis promessas resumem todo o plano de Deus para trazer à nação Israel as bênçãos que Ele prometeu por meio de Suas alianças (ver Jeremias 31:31-34).

Daniel 9.25: A promulgação do decreto

25 “Saiba e entenda que, a partir da promulgação do decreto que manda restaurar e reconstruir Jerusalém até que o Ungido, o líder, venha, haverá sete semanas, e sessenta e duas semanas. Ela será reconstruída com ruas e muros, mas em tempos difíceis. (Dn 9.25)

💡 Importante revelação foi então dada a Daniel sobre o início deste importante período de tempo e suas divisões. As 70 “semanas” começariam, disse Gabriel, com a emissão do decreto para restaurar e reconstruir Jerusalém.

Este decreto foi o quarto de quatro decretos feitos pelos governantes persas em referência aos judeus.

💡 O primeiro foi o decreto de Ciro em 538 a.C. (ver 2 Crônicas 36:22–23; Esdras 1:1–4 e 5:13).

O segundo foi o decreto de Dario I (522-486) em 520 a.C. (Esdras 6:1, 6-12). Este decreto, na verdade, foi uma confirmação do primeiro decreto.

O terceiro foi o decreto de Artaxerxes Longímano (464-424) em 457 a.C. (Esdras 7:11-26). Os dois primeiros decretos dizem respeito à reconstrução do templo em Jerusalém e o terceiro refere-se às finanças para sacrifícios de animais no templo.

Esses três não dizem nada sobre a reconstrução da própria cidade. Uma vez que uma cidade sem muros não era uma ameaça para uma potência militar, um templo religioso poderia ser reconstruído sem comprometer a autoridade militar de quem concedeu permissão para reconstruí-lo.

Nenhum desses três decretos, então, foi o decreto que formou o início dos 70 setes.

O quarto decreto também foi de Artaxerxes Longímano, emitido em 5 de março de 444 a.c. (Neemias 2:1-8). Naquela ocasião Artaxerxes concedeu aos judeus permissão para reconstruir as muralhas da cidade de Jerusalém. Este decreto é o mencionado em Daniel 9:25.

O fim ou objetivo da profecia é o aparecimento do Ungido, o Governante.

Isso se refere ao próprio Cristo. Deus Pai ungiu Cristo com o Espírito no momento de Seu batismo nas águas (Atos 10:38), mas a unção mencionada aqui é a unção de Cristo como o Governante em Seu reino.

Esta profecia das 70 semanas, então, termina não com o Primeira Vinda de Cristo, como alguns sugerem, mas sim com a Segunda Vinda e o estabelecimento do reino milenar.

Este período de 490 anos é dividido em três partes:

  1. 7 “semanas” (49 anos),
  2. 62 “semanas” (434 anos);
  3. 1 “semana” ou 7 anos (Daniel v. 27).

O primeiro período de 49 anos pode referir-se ao tempo em que a reconstrução da cidade de Jerusalém, permitida pelo decreto de Artexerxes, foi concluída (444-395 a.C.).

Embora o projeto de construção do muro de Neemias tenha levado apenas 52 dias, muitos anos podem ter sido necessários para remover os escombros da cidade, construir moradias adequadas e reconstruir as ruas e uma vala.

Daniel 9.26: A morte do Ungido e o fim das 70 semanas

26 Depois das sessenta e duas semanas, o Ungido será morto, e já não haverá lugar para ele. A cidade e o Lugar Santo serão destruídos pelo povo do governante que virá. O fim virá como uma inundação: guerras continuarão até o fim, e desolações foram decretadas.

As 62 “semanas” ou 434 anos, se estendem até a vinda do Messias à nação de Israel. Este segundo período terminou no dia da Entrada Triunfal, pouco antes de Cristo ser cortado, isto é, crucificado.

Em Sua Entrada Triunfal, Cristo, em cumprimento de Zacarias 9:9, apresentou-se oficialmente à nação de Israel como o Messias.

Ele estava evidentemente familiarizado com a profecia de Daniel quando naquela ocasião Ele disse: “Se você compreendesse neste dia, sim, você também, o que traz a paz! Mas agora isso está oculto aos seus olhos”. (Lucas 19:42)

Assim, as duas primeiras partes do importante período de tempo – as 7 semanas (49 anos) e as 62 semanas (434 anos) – ocorreram consecutivamente sem nenhum tempo entre eles.

Eles totalizaram 483 anos e se estenderam de 5 de março de 444 a.c. até 30 de março de d.C. 33.

Mas como pode?

De acordo com Daniel 9:26, o Ungido não foi “cortado” na 70º “semana”, Ele foi cortado depois que as 7 e 62 “semanas” terminaram. Isso significa que há um intervalo entre o 69º e o 70º “semana”.

💡 A crucificação de Cristo, então, foi nesse intervalo, logo após Sua Entrada Triunfal, que concluiu o 69º “semana”. Este intervalo foi antecipado por Cristo quando Ele profetizou o estabelecimento da igreja (Mateus 16:18).

Isso exigiu a separação da nação de Israel por um tempo, a fim de que Seu plano para a igreja pudesse ser instituído. Cristo predisse a separação da nação (Mateus 21:42-43). A atual Era da Igreja é o intervalo entre o 69º e o 70º “semana”.

Os amilenaristas ensinam que o ministério da Primeira Vinda de Cristo foi no 70º “semana”, que não houve intervalo entre o 69º e o 70º “semana”, e que as seis ações preditas em Daniel 9:24 estão sendo cumpridas hoje na igreja.

Essa visão, no entanto, possui algumas particularidades:

  1. Ignora o fato de que o versículo 26 diz “depois dos 62 semanas, ‘ “não” no 70º semana,’”
  2. Ignora o fato de que o ministério de Cristo na terra foi de três anos e meio em extensão, não sete,
  3. Ignora o fato de que as seis ações de Deus pertencem ao “povo” de Daniel (Israel) e à Sua “Cidade Santa” (Jerusalém), não à igreja.

Quando o Ungido fosse cortado, foi dito a Daniel, ele não teria nada. A palavra traduzida como “cortado” é usada para executar a pena de morte em um criminoso. Assim, a profecia aponta claramente para a crucificação de Cristo.

Em Sua crucificação Ele “não teria nada” no sentido de que Israel O havia rejeitado e o reino não poderia ser instituído naquele momento.

Portanto, Ele não recebeu a glória real como o Rei no trono de Davi sobre Israel. João se referiu a isso quando escreveu: “Ele veio para o que era seu [isto é, o trono para o qual Ele havia sido designado pelo Pai], mas o seu próprio [isto é, seu próprio povo] não o recebeu” (João 1 :11).

A profecia de Daniel, então, antecipou a oferta de Cristo de Si mesmo à nação Israel como seu Messias, a rejeição da nação a Ele como Messias e Sua crucificação.

A descrição do julgamento

💡 A profecia continua com uma descrição do julgamento que viria sobre a geração que rejeitasse o Messias. A cidade que contém o santuário, isto é, Jerusalém, seria destruída pelo povo do governante que viria.

O governante que virá é aquele chefe final do Império Romano, o chifre pequeno visto em Daniel 7:8. É significativo que o povo do governante, não o próprio governante, destrua Jerusalém.

Como ele será o governante romano final, o povo desse governante deve ser os próprios romanos. Esta, então, é uma profecia da destruição de Jerusalém sobre a qual Cristo falou em Seu ministério.

Quando os líderes da nação registraram sua rejeição a Cristo, atribuindo Seu poder a Belzebu, o príncipe dos demônios, Cristo advertiu que, se persistissem nessa visão, seriam culpados de pecado pelo qual haveria não haja perdão (ver Mateus 12:24-32).

Ele também advertiu a nação que Jerusalém seria destruída pelos gentios (ver Lucas 21:24), que seria desolada, e que a destruição seria tão completa que não ficaria pedra sobre pedra (ver Mateus 23:38 e Mateus 24:2).

Esta destruição foi realizada por Tito em d.C. 70 quando ele destruiu a cidade de Jerusalém e matou milhares de judeus.

Mas essa invasão, por incrível que tenha sido, não acabou com os sofrimentos da nação, pois a guerra, disse Gabriel, continuaria até o fim.

Mesmo que Israel fosse posto de lado, ela continuaria a sofrer até que as profecias dos 70 “semanas” fossem completamente cumpridas.

Seus sofrimentos abrangem todo o período desde a destruição de Jerusalém em d.C. 70 para a libertação de Jerusalém do domínio gentio na Segunda Volta de Cristo.

Daniel 9.27: A última semana e o arrebatamento da Igreja

27 Com muitos ele fará uma aliança que durará uma semana. No meio da semana ele dará fim ao sacrifício e à oferta. E numa ala do templo será colocado o sacrilégio terrível, até que chegue sobre ele o fim que lhe está decretado”. (Dn 9.27)

💡 Este período de sete anos começará após o arrebatamento da igreja – que marca o fim do plano de Deus nesta era presente – A 70º “semana” continuará até o retorno de Jesus Cristo à terra.

Porque Jesus disse que este será um tempo de “grande aflição” (ver Mateus 24:21), este período é frequentemente chamado de Tribulação.

Um evento significativo que marcará o início deste período de sete anos é a confirmação de uma aliança. Esta aliança será feita com muitos, isto é, com o povo de Daniel, a nação de Israel.

“O governante que virá” será este pacificador, pois essa pessoa é o antecedente da palavra “ele” no versículo 27. Como um governante ainda futuro, ele será o cabeça final do quarto império (o chifre pequeno do quarto animal, 7:8).

A aliança que ele fará evidentemente será uma aliança de paz, na qual ele garantirá a segurança de Israel na terra. Isso sugere que Israel estará em sua terra, mas será incapaz de se defender, pois terá perdido qualquer apoio que possa ter tido anteriormente.

Portanto, ela vai precisar acolher o papel pacificador deste chefe da confederação de 10 nações europeias (romanas). Ao oferecer essa aliança, esse governante se passará por príncipe da paz, e Israel aceitará sua autoridade.

Mas então, no meio dessa “semana”, depois de três anos e meio, ele quebrará a aliança. De acordo com 11:45, ele então se mudará da Europa para a terra de Israel.

O fim do sacrifício e da oferta

Este governante vai acabar com o sacrifício e a oferta. Esta expressão refere-se a todo o sistema levítico, o que sugere que Israel terá restaurado esse sistema na primeira metade do 70º “semana”.

Depois que esse governante ganhar poder político mundial, ele assumirá o poder também na esfera religiosa e fará com que o mundo o adore (ver 2 Tessalonicenses 2:4 e Apocalipse 13:8).

Para receber tal adoração, ele encerrará todas as religiões organizadas. Posando como o rei e deus legítimo do mundo e como o príncipe da paz de Israel, ele então se voltará contra Israel e se tornará seu destruidor e profanador.

A abominação no Templo

Foi dito a Daniel que “o príncipe que virá” (v. 26) colocará abominações em uma ala do templo. Cristo se referiu a este incidente: “Vereis no lugar santo a abominação que causa desolação” (ver Mateus 24:15).

João escreveu que o falso profeta levantará uma imagem para este governante e que o mundo será compelido a adorá-lo (ver Apocalipse 13:14-15). Mas então virá o seu fim (o fim que está decretado é derramado sobre ele).

Com seu falso profeta ele será lançado no lago de fogo quando Cristo retornar à terra (Apocalipse 19:20 e Daniel 7:11, 26).

Esta aliança não poderia ter sido feita ou confirmada por Cristo em Sua Primeira Vinda, como ensinam os amilenaristas, porque:

  1. Seu ministério não durou sete anos,
  2. Sua morte não impediu sacrifícios e ofertas,
  3. Ele não estabeleceu “a abominação que causa desolação” (Mateus 24:15).

Os Amilenaristas sugerem que Cristo confirmou (no sentido de cumprir) a Aliança Abraâmica, mas os Evangelhos não dão nenhuma indicação de que Ele fez isso em Seu Primeiro Advento.

Como dito, o Anticristo quebrará sua aliança com Israel no início da segunda metade do 70º “sete”, ou seja, será quebrada por três anos e meio. Isso é chamado de “um tempo, tempos e metade de um tempo” (ver Daniel 7:25; 12:7 e Apocalipse 12:14).

O fato de que este é o mesmo que os três anos e meio, que por sua vez são equiparados a 1.260 dias (ver Apocalipse 11:3; 12:6) e a 42 meses (**Apocalipse 11:**2 e 13:5), significa que no cálculo judaico cada mês tem 30 dias e cada ano 360 dias.

Isso confirma o ano judaico de 360 dias usado nos cálculos no gráfico, “Os 483 anos nos calendários judaico e gregoriano”. Uma vez que os eventos nos 69 semanas (vv. 24-26) foram cumpridos literalmente, a 70º “semana”, que ainda não está cumprida, também deve ser cumprida literalmente.

Motivos de oração em Daniel 9

Oro para que:

  • Deus gere em nós um coração intercessor;
  • Deus nos revele sua vontade, cada vez mais;
  • A última semana da profecia se cumpra.

Daniel 8 Estudo: Visão do Carneiro e do Bode

Daniel 8 estudo

Em Daniel 8, o profeta tem mais uma visão que refere-se aos governos da Terra, para seus dias. Desta vez, o Senhor lhe mostra visões referentes ao império persa e o grego.

O império persa é liderado por Dario Codomano, representado pelo Carneiro na visão de Daniel. Embora fosse grande e poderoso, o Bode isto é, o Império grego o superou e subjugou. O Bode é Alexandre “o Grande”.

Em seis anos ele conquistou a maior parte do mundo conhecido da época. Era um desbravador, um gênio na arte da guerra. Pouca ou nenhuma resistência os adversários conseguiam demonstrar contra ele.

Quando Alexandre (o Bode) morreu, ele não deixou herdeiro. Com isso, seu grande império foi dividido entre seus quatro comandantes (os quatro chifres).

Destes um se destacou como grande perseguidor do povo de Deus, Antíoco Epifânio. Ele avançou contra Israel e Jerusalém. Causou grande mal aos santos e devastou a cidade santa.

Além disso, ele é bastante conhecido por profanar o altar do Senhor, sacrificando um porco onde eram oferecidas as ofertas sagradas a Deus. O Senhor mostra todas estas coisas a Daniel a fim de que ele ore.

Deus procura intercessores, pessoas que se coloquem na brecha, no lugar da oração.

Esboço de Daniel 8:

Dn 8.1-4: A segunda visão de Daniel

Dn 8.5-8: O poderoso Bode

Dn 8.9-12: O pequeno chifre

Dn 8.13,14: As “duas mil e trezentas tardes e manhãs”

Dn 8.15-19: Daniel fica aterrorizado

Dn 8.20,21: Os dois chifres

Dn 8.22-25: O surgimento de Antíoco Epifânio

Dn 8.26,27: O custo da visão de Daniel

Estudo de Daniel 8 em vídeo

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Daniel 8.1-4: A segunda visão de Daniel

No terceiro ano do reinado do rei Belsazar, eu, Daniel, tive outra visão, a segunda. 2 Na minha visão eu me vi na cidadela de Susã, na província de Elão; na visão eu estava junto do canal de Ulai. 3 Olhei para cima e, diante de mim, junto ao canal, estava um carneiro; seus dois chifres eram compridos, um mais que o outro, mas o mais comprido cresceu depois do outro. Observei o carneiro enquanto ele avançava para o oeste, para o norte e para o sul. Nenhum animal conseguia resistir-lhe, e ninguém podia livrar-se do seu poder. Ele fazia o que bem desejava e foi ficando cada vez maior. (Dn 8.1–4)

A visão registrada por Daniel no capítulo 8 veio a ele dois anos depois da visão do capítulo 7. Em sua visão, Daniel se viu no palácio em Susã, uma das cidades reais persas, a mais de 320 quilômetros a leste da Babilônia, no Canal Ulai.

Um século depois, o rei persa Xerxes construiu ali um magnífico palácio, onde ocorreram os eventos registrados no Livro de Ester.

Enquanto isso, Neemias era copeiro do rei Artaxerxes no palácio de Susã (ver Neemias 1:1).

Em sua visão, Daniel viu um carneiro com dois chifres longos perto do canal. O que chama a atenção era que um chifre era mais longo que o outro.

Os chifres não surgiram ao mesmo tempo. O mais longo surgiu depois (cresceu mais tarde do que) o mais curto. A diferença entre os dois chifres do carneiro lembra o urso levantado de um lado em Daniel 7:5.

💡 O carneiro que estava parado junto ao canal começou a avançar para o oeste, norte e sul. Sua carga era irresistível; ninguém poderia escapar de seu ataque. Fazendo o que queria, o carneiro dominou todo o território contra o qual se moveu e se tornou grande.

Daniel 8.5-8: O poderoso Bode

5 Enquanto eu considerava isso, de repente um bode, com um chifre enorme entre os olhos, veio do oeste, percorrendo toda a extensão da terra sem encostar no chão. 6 Ele veio na direção do carneiro de dois chifres que eu tinha visto ao lado do canal, e avançou contra ele com grande fúria. 7 Eu o vi atacar furiosamente o carneiro, atingi-lo e quebrar os seus dois chifres. O carneiro não teve forças para resistir a ele; o bode o derrubou no chão e o pisoteou, e ninguém foi capaz de livrar o carneiro do seu poder. 8 O bode tornou-se muito grande, mas no auge da sua força o seu grande chifre foi quebrado, e em seu lugar cresceram quatro chifres enormes, na direção dos quatro ventos da terra. (Dn 8.5–8)

Daniel então viu um bode com um poderoso chifre surgir de repente do oeste. Sua velocidade era tão grande que seus pés não tocavam o chão.

O bode, determinado a destruir o carneiro de dois chifres, foi até ele com grande raiva e furiosamente quebrou os dois chifres do carneiro.

💡 O carneiro era impotente para se defender e o bode subjugou o carneiro. A grandeza que caracterizava o carneiro agora pertencia ao bode. Anteriormente, ninguém podia escapar do poder do carneiro, agora ninguém poderia escapar do bode.

Assim que o bode foi elevado ao grande poder, seu grande chifre único foi quebrado e seu lugar foi ocupado por quatro chifres que se destacavam.

A descrição deste bode é um pouco paralela ao terceiro animal em Daniel 7:6, o leopardo com asas.

Ambos eram rápidos, e o leopardo tinha quatro cabeças, enquanto o bode tinha quatro chifres. Os chifres do bode provavelmente representavam reis, da mesma forma que os chifres do quarto animal representavam reis, em Daniel 7:24.

Daniel 8.9-12: O pequeno chifre

9 De um deles saiu um pequeno chifre, que logo cresceu em poder na direção do sul, do leste e da Terra Magnífica. 10 Cresceu até alcançar o exército dos céus, e atirou na terra parte do exército das estrelas e os pisoteou. 11 Tanto cresceu que chegou a desafiar o príncipe do exército; suprimiu o sacrifício diário oferecido ao príncipe, e o local do santuário foi destruído. 12 Por causa da rebelião, o exército dos santos e o sacrifício diário foram dados ao chifre. Ele tinha êxito em tudo o que fazia, e a verdade foi lançada por terra. (Dn 8.9–12)

De um dos quatro chifres saiu outro chifre. Teve um começo insignificante, mas exerceu poder para o sul e para o leste e para a Bela Terra, isto é, a terra de Israel.

💡 Ele se tornou um grande perseguidor do povo de Israel e subjugou aquela nação (pisou sobre eles). Ele se estabeleceu como rei de Israel, chamando a si mesmo de Príncipe do exército.

Ele obrigou a nação a adorá-lo, como sugerido pelo fato de que ele proibiu Israel de seguir suas práticas religiosas (removendo o sacrifício diário) e profanou o templo (rebaixou o santuário).

A nação de Israel acedeu aos desejos deste indivíduo por causa de sua atitude rebelde. Ele prosperou e desprezou tanto a verdade contida na Palavra de Deus que o texto diz que “a verdade foi lançada por terra”.

Essa parte da visão antecipou a ascensão de um governante no Império Grego que subjugou o povo e a terra de Israel, profanou seu templo, interrompeu sua adoração e exigiu para si a autoridade e a adoração que pertencem a Deus.

Daniel 8.13,14: As “duas mil e trezentas tardes e manhãs”

13 Então ouvi dois anjos conversando, e um deles perguntou ao outro: “Quanto tempo durarão os acontecimentos anunciados por esta visão? Até quando será suprimido o sacrifício diário e a rebelião devastadora prevalecerá? Até quando o santuário e o exército ficarão entregues ao poder do chifre e serão pisoteados?” 14 Ele me disse: “Isso tudo levará duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será reconsagrado”. (Dn 8.13–14)

Para ajudar Daniel, um anjo dirigiu-se ao anjo revelador e perguntou: Quanto tempo levará para que a visão se cumpra?

A resposta foi: levará 2.300 noites e manhãs. Ao final desse tempo, o santuário que havia sido profanado seria purificado e restaurado ao seu devido lugar no vida da nação.

Daniel 8.15-19: Daniel fica aterrorizado

15 Enquanto eu, Daniel, observava a visão e tentava entendê-la, diante de mim apareceu um ser que parecia homem. 16 E ouvi a voz de um homem que vinha do Ulai: “Gabriel, dê a esse homem o significado da visão”. 17 Quando ele se aproximou de mim, fiquei aterrorizado e caí prostrado. Ele me disse: “Filho do homem, saiba que a visão refere-se aos tempos do fim”. 18 Enquanto ele falava comigo, eu, com o rosto em terra, perdi os sentidos. Então ele tocou em mim e me pôs em pé. 19 E disse: “Vou contar-lhe o que acontecerá depois, no tempo da ira, pois a visão se refere ao tempo do fim.” (Dn 8.15–19)

Mais uma vez Daniel, embora capaz de interpretar os sonhos de Nabucodonosor, não conseguiu interpretar este sonho. Gabriel foi enviado para interpretar o significado da visão para Daniel.

Compreensivelmente, Daniel ficou aterrorizado com o aparecimento do glorioso mensageiro e caiu prostrado diante dele.

Referindo-se a Daniel como filho do homem, Gabriel explicou que a visão pertencia ao tempo do fim, isto é, eventos futuros dos dias de Daniel, eventos relativos à nação de Israel sob o Império Grego.

Gabriel explica a visão

💡 Gabriel afirmou que a visão se referia a eventos além do tempo de Daniel. Significativamente, este tempo posterior, dentro dos tempos dos gentios, foi chamado de tempo da ira.

Como afirmado anteriormente, os tempos dos gentios são o período desde o reinado de Nabucodonosor até a segunda vinda de Cristo, durante o qual Israel está passando pela disciplina divina. Seus atos de desobediência trouxeram a ira disciplinar de Deus sobre a nação.

Daniel 8.20,21: Os dois chifres

20 O carneiro de dois chifres que você viu representa os reis da Média e da Pérsia. 21 O bode peludo é o rei da Grécia, e o grande chifre entre os seus olhos é o primeiro rei. 22 Os quatro chifres que tomaram o lugar do chifre que foi quebrado são quatro reis. Seus reinos surgirão da nação daquele rei, mas não terão o mesmo poder. (Dn 8.20–22)

💡 Gabriel primeiro interpretou o significado do carneiro de dois chifres. Esta besta representava a Média e a Pérsia, o mesmo império representado pelo urso levantado de um lado.

Embora a Pérsia tenha surgido mais tarde que a Média (559 a.C. para a Pérsia em comparação com séculos antes para a Média), os persas ofuscaram os medos. Assim, o segundo chifre do carneiro era maior que o primeiro chifre.

A Pérsia estendeu seu império para o oeste, norte e sul com um vasto exército de mais de 2 milhões de soldados. O anjo então deu o significado do bode peludo com o grande chifre entre os olhos.

O bode representava o rei (ou reino) da Grécia, que em Daniel 7:6 era representado pelo leopardo alado. O chifre único representava o primeiro rei da Grécia, Alexandre (ver Daniel 11:3).

Embora seu pai Filipe II da Macedônia tenha unido todas as cidades-estados gregas, exceto Esparta, Alexandre é considerado o primeiro rei da Grécia.

Alexandre, o Grande veio do oeste com um exército pequeno, mas rápido. Ele ficou furioso com os persas por terem derrotado os gregos na Batalha de Maratona (490 a.C.) e na Batalha de Salamina (481), cidades gregas próximas a Atenas.

Ele rapidamente conquistou a Ásia Menor, Síria, Egito e Mesopotâmia em poucos anos, começando em 334 a.C. Os persas eram impotentes para resistir a ele (v. 7).

Alexandre morreu de malária e complicações causadas pelo alcoolismo em 323 a.C. aos 32 anos na Babilônia. No auge de seu poder, ele foi cortado como nos mostra o versículo 8.

Daniel 8.22-25: O surgimento de Antíoco Epifânio

22 Os quatro chifres que tomaram o lugar do chifre que foi quebrado são quatro reis. Seus reinos surgirão da nação daquele rei, mas não terão o mesmo poder. 23 “No final do reinado deles, quando a rebelião dos ímpios tiver chegado ao máximo, surgirá um rei de duro semblante, mestre em astúcias. 24 Ele se tornará muito forte, mas não pelo seu próprio poder. Provocará devastações terríveis e será bem-sucedido em tudo o que fizer. Destruirá os homens poderosos e o povo santo. 25 Com o intuito de prosperar, ele enganará a muitos e se considerará superior aos outros. Destruirá muitos que nele confiam e se insurgirá contra o Príncipe dos príncipes. Apesar disso, ele será destruído, mas não pelo poder dos homens. (Dn 8.22–25)

💡 Como Alexandre não tinha herdeiros para sucedê-lo, o reino foi dividido vários anos depois entre seus quatro generais, representados aqui pelos quatro chifres. Mas o reino dividido da Grécia nunca teve o mesmo poder que a Grécia desfrutou sob Alexandre.

A Ptolomeu foi dado o Egito e partes da Ásia Menor. Cassandro recebeu o território da Macedônia e da Grécia. Lisímaco recebeu a Trácia e partes da Ásia Menor (oeste da Bitínia, Frígia, Mícia e Lídia). Seleuco recebeu o restante do império de Alexandre, que incluía Síria, Israel e Mesopotâmia.

Anos mais tarde, de um dos quatro chifres (ou reis), surgiria, disse Gabriel, um rei severo e astuto. Um governante poderoso, ele devastaria propriedades e destruiria pessoas para expandir seu reino.

O povo santo, a nação de Israel, seria um alvo especial de sua opressão. Ao subjugar Israel, muitos perderiam suas vidas justamente quando achavam que estavam seguros.

Seu antagonismo contra Israel também seria contra seu Deus, o Príncipe dos príncipes. No entanto, este poderoso conquistador seria destruído pelo poder sobrenatural.

Sua ascensão não foi mérito seu e sua queda não foi por meios humanos (ele morreu insano na Pérsia em 163 a.C.).

Quem foi Antíoco Epifânio?

💡 O rei aqui referido é conhecido como Antíoco IV Epifânio. Depois de assassinar seu irmão, que havia herdado o trono da dinastia selêucida, ele chegou ao poder em 175 a.C. Em 170 a.C.

Ptolomeu VI do Egito procurou recuperar o território então governado por Antíoco. Então Antíoco invadiu o Egito e derrotou Ptolomeu VI e se proclamou rei no Egito. Este foi o seu crescimento “em poder para o sul” (v. 9).

Ao retornar dessa conquista, surgiram problemas em Jerusalém, então ele decidiu subjugar Jerusalém. O povo foi subjugado, o templo profanado e o tesouro do templo saqueado.

A partir desta conquista, Antíoco retornou ao Egito em 168 a.C., mas foi forçado por Roma a evacuar o Egito. Ao retornar, ele decidiu fazer da terra de Israel um estado-tampão entre ele e o Egito.

Ele atacou e queimou Jerusalém, matando multidões. Os judeus foram proibidos de seguir a lei mosaica na observância do sábado, suas festas anuais e sacrifícios tradicionais, e circuncisão de crianças.

Altares para ídolos foram erguidos em Jerusalém e em 16 de dezembro de 167 a.C. os judeus foram ordenados a oferecer sacrifícios impuros e comer carne de porco ou serem punidos com a morte.

Embora seus amigos o chamassem de Epifânio não admira que os judeus o chamassem de Epifânio (“o Louco”).

A profanação do templo por Antíoco duraria 2.300 noites e manhãs antes de sua purificação. Alguns consideram que as 2.300 tardes e manhãs significam 2.300 dias, ou seja, pouco mais de seis anos.

Nesta interpretação, os seis anos foram desde a primeira incursão de Antíoco em Jerusalém (170 a.C.) até a reforma e restauração do templo por Judas Macabeu no final de 164.

A segunda interpretação

Uma segunda interpretação parece preferível. Em vez de cada noite e cada manhã representar um dia, a referência pode ser aos sacrifícios da tarde e da manhã, que foram interrompidos pela profanação de Antíoco.

Com dois sacrifícios feitos diariamente, as 2.300 ofertas cobririam 1.150 dias ou três anos (de 360 dias cada) mais 70 dias.

Este é o tempo desde a profanação do templo por Antíoco (16 de dezembro de 167 a.C.) até a reforma e restauração do templo por Judas Macabeu no final de 164 e até 163 a.C. quando todos os sacrifícios judaicos foram totalmente restaurados e a independência religiosa conquistada para Judá.

Qualquer que seja a interpretação que se aceite, o número de 2.300 foi literal e, portanto, o período de tempo foi literalmente cumprido.

Não há dúvida entre os expositores de que Antíoco está em vista nesta profecia. O que foi profetizado foi cumprido literalmente por meio dele.

No entanto, a profecia olha além de Antíoco para uma pessoa futura (o Anticristo) de quem Antíoco é apenas um prenúncio.

Diz-se que este vindouro “se levanta contra o Príncipe dos príncipes”. Este não pode ser outro senão o Senhor Jesus Cristo. Assim, a profecia deve ir além de Antíoco e aguardar a vinda de alguém cujo ministério será paralelo ao de Antíoco.

De Antíoco, certos fatos podem ser aprendidos sobre o futuro profanador em Daniel 8:

  1. Ele alcançará grande poder subjugando outros.
  2. Ele subirá ao poder prometendo falsa segurança.
  3. Ele será inteligente e persuasivo.
  4. Ele será controlado por outro, isto é, Satanás.
  5. Ele será um adversário de Israel e subjugará Israel à sua autoridade.
  6. Ele se levantará em oposição ao Príncipe dos príncipes, o Senhor Jesus Cristo.
  7. Seu governo será encerrado pelo julgamento divino.

Portanto, pode-se concluir que há uma referência dupla nesta impressionante profecia. Ele revela a história de Israel sob os selêucidas e particularmente sob Antíoco durante o tempo da dominação grega, mas também aguarda as experiências de Israel sob o Anticristo, que Antíoco prenuncia.

Daniel 8.26,27: O custo da visão de Daniel

26 “A visão das tardes e das manhãs que você recebeu é verdadeira; sele porém a visão, pois refere-se ao futuro distante”. 27 Eu, Daniel, fiquei exausto e doente por vários dias. Depois levantei-me e voltei a cuidar dos negócios do rei. Fiquei assustado com a visão; estava além da compreensão humana. (Dn 8.26–27)

💡 Daniel foi instruído a selar a visão no sentido de concluí-la, não no sentido de mantê-la em segredo, porque precisava ser preservada para o futuro.

Ele o guardou em sua mente e mais tarde o preservou por escrito quando o escreveu sob a inspiração do Espírito Santo.

Daniel ficou completamente exausto e doente pela interpretação desta visão. Por vários dias ele foi incapaz de realizar seus negócios oficiais.

Motivo de oração em Daniel 8

Oro para que:

  • Deus nos guarde dos planos do Maligno;
  • Sejamos sensíveis a voz de Deus;
  • Os planos de Deus sejam estabelecidos.

Daniel 7 Estudo: As Visões de Daniel

Daniel 7 estudo

Em Daniel 7, vemos que o profeta era um homem de muita intimidade com Deus. Como já vimos, nos capítulos anteriores Daniel era um homem de oração.

Este relacionamento estreito com Deus, fez com que o Senhor lhe mostrasse uma série de segredos da humanidade, para os seus dias e para o futuro de toda a humanidade.

Daniel vê a glória de Deus e a revelação do Messias, Jesus Cristo e a Sua segunda vinda em glória para estabelecer o Reino de Deus na Terra. Aprendemos com Daniel que se tivermos um coração consagrado, teremos a sensibilidade necessária para ouvir a Deus.

O Senhor está à procura de homens e mulheres com os quais Ele possa dividir seus segredos. Para isso, precisamos dedicar tempo para estar com Ele.

Esboço de Daniel 7:

Dn 7.1,2: Os sonhos e visões de Daniel

Dn 7.3,4: O leão e a águia

Dn 7.5-8: O urso e a besta

Dn 7.9,10: O Ancião de Dias

Dn 7.11-14: O Filho do Homem

Dn 7.15-17: Os quatro reinos

Dn 7.18-20: Os santos do Altíssimo

Dn 7.21-23: Quem é o pequeno chifre?

Dn 7.24,25: Quem são os dez chifres?

Dn 7.26-28: Um reino eterno

Estudo de Daniel 7 em vídeo

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Daniel 7.1,2: Os sonhos e visões de Daniel

No primeiro ano de Belsazar, rei da Babilônia, Daniel teve um sonho, e certas visões passaram por sua mente, estando ele deitado em sua cama. Ele escreveu o seguinte resumo do seu sonho. 2 “Em minha visão à noite, eu vi os quatro ventos do céu agitando o grande mar. (Dn 7.1–2)

A visão registrada pelo profeta Daniel neste capítulo foi revelada a ele no primeiro ano do reinado de Belsazar, 553 a.C., quando Belsazar foi feito co-regente de Nabonido.

💡 O sonho de Daniel antecedeu em 14 anos sua experiência na cova dos leões registrada no capítulo 6 – por volta de 539 a. C. ou logo depois – 52 anos antes em 605 a.C.

A revelação foi dada a Daniel em sonho através de visões. Ao se referir à experiência como “um sonho” Daniel estava enfatizando a unidade da revelação e ao se referir a ela como “visões” ele enfatizou os estágios sucessivos em que a revelação foi dada.

O sonho refere-se a ele estar dormindo, e as visões referem-se a o que viu enquanto sonhava. Às vezes, no entanto, uma pessoa teve uma visão enquanto estava acordada, como vemos em Daniel 9:23.

Por causa do grande significado do sonho de Daniel, ele imediatamente escreveu um resumo dele.

Daniel tinha sido o intérprete de dois sonhos de Nabucodonosor, um no capítulo 2 e outro no capítulo 4. Então o profeta-estadista tornou-se o receptor de quatro sonhos ou visões que se estendem até o capítulo 12.

Nos primeiros seis capítulos, Daniel escreveu na terceira pessoa; nos últimos seis capítulos ele escreveu na primeira pessoa.

Em sua visão, Daniel viu pela primeira vez o grande mar agitado pela ação de quatro ventos. A palavra traduzida como “ventos” também pode ser traduzida como “espíritos”, isto é, anjos.

Em outras partes das Escrituras, essa palavra é usada para se referir às ações providenciais de Deus nos assuntos dos homens por meio de anjos.

Em todo o Antigo Testamento, o Mar Mediterrâneo é referido como o Grande Mar (ver Números 34:6-7). Essa visão então se relacionava especificamente com o mundo mediterrâneo.

Daniel 7.3,4: O leão e a águia

Quatro grandes animais, diferentes uns dos outros, subiram do mar. 4 “O primeiro parecia um leão, e tinha asas de águia. Eu o observei e, em certo momento, as suas asas foram arrancadas, e ele foi erguido do chão, firmou-se sobre dois pés como um homem e recebeu coração de homem. (Dn 7.3–4)

💡 A segunda coisa que Daniel viu na visão foram quatro grandes animais emergindo do mar agitado. Conforme explicado a Daniel mais tarde, os quatro animais representavam quatro reinos.

A primeira besta era como um leão, um animal que simboliza poder e força. Este leão tinha asas de águia, que falam de rapidez. Curiosamente, o leão e a águia eram ambos símbolos de Babilônia, como vemos em Jeremias 4:7,13.

O violento arrancar das asas do leão o privaria de sua grande mobilidade.

Isso pode se referir à insanidade de Nabucodonosor ou à deterioração de seu império após sua morte. O leão se erguendo em duas patas (as patas traseiras) fazia com que parecesse mais um homem.

O fato de ter o coração de um homem sugere que o animal perdeu sua natureza bestial e mostrou compaixão. O leão subindo nas patas traseiras e tendo coração de homem pode se referir aos interesses humanitários de Nabucodonosor.

Daniel 7.5-8: O urso e a besta

5 “A seguir, vi um segundo animal, que tinha a aparência de um urso. Ele foi erguido por um dos seus lados, e na boca, entre os dentes, tinha três costelas. Foi-lhe dito: ‘Levante-se e coma quanta carne puder!’ 6 “Depois disso, vi um outro animal, que se parecia com um leopardo. Nas costas tinha quatro asas, como as de uma ave. Esse animal tinha quatro cabeças, e recebeu autoridade para governar. 7 “Em minha visão à noite, vi ainda um quarto animal, aterrorizante, assustador e muito poderoso. Tinha grandes dentes de ferro, com os quais despedaçava e devorava suas vítimas, e pisoteava tudo o que sobrava. Era diferente de todos os animais anteriores e tinha dez chifres. 8 “Enquanto eu considerava os chifres, vi outro chifre, pequeno, que surgiu entre eles; e três dos primeiros chifres foram arrancados para dar lugar a ele. Esse chifre possuía olhos como os olhos de um homem e uma boca que falava com arrogância. (Dn 7.5–8)

A segunda besta era como um urso, um animal de força formidável. Isso representa o império Medo-Pérsia, o império que se seguiu à Babilônia.

💡 O exército medo-persa era forte e feroz (ver Isaías 13:15-18). Ao contrário da graça do leão humano, o urso era pesado e desajeitado. Era evidentemente reclinado com um lado mais alto que o outro.

Isso sugere que, embora a Pérsia tenha surgido mais tarde que a Média, a Pérsia logo ofuscou os medos em seu reino unido. As três costelas na boca do urso podem representar os reinos do Egito, Assíria e Babilônia, que precederam o império representado pelo urso.

Ou podem representar Babilônia, Lídia e Egito, três nações conquistadas pelos medos e persas.

O urso foi instruído a devorar carne. Este comando sugere que os reinos operam por designação divina, não por sua própria autoridade. Ao devorar outros reinos e estender seu território a um vasto império, o urso estava cumprindo o propósito de Deus.

A terceira besta que Daniel viu era como um leopardo, um animal conhecido por sua rapidez , astúcia e agilidade (ver Habacuque1:8).

Esta fera tinha quatro asas como um pássaro, enfatizando uma rapidez além de sua capacidade natural. Uma característica adicional desta besta é que ela tinha quatro cabeças.

Também lhe foi dada autoridade para governar.

💡 O reino que conquistou a Medo-Pérsia foi a Grécia, que o fez com grande velocidade, conquistando todo o império entre 334 e 330 a.C. Poucos anos depois que Alexandre morreu, seu reino foi dividido em quatro partes (ver Daniel 8:8,22).

O quarto animal

Daniel agora descreveu um quarto animal. Em vez de compará-lo a algum animal conhecido, Daniel simplesmente o chamou de besta.

Aparentemente era uma espécie de mutação composta de partes de um leão, urso e leopardo (algo semelhante se vê em Apocalipse 13:2).

Esta quarta besta era mais aterrorizante e poderosa do que as três bestas anteriores, que eram todas ferozes e destrutivas.

💡 Esta fera tinha grandes dentes de ferro com os quais era capaz de esmagar e devorar sua presa. O império representado por esta besta mestiça havia esmagado e assimilado em si os três impérios anteriores descritos pelo leão, o urso e o leopardo.

Uma característica significativa desta quarta e diferente besta era que ela tinha 10 chifres. De acordo com o versículo 24 eles representam 10 reis.

Quando Daniel concentrou sua atenção nos chifres, ele viu outro chifre começar a surgir entre os 10. Este pequeno chifre teve um começo insignificante, mas em seu crescimento foi capaz de arrancar três dos chifres existentes.

Este chifre pequeno era conhecido por sua inteligência, uma de suas características é que ele tinha olhos de homem, e suas pretensões blasfemas.

Daniel 7.9,10: O Ancião de Dias

9 “Enquanto eu olhava, “tronos foram colocados, e um ancião se assentou. Sua veste era branca como a neve; o cabelo era branco como a lã. Seu trono era envolto em fogo, e as rodas do trono estavam em chamas. 10 De diante dele, saía um rio de fogo. Milhares de milhares o serviam; milhões e milhões estavam diante dele. O tribunal iniciou o julgamento, e os livros foram abertos. (Dn 7.9–10)

💡 Nesta parte da visão, Daniel viu tronos de julgamento erguidos. Um trono foi ocupado pelo Ancião de Dias. Este é o Deus soberano que exerce controle sobre homens e nações (ver Isaías 43.13). Suas roupas e cabelos brancos falam de Sua santidade (descrição semelhante a de Apocalipse 1:14).

A descrição de Daniel da glória ao redor daquele sentado no trono flamejante com rodas lembra a descrição da glória de Deus que Ezequiel viu (Ezequiel 1:4-28).

Os milhares que cercavam o trono eram servos de Deus, anjos que executam Sua vontade. Quando Daniel viu Deus, o Juiz, tomar Seu assento, o tribunal foi convocado e os livros foram abertos.

Curiosamente, como dito anteriormente, o nome de Daniel significa “Deus julgou” ou “Deus é meu Juiz”. Aqui Daniel viu Deus como o Juiz do mundo.

Em Apocalipse 20:12 a abertura dos livros refere-se a uma revisão e julgamento de sua mordomia. Assim Deus, que atribui poder aos reinos, julgará esses reinos.

Daniel 7.11-14: O Filho do Homem

11 “Continuei a observar por causa das palavras arrogantes que o chifre falava. Fiquei olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo foi destruído e atirado no fogo. 12 Dos outros animais foi retirada a autoridade, mas eles tiveram permissão para viver por um período de tempo. 13 “Em minha visão à noite, vi alguém semelhante a um filho de homem, vindo com as nuvens dos céus. Ele se aproximou do ancião e foi conduzido à sua presença. 14 Ele recebeu autoridade, glória e o reino; todos os povos, nações e homens de todas as línguas o adoraram. Seu domínio é um domínio eterno que não acabará, e seu reino jamais será destruído. (Dn 7.11–14)

Enquanto Daniel observava o chifre pequeno por causa de sua arrogância, ele viu que o quarto animal foi morto e entregue ao fogo ardente. Este evento encerrará “os tempos dos gentios” (Lucas 21:24,27).

💡 Os reinos representados pelas três bestas precedentes já haviam sido destituídos de seu poder pela conquista militar. Mas a quarta besta terá o seu poder retirado não por ser conquistada militarmente, mas pelo julgamento divino.

Cada um dos três, no entanto, foi autorizado a viver por um curto período de tempo. Isso pode significar que as culturas de cada um dos três primeiros impérios conquistados foram assimiladas pelas nações conquistadoras.

Na terceira parte principal desta visão, Daniel viu o Filho do Homem aproximando-se do Ancião de Dias.

Jesus Cristo, tomando o título “Filho do Homem” desta profecia, frequentemente o usou para se referir a Si mesmo, como lemos em Marcos 8:31.

Quando o Filho do Homem foi trazido à presença do Ancião de Dias, toda a autoridade, glória e poder soberano que haviam sido exercidos pelos governantes dos quatro reinos sobre todos os povos, nações e homens de todas as línguas foi conferido a Ele e aqueles povos O adoraram.

Isso está de acordo com a promessa do Pai ao Filho no Salmo 2:6-9, e será cumprida na Segunda Volta de Cristo (Mateus 24:30). O Filho do Homem estabelecerá um domínio ou reino eterno.

Esse reino nunca será conquistado por outro. Seu reinado será estabelecido na terra (Apocalipse 20:1-6).

Ao término dos 1.000 anos do reinado milenar do Senhor, Ele entregará o reino a Deus Pai, após o qual Cristo será designado como Governante sobre o reino eterno de Deus para sempre (1 Coríntios 15:24-28).

Daniel 7.15-17: Os quatro reinos

15 “Eu, Daniel, fiquei agitado em meu espírito, e as visões que passaram pela minha mente me aterrorizaram. 16 Então me aproximei de um dos que ali estavam e lhe perguntei o significado de tudo o que eu tinha visto. “Ele me respondeu, dando-me esta interpretação: 17 ‘Os quatro grandes animais são quatro reinos que se levantarão na terra. (Dn 7.15–17)

💡 Como Nabucodonosor antes dele, Daniel ficou perturbado por causa de seu sonho. Embora ele tivesse demonstrado a capacidade de interpretar sonhos em ocasiões anteriores, ele não conseguiu interpretar este.

Então ele chamou um dos que estavam perto, aparentemente o anjo mais tarde identificado como Gabriel, para interpretar a visão para ele.

Foi explicado que os quatro grandes animais representam quatro reinos. Como afirmado anteriormente, os quatro reinos são a Babilônia, representada pelo leão; Medo-Pérsia, representada pelo urso levantado de um lado; a Grécia, representada pelo leopardo alado de quatro cabeças; e Roma, representada pela besta mestiça.

Daniel 7.18-20: Os santos do Altíssimo

18 Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para sempre; sim, para todo o sempre’. 19 “Então eu quis saber o significado do quarto animal, diferente de todos os outros e o mais aterrorizante, com seus dentes de ferro e garras de bronze, o animal que despedaçava e devorava suas vítimas, e pisoteava tudo o que sobrava. 20 Também quis saber sobre os dez chifres da sua cabeça e sobre o outro chifre que surgiu para ocupar o lugar dos três chifres que caíram, o chifre que tinha olhos e uma boca que falava com arrogância. (Dn 7.18–20)

Após a destruição da quarta besta na Segunda Volta de Jesus, os santos do Altíssimo receberão o reino. Os “santos” referem-se aos judeus crentes, não aos crentes da Era da Igreja.

A existência da igreja na era atual não foi revelada em nenhum lugar no Antigo Testamento. A nação de Israel foi posta de lado pela disciplina divina nos atuais “tempos dos gentios”, que começaram com Nabucodonosor.

Durante os “tempos dos gentios” quatro impérios, foi dito a Daniel, surgiriam e governariam a terra e o povo de Israel.

No entanto, a aliança de Deus com Davi (ver 2 Samuel 7:16) permanece e será finalmente cumprida. Os “santos” (judeus crentes quando Cristo retornar à terra) desfrutarão do reino, o cumprimento da promessa de Deus a Israel.

Daniel parece não ter tido dificuldade em interpretar o significado dos três primeiros animais.

💡 Foi a quarta besta quem mais o impressionou, e ele pediu ao anjo para interpretar o significado da besta e seus 10 chifres e o outro chifre que surgiu entre os 10 chifres, e era tão imponente.

O que é representado pelos 10 chifres e particularmente o chifre pequeno é de grande importância.

Pois deste ponto até o final da profecia, Daniel se preocupou com a revelação sobre a pessoa e obra do indivíduo representado por este chifre pequeno.

Daniel 7.21-23: Quem é o pequeno chifre?

21 Enquanto eu observava, esse chifre guerreava contra os santos e os derrotava, 22 até que o ancião veio e pronunciou a sentença a favor dos santos do Altíssimo; chegou a hora de eles tomarem posse do reino. 23 “Ele me deu a seguinte explicação: ‘O quarto animal é um quarto reino que aparecerá na terra. Será diferente de todos os outros reinos e devorará a terra inteira, despedaçando-a e pisoteando-a. (Dn 7.21–23)

Vários fatos sobre este chifre pequeno já haviam sido revelados a Daniel:

  1. Ele veio depois que os 10 chifres existiam e então era contemporâneo deles;
  2. Arrancou 3 dos 10 chifres (reis);
  3. Era inteligente (tinha olhos de homem);
  4. Era arrogante e blasfemo;

Agora três fatos adicionais são dados:

  1. Ele perseguirá os santos do Altíssimo. Obviamente, o chifre representa uma pessoa. Em Daniel 7:24 ele é chamado de um rei. Como no versículo 18, os santos se referem à nação de Israel. Sua perseguição a Israel acontecerá na Tribulação.
  2. Ele vencerá a nação de Israel e colocará essa nação sob sua autoridade.
  3. Ele será julgado por Deus, e Israel, não mais sob o domínio do chifre pequeno, entrará em suas bênçãos pactuadas no reino.

O objetivo do reino da besta

💡 Embora historicamente a esfera do quarto animal, embora maior do que a extensão de cada um dos três reinos anteriores, fosse limitada, a esfera deste governante vindouro no quarto reino será mundial.

Foi dito a Daniel que este império devorará toda a terra (Apocalipse 13:7). E será uma conquista feroz, na qual esse reino pisoteará e esmagará aqueles que se opõem a ele.

Isso antecipa um governo mundial vindouro sob um ditador mundial.

Daniel 7.24,25: Quem são os dez chifres?

24 Os dez chifres são dez reis que sairão desse reino. Depois deles um outro rei se levantará, e será diferente dos primeiros reis. 25 Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará mudar os tempos e as leis. Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e meio tempo. (Dn 7.24–25)

💡 O anjo então interpretou o significado dos 10 chifres, afirmando que são 10 reis neste reino. O quarto império, apesar de seu grande poder, será caracterizado por fraqueza progressiva, deterioração e divisão.

Quando os bandos do norte conquistaram o Império Romano no século V d.C., elas não se uniram para formar outro império.

Em vez disso, nações individuais emergiram do antigo Império Romano. Algumas dessas nações e outras delas decorrentes continuaram até os dias atuais.

A era atual, então, é a era de 10 chifres da quarta besta.

Algum tempo depois do surgimento dos 10 chifres – e nenhuma pista foi dada a Daniel sobre quanto tempo depois – outro rei (o chifre pequeno) surgirá. Em sua ascensão ao poder, ele subjugará 3 reis (chamados 3 chifres no v. 8), ou seja, ele colocará 3 das 10 nações sob sua autoridade em sua ascensão inicial ao poder.

Além de vários fatos já dados sobre esse rei vindouro, três outros são agora revelados:

  1. Ele se oporá à autoridade de Deus. Ele falará contra o Altíssimo.
  2. Ele oprimirá Seus santos.
  3. Ele introduzirá uma era inteiramente nova na qual abandonará todas as leis anteriores e instituirá seu próprio sistema. Como em Daniel 9:27, ele aparecerá como amigo de Israel, mas se tornará o perseguidor de Israel (os santos serão entregues a ele) e ele ocupará Jerusalém como a capital de seu império por três anos e meio anos.

Um tempo, tempos e meio tempo referem-se aos três anos e meio da Grande Tribulação, com “um tempo” significando um ano, “tempos” dois anos, e “meio tempo” seis meses.

Isso equivale aos 1.260 dias em Apocalipse 12:6 e aos 42 meses em Apocalipse 11:2; 13:5.

Daniel 7.26-28: Um reino eterno

26 “ ‘Mas o tribunal o julgará, e o seu poder lhe será tirado e totalmente destruído, para sempre. 27 Então a soberania, o poder e a grandeza dos reinos que há debaixo de todo o céu serão entregues nas mãos dos santos, o povo do Altíssimo. O reino dele será um reino eterno, e todos os governantes o adorarão e lhe obedecerão’. 28 “Esse é o fim da visão. Eu, Daniel, fiquei aterrorizado por causa dos meus pensamentos e meu rosto empalideceu, mas guardei essas coisas comigo”. (Dn 7.26–28)

💡 Quando o Juiz, Deus Pai, convoca o tribunal, isto é, quando julga o chifre pequeno, seu poder será removido e ele será destruído. Isso ocorrerá na Segunda Volta de Jesus.

No início do Milênio, o Filho do Homem terá autoridade para governar, e Ele governará sobre os santos, o povo do Altíssimo, isto é, a nação de Israel, que foi ligada a Deus pela aliança de Deus com Abraão (Gênesis 12:1-6 e 15:18-21).

Este reino não será derrubado e substituído por outro. Continuará no Milênio e para sempre. Todos os povos e reis O adorarão e obedecerão.

A reação de Daniel

Este panorama profético dos tempos dos gentios foi tão impressionante para Daniel que ele ficou profundamente comovido. Ele não compartilhou a visão com ninguém na época.

Mas mais tarde, quando escreveu as profecias que levam seu nome, registrou o que lhe havia sido revelado na visão.

Não se pode escapar dos paralelos entre as verdades reveladas a Daniel nesta ocasião e o que foi revelado a Nabucodonosor no início de seu reinado no capítulo 2.

💡 Ambos cobrem o período dos tempos dos gentios. Ambos os sonhos indicam que Israel e sua terra serão governados por quatro impérios mundiais sucessivos.

A primeira foi a Babilônia, representada pela cabeça de ouro e o leão alado. O segundo foi o Império Medo-Persa, representado pelo peito e braços de prata e o urso levantado de um lado. O terceiro foi o Império Grego, representado pelo ventre e coxas de bronze e o leopardo alado de quatro cabeças. O quarto foi o Império Romano, representado pelas pernas de ferro com pés misturados com barro e pela besta mestiça.

A força de ferro do quarto império é vista nas pernas de ferro (Daniel 2:40) e nos dentes de ferro da besta (Daniel 7:7). A soberania passou da Assíria para a Babilônia em 609 a.C., da Babilônia para a Pérsia em 539 a.C., da Pérsia para a Grécia em 330 a.C. e da Grécia para Roma no primeiro século a.C.

Perto do fim dos tempos dos gentios, a autoridade mundial será exercida por alguém chamado “chifre pequeno” que procurará impedir o governo de Cristo na terra destruindo o povo da aliança de Deus.

Seu curto reinado de sete anos será encerrado durante a Segunda Volta de Jesus.

Em Sua vinda, Cristo estabelecerá Seu reino milenar na terra em cumprimento da aliança de Deus com Israel.

A visão amilenarista de que o “chifre pequeno” já apareceu em algum momento no passado (mas desde o Primeiro Advento de Cristo) está errada porque:

Motivos de oração em Daniel 7

Oro para que:

  • Deus revele sua vontade ao seu povo;
  • Tenhamos coração sensível ao Espírito Santo;
  • A vontade de Deus se cumpra na Terra.

Daniel 6 Estudo: Daniel na Cova dos Leões

Daniel 6 estudo

Em Daniel 6, há o relato completo do episódio em que Daniel é lançado na cova dos leões. Sua integridade e sua fé são testadas mais uma vez e o homem de Deus é aprovado.

Daniel é conhecido por sua lealdade a Deus, e ele o mostra mais uma vez nesta história.

Ele poderia ter sido facilmente morto pelos leões, mas ele permaneceu fiel a Deus.

Esta história é um lembrete de que não importa as provações que cruzarão o nosso caminho, precisamos permanecer fiéis a Deus.

O exemplo de Daniel nos mostra que mesmo nos momentos mais sombrios, o Senhor está sempre conosco.

Esboço de Daniel 6:

Dn 6.1-3: Quem foi Dario?

Dn 6.4-9: O plano para prejudicar Daniel

Dn 6.10,11: Daniel ora a Daniel na perseguição

Dn 6.12-18: Daniel é lançado na cova dos leões

Dn 6.19-24: Deus livra Daniel na cova dos leões

Dn 6.25-28: O decreto de Dario

Estudo de Daniel 6 em vídeo

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Daniel 6.1-3: Quem foi Dario?

Dario achou por bem nomear cento e vinte sátrapas para governarem todo o reino, 2 e colocou três supervisores sobre eles, um dos quais era Daniel. Os sátrapas tinham que prestar contas a eles para que o rei não sofresse nenhuma perda. 3 Ora, Daniel se destacou tanto entre os supervisores e os sátrapas por suas grandes qualidades, que o rei planejava colocá-lo à frente do governo de todo o império. (Dn 6.1–3)

💡 Os críticos há muito questionam se história de Daniel é autêntica. Eles desafiam o registro feito por Daniel com relação à ascensão de Dario ao trono, porque não há evidência histórica fora da Bíblia para seu reinado.

No entanto, várias explicações são possíveis.

A primeira

Dario pode ter sido outro nome para Ciro. Daniel 6:28 pode ser traduzido: “Assim, Daniel prosperou durante o reinado de Dario, mesmo o reinado de Ciro, o persa”.

Era comum os governantes antigos usarem nomes diferentes em várias partes de seus reinos. Assim, Dario pode ter sido um nome localizado para Ciro.

A segunda

Dario pode ter sido nomeado por Ciro para governar a Babilônia, uma porção comparativamente pequena do vasto Império Medo-Persa.

De acordo com Daniel 9:1, Dario “foi feito governante do Reino Babilônico”. Isso sugere que ele governou por nomeação, e não por conquista e, portanto, teria sido subordinado a Ciro, que o nomeou.

A situação histórica que levou a essa nomeação, baseada na Crônica de Nabonido, é a de que Babilônia foi conquistada por Ugbaru, governador de Gutium, que entrou na cidade de Babilônia na noite da festa de Belsazar.

Depois que Ugbaru conquistou a Babilônia em 12 de outubro de 539 a.C., Ciro entrou na cidade conquistada em 29 de outubro do mesmo ano. Ugbaru foi então nomeado por Ciro para governar em seu nome na Babilônia.

Oito dias após a chegada de Ciro (6 de novembro), Ugbaru morreu. Se Dario, o medo, for outro nome para Ugbaru, como é perfeitamente possível, o problema está resolvido.

Como Dario tinha 62 anos quando assumiu a Babilônia (Daniel 5:31), sua morte algumas semanas depois não seria incomum. De acordo com essa visão Gubaru é outra grafia para Ugbaru, com o nome Gobrias sendo um forma grega do mesmo nome.

A terceira

Pode ter acontecido que Ugbaru (Dario), governador de Gútios, conquistou a Babilônia, e que ele foi o homem que Ciro designou para governar a Babilônia.

A quarta

Outros ainda sugerem que Dario, o medo, deve ser identificado com Cambises, filho de Ciro, que governou a Pérsia 530-522 a.C.

Qualquer uma dessas quatro opiniões pode estar correta, mas talvez a segunda é a mais coerente.

A administração de Dario

Uma das primeiras responsabilidades de Dario foi reorganizar o recém-conquistado reino da Babilônia.

Ele designou 120 sátrapas para governar o reino da Babilônia, e os colocou sob a liderança de três administradores um dos quais era Daniel.

Os sátrapas eram responsáveis pelos três administradores (talvez 40 sátrapas para cada administrador), de modo que o rei era muito auxiliado em suas responsabilidades administrativas.

Daniel foi um administrador excepcional, em parte por causa de sua vasta experiência sob Nabucodonosor por cerca de 39 anos.

Assim, o rei planejou tornar Daniel responsável pela administração de todo o reino. Isso, claro, criou atrito entre Daniel e os outros administradores e 120 sátrapas.

Daniel 6.4-9: O plano para prejudicar Daniel

4 Diante disso, os supervisores e os sátrapas procuraram motivos para acusar Daniel em sua administração governamental, mas nada conseguiram. Não puderam achar nele falta alguma, pois ele era fiel; não era desonesto nem negligente. 5 Finalmente esses homens disseram: “Jamais encontraremos algum motivo para acusar esse Daniel, a menos que seja algo relacionado com a lei do Deus dele”. 6 E assim os supervisores e os sátrapas, de comum acordo, foram falar com o rei: “Ó rei Dario, vive para sempre! 7 Todos os supervisores reais, os prefeitos, os sátrapas, os conselheiros e os governadores concordaram em que o rei deve emitir um decreto ordenando que todo aquele que orar a qualquer deus ou a qualquer homem nos próximos trinta dias, exceto a ti, ó rei, seja atirado na cova dos leões. 8 Agora, ó rei, emite o decreto e assina-o para que não seja alterado, conforme a lei dos medos e dos persas, que não pode ser revogada”. 9 E o rei Dario assinou o decreto. (Dn 6.4–9)

Os dois administradores e 120 sátrapas buscaram alguma base para acusar Daniel em seu trabalho administrativo. Eles provavelmente estavam com ciúmes de sua posição e se ressentiam dele porque ele era judeu.

💡 Mas eles descobriram que Daniel não era corrupto; ele era confiável e correto no cumprimento de suas responsabilidades.

Eles decidiram que teriam que encontrar alguma base para acusação em sua fé e devoção a Deus, que eram claramente bem conhecidas por eles.

Assim, os 120 líderes se uniram e planejaram o mal contra Daniel.

Eles sugeriram ao rei Dario que ele, o rei, fosse o único objeto de adoração por 30 dias.

Ou os 120 conseguiram que outros concordassem com o plano (incluindo prefeitos, conselheiros e governadores) ou os 120 apenas disseram que os outros concordavam.

Dizer que todos concordavam (v. 7) estava errado, pois certamente não haviam discutido isso com Daniel.

Todas as orações deveriam ser dirigidas ao rei em reconhecimento de seu poder na esfera religiosa. A penalidade por rebelar-se contra sua autoridade religiosa seria a morte certa, sendo lançado na cova dos leões.

Dario, sem dúvida lisonjeado pela bajulação que receberia, consentiu com a conspiração e a assinou como lei, que segundo o costume medo-persa era irrevogável.

Daniel 6.10,11: Daniel ora a Daniel na perseguição

10 Quando Daniel soube que o decreto tinha sido publicado, foi para casa, para o seu quarto, no andar de cima, onde as janelas davam para Jerusalém e ali fez o que costumava fazer: três vezes por dia ele se ajoelhava e orava, agradecendo ao seu Deus. 11 Então aqueles homens foram investigar e encontraram Daniel orando, pedindo ajuda a Deus. (Dn 6.10–11)

💡 O decreto assinado em lei por Dario tornou-se de conhecimento público. Mas Daniel, sabendo do decreto, seguiu seu hábito de adoração (assim como ele havia feito antes) de ir ao seu próprio quarto no andar de cima três vezes por dia para orar a Deus.

Ele orou em direção a Jerusalém (ver 2 Crônicas 6:21).

A oração de Daniel é primeiramente uma oração de ação de graças quando ele reconhece a bondade de Deus para com ele. Além disso, sua oração também era uma oração por orientação e ajuda.

Sem dúvida, a responsabilidade do alto cargo pesava sobre Daniel e ele buscou a sabedoria de Deus nas decisões que teve que tomar.

Daniel tinha mais de 80 anos nessa época (539 a.C.); ele tinha cerca de 16 anos quando foi levado cativo 66 anos antes (605 a.C.).

Então, por causa de seus anos, ele também pode ter buscado a Deus para obter força física para realizar seus deveres exigentes.

Daniel não fez nenhuma tentativa de esconder sua devoção ou dependência de Deus, mesmo que agora significasse desobedecer a um decreto do rei.

Aparentemente seus adversários sabiam onde e quando ele orava, então foram para o quarto dele na hora e, como esperado, o encontraram orando.

Daniel 6.12-18: Daniel é lançado na cova dos leões

12 E foram logo falar com o rei acerca do decreto real: “Tu não publicaste um decreto ordenando que nestes trinta dias todo aquele que fizer algum pedido a qualquer deus ou a qualquer homem, exceto a ti, ó rei, será lançado na cova dos leões?” O rei respondeu: “O decreto está em vigor, conforme a lei dos medos e dos persas, que não pode ser revogada”. 13 Então disseram ao rei: “Daniel, um dos exilados de Judá, não te dá ouvidos, ó rei, nem ao decreto que assinaste. Ele continua orando três vezes por dia”. 14 Quando o rei ouviu isso, ficou muito contrariado e decidiu salvar Daniel. Até o pôr-do-sol, fez o possível para livrá-lo. 15 Mas os homens lhe disseram: “Lembra-te, ó rei, de que, segundo a lei dos medos e dos persas, nenhum decreto ou edito do rei pode ser modificado”. 16 Então o rei deu ordens, e eles trouxeram Daniel e o jogaram na cova dos leões. O rei, porém, disse a Daniel: “Que o seu Deus, a quem você serve continuamente, o livre!” 17 Taparam a cova com uma pedra, e o rei a selou com o seu anel-selo e com os anéis dos seus nobres, para que a decisão sobre Daniel não se modificasse. 18 Tendo voltado ao palácio, o rei passou a noite sem comer e não aceitou nenhum divertimento em sua presença. Além disso, não conseguiu dormir. (Dn 6.12–18)

A acusação logo foi feita contra Daniel por seus oponentes diante de Dario, que havia emitido o decreto. Dario se viu obrigado por sua própria lei; ele disse, o decreto permanece.

Nabucodonosor, o babilônio, estava acima da lei, enquanto Dario, o medo, estava sujeito à lei. Isso foi sugerido no contraste entre o ouro e a prata na imagem do sonho de Nabucodonosor (Daniel 2:32,39).

Ao ouvir sua acusação contra Daniel, a quem desprezaram ironicamente como um dos exilados de Judá, Dario ficou muito angustiado.

Embora Dario soubesse que estava sujeito à lei que havia feito, ele procurou alguma maneira de resgatar Daniel da penalidade que a lei incorreu. Mas, achando impossível fazê-lo, deu ordem para que Daniel fosse lançado na cova dos leões.

Quando ele foi lançado – para o que parecia ser uma morte certa – o rei disse: “Que o seu Deus, a quem você serve continuamente, o livre!”.

💡 Não se sabe se Dario sabia sobre a libertação de Deus dos três amigos de Daniel da fornalha ardente nos dias de Nabucodonosor. No entanto, a declaração de Dario expressou o desejo de que Daniel fosse poupado.

Ele certamente queria que ele fosse poupado, pois obviamente apreciava suas habilidades administrativas. Talvez ele tenha ficado impressionado com a confiança de Daniel em Deus.

Para que Daniel não pudesse escapar da cova dos leões, uma pedra foi colocada sobre a boca da cova, que foi então selada com um selo real.

Além da abertura lateral para a cova (talvez uma caverna subterrânea) pode ter havido uma abertura no topo.

O selo, uma impressão feita em argila por uma imagem em um anel, informava aos outros que a pedra não deveria ser adulterada para libertar Daniel.

Relutantemente, o rei confinou Daniel à cova.

O rei estava profundamente agitado por ter sido enganado por seus administradores e sátrapas e por estar sujeito às suas próprias leis. Então ele passou uma noite sem dormir.

Daniel 6.19-24: Deus livra Daniel na cova dos leões

19 Logo ao alvorecer, o rei se levantou e correu para a cova dos leões. 20 Quando ia se aproximando da cova, chamou Daniel com voz que revelava aflição: “Daniel, servo do Deus vivo, será que o seu Deus, a quem você serve continuamente, pôde livrá-lo dos leões?” 21 Daniel respondeu: “Ó rei, vive para sempre! 22 O meu Deus enviou o seu anjo, que fechou a boca dos leões. Eles não me fizeram mal algum, pois fui considerado inocente à vista de Deus. Também contra ti não cometi mal algum, ó rei”. 23 O rei muito se alegrou e ordenou que tirassem Daniel da cova. Quando o tiraram da cova, viram que não havia nele nenhum ferimento, pois ele tinha confiado no seu Deus. 24 E, por ordem do rei, os homens que tinham acusado Daniel foram atirados na cova dos leões, junto com as suas mulheres e os seus filhos. E, antes de chegarem ao fundo, os leões os atacaram e despedaçaram todos os seus ossos. (Dn 6.19–24)

Ao amanhecer, o rei, depois de uma noite sem dormir, correu para a cova dos leões. Angustiado por provavelmente encontrar Daniel consumido, Dario esperou contra a esperança que o estadista idoso pudesse ter sido resgatado por Deus, a quem ele servia.

💡 Daniel respondeu que Deus de fato o manteve ileso por causa de sua vida obediência (v. 22) e porque ele confiava em Deus. O Anjo de Deus, disse Daniel, manteve a boca dos leões fechada.

Talvez este Anjo, como Aquele na fornalha ardente com os três jovens (Daniel 3:25), fosse o Cristo pré-encarnado.

Ao descobrir que Daniel ainda estava vivo, Dario ficou muito feliz e o tirou da cova. Essa experiência ilustrou para Dario a validade da fé em Deus e Seu poder para controlar as circunstâncias e libertar aqueles que confiam nEle.

Por 30 dias Dario foi chamado de deus pelo povo em seu reino. Mas Daniel serviu ao verdadeiro Deus, que fez o que Dario nunca poderia fazer: fechar a boca dos leões para proteger aquele que dependia dele.

Então o rei ordenou que os acusadores de Daniel e suas famílias fossem lançados na cova. A tentativa por falsa acusação de exterminar esse judeu cativo que se tornou executivo foi um bumerangue (muito parecido com o que aconteceu a Hamã, em Ester 7:9-10).

Os acusadores convenceram Dario a pôr em vigor um decreto que pretendia acabar com a vida de Daniel, mas ironicamente não conseguiram alcançar seu objetivo.

Daniel 6.25-28: O decreto de Dario

25 Então o rei Dario escreveu aos homens de todas as nações, povos e línguas de toda a terra: “Paz e prosperidade! 26 “Estou editando um decreto para que em todos os domínios do império os homens temam e reverenciem o Deus de Daniel. “Pois ele é o Deus vivo e permanece para sempre; o seu reino não será destruído, o seu domínio jamais acabará. 27 Ele livra e salva; faz sinais e maravilhas nos céus e na terra. Ele livrou Daniel do poder dos leões”. 28 Assim Daniel prosperou durante os reinados de Dario e de Ciro, o Persa. (Dn 6.25–28)

💡 Aquele que por seu decreto estava sendo reverenciado por um mês como deus agora fez uma proclamação de que todos os súditos de sua nação deve temer e reverenciar o Deus de Daniel.

Esta foi uma reviravolta incrível da parte de Dario!

A razão para isso, ele mesmo declara, “Pois ele é o Deus vivo e permanece para sempre; o seu reino não será destruído, o seu domínio jamais acabará”.

Enquanto os deuses dos medos e persas eram ídolos mortos.

Este Deus é eterno, Seu reino é indestrutível, e Ele intervém nos assuntos das pessoas e livra aqueles que confiam nEle.

Ele opera por poder meio de sinais e maravilhas, para realizar Sua vontade, incluindo a devoção de Daniel. Tal Deus deve ser verdadeiramente reverenciado e adorado.

Apesar da oposição dos sátrapas e administradores, Daniel foi honrado e viveu durante os reinados de Dario e Ciro.

Motivos de oração em Daniel 6

Oro para que:

  • Deus gere em nossa geração, cristãos como Daniel;
  • Não abramos mão da nossa fé e relacionamento com Deus por causa da perseguição;
  • Deus nos livre da boca do leão.

Daniel 5 Estudo: A Visão de Belsazar

Daniel 5 estudo

Em Daniel 5, o rei Belsazar o sucessor de Nabucodonosor, profana os utensílios do Templo de Deus com bebidas e concubinas. Isso deixa o Senhor Deus muito irritado. No meio da festa, aparece uma mão que escreve na parede algo que ninguém ali consegue decifrar. Todos ficam atônitos.

O rei desesperado pede aos seus sábios que decifrem o enigma, mas nenhum deles é capaz. A rainha por sua vez, já conhecia a história de Daniel e sugeriu ao rei que o convocasse.

É muito forte o que Deus é capaz de fazer na vida de seus servos quando eles se colocam à Sua disposição. Daniel, um escravo, tornou-se a voz de Deus naquela nação tão poderosa e influente.

A minha oração é que o Senhor levante uma geração de homens e mulheres como Daniel. Que não briguem por cargos dentro da Igreja, mas que sejam luz fora dela.

Ao ouvir o caso, Daniel dá a interpretação que é uma sentença contra o governo de Belsazar por ter profanado os instrumentos do Templo de Deus.

Precisamos ter cuidado com a Casa de Deus e seus utensílios. Em nossos dias é muito comum as pessoas dizerem “Eu sou a Igreja”, com isso muitos desrespeitam a casa do Senhor.

Jogam lixo no chão, falam palavrão dentro da Igreja, não respeita o altar, etc. Precisamos estar atentos ao que Deus fez a Belsazar. A atitude irreverente dele trouxe a ira de Deus para si.

Quem foi Belsazar?

Os eventos registrados em Daniel 1– 4 pertenciam ao reinado de Nabucodonosor, que expandiu e uniu o Império Babilônico. Nabucodonosor morreu em 562 a.C. depois de governar 43 anos.

Os anos seguintes da história babilônica até sua derrubada por Ciro em 539 a.C. foram marcados por deterioração progressiva, intriga e assassinato.

Nabucodonosor foi sucedido por seu filho Evil-Merodaque, que governou por dois anos (562–560 a.C., 2 Reis 25:27–30).

Evil-Merodaque foi assassinado em agosto de 560 a.C. por Neriglissar, genro de Nabucodonosor e próprio cunhado de Evil-Merodaque.

Neriglissar então governou quatro anos (560–556 a.C.). Ele é o Nergal-Sarezer mencionado em Jeremias 39:3,13.

Na sua morte, ele foi sucedido por seu filho Labasi-Marduk, que governou apenas dois meses (maio e junho de 556) antes de ser assassinado e sucedido por Nabonido, que reinou 17 anos (556-539 a.C.).

Nabonido fez muito para restaurar a glória que pertencia à Babilônia sob o reinado de Nabucodonosor.

A mãe de Nabonido era a alta sacerdotisa do deus da lua em Harã. Talvez por causa de sua influência, ele teve grande interesse em restaurar e expandir a religião babilônica e fez muito para restaurar templos abandonados.

Ele esteve ausente da Babilônia por 10 de seus 17 anos, de 554 a 545 a.C.

Em Harã, ele restaurou o templo do deus-lua Sin, e então atacou Edom e conquistou partes da Arábia, onde viveu por algum tempo.

Belsazar era o filho mais velho de Nabonido e foi nomeado por seu pai como seu co-regente. Nabucodonosor é apontado como o pai de Belsazar em Daniel 5:2, no sentido de que ele era seu ancestral ou predecessor.

Esta co-regência explica por que Belsazar foi chamado rei (v. 1) e por que ele exerceu autoridade real, embora Nabonido realmente estivesse no trono.

O capítulo 5 de Daniel pode ser dividido em 8 partes e nós vamos estudar cada uma delas.

Esboço de Daniel 5:

Dn 5.1-4: Belsazar, o profano

Dn 5.5-7: A mão que escreve na parede

Dn 5.8-12: Belsazar fica aterrorizado

Dn 5.13-16: Belsazar chama Daniel à sua presença

Dn 5.17-21: A resposta de Daniel a Belsazar

Dn 5.22-24: Belsazar não glorificou a Deus

Dn 5.25-28: O significado de “MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM”

Dn 5.29-31: O cumprimento da revelação de Daniel

 

Estudo de Daniel 5 em vídeo

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Daniel 5.1-4: Belsazar, o profano

Certa vez o rei Belsazar deu um grande banquete para mil dos seus nobres, e com eles bebeu muito vinho. 2 Enquanto Belsazar bebia vinho, deu ordens para trazerem as taças de ouro e de prata que o seu predecessor, Nabucodonosor, tinha tomado do templo de Jerusalém, para que o rei e os seus nobres, as suas mulheres e as suas concubinas bebessem nessas taças. 3 Então trouxeram as taças de ouro que tinham sido tomadas do templo de Deus em Jerusalém, e o rei e os seus nobres, as suas mulheres e as suas concubinas beberam nas taças. 4 Enquanto bebiam o vinho, louvavam os deuses de ouro, de prata, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra. (Dn 5.1–4)

💡 Babilônia estava sendo sitiada pelo exército persa, liderado por Ugbaru, governador de Gutium, enquanto Belsazar, dentro da cidade, dava um grande banquete para 1.000 de seus nobres.

O nome de Belsazar significa “Bel (outro nome para o deus Marduque) protegeu o rei”.

Talvez o banquete tenha sido dado para mostrar o desprezo de Belsazar em razão do ataque dos persas e para acalmar os temores de seu povo.

Arqueólogos escavaram um grande salão na Babilônia, com 15 metros de largura e 55 metros de comprimento, com paredes rebocadas. Tal sala teria sido suficiente para abrigar uma reunião deste tamanho.

💡 Belsazar considerou sua cidade protegida contra ataques por causa de suas muralhas maciças. Dentro da cidade havia suprimentos que a sustentariam por 20 anos. Portanto, o rei não achava que tinha motivos para preocupação.

O próprio banquete mostrou o desprezo de Belsazar pelo poder dos homens.

Então, para mostrar seu desprezo pelo poder do verdadeiro Deus, ele ordenou que as taças de ouro e prata que Nabucodonosor trouxe do Templo em Jerusalém fossem dadas aos foliões para poder beber deles.

Ao beber, o povo honrava os deuses da Babilônia – ídolos feitos de ouro, prata, bronze, ferro, madeira e pedra.

Nabonido, pai de Belsazar, havia tentado fortalecer a religião babilônica. De acordo com isso, esse ato de seu filho pode ter sido uma tentativa de desfazer a influência de Nabucodonosor em honrar o Deus de Israel (Daniel 4:34-35).

As várias esposas e concubinas do rei também estavam lá.

Daniel 5.5-7: A mão que escreve na parede

5 Mas, de repente apareceram dedos de mão humana que começaram a escrever no reboco da parede, na parte mais iluminada do palácio real. O rei observou a mão enquanto ela escrevia. 6 Seu rosto ficou pálido, e ele ficou tão assustado que os seus joelhos batiam um no outro e as suas pernas vacilaram. 7 Aos gritos, o rei mandou chamar os encantadores, os astrólogos e os adivinhos e disse a esses sábios da Babilônia: “Aquele que ler essa inscrição e interpretá-la, revelando-me o seu significado, vestirá um manto vermelho, terá uma corrente de ouro no pescoço, e será o terceiro em importância no governo do reino”. (Dn 5.5–7)

💡 De repente, a alegria estridente da folia deu lugar ao medo silencioso. Perto de um dos candelabros que iluminavam o salão de banquetes, dedos de uma mão humana foram vistos escrevendo na parede rebocada.

O rei aterrorizado observou enquanto a mão escrevia uma mensagem.

Então ele se levantou da cadeira em que estava sentado e de onde liderava as comemorações e ficou para observando.

Belsazar ficou tão assustado que suas pernas perderam a força e ele caiu no chão.

Como era o costume Belsazar convocou os sábios, encantadores, astrólogos e adivinhos e prometeu recompensar quem interpretasse o significado deste estranho fenômeno.

E a promessa era a de uma grande recompensa.

O intérprete seria vestido de púrpura, isto é, ele receberia autoridade real. Também receberia uma corrente de ouro, que sem dúvida tinha grande valor financeiro.

E ele seria o terceiro governante mais alto do reino.

Como Nabonido era rei e Belsazar seu co-regente, o cargo mais alto a ser conferido era o de terceiro governante mais alto.

A oferta do rei mostra o tamanho de seu medo.

Daniel 5.8-12: Belsazar fica aterrorizado

8 Todos os sábios do rei vieram, mas não conseguiram ler a inscrição nem dizer ao rei o seu significado. 9 Diante disso o rei Belsazar ficou ainda mais aterrorizado e o seu rosto, mais pálido. Seus nobres estavam alarmados. 10 Tendo a rainha ouvido os gritos do rei e dos seus nobres, entrou na sala do banquete e disse: “Ó rei, vive para sempre! Não fiques assustado nem tão pálido! 11 Existe um homem em teu reino que possui o espírito dos santos deuses. Na época do teu predecessor verificou-se que ele era um iluminado e tinha inteligência e sabedoria como a dos deuses. O rei Nabucodonosor, teu predecessor — sim, o teu predecessor — o nomeou chefe dos magos, dos encantadores, dos astrólogos e dos adivinhos. 12 Verificou-se que esse homem, Daniel, a quem o rei dera o nome de Beltessazar, tinha inteligência extraordinária e também a capacidade de interpretar sonhos e resolver enigmas e mistérios. Manda chamar Daniel, e ele te dará o significado da escrita”. (Dn 5.8–12)

💡 Os sábios não conseguiam ler ou interpretar a escrita na parede. Este fato produziu um medo ainda maior no rei. A incapacidade de interpretar a mensagem a tornou ainda mais ameaçadora.

Então todos os convidados que, como o rei, viram a escrita na parede foram lançados em total confusão (seus nobres ficaram perplexos).

O som de confusão no salão de banquetes chegou aos ouvidos da rainha. Evidentemente ela não era uma esposa de Belsazar, pois suas esposas estavam com ele no salão (vv. 2-3). Ela era a mãe do rei, ou talvez até sua avó.

O fato de ela saber quem era Nabucodonosor e Daniel parece sugerir que ela era a avó de Belsazar.

Ela evidentemente teve contato anterior com Daniel, um homem que, ela disse, “possui o espírito dos santos deuses”.

Ela sabia de seu discernimento, inteligência, sabedoria, conhecimento, entendimento e habilidade para interpretar sonhos (v. 12).

Assim, ela aconselhou Belsazar a chamar Daniel e deixá-lo interpretar o que estava escrito na parede.

Daniel 5.13-16: Belsazar chama Daniel à sua presença

13 Assim Daniel foi levado à presença do rei, que lhe disse: “Você é Daniel, um dos exilados que meu pai, o rei, trouxe de Judá? 14 Soube que o espírito dos deuses está em você e que você é um iluminado e que tem inteligência e uma sabedoria fora do comum. 15 Trouxeram os sábios e os encantadores à minha presença para lerem essa inscrição e me dizerem o seu significado, porém eles não o conseguiram. 16 Mas eu soube que você é capaz de dar interpretações e de resolver mistérios. Se você puder ler essa inscrição e dizer-me o que significa, você será vestido com um manto vermelho e terá uma corrente de ouro no pescoço, e será o terceiro em importância no governo do reino”. (Dn 5.13–16)

💡 Seguindo a sugestão da rainha, Belsazar fez com que Daniel fosse trazido a sua presença. O rei aparentemente menosprezou Daniel, referindo-se a ele como um dos exilados de Judá.

Ele era da mesma terra cujo deus Belsazar estava desprezando!

O rei então retransmitiu a Daniel o que ele tinha ouvido da rainha sobre a capacidade de Daniel de fazer o que os sábios e encantadores eram incapazes de fazer.

Ele prometeu a Daniel as mesmas ricas recompensas que havia prometido aos sábios, se Daniel pudesse ler o que havia sido escrito na parede e interpretar seu significado.

Embora escrito em aramaico, era difícil de ler, talvez porque estivesse em uma escrita incomum.

Daniel 5.17-21: A resposta de Daniel a Belsazar

17 Então Daniel respondeu ao rei: “Podes guardar os teus presentes para ti mesmo e dar as tuas recompensas a algum outro. No entanto, lerei a inscrição para o rei e lhe direi o seu significado. 18 “Ó rei, foi a Nabucodonosor, teu predecessor, que o Deus Altíssimo deu soberania, grandeza, glória e majestade. 19 Devido à alta posição que Deus lhe concedeu, homens de todas as nações, povos e línguas tremiam diante dele e o temiam. A quem o rei queria matar, matava; a quem queria poupar, poupava; a quem queria promover, promovia; e a quem queria humilhar, humilhava. 20 No entanto, quando o seu coração se tornou arrogante e endurecido por causa do orgulho, ele foi deposto de seu trono real e despojado da sua glória. 21 Foi expulso do meio dos homens e sua mente ficou como a de um animal; passou a viver com os jumentos selvagens e a comer capim como os bois; e o seu corpo se molhava com o orvalho do céu, até reconhecer que o Deus Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e coloca no poder a quem ele quer. (Dn 5.17–21)

💡 Em sua resposta, Daniel resumiu a aliança de Deus com o antecessor de Belsazar, Nabucodonosor. Ele falou sobre as lições que Nabucodonosor havia aprendido com a soberania de Deus.

Deus é soberano e governa as nações e nomeia reis de acordo com Sua própria vontade, diz Daniel a Belsazar. Nabucodonosor foi levado à sua posição de poder no Império Babilônico por designação divina.

Seu domínio e governo foi amplamente reconhecida por povos, nações e homens de todas as línguas, e seus decretos eram imutáveis.

Quando Nabucodonosor falhou em reconhecer que o poder era de Deus e não dele, ele se tornou arrogante e orgulhoso.

Deus então o humilhou e o despojou de seu trono, enquanto ele vivia como um animal com os jumentos selvagens.

Por meio dessa disciplina, Nabucodonosor veio a reconhecer a grandeza da autoridade de Deus. Embora os fatos da insanidade de sete anos de Nabucodonosor possam ter sido escondidos da população, eles eram conhecidos pela família real.

Daniel 5.22-24: Belsazar não glorificou a Deus

22 “Mas tu, Belsazar, seu sucessor, não te humilhaste, embora soubesses de tudo isso. 23 Ao contrário, te exaltaste acima do Senhor dos céus. Mandaste trazer as taças do templo do Senhor para que nelas bebessem tu, os teus nobres, as tuas mulheres e as tuas concubinas. Louvaste os deuses de prata, de ouro, de bronze, de ferro, de madeira e de pedra, que não podem ver nem ouvir nem entender. Mas não glorificaste o Deus que sustenta em suas mãos a tua vida e todos os teus caminhos.24 Por isso ele enviou a mão que escreveu as palavras da inscrição. (Dn 5.22–24)

💡 Belsazar sabia o que Nabucodonosor havia vivido e deveria ter aprendido com isso. No entanto, ele não o fez; na verdade, ele havia desafiado abertamente o Senhor do céu bebendo das taças tiradas do templo em Jerusalém e louvando a deuses feitos por homens.

Eles não têm vida, mas, ao contrário deles o verdadeiro Deus não apenas tem vida, mas segurou a vida de Belsazar em Suas mãos.

Daniel utiliza um jogo de palavras interessante, mostrando que Deus, que segurava a vida de Belsazar em Suas mãos, enviou uma mão para escrever-lhe uma mensagem.

Belsazar, mesmo sabendo sobre quem é Deus e o que Ele pode fazer, deixou de honrá-lo.

Daniel 5.25-28: O significado de “MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM”

25 “Esta é a inscrição que foi feita: MENE, MENE, TEQUEL, PARSIM. 26 “E este é o significado dessas palavras: Mene: Deus contou os dias do teu reinado e determinou o seu fim. 27  Tequel: Foste pesado na balança e achado em falta. 28  Peres: Teu reino foi dividido e entregue aos medos e persas”. (Dn 5.25–28)

Então Daniel passou a interpretar o significado dessas palavras. Ele explicou que Mene queria dizer que Deus havia contado a duração dos dias do reino de Belsazar e estava prestes a acabar com ele.

Tekel significava que Belsazar havia sido avaliado por Deus, pesado em uma balança e encontrado em falta, ou seja, ele era muito leve.

Uma balança era o instrumento normal usado na pesagem de pagamentos. Um pagamento deveria atender a um determinado padrão, portanto, se não atendesse a esse padrão, seria rejeitado como inaceitável.

💡 O caráter moral e espiritual de Belsazar não estava à altura do padrão da justiça de Deus, então ele foi rejeitado.

Ao interpretar a terceira palavra, Daniel mudou o plural parsîn (v. 25) para o singular Peres (perēs). O reino de Belsazar deveria ser dividido e entregue aos medos e persas.

Aparentemente Daniel utiliza mais um jogo de palavras para fazer uma mudança nas vogais em perēs que resulta na palavra “persa” (Pāras).

Assim, a mensagem era que, por causa da degradação moral e espiritual do rei e de seu reino, Deus acabaria com o Império Babilônico e o entregaria aos medos e persas.

Daniel 5.29-31: O cumprimento da revelação de Daniel

29 Então, por ordem de Belsazar, vestiram Daniel com um manto vermelho, puseram-lhe uma corrente de ouro no pescoço, e o proclamaram o terceiro em importância no governo do reino. 30 Naquela mesma noite Belsazar, rei dos babilônios, foi morto, 31 e Dario, o medo, apoderou-se do reino, com a idade de sessenta e dois anos. (Dn 5.29–31)

Alguém poderia esperar que a ira de Belsazar caísse sobre Daniel por causa da mensagem que ele trouxe. Mas, em vez disso, o rei, fiel à sua palavra, recompensou Daniel.

💡 No entanto, o prazer de Daniel por essas honras e da posição para a qual ele havia sido promovido durou pouco, pois naquela mesma noite Belsazar foi morto e Dario, o medo, que assumiu o reino. A cidade estava sob ataque de Ciro.

Antecipando-se a um longo cerco, a cidade armazenou suprimentos para durar 20 anos.

O rio Eufrates corria pela cidade de norte a sul, de modo que os moradores tinham um amplo suprimento de água. Belsazar tinha uma falsa sensação de segurança, porque o exército persa, liderado por Ugbaru, estava fora dos muros da cidade de Babilônia.

Seu exército foi dividido, parte estava posicionada onde o rio entrava na cidade ao norte e a outra parte estava posicionada onde o rio saía da cidade ao sul. O exército desviou a água para o norte da cidade cavando um canal do rio até um lago próximo.

Com a água desviada, o nível baixou e os soldados puderam entrar na cidade passando por baixo da comporta.

Como as muralhas estavam desprotegidas, os persas, uma vez dentro da cidade, conseguiram conquistá-la sem luta.

Significativamente, a derrota de Babilônia cumpriu não apenas a profecia que Daniel fez mais cedo naquela mesma noite (Daniel 5:28), mas também uma profecia de Isaías (Isaías 47:1-5).

A derrubada da Babilônia ocorreu na noite de 16 de Tishri (12 de outubro de 539 a.C.).

O domínio dos medos e persas foi a segunda fase dos tempos dos gentios (o tronco de prata e os braços da imagem em Daniel 2).

Os eventos do capítulo 5 ilustram que Deus é soberano e age de acordo com Seus planos predeterminados. Esses eventos também antecipam a derrubada final de todas as potências mundiais gentias que se rebelam contra Deus e são marcadas pela corrupção moral e espiritual.

Tal julgamento, antecipado em Salmos 2:4–6 e Apocalipse 19:15–16, será cumprido na Segunda Volta de Jesus Cristo a esta terra.

Motivos de oração em Daniel 5

Oro para que:

  • A vontade de Deus seja feita na Terra, como é feita no céu;
  • Deus retire do governo homens e mulheres malignos;
  • Manifeste seu poder aos governantes da Terra.

Daniel 4 Estudo: O Arrependimento de Nabucodonosor

Daniel 4 Estudo: Nabucodonosor declara a glória de Deus (Bíblia Explicada)

Em Daniel 4, Nabucodonosor reconhece a glória de Deus e se maravilha com ela. O grande imperador foi convencido de que o Senhor é maior do que todos os reis da Terra.

Ele tem mais um sonho, desta vez a ilustração é uma grande árvore que é derrubada. Ele se perturba e como antes, apenas Daniel consegue interpretá-lo.

No fim, Nabucodonosor é humilhado e pelo que parece perde o poder de governar. Após este período ele se arrepende e reconhece que só o Senhor é Deus.

O Senhor é poderoso para glorificar Seu nome sobre qualquer nação, autoridade, governo e celebridade.

Muitas “estrelas” deste mundo acham que não precisam de Deus ou que Ele é incapaz de tocá-los. Contudo, a soberania de Deus é infinita.

Através de Nabucodonosor o Senhor nos mostra que não há autoridade capaz de resisti-Lo. Ele é Senhor nos céus e na Terra, e como o próprio Nabucodonosor reconheceu: “Ninguém é capaz de resistir à sua mão ou dizer-lhe: “O que fizeste?””

Portanto, sejamos confiantes na grandeza do nosso Deus.

Esboço de Daniel 4:

Dn 4.1-3: Nabucodonosor declara a glória de Deus

Dn 4.4-7: Nabucodonosor tem um novo sonho

Dn 4.8-12: Nabucodonosor chama a Daniel

Dn 4.13-18: A grande árvore cortada

Dn 4.19-25: Daniel explica o significado do sonho

Dn 4.26,27: Chamado ao arrependimento

Dn 4.28-33: Deus julga Nabucodonosor

Dn 4.34,35: A confissão de Nabucodonosor

Dn 4.36,37: A restauração de Nabucodonosor

 

Estudo em vídeo de Daniel 4

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Daniel 4.1-3: Nabucodonosor declara a glória de Deus

O rei Nabucodonosor, aos homens de todas nações, povos e línguas, que vivem no mundo inteiro: Paz e prosperidade! 2 Tenho a satisfação de falar-lhes a respeito dos sinais e das maravilhas que o Deus Altíssimo realizou em meu favor. 3 Como são grandes os seus sinais, como são poderosas as suas maravilhas! O seu reino é um reino eterno; o seu domínio dura de geração em geração. (Dn 4.1–3)

Nabucodonosor reinou durante 43 anos (605-562 a.C.). Sua insanidade durou sete, e ele retornou ao trono novamente antes de morrer.

Este incidente pode ter ocorrido por volta de 508, segundo a linha do tempo de vida de Daniel nos capítulos 1-12, o que representa aproximadamente 30 depois de experimentar três homens queimando dentro de uma fornalha ardente ao ouvir vozes angélicas dizendo-lhes que não temessem, mas que continuassem a ter fé; permitindo, portanto, que o plano de Deus avançasse, não importando os desafios que enfrentassem.

O Espírito Santo inspirou Daniel a escrever a proclamação oficial de Nabucodonosor, que circulou por todo o seu reino.

A inspiração de Deus veio sobre ele e revelou que aqueles que confiam nele serão sempre libertados; mas isto não foi tudo – quando chegou a hora destas palavras na Terra, elas foram verificadas por algo muito mais significativo do que apenas a verdade bíblica: Nosso Criador!

💡 Em sua proclamação a todo o povo de seu império, o rei Nabucodonosor anunciou que, através dos sinais milagrosos de Deus, havia aprendido de seu poder e vontade soberana.

E assim é com a onipotência pronunciada sobre ele por toda a eternidade!

Daniel 4.4-7: Nabucodonosor tem um novo sonho

4 Eu, Nabucodonosor, estava satisfeito e próspero em casa, no meu palácio. 5 Tive um sonho que me deixou alarmado. Estando eu deitado em minha cama, os pensamentos e visões que passaram pela minha mente deixaram-me aterrorizado. 6 Por isso decretei que todos os sábios da Babilônia fossem trazidos à minha presença para interpretarem o sonho para mim. 7 Quando os magos, os encantadores, os astrólogos e os adivinhos vieram, contei-lhes o sonho, mas eles não puderam interpretá-lo. (Dn 4.4–7)

💡 Pela segunda vez, uma revelação foi dada a Nabucodonosor através de um sonho. Este sonho, como o de anos anteriores, aterrorizou o rei.

Embora contente e próspero, ele estava com medo. Então ele procurou uma interpretação do sonho para acalmar seus medos.

Os sábios da Babilônia haviam sido desacreditados porque não conseguiam interpretar o primeiro sonho do rei (2:10-12). Mas os conselheiros foram contratados para dar uma resposta, e quando esses outros astrólogos tentaram a sorte de descobrir – eles também falharam!

Daniel 4.8-12: Nabucodonosor chama a Daniel

8 Por fim veio Daniel à minha presença e eu lhe contei o sonho. Ele é chamado Beltessazar, em homenagem ao nome do meu deus; e o espírito dos santos deuses está nele. 9 Eu disse: Beltessazar, chefe dos magos, sei que o espírito dos santos deuses está em você, e que nenhum mistério é difícil demais para você. Vou contar-lhe o meu sonho; interprete-o para mim. 10 Estas são as visões que tive quando estava deitado em minha cama: olhei, e diante de mim estava uma árvore muito alta no meio da terra. 11 A árvore cresceu tanto que a sua copa encostou no céu; era visível até os confins da terra. 12 Tinha belas folhas, muitos frutos, e nela havia alimento para todos. Debaixo dela os animais do campo achavam abrigo, e as aves do céu viviam em seus galhos; todas as criaturas se alimentavam daquela árvore. (Dn 4.8–12)

O rei contou seu sonho a Daniel porque seus conselheiros, magos e sábios idolatras não puderam ajudá-lo. A única pessoa que podia ajudá-lo era alguém que adorava Yahweh, então o rei chamou este profeta judeu do exílio babilônico chamado Beltessazar (Daniel 1:7).

Já havia se passado um bom desde a última vez que Daniel interpretou o sonho do rei com relação à estátua e os reinos, embora semelhante este evento fala sobre outras revelações.

Daniel estava em uma posição de autoridade governamental significativa e não servia como conselheiro do rei (Daniel3:12). Isso explicaria por que ele não foi incluído no convite feito anteriormente aos magos.

💡 Por causa da impressão causada em Nabucodonosor pela interpretação anterior de Daniel, é provável que o rei não tenha esquecido a capacidade de Daniel de interpretar sonhos.

Possivelmente o rei suspeitava que a mensagem contida em seu sonho era especial e esperava que os sábios pudessem traduzi-la quando a interpretassem para ele.

O rei pensou que Daniel operava pelo espírito dos deuses santos e que através dele a mensagem seria revelada. Obviamente Nabucodonosor ainda era politeísta, embora tivesse reconhecido a soberania de Yahweh anos antes (Daniel 2:47; 3:28-29).

Daniel era muito respeitado por Nabucodonosor, não porque ele tivesse qualquer poder sobre os que o rodeavam, mas porque a sua sabedoria fazia com que todos os outros parecessem fracos.

Quando solicitado a interpretar sonhos para o próprio rei da Babilônia, Daniel concordou de bom grado, sem hesitação ou medo.

O sonho de Nabucodonosor era simples. Ele ficou perplexo não pelo que tinha visto, mas por sua incapacidade de entender seu significado. Anteriormente, Nabucodonosor havia viajado ao Líbano para assistir à derrubada dos grandes cedros para fornecer madeira para seus projetos de construção na Babilônia.

Então ele testemunhou a derrubada de árvores poderosas. A árvore que ele viu em seu sonho era significativa por causa de seu tamanho, sua beleza e seu fruto.

Fornecia comida e abrigo para todos os animais e pássaros que viviam sob ela ou nela.

Daniel 4.13-18: A grande árvore cortada

13 Nas visões que tive deitado em minha cama, olhei e vi diante de mim uma sentinela, um anjo que descia do céu; 14 ele gritou em alta voz: “Derrubem a árvore e cortem os seus galhos; arranquem as suas folhas e espalhem os seus frutos. Fujam os animais de debaixo dela e as aves dos seus galhos. 15 Mas deixem o toco e as suas raízes, presos com ferro e bronze; fique ele no chão, em meio à relva do campo. “Ele será molhado com o orvalho do céu e com os animais comerá a grama da terra. 16 A mente humana lhe será tirada, e ele será como um animal, até que se passem sete tempos. 17 “A decisão é anunciada por sentinelas, os anjos declaram o veredicto, para que todos os que vivem saibam que o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer, e põe no poder o mais simples dos homens”. 18 Esse é o sonho que eu, o rei Nabucodonosor, tive. Agora, Beltessazar, diga-me o significado do sonho, pois nenhum dos sábios do meu reino consegue interpretá-lo para mim, exceto você, pois o espírito dos santos deuses está em você. (Dn 4.13–18)

O rei então explicou que viu um mensageiro, um santo. Este santo mensageiro, desconhecido de Nabucodonosor, teria sido conhecido pelo povo judeu como um anjo enviado do céu com um anúncio.

O mensageiro disse que a árvore deveria ser cortada, os galhos cortados do tronco, as folhas arrancadas e os frutos espalhados. Os animais e pássaros que encontraram abrigo sob e em seus galhos deveriam se espalhar.

No entanto, o toco não deveria ser removido, mas preso com faixas de ferro e bronze. A primeira parte da visão da árvore (vv. 10-12) provavelmente não teria causado preocupação a Nabucodonosor.

Pode até ter produzido orgulho quando ele se reconheceu na árvore como aquele que proveu generosamente para os súditos em seu reino. Mas esta segunda parte da visão (vv. 13-15a), que a árvore deveria ser cortada, deve tê-lo perturbado muito.

A terceira parte da visão (vv. 15b-16) deve ter sido ainda mais aterrorizante – se Nabucodonosor se reconhecesse como representado pela árvore – pois a sanidade o deixaria e ele se tornaria demente, vivendo entre os animais. Ele não teria mais habilidade mental do que um animal.

Esta condição continuaria por um longo período de tempo. Os “sete tempos” provavelmente foram sete anos porque sete dias ou meses seriam insuficientes para que seu cabelo crescesse até o comprimento de penas (v. 33), e “tempos” em Daniel 7:25 significa anos.

Vários mensageiros anunciaram a lição a ser aprendida através da visão: para que os vivos saibam que o Altíssimo é soberano sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer e põe sobre eles o mais humilde dos homens.

💡 Essa visão foi projetada para ser parte da revelação de Deus sobre Si mesmo e Sua autoridade sobre Nabucodonosor, que em orgulho se exaltou acima de Deus.

O rei novamente pediu a Daniel que lhe dissesse o significado do sonho.

Daniel 4.19-25: Daniel explica o significado do sonho

19 Então Daniel, também chamado Beltessazar, ficou estarrecido por algum tempo, e os seus pensamentos o deixaram aterrorizado. Então o rei disse: “Beltessazar, não deixe que o sonho ou a sua interpretação o assuste”. Beltessazar respondeu: “Meu senhor, quem dera o sonho só se aplicasse aos teus inimigos e o seu significado somente aos teus adversários! 20 A árvore que viste, que cresceu e ficou enorme, cuja copa encostava no céu, visível em toda a terra, 21 com belas folhas e muitos frutos, na qual havia alimento para todos, abrigo para os animais do campo, e morada para as aves do céu nos seus galhos — 22 essa árvore, ó rei, és tu! Tu te tornaste grande e poderoso, pois a tua grandeza cresceu até alcançar o céu, e o teu domínio se estende até os confins da terra. 23 “E tu, ó rei, viste também uma sentinela, o anjo que descia do céu e dizia: ‘Derrubem a árvore e destruam-na, mas deixem o toco e as suas raízes, presos com ferro e bronze; fique ele no chão, em meio à relva do campo. Ele será molhado com o orvalho do céu e viverá com os animais selvagens, até que se passem sete tempos’. 24 “Esta é a interpretação, ó rei, e este é o decreto que o Altíssimo emitiu contra o rei, meu senhor: 25 Tu serás expulso do meio dos homens e viverás com os animais selvagens; comerás capim como os bois e te molharás com o orvalho do céu. Passarão sete tempos até que admitas que o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer. (Dn 4.19–25)

Considerando que Daniel não ficou muito impressionado com o significado do primeiro sonho de Nabucodonosor (2:27-45), ele agora estava estarrecido diante deste segundo sonho.

O primeiro sonho exaltou Nabucodonosor; ele era a cabeça de ouro (Daniel 2:38). Mas este segundo sonho o rebaixou.

Quando o rei viu a relutância de Daniel, ele encorajou Daniel a não ficar alarmado, mas a compartilhar seu significado com ele.

Daniel respeitosamente declarou que desejava que o sonho pertencesse aos inimigos do rei.

Daniel repetiu a descrição da grandeza da árvore (vv. 20-21) e depois explicou que a árvore representava Nabucodonosor (v. 22).

Daniel, com muita sabedoria, deu as boas novas primeiro!

💡 Como a árvore, Nabucodonosor tornou-se grande e forte, e seu reino foi expandido e consolidado sob seu domínio. Seu reino havia se tornado maior do que qualquer reino até aquele momento.

Então veio a má notícia.

💡 O corte da árvore — um decreto do Altíssimo — significava que Nabucodonosor seria removido de sua posição de autoridade no reino.

Ele seria expulso do palácio (afastado das pessoas) e viveria como um animal entre os animais selvagens até que “sete tempos” (v. 23) passassem.

A palavra “tempos” é usada novamente em Daniel 7:25 onde também significa um ano. Assim, Daniel predisse que Nabucodonosor viveria em estado de demência por sete anos.

Na doença mental conhecida como zoantropia (uma doença observada nos tempos modernos), uma pessoa pensa em si mesma como um animal e age como um.

Esta pode ter sido a doença que Nabucodonosor teve.

Daniel então se referiu ao propósito desta experiência, que os mensageiros haviam anunciado no sonho (4:17).

Através desta doença Nabucodonosor viria a reconhecer que o Altíssimo é soberano sobre os reinos dos homens e os dá a quem Ele deseja.

Daniel 4.26,27: Chamado ao arrependimento

26 A ordem para deixar o toco da árvore com as raízes significa que o teu reino te será devolvido quando reconheceres que os Céus dominam. 27 Portanto, ó rei, aceita o meu conselho: Renuncia a teus pecados e à tua maldade, pratica a justiça e tem compaixão dos necessitados. Talvez, então, continues a viver em paz”. (Dn 4.26–27)

💡 O fato de que o toco não deveria ser arrancado indica que o rei seria restaurado ao trono. No entanto, essa restauração não ocorreria até que Nabucodonosor reconhecesse a soberania de Deus de governar o céu e a Terra.

Daniel concluiu exortando o rei a renunciar a seus pecados.

Isso aponta o princípio de que qualquer julgamento anunciado pode ser evitado se houver arrependimento (vemos algo semelhante no Livro de Jonas).

Daniel exortou Nabucodonosor a abandonar seu orgulho pecaminoso e produzir frutos de justiça (fazer o que é certo e ser bondoso com os oprimidos) – atos que se originam de um coração submisso a Deus.

Se Nabucodonosor tivesse feito isso, ele teria evitado seus sete anos de insanidade.

Daniel 4.28-33: Deus julga Nabucodonosor

28 Tudo isso aconteceu com o rei Nabucodonosor. 29 Doze meses depois, quando o rei estava andando no terraço do palácio real da Babilônia, 30 disse: “Acaso não é esta a grande Babilônia que eu construí como capital do meu reino, com o meu enorme poder e para a glória da minha majestade?” 31 As palavras ainda estavam nos seus lábios quando veio do céu uma voz que disse: “É isto que está decretado quanto a você, rei Nabucodonosor: Sua autoridade real lhe foi tirada. 32 Você será expulso do meio dos homens, viverá com os animais selvagens e comerá capim como os bois. Passarão sete tempos até que admita que o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer”. 33 A sentença sobre Nabucodonosor cumpriu-se imediatamente. Ele foi expulso do meio dos homens e passou a comer capim como os bois. Seu corpo molhou-se com o orvalho do céu, até que os seus cabelos e pêlos cresceram como as penas da águia, e as suas unhas como as garras das aves. (Dn 4.28–33)

💡 A revelação dada a Nabucodonosor através da interpretação de Daniel logo foi esquecida e a exortação de Daniel foi ignorada. Nabucodonosor continuou em seu orgulho pecaminoso. Ele não se arrependeu como Daniel o havia aconselhado (v. 27).

O rei era controlado por seu grande egoísmo. Ele considerava a própria cidade de Babilônia como sua propriedade pessoal e como um reflexo de seu poder e glória (v. 30).

Deus suportou o orgulho de Nabucodonosor por 12 meses.

Este pode ter sido um período de graça em que Deus estava dando a Nabucodonosor a oportunidade de se voltar para Ele em arrependimento.

Mas quando Nabucodonosor ignorou a exortação de Daniel, Deus, que havia dado a Nabucodonosor sua autoridade, anunciou a interrupção de seu governo.

O tempo do julgamento

O que havia sido predito não foi mais adiado e o julgamento veio sobre Nabucodonosor, de acordo com a interpretação de Daniel.

Enquanto o rei se gabava de suas realizações enquanto caminhava no telhado (aparentemente um telhado plano, comum naqueles dias) de seu palácio real, uma voz do céu anunciou seu julgamento.

Como previsto, o rei vivia como um animal no campo, comendo capim como gado. Mais tarde Daniel acrescentou que o rei vivia com jumentos selvagens (ver Daniel 5:21).

Seu corpo estava encharcado de orvalho, seu cabelo cresceu como as penas de uma águia e suas unhas cresceram como as garras de um pássaro. Contudo, ele não se importava com a sua aparência corporal.

💡 Talvez, por causa de sua posição real, Nabucodonosor estivesse escondido em um parque isolado para que sua verdadeira condição pudesse ser escondida da população.

Também na ausência do rei, Daniel pode ter desempenhado um papel importante na preservação do reino e possivelmente na prevenção de alguém de matar o rei.

Daniel 4.34,35: A confissão de Nabucodonosor

34 Ao fim daquele período, eu, Nabucodonosor, levantei os olhos ao céu, e percebi que o meu entendimento tinha voltado. Então louvei o Altíssimo; honrei e glorifiquei aquele que vive para sempre. O seu domínio é um domínio eterno; o seu reino dura de geração em geração. 35 Todos os povos da terra são como nada diante dele. Ele age como lhe agrada com os exércitos dos céus e com os habitantes da terra. Ninguém é capaz de resistir à sua mão ou dizer-lhe: “O que fizeste?” (Dn 4.34–35)

💡 Quando os sete anos se passaram Nabucodonosor, com sua sanidade restaurada, louvou o Altíssimo. O rei que havia buscado honra e glória para si mesmo agora reconhecia que o Altíssimo vive para sempre. O rei confessou que o domínio de Deus é eterno, que Seu reino dura para sempre.

Assim, ele reconheceu a autoridade soberana de Deus.

Nabucodonosor também reconheceu a vontade irresistível de Deus: “Ele age como lhe agrada”.

Também o rei confessou que o homem não resiste a Deus, e que ninguém pode impedir Deus e ninguém tem o direito de questioná-lo (ver também Romanos 9:19-20).

Daniel 4.36,37: A restauração de Nabucodonosor

36 Naquele momento voltou-me o entendimento, e eu recuperei a honra, a majestade e a glória do meu reino. Meus conselheiros e os nobres me procuraram, meu trono me foi restaurado, e minha grandeza veio a ser ainda maior. 37 Agora eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico o Rei dos céus, porque tudo o que ele faz é certo, e todos os seus caminhos são justos. E ele tem poder para humilhar aqueles que vivem com arrogância. (Dn 4.36–37)

O reconhecimento do rei do direito de Deus governar (vv. 34-35) trouxe a restauração da sanidade do rei e a restauração de seu trono.

💡 Tendo sido humilhado diante de Deus, Nabucodonosor ascendeu a maiores alturas de honra do que havia conhecido quando andava em orgulho. Ele disse que louvou, exaltou e glorificou o Rei dos céus.

Esses verbos indicam ação contínua, sugerindo que Nabucodonosor fazia essas coisas habitualmente. Esses verbos nos mostram as ideias de: reverência, respeito, honra, admiração e adoração.

A partir do momento em que Nabucodonosor disse que essas atitudes faziam parte de sua vida, muitos concluíram que ele experimentou a regeneração, tornando-se filho de Deus.

Nabucodonosor confessou que o que Deus havia feito ao lidar com ele era certo e justo.

Isso certamente não é reconhecido por alguém que continua em rebelião contra Deus. O rei também admitiu que andou em orgulho, mas foi humilhado por sua experiência.

Isso também testemunharia uma transformação no caráter de Nabucodonosor por meio de um novo conhecimento de Deus.

Parece haver um significado profético neste incidente, bem como em Daniel 3. Embora Deus tenha designado os gentios para um lugar de destaque em Seu plano durante os tempos dos gentios, ainda assim a maioria das nações e pessoas andam em rebelião contra Deus.

Essa atitude é descrita no Salmo 2:1-3.

Deus lidará com as nações para humilhá-las e trazê-las à sujeição a Si mesmo. Um propósito da Tribulação, que precederá imediatamente a segunda vinda de Cristo, será humilhar as nações e trazê-las com sujeição à autoridade de Cristo.

Na conclusão dos julgamentos de Deus, descritos em Apocalipse 6–19, Jesus Cristo, o vitorioso Cavaleiro no cavalo branco, descerá do céu e ferirá as nações.

Então um anjo anunciará que “o reino do mundo se tornou o reino de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre” (Apocalipse 11:15).

O julgamento de Deus sobre Nabucodonosor, destinado a sujeitá-lo à autoridade de Deus, parece prefigurar o julgamento de Deus sobre as nações para sujeitá-las à autoridade Daquele a quem foi dado o direito de governar.

Motivos de oração em Daniel 4

Oro para que:

  • Deus converta o coração dos governantes da Terra;
  • Deus se revele aos líderes da nação brasileira;
  • Deus levante homens e mulheres como Daniel, cheios de sabedoria espiritual.

Daniel 3 Estudo: O Quarto Homem da Fornalha

Daniel 3 estudo: O Quarto Homem da fornalha (Bíblia Explicada)

Em Daniel 3, vemos um dos episódios mais famosos da Bíblia: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na fornalha ardente. Tudo começou com mais uma atitude narcisista do rei Nabucodonosor.

Desta vez, impulsionado por suas conquistas e pela glória da Babilônia ele decide fazer uma estátua de ouro e ordena que todos a reverenciem.

Para os que pensassem em desobedecer, ele deixou um aviso: “Quem não se prostrar em terra e não adorá-la será imediatamente atirado numa fornalha em chamas”.

O que houve é que quando todos deveriam prostrar-se diante da estátua, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego permaneceram de pé.

É uma grande lição para nós. Muitos cristãos se prostram diante da pressão do mundo, muitas vezes por coisas tão pequenas. Um namoro, um sentimento, um desejo, um pensamento, enfim.

Os amigos de Daniel devem ser inspiração para nós. Mesmo com suas vidas em perigo eles não abandonaram sua fé. Se mantiveram de pé e honraram a Deus.

Isto desagradou e muito, ao rei que deu ordem para que a fornalha fosse sete vezes mais aquecida.

Sadraque, Mesaque e Abede-nego foram lançados dentro dela. Contudo, um quarto “homem” apareceu dentro dela, e era semelhante “um filho dos deuses”.

Glória a Deus!

O Senhor não nos desampara. Se confiarmos nele e dependermos inteiramente de Seu grande Amor, Ele nos mostra Suas maravilhas.

Sadraque, Mesaque e Abede-nego saíram completamente ilesos da fornalha. Nem cheiro de queimadura ou fumaça. Nem um fio de cabelo foi chamuscado.

Esboço de Daniel 3:

Dn 3.1:  A imagem de Nabucodonosor

Dn 3.2-3: A dedicação da imagem de Nabucodonosor

Dn 3.4-6: “Todos devem se prostrar diante da imagem”

Dn 3.8-12: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não se curvam

Dn 3.13-15: Nabucodonosor dá nova chance aos amigos de Daniel

Dn 3.16-18: Os amigos de Daniel não se prostram

Dn 3.20-23: Jogados na fornalha

Dn 3.24-27: O quarto homem da fornalha

Dn 3.28-30: Nabucodonosor louva a Deus!

Estudo de Daniel 3 em vídeo

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Daniel 3.1: A imagem de Nabucodonosor

Daniel 2 -O sonho de Nabucodonosor

 

O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro de vinte e sete metros de altura e dois metros e setenta centímetros de largura, e a ergueu na planície de Dura, na província da Babilônia. (Dn 3.1)

A resposta do rei à sua nova compreensão do plano para a história revela que lhe foi dado um papel fundamental em tudo isso.

Ele fez com que uma imagem feita de ouro – que representaria a humanidade durante seu tempo na Terra como revelada por Deus através de Daniel – fosse erguida!

Mas não se sabe quando isso aconteceu porque três homens com posições importantes estavam envolvidos, então podemos assumir que o que quer que tenha acontecido deve ter seguido o que foi escrito a respeito deles (Daniel 2:48).

A Septuaginta acrescenta que este evento ocorreu no 18º ano de Nabucodonosor (587 a.C), um ano antes da queda de Jerusalém.

💡 Nabucodonosor queria todos sob seu governo e assim construiu uma imagem como marco local onde pudessem se reunir.

A palavra “imagem” é um termo que pode ser aplicado geralmente a qualquer objeto.

Ela não requer que a imagem em questão seja humana, mas apenas que tenha alguma forma, talvez como aquelas estátuas que Nabucodonosor viu durante seu sonho.

Algum tempo antes, ele pode também ter visto um obelisco egípcio no qual foram registradas feições de um dos reinos dos faraós; querendo documentar de forma semelhante as coisas realizadas por ele mesmo para que nunca esquecessem o que ficou conhecido como “a glória do rei”.

Características

A imagem era uma proporção de 10 para 1 entre altura e largura, que teria sido muito fina se estivesse na forma humana.

No entanto, os babilônios muitas vezes distorceram os humanos ao construírem suas imagens, de modo que isto pode não ser as proporções corretas de qualquer forma – talvez o que estamos vendo aqui seja apenas uma escultura majestosa no topo de algumas escadas ou algo assim?

A imagem do sonho deste rei era ao mesmo tempo impressionante e bela.

Deve ter sido feita de ouro, pois de outra forma não poderia ser solidificada; não é de se admirar que o tamanho seja tão grande!

O uso em Daniel 2:32-38 explica o que estamos vendo aqui com sua altura, peso e brilho sobre os rostos dos príncipes.

As imagens dos deuses eram preferencialmente colocadas em lugares altos para que pudessem ser vistas melhor por seu povo.

A imagem nesta história estava centrada perto da Babilônia, o que teria facilitado a aproximação dos oficiais de Nabucodonosor e a discussão de assuntos importantes relativos a seu reino sem que houvesse distância entre eles.

Daniel 3.2-3: A dedicação da imagem de Nabucodonosor

2 Depois convocou os sátrapas, os prefeitos, os governadores, os conselheiros, os tesoureiros, os juízes, os magistrados e todas as autoridades provinciais, para assistirem à dedicação da imagem que mandara erguer. 3 Assim todos eles, sátrapas, prefeitos, governadores, conselheiros, tesoureiros, juízes, magistrados e todas as autoridades provinciais se reuniram para a dedicação da imagem que o rei Nabucodonosor mandara erguer, e ficaram em pé diante dela. (Dn 3.2–3)

💡 A dedicação da imagem pode ter sido destinada a simbolizar tanto a unidade e a autoridade de Nabucodonosor sobre seu império, quanto a conexão daquele reino com outros países através do comércio.

Os quatro oficiais mencionados nos versículos 2-3 também são listados novamente aos 27, o que sugere que este evento foi importante por razões políticas; eles desempenharam papéis importantes durante tempos antes de Alexandre o Grande os conquistar a todos!

Os funcionários do rei eram um grupo diversificado.

Eles variavam desde os sátrapas, que o representavam em batalha e governavam porções de seu reino quando não estavam em guerra.

Até conselheiros que ofereciam conselhos sobre como melhor lidar com os deveres de governo com integridade ou ganhar mais poder através da política – mesmo que isso significasse fazê-lo sem escrúpulos.

Havia também um sortimento entre esses superiores que incluía tesoureiros que respondiam não apenas monetariamente, mas fisicamente transportando fundos entre as capitais, bem como juízes que supervisionavam os procedimentos legais, enquanto magistrados funcionavam muito como os prefeitos poderiam fazer hoje, administrando a lei dentro de suas respectivas regiões sem questionar.

A visão de tantos funcionários de pé diante da imagem em Dura, a presença de Nabucodonosor deve ter sido impressionante.

O último rei de Judá foi convocado à Babilônia para esta ocasião e é possível que ele tenha vindo com uma grande comitiva, conforme registrado por Jeremias 51:59-62.

Daniel 3.4-6: “Todos devem se prostrar diante da imagem”

4 Então o arauto proclamou em alta voz: “Esta é a ordem que lhes é dada, ó homens de todas as nações, povos e línguas: 5 Quando ouvirem o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério, da flauta dupla e de toda espécie de música, prostrem-se em terra e adorem a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor ergueu.6 Quem não se prostrar em terra e não adorá-la será imediatamente atirado numa fornalha em chamas”. 7 Por isso, logo que ouviram o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério e de toda espécie de música, os homens de todas as nações, povos e línguas prostraram-se em terra e adoraram a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor mandara erguer. (Dn 3.4–7)

Nabucodonosor, rei da Babilônia (atual Iraque) fez uma imagem de ouro que ele instruiu seus súditos a se curvarem antes.

💡 O fato de estes oficiais terem recebido ordens não apenas para se prostrarem, mas também para adorarem este ídolo indica seu significado religioso e o conecta com outros deuses mesopotâmios que antes haviam sido reverenciados pelo povo da Babilônia milhares e milhares de milênios atrás – mas agora todos pareciam obsoletos, de acordo com o desejo de Nabucodonosor por algo novo!

Ele propôs o estabelecimento de um governo sob ele, onde todos reconheceriam a autoridade política de ambos.

Os oficiais da Babilônia foram reunidos na planície de Dura para se encontrarem com o rei Nabucodonosor.

O arauto do rei anunciou que eles deveriam reconhecer seu poder político e religioso sobre eles, mas não está claro o que ele queria desta reunião ou por que todas estas pessoas se reuniram aqui de uma só vez (v 7).

Finalmente foi dada uma ordem a todos os presentes – incluindo representantes de todas as nações sob a autoridade da Babilônia – para que se submetessem em obediência; assim se submetendo não somente como indivíduos mas também como nações!

Preparações elaboradas na construção da imagem de ouro tornaram a ocasião esteticamente atraente.

Para isso foi adicionado acompanhamento musical para dar peso emocional a ocasião.

A orquestra incluía instrumentos de sopro, um instrumento de junco (a flauta) e instrumentos de cordas (cítara, lira, harpa).

Punição para a desobediência

O descumprimento da ordem de adorar a imagem era punido com morte súbita, sendo lançado em uma fornalha ardente. A gravidade da pena indica que a submissão por parte de cada funcionário era obrigatória.

Quando os oficiais do rei Nabucodonosor chegaram ao lugar do evento, todos ficaram impressionados com a grandiosidade e o som.

Eles adoravam a imagem dourada, representando também o que ele queria que seu reino fosse – um relacionamento com um deus!

Daniel 3.8-12: Sadraque, Mesaque e Abede-Nego não se curvam

8 Nesse momento alguns astrólogos se aproximaram e denunciaram os judeus, 9 dizendo ao rei Nabucodonosor: “Ó rei, vive para sempre! 10 Tu emitiste um decreto, ó rei, ordenando que todo aquele que ouvisse o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério, da flauta dupla e de toda espécie de música se prostrasse em terra e adorasse a imagem de ouro, 11 e que todo aquele que não se prostrasse em terra e não a adorasse seria atirado numa fornalha em chamas. 12 Mas há alguns judeus que nomeaste para administrar a província da Babilônia, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que não te dão ouvidos, ó rei. Não prestam culto aos teus deuses nem adoram a imagem de ouro que mandaste erguer”. (Dn 3.8–12)

Os funcionários do reino estavam reunidos nesta ocasião. É provável que houvesse muitas pessoas presentes, pois incluía todo tipo de conselheiros judiciais (astrólogos).

Os judeus foram acusados por estes conselheiros com palavras severas destinadas a destruí-los – arrancando sua reputação em um instante!

Os acusadores ciumentos de Nabucodonosor se sentiram ameaçados por seu favoritismo para com os judeus.

Eles estavam diante da perspectiva de que estes homens poderiam se levantar e tirar seu poder também, então eles os acusaram sem pensar duas vezes sobre sua verdade ou validade (3:12; 2:49).

💡 Os povos subjugados como judeus cativos geralmente caíam em servidão ao invés de uma elevada realeza – isto era algo que fazia sentido considerando o que aconteceu da última vez que alguém tentou algo como isto!

Os conselheiros procuraram obter o favor do rei contrastando sua própria adoração com a recusa dos amigos de Daniel: Sadraque Mesaque e Abede-Nego.

Eles o acusaram, mas não citam a Daniel, que também foram servia na corte (2:48).

Parece provável que ele não estivesse porque ele tinha maiores deveres fora deste edifício.

Daniel 3.13-15: Nabucodonosor dá nova chance aos amigos de Daniel

13 Furioso, Nabucodonosor mandou chamar Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. E assim que eles foram conduzidos à presença do rei, 14 Nabucodonosor lhes disse: “É verdade, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que vocês não prestam culto aos meus deuses nem adoram a imagem de ouro que mandei erguer? 15 Pois agora, quando vocês ouvirem o som da trombeta, do pífaro, da cítara, da harpa, do saltério, da flauta dupla e de toda espécie de música, se vocês se dispuserem a prostrar-se em terra e a adorar a imagem que eu fiz, será melhor para vocês. Mas, se não a adorarem, serão imediatamente atirados numa fornalha em chamas. E que deus poderá livrá-los das minhas mãos?” (Dn 3.13–15)

Quando os astrólogos acusaram três judeus que não se curvaram, Nabucodonosor ficou furioso. Ele havia elevado estes homens a alta estima antes, mas a insolência deles o forçou a submeter-se onde eles também se submeteriam (1:20).

💡 Nabucodonosor não julgou imediatamente os três, mas perguntou-lhes se suas acusações eram verdadeiras. Ele lhes deu outra oportunidade de se curvar diante de sua imagem e provar que era falsa (ou mostrar uma mudança de atitude).

Nabucodonosor não tinha medo de fazer ameaças, e se considerava a autoridade máxima tanto na política quanto na religião.

Quando seus súditos afirmaram que Deus que poderia resgatá-los, o rei Nabucodonosor examinou essas afirmações perguntando qual Deus seria capaz de fazer isso?

É claro quanto poder este homem acreditava que deveria pertencer apenas a ele – nenhum outro poderia escapar de fornos como os encontrados na Terra (Daniel 3:6).

O conflito então se tornou entre os amigos de Daniel e Nabucodonosor.

O povo judeu cujo Deus os havia libertado do Egito apesar de sua fraqueza em comparação com outras nações ao nosso redor em certos momentos da história.

Daniel 3.16-18: Os amigos de Daniel não se prostram

16 Sadraque, Mesaque e Abede-Nego responderam ao rei: “Ó Nabucodonosor, não precisamos defender-nos diante de ti. 17 Se formos atirados na fornalha em chamas, o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das tuas mãos, ó rei. 18 Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos teus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer”. 19 Nabucodonosor ficou tão furioso com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que o seu semblante mudou. Deu ordens para que a fornalha fosse aquecida sete vezes mais que de costume (Dn 3.16–19)

💡 Os três jovens demonstraram absoluta confiança em Deus, afirmando que seu poder superior poderia libertá-los do julgamento de Nabucodonosor.

Eles disseram que era por causa de um Deus maior a quem servimos (v.v 16,17), eles não se curvariam diante da imagem.

Os três hebreus estavam preparados para morrer se isso significasse que eles não adorariam os deuses de Nabucodonosor.

Num acesso de raiva, Nabucodonosor ordenou a execução destes três hebreus.

Ele queria demonstrar sua autoridade e mostrar que qualquer um que considere rebelar-se será punido publicamente – mesmo que seja a morte pelo fogo!

Apesar da alta estima que ele tinha por eles (1:20), não os pouparia.

Nabucodonosor aqueceu sete vezes mais a fornalha que o normal.

Daniel 3.20-23: Jogados na fornalha

20 e ordenou que alguns dos soldados mais fortes do seu exército amarrassem Sadraque, Mesaque e Abede-Nego e os atirassem na fornalha em chamas. 21 E os três homens, vestidos com seus mantos, calções, turbantes e outras roupas, foram amarrados e atirados na fornalha extraordinariamente quente. 22 A ordem do rei era urgente e a fornalha estava tão quente que as chamas mataram os soldados que levaram Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, 23 e estes caíram amarrados dentro da fornalha em chamas. (Dn 3.20–23)

O rei ordenou a seus soldados mais fortes que amarrassem os três e os jogassem na fornalha ardente.

A fornalha foi muito provavelmente construída com uma abertura no topo pela qual o fogo poderia ser alimentado, bem como uma abaixo para remoção das cinzas após o uso.

Isto faz sentido porque nenhuma outra forma poderia suportar temperaturas tão altas sem ser reabastecida constantemente ou danificada rapidamente pelo próprio fogo.

💡 Os amigos de Daniel foram amarrados por todo o corpo, e os carrascos estavam com tanta pressa em cumprir as ordens do rei que não tomaram os cuidados necessários para que eles também fossem apanhados pelas chamas.

Os homens que atiraram três condenados, morreram assim que suas roupas pegaram fogo, queimadas pelas chamas que saiam da fornalha.

Daniel 3.24-27: O quarto homem da fornalha

24 Mas logo depois o rei Nabucodonosor, alarmado, levantou-se e perguntou aos seus conselheiros: “Não foram três os homens amarrados que nós atiramos no fogo?” Eles responderam: “Sim, ó rei”. 25 E o rei exclamou: “Olhem! Estou vendo quatro homens, desamarrados e ilesos, andando pelo fogo, e o quarto se parece com um filho dos deuses”. 26 Então Nabucodonosor aproximou-se da entrada da fornalha em chamas e gritou: “Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, servos do Deus Altíssimo, saiam! Venham aqui!” E Sadraque, Mesaque e Abede-Nego saíram do fogo. 27 Os sátrapas, os prefeitos, os governadores e os conselheiros do rei se ajuntaram em torno deles e comprovaram que o fogo não tinha ferido o corpo deles. Nem um só fio de cabelo tinha sido chamuscado, os seus mantos não estavam queimados, e não havia cheiro de fogo neles. (Dn 3.24–27)

Nabucodonosor observou os procedimentos cuidadosamente a partir de uma distância segura.

Quando ele olhou para dentro da fornalha, provavelmente através de uma abertura em sua base, o que Nabucodonosor viu?

Os homens que tinham sido lançados na fornalha andando dentro dela, desamarrados.

💡 E o mais impressionante, havia um quarto homem na fornalha, e nas palavras do próprio Nabucodonosor “o quarto se parece com um filho dos deuses”.

Este pode ter sido o Cristo pré-encarnado se revelando através deste evento.

De qualquer forma, era um ser celestial.

Nabucodonosor se aproxima da porta da fornalha, para que pudesse ser ouvido pelos amigos de Daniel.

Ele ordenou que os três homens saíssem dela e se aproximassem.

O que deveria acontecer em seguida nesta situação em que eles se sentiam leais servindo a um poder superior a eles mesmos – mesmo que isso significasse morte certa às mãos de seus inimigos?

Diante do milagre, Nabucodonosor reconhece que o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego é o Deus Altíssimo.

Promovidos

O reconhecimento de Nabucodonosor de sua queda é um momento importante no livro.

O rei tinha acreditado até este ponto que ele não poderia ser derrotado por ninguém ou por nada.

Mas o poder de Deus lhe mostrou o contrário.

💡 Os três homens saíram ilesos do incêndio, com suas roupas intactas e sem qualquer cheiro de fogo ou fumaça.

Os funcionários de Nabucodonosor inspecionaram estes fatos cuidadosamente quando viram que não havia queimaduras ou outros sinais de fogo ficaram atônitos.

Como explicar o fato de alguém entrar em uma fornalha em chamas e sair sem ser queimado por suas chamas!

Só o poder de Deus!

Daniel 3.28-30: Nabucodonosor louva a Deus!

28 Disse então Nabucodonosor: “Louvado seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo e livrou os seus servos! Eles confiaram nele, desafiaram a ordem do rei, preferindo abrir mão de sua vida a prestar culto e adorar a outro deus que não fosse o seu próprio Deus. 29 Por isso eu decreto que todo homem de qualquer povo, nação e língua que disser alguma coisa contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja despedaçado e sua casa seja transformada em montes de entulho, pois nenhum outro deus é capaz de livrar alguém dessa maneira”. 30 Então o rei promoveu Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na província da Babilônia. (Dn 3.28–30)

💡 Nabucodonosor percebeu que os amigos de Daniel eram fiéis a seu Deus, mesmo que isso significasse desobedecer ao rei e colocar-se em perigo.

Ele respeitou esta dedicação porque sabia que eles confiavam profundamente Nele.

O rei ficou tão impressionado com estes três homens que os promoveu a posições superiores de poder e honra.

E determinou que se alguém desonrasse este Deus, então eles serão cortados como carne na frente de sua casa, que seria incendiada.

E nos últimos dias?

💡 Na Tribulação, um governante gentio exigirá para si mesmo a adoração que pertence a Deus. Qualquer um que recusar a ele e a seus seguidores, a adoração será perseguido (Apocalipse 13:16).

Assumindo o poder político, eles oprimirão o povo de Israel, mas não antes de levar muitos outros, inclusive não judeus, à submissão (pelo menos até que a previsão de Daniel se torne realidade!).

Entretanto, sempre haverá aqueles que resistem ao governo tirânico se mantêm firmes até que Cristo retorne novamente!

Aqueles que não adoram o Anticristo serão severamente punidos, alguns poderão até mesmo chegar a uma morte prematura por sua fidelidade.

O próximo período da Tribulação será um tempo de grande sofrimento e opressão para aqueles que permanecem leais a Deus.

Mas assim como aconteceu com os três companheiros de Daniel, os cristãos podem ter certeza de que estão sendo protegidos por seu Criador, mesmo quando parecer que toda esperança está perdida!

Motivos de oração em Daniel 3

Oro para que:

  • Deus nos dê a fidelidade de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego;
  • Diante das provações mantenhamos a fé;
  • O Espírito Santo nos ajude.

Daniel 2 Estudo: O Sonho de Nabucodonosor

Daniel 2 Estudo O sonho de Nabucodonosor (Bíblia Explicada)

Em Daniel 2, o rei Nabucodonosor tem um sonho que deixa bastante perturbado. O problema é que ele não lembra o que sonhou. Daí ele pede que seus magos, os encantadores, os feiticeiros e os astrólogos digam o que ele sonhou e também a interpretação.

Estes dizem ao rei que isso é impossível. Que não há ninguém na Terra capaz de tamanha façanha. Esta resposta deixa Nabucodonosor bastante irritado e ele decreta a morte de todos eles.

Quando Daniel soube do ocorrido, pediu ao executor da ordem, permissão para falar com o rei, e pedir um pouco mais de tempo. Isto lhe foi concedido.

Daniel voltou para casa e pediu que seus amigos orassem com ele sobre o caso. A noite enquanto dormia, todo o mistério lhe foi revelado.

É muito interessante pensar na maneira como Daniel resolvia grandes problemas. O seu segredo era: intimidade com Deus, amigos crentes como ele e fé.

Observe que após o tempo de oração eles foram dormir. Imagine, você saber que sua vida corre perigo, que seu tempo de vida pode estar chegando ao fim e mesmo assim, dormir tranquilamente.

A atitude de Daniel e seus amigos mostram que eles de fato confiavam no Senhor, e estavam tranquilos com relação a Sua providência.

Foi exatamente enquanto Daniel dormia que o Senhor lhe revelou o sonho e sua interpretação, enquanto ele descansava em Deus.

A partir daí, Daniel vai até o rei e lhe revela o sonho e a interpretação, conforme ele havia solicitado. Contudo, Daniel faz uma ressalva: “Quanto a mim, esse mistério não me foi revelado porque eu tenha mais sabedoria do que os outros homens, mas para que tu, ó rei, saibas a interpretação e entendas o que passou pela tua mente”.

A glória é de Deus!

Nabucodonosor fica maravilhado com o que vê. Ele sabia que seu pedido era inusitado. Algo sem precedentes. Mas quando ele ouve Daniel, ele caí de joelhos diante da glória de Deus.

Precisamos ser crentes assim. Capazes de assumir a responsabilidade, se envolver, orar, profetizar, erguer as mãos para abençoar, nos abrir para ouvir a Deus. Somente assim, seremos boca de Deus no meio de uma geração corrompida, que se perde dia-após-dia.

Daniel 2 estudo em vídeo

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Daniel 2.1-3: O sonho de Nabucodonosor

No segundo ano de seu reinado, Nabucodonosor teve sonhos; sua mente ficou tão perturbada que ele não conseguia dormir. 2 Por isso o rei convocou os magos, os encantadores, os feiticeiros e os astrólogos para que lhe dissessem o que ele havia sonhado. Quando eles vieram e se apresentaram ao rei,3 este lhes disse: “Tive um sonho que me perturba e quero saber o que significa”. (Dn 2.1–3)

💡 Deus revela sua soberania de maneiras extraordinárias. Da mesma forma, cria oportunidades magnificas para o seu povo.

Logo após a ascensão de Nabucodonosor ao trono, ele foi atormentado por um sonho recorrente.

Uma vez que Daniel lembrou e interpretou apenas um único sonho ( Daniel 2.24-26), o uso do plural aqui (sonhos) parece indicar uma recorrência do mesmo sonho.

Este sonho evidentemente foi percebido por Nabucodonosor como tendo grande significado, pois ele estava perturbado (v. 3) pelo sonho e tão agitado que não conseguia dormir.

O rei convocou os sábios de seu reino.

Eles professavam ser capazes de predizer o futuro por um meio ou outro. Se o método usado por um falhou em produzir o resultado desejado, esperamos que o método empregado por outro revele o significado do sonho.

Eles foram chamados coletivamente para exercer seus encantamentos a fim de dar ao rei uma interpretação que o aplacasse.

O rei desafiou os sábios, dizendo: “quero saber o que significa”.

Daniel 2.4-6: O desafio de Nabucodonosor

4 Então os astrólogos responderam em aramaico ao rei: “Ó rei, vive para sempre! Conta o sonho aos teus servos, e nós o interpretaremos”. 5 O rei respondeu aos astrólogos: “Esta é a minha decisão: se vocês não me disserem qual foi o meu sonho e não o interpretarem, farei que vocês sejam cortados em pedaços e que as suas casas se tornem montes de entulho. 6 Mas, se me revelarem o sonho e o interpretarem, eu lhes darei presentes, recompensas e grandes honrarias. Portanto, revelem-me o sonho e a sua interpretação”. (Dn 2.4–6)

💡 Para evitar que fosse enganado, Nabucodonosor exigiu que os seus sábios lhe dissessem o que ele havia sonhado, e qual o significado do sonho. Isso jamais havia sido feito antes.

Evidentemente, o pedido para interpretar um sonho (v. 3) havia sido feito aos magos em outras ocasiões, pois eles não ficaram surpresos.

Além disso, afirmaram com confiança que quando o rei lhes revelasse o sonho, eles o interpretavam. Eles estavam confiantes de que, com sua sabedoria coletiva, poderiam satisfazer o rei com uma interpretação.

Embora o rei possa ter feito tal exigência aos sábios anteriormente e ficado satisfeito com suas respostas, ele evidentemente nunca lhes pediu que interpretassem um sonho que ele percebeu ter importância, como esse.

Então ele decidiu testá-los.

Se eles pudessem prever o futuro interpretando sonhos, deveriam ser capazes de reconstruir o passado e recordar o sonho do rei.

Então ele se recusou a compartilhar seu sonho com eles.

Isso não significa que ele o tenha esquecido.

Se ele tivesse feito isso, os sábios, para se salvarem da morte, poderiam facilmente ter inventado um sonho e depois interpretado.

O rei raciocinou que se eles não pudessem recordar o passado, suas previsões sobre o futuro não seriam confiáveis.

O rei prometeu recompensas e honra para os sábios recordarem e interpretarem o sonho.

Mas ele os colocou sob pena de morte e suas casas seriam queimadas em escombros se não pudessem se lembrar do sonho.

Daniel 2.7-11: “Isso é impossível”

7 Mas eles tornaram a dizer: “Conte o rei o sonho a seus servos, e nós o interpretaremos”. 8 Então o rei respondeu: “Já descobri que vocês estão tentando ganhar tempo, pois sabem da minha decisão. 9 Se não me contarem o sonho, todos vocês receberão a mesma sentença; pois vocês combinaram enganar-me com mentiras, esperando que a situação mudasse. Contem-me o sonho, e saberei que vocês são capazes de interpretá-lo para mim”. 10 Os astrólogos responderam ao rei: “Não há homem na terra que possa fazer o que o rei está pedindo! Nenhum rei, por maior e mais poderoso que tenha sido, chegou a pedir uma coisa dessas a nenhum mago, encantador ou astrólogo. 11 O que o rei está pedindo é difícil demais; ninguém pode revelar isso ao rei, senão os deuses, e eles não vivem entre os mortais”. (Dn 2.7–11)

💡 A maioria das pessoas, em todo o mundo, acreditam na existência de Deus. Muitos deles, querem apenas saber a quem seguir.

Novamente os sábios pediram que o rei compartilhasse o sonho com eles, prometendo então interpretá-lo.

O rei percebeu que eles estavam ganhando tempo.

E falou novamente sobre a penalidade por não lhe contar o sonho.

Ele sentiu que a única maneira de confiar na interpretação deles do futuro era fazê-los primeiro relembrar seu sonho.

Caso contrário, ele concluiria que eles estavam conspirando para lhe contar coisas enganosas e iníquas.

Também Nabucodonosor pode ter ficado impaciente com os sábios que eram presumivelmente mais velhos do que ele, pois os havia herdado de seu pai.

Outra razão para o teste pode ter sido que ele suspeitava de suas alegações de sabedoria.

Para se defenderem, os sábios afirmaram que o rei estava fazendo um pedido irracional, nunca feito por nenhum outro potentado.

Eles atestaram que o futuro pertence aos deuses, não aos homens.

Curiosamente, esta foi uma admissão de que eles haviam enganado o rei em suas interpretações passadas, uma revelação surpreendente daqueles tidos em alta estima na corte.

Daniel 2.12-16: O pedido de Daniel

12 Isso deixou o rei tão irritado e furioso que ele ordenou a execução de todos os sábios da Babilônia. 13 E assim foi emitido o decreto para que fossem mortos os sábios; os encarregados saíram à procura de Daniel e dos seus amigos, para que também fossem mortos. 14 Arioque, o comandante da guarda do rei, já se preparava para matar os sábios da Babilônia, quando Daniel dirigiu-se a ele com sabedoria e bom senso. 15 Ele perguntou ao oficial do rei: “Por que o rei emitiu um decreto tão severo?” Arioque explicou o motivo a Daniel. 16 Diante disso, Daniel foi pedir ao rei que lhe desse um prazo, e ele daria a interpretação. (Dn 2.12–16)

💡 Deus criou situações na vida de Daniel e de seus amigos que lhe gerou a possibilidade de pedir um tempo para buscar a interpretação. Precisamos criar bons relacionamentos com os diferentes, não sabemos que futuro Deus reservou para nós.

Depois que os magos revelaram que eram incapazes de satisfazer as exigências do rei, o rei ficou irado e furioso.

Dessa forma, ele emitiu uma ordem para a execução de todos os sábios da Babilônia.

O decreto não era apenas para aqueles que atualmente serviam à corte do rei, mas para todos os que professavam ser capazes de revelar o futuro.

Como Daniel e seus três amigos foram classificados como sábios, o julgamento também recaiu sobre eles.

O que houve?

O que havia acontecido na corte real era desconhecido para Daniel.

Talvez ele tenha se recusado a responder à convocação do rei (v. 2) para evitar contato com os líderes pagãos.

Quando chegou a notícia de que ele estava sob sentença de morte, ele perguntou a Arioque, o comandante da guarda do rei, o motivo.

Arioque explicou o incidente que expôs o engano dos sábios ao rei.

Daniel se aproximou ousadamente do rei com o pedido de que as execuções fossem adiadas por um tempo para que ele pudesse interpretar o sonho do rei.

Isso exigia ousadia porque o rei já havia acusado os sábios de querer mais tempo (v. 8).

Daniel evidentemente era tido em alta estima pelo rei porque lhe era permitido o acesso à presença do rei e podia fazer uma petição diretamente ao rei.

Embora não registrado, Daniel possivelmente interpretou sonhos anteriormente, embora não necessariamente para o rei.

Então ele tinha certeza de que poderia recordar o sonho e interpretá-lo.

Daniel 2.17,18: Daniel e seus amigos, oram

17 Daniel voltou para casa, contou o problema aos seus amigos Hananias, Misael e Azarias, 18 e lhes pediu que rogassem ao Deus dos céus que tivesse misericórdia acerca desse mistério, para que ele e seus amigos não fossem executados com os outros sábios da Babilônia. (Dn 2.17–18)

💡 É fundamental que você tenha relacionamento com homens e mulheres de Deus, Pessoas a quem você possa pedir oração.

Neste tempo de teste Daniel estava calmo.

Ele voltou para sua casa, procurou seus três amigos e juntos oraram por misericórdia do Deus do céu.

A misericórdia é a resposta de Deus à necessidade de uma pessoa.

Daniel reconheceu sua própria incapacidade nas circunstâncias e se voltou para Deus com confiança, esperando que o Senhor suprisse sua necessidade.

Daniel 2.19-23: O sonho é revelado a Daniel

19 Então o mistério foi revelado a Daniel de noite, numa visão. Daniel louvou o Deus dos céus 20 e disse: “Louvado seja o nome de Deus para todo o sempre; a sabedoria e o poder a ele pertencem. 21 Ele muda as épocas e as estações; destrona reis e os estabelece. Dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos que sabem discernir. 22 Revela coisas profundas e ocultas; conhece o que jaz nas trevas, e a luz habita com ele. 23 Eu te agradeço e te louvo, ó Deus dos meus antepassados; tu me deste sabedoria e poder, e me revelaste o que te pedimos, revelaste-nos o sonho do rei”. (Dn 2.19–23)

💡 Daniel fez registro do seu pedido e da sua gratidão a Deus. Precisamos fazer o mesmo.

Em resposta à oração dos quatro, o sonho foi revelado a Daniel, evidentemente naquela mesma noite. Daniel respondeu apropriadamente oferecendo louvor a Deus. Ele reconheceu que Deus é um Deus de sabedoria, conhecendo o fim desde o princípio, e um Deus de poder, pois tudo o que Ele determina, Ele pode fazer.

Daniel começou e concluiu Sua oração falando da sabedoria e poder de Deus (v. 23).

Evidências de Seu poder são vistas em Seu controle dos eventos (Ele muda os tempos e as estações) e do destino das nações (Ele estabelece reis e os depõe).

Nabucodonosor estava no trono porque Deus determinou usá-lo ali para cumprir Sua vontade.

Evidências da sabedoria de Deus são vistas em Sua comunicação de sabedoria aos sábios (v. 21) e em Sua revelação de coisas profundas e obscuras (v. 22).

A luz habita com Deus no sentido de que todas as coisas são claras para Ele, embora as pessoas estejam cercadas pela escuridão.

Deus sabe e pode revelar o futuro.

Deus, não a visão de Daniel, deu-lhe o sonho e sua interpretação.

A oração de louvor de Daniel terminou com agradecimentos por Deus ter revelado o sonho do rei aos quatro que confiaram nele.

Daniel 2.24-30: A revelação do sonho de Nabucodonosor

24 Então Daniel foi falar com Arioque, a quem o rei tinha designado para executar os sábios da Babilônia, e lhe disse: “Não execute os sábios. Leve-me ao rei, e eu interpretarei para ele o sonho que teve”. 25 Imediatamente Arioque levou Daniel ao rei e disse: “Encontrei um homem entre os exilados de Judá que pode dizer ao rei o significado do sonho”. 26 O rei perguntou a Daniel, também chamado Beltessazar: “Você é capaz de contar-me o que vi no meu sonho e interpretá-lo?” 27 Daniel respondeu: “Nenhum sábio, encantador, mago ou adivinho é capaz de revelar ao rei o mistério sobre o qual ele perguntou, 28 mas existe um Deus nos céus que revela os mistérios. Ele mostrou ao rei Nabucodonosor o que acontecerá nos últimos dias. O sonho e as visões que passaram por tua mente quando estavas deitado foram os seguintes: 29 “Quando estavas deitado, ó rei, tua mente se voltou para as coisas futuras, e aquele que revela os mistérios te mostrou o que vai acontecer. 30 Quanto a mim, esse mistério não me foi revelado porque eu tenha mais sabedoria do que os outros homens, mas para que tu, ó rei, saibas a interpretação e entendas o que passou pela tua mente. (Dn 2.24–30)

💡 Diante do rei, Daniel dá glória a Deus pela revelação do sonho. Em nenhum momento, ele atrai a atenção para si.

Recebendo de Deus o conhecimento do sonho e sua interpretação (v. 19) Daniel foi até Arioque, o comandante do rei (v. 14), e informou-o de que estava pronto para interpretar o sonho.

Evidentemente, a corte real sabia da agitação do rei para que Arioque levasse Daniel imediatamente ao rei.

O oficial Arioque reivindicou erroneamente o crédito por ter encontrado um intérprete para o sonho do rei.

Na verdade, foi Daniel quem “foi a Arioque”.

Arioque evidentemente esperava ser altamente recompensador por encontrar alguém que pudesse aliviar a tensão do rei.

Nabucodonosor perguntou se Daniel era capaz de lhe contar o que havia sonhado e depois interpretá-lo.

Daniel foi submetido ao mesmo teste de sua veracidade que o rei exigiu dos sábios.

Eles haviam dito anteriormente que somente os deuses poderiam revelar o futuro ao homem (v. 11). Agora Daniel afirmava que o que os sábios da Babilônia não podiam fazer (v. 27) associando-se com suas falsas divindades, Daniel era capaz de fazer porque há um Deus no céu que revela mistérios.

Daniel não quer honra para si

Daniel afirmou desde o início que o sonho do rei era profético, sobre o que estava por vir e o que iria acontecer.

O sonho de Nabucodonosor cobriu o panorama profético da história dos gentios desde seu tempo até a próxima subjugação dos poderes gentios ao Messias de Israel.

Este período de tempo é chamado de “tempo dos gentios” (Lucas 21:24).

Este sonho foi dado a Nabucodonosor, o primeiro de muitos governantes gentios que exerceriam poder por designação divina durante os tempos dos gentios.

Deus não estava revelando verdades espirituais a Nabucodonosor, mas fatos concernentes ao domínio político que os gentios exerceriam.

Tudo no sonho seria facilmente compreensível para Nabucodonosor.

Daniel 2.31-35: A estátua

31 “Tu olhaste, ó rei, e diante de ti estava uma grande estátua: uma estátua enorme, impressionante, e sua aparência era terrível. 32 A cabeça da estátua era feita de ouro puro, o peito e o braço eram de prata, o ventre e os quadris eram de bronze, 33 as pernas eram de ferro, e os pés eram em parte de ferro e em parte de barro. 34 Enquanto estavas observando, uma pedra soltou-se, sem auxílio de mãos, atingiu a estátua nos pés de ferro e de barro e os esmigalhou. 35 Então o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro foram despedaçados, viraram pó, como o pó da debulha do trigo na eira durante o verão. O vento os levou sem deixar vestígio. Mas a pedra que atingiu a estátua tornou-se uma montanha e encheu a terra toda. (Dn 2.31–35)

💡 O objetivo de Deus é mostrar a Nabucodonosor e aos governantes da Terra, que nenhum governo é eterno, somente o dele.

O sonho do rei era relativamente simples.

Daniel relatou que o rei tinha visto uma estátua enormemente grande. Seu tamanho e aparência eram impressionantes.

Fazia o rei parecer insignificante quando estava diante dele.

A estátua era deslumbrante por causa dos metais de que era feita.

A cabeça da imagem era feita de ouro puro, o peito e os braços eram de prata, o ventre e as coxas de bronze, e as pernas eram de ferro, com os pés em parte ferro e em parte barro cozido.

A estátua não era permanente; ela foi atingido nos pés por uma pedra (cortada não por mãos humanas) que reduziu toda a estátua como palha que foi soprada.

O joio era a porção leve e não comestível de talos de grãos que voavam quando os talos quebrados eram jogados no ar.

A rocha que destruiu a estátua cresceu em uma enorme montanha que encheu toda a terra. O sonho em si era simples. Foi o significado do sonho que agitou o rei.

Daniel 2.36-39: A interpretação do sonho de Nabucodonosor

Daniel 2 -O sonho de Nabucodonosor

36 “Foi esse o sonho, e nós o interpretaremos para o rei. 37 Tu, ó rei, és rei de reis. O Deus dos céus concedeu-te domínio, poder, força e glória; 38 nas tuas mãos ele colocou a humanidade, os animais selvagens e as aves do céu. Onde quer que vivam, ele fez de ti o governante deles todos. Tu és a cabeça de ouro. 39 “Depois de ti surgirá um outro reino, inferior ao teu. Em seguida surgirá um terceiro reino, reino de bronze, que governará toda a terra. (Dn 2.36–39)

  • Sem a permissão de Deus nenhuma autoridade é instituída;
  • A cabeça de ouro é a Babilônia;
  • O peito e os braços de prata, representavam a ascensão dos medos e persas;
  • O ventre e as coxas de bronze representavam o terceiro reino: Império Grego (Daniel 8:20-21);
  • Devemos ter o cuidado de não nos tornamos politicamente apaixonados, porque todo governo humano, é temporário.

A interpretação de Daniel deixa claro que a imagem revelava o curso dos reinos gentios que, por sua vez, governariam a terra da Palestina e o povo de Israel.

Nabucodonosor, cabeça do Império Babilônico, era representado pela cabeça de ouro (v. 38).

Seu pai havia chegado ao poder na Babilônia por conquista militar, mas Nabucodonosor recebeu seu domínio e poder e poder e glória de Deus (que estabelece reis e os depõe, v. 21).

O governo de Nabucodonosor era visto como um império mundial, no qual ele governava toda a humanidade, bem como animais e pássaros.

Na época da criação o direito de governar a terra foi dado ao homem que deveria ter domínio sobre ela e todas as criaturas nela (Gênesis 1:26).

Aqui Nabucodonosor por designação divina estava ajudando a cumprir o que Deus havia planejado para o homem.

A segunda parte da estátua, o peito e os braços de prata, representavam a ascensão dos medos e persas. Os medo-persas conquistaram os babilônios em 539 a.C.

As armas de prata evidentemente representam as duas nações da Média e da Pérsia que juntas derrotaram Babilônia.

Embora esse reino tenha durado mais de 200 anos (539-330 a.C.), mais do que o Império Neobabilônico de 87 anos (626-539), o Império Medo-Persa era inferior a ele, como prata em comparação com ouro.

O ventre e as coxas de bronze representavam o terceiro reino a surgir.

Este foi o Império Grego (Daniel 8:20-21).

Alexandre, o Grande, conquistou os medo-persas entre 334 e 330 a.C. e assumiu autoridade sobre seus povos e território.

Pelas conquistas de Alexandre, ele estendeu o Império Grego até o leste até a porção noroeste da Índia – um extenso império que aparentemente estava sobre toda a terra.

Daniel 2.40-43: O império de ferro

40 Finalmente, haverá um quarto reino, forte como o ferro, pois o ferro quebra e destrói tudo; e assim como o ferro despedaça tudo, também ele destruirá e quebrará todos os outros. 41 Como viste, os pés e os dedos eram em parte de barro e em parte de ferro. Isso quer dizer que esse será um reino dividido, mas ainda assim terá um pouco da força do ferro, embora tenhas visto ferro misturado com barro. 42 Assim como os dedos eram em parte de ferro e em parte de barro, também esse reino será em parte forte e em parte frágil. 43 E, como viste, o ferro estava misturado com o barro. Isso significa que se buscarão fazer alianças políticas por meio de casamentos, mas a união decorrente dessas alianças não se firmará, assim como o ferro não se mistura com o barro. (Dn 2.40–43)

As pernas de ferro representam o Império Romano. Este quarto reino conquistou o Império Grego em 63 a.C.

Embora o Império Romano fosse dividido em duas pernas e culminou em uma mistura de ferro e barro, era um império.

Este império foi caracterizado por sua força, pois o ferro é mais forte que o bronze, a prata e o ouro.

O Império Romano foi mais forte do que qualquer um dos impérios anteriores. Esmagou todos os impérios que a precederam.

Roma, em sua cruel conquista, engoliu as terras e os povos que faziam parte dos três impérios anteriores e assimilou essas terras e povos em si.

O barro misturado com ferro

O império que começou como ferro regrediu a um estado de barro misturado com ferro. Essa mistura fala de fraqueza e deterioração progressivas.

Dois metais juntos formam uma liga que pode ser mais forte do que qualquer um dos metais individualmente.

Mas ferro e barro não podem ser misturados.

Se o ferro e o barro são colocados em um cadinho, aquecidos até o ponto de fusão e despejados em um molde, quando o vazamento esfria, o ferro e o barro permanecem separados.

A argila pode ser quebrada, o que deixa uma fundição fraca.

O Império Romano foi caracterizado pela divisão (era um reino dividido) e pela deterioração (era parcialmente forte e parcialmente frágil).

Embora Roma tenha conseguido conquistar os territórios sob sua influência, nunca conseguiu unir os povos para formar um império unido.

Nesse sentido o povo era uma mistura e não estava unido.

Daniel 2.44,45: “O sonho é verdadeiro, e a interpretação é fiel”

44 “Na época desses reis, o Deus dos céus estabelecerá um reino que jamais será destruído e que nunca será dominado por nenhum outro povo. Destruirá todos os reinos daqueles reis e os exterminará, mas esse reino durará para sempre. 45 Esse é o significado da visão da pedra que se soltou de uma montanha, sem auxílio de mãos, pedra que esmigalhou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro. “O Deus poderoso mostrou ao rei o que acontecerá no futuro. O sonho é verdadeiro, e a interpretação é fiel”. (Dn 2.44–45)

💡 A rocha é Jesus e o Reino de Deus, é eterno. (Salmos 118.22; Atos 4.11,12)

Daniel então se concentrou na derrubada desses reinos.

O tempo desses reis pode referir-se aos quatro impérios ou, mais provavelmente, refere-se ao tempo dos 10 dedos dos pés (v. 42), uma vez que os primeiros quatro reinos não existiam ao mesmo tempo que aparentemente os dedos dos pés existirão (v. 42).

Nabucodonosor tinha visto uma pedra bater e quebrar a imagem (Daniel 2:34).

A estátua foi destruída pela rocha, não por mãos humanas.

Nas Escrituras, uma pedra geralmente se refere a Jesus Cristo, o Messias de Israel (por exemplo, Salmo 118:22 e Isaías 8:14).

Deus, que havia entronizado Nabucodonosor e transferiria autoridade da Babilônia para a Medo-Pérsia, depois para a Grécia e, finalmente, para Roma, um dia investirá poder político em um Rei que governará a terra, submetendo-a à Sua autoridade, culminando assim O destino original de Deus para o homem (Gênesis 1:27).

No sonho de Nabucodonosor, a rocha que fere tornou-se uma montanha que encheu toda a terra (Daniel 2:35).

A montanha

Nas Escrituras, uma montanha é frequentemente um símbolo de um reino.

Então Daniel explicou que os quatro impérios que governariam a terra e o povo de Israel não seriam destruídos por meios humanos, mas sim pela vinda do Senhor Jesus Cristo, a Pedra que golpeava.

Quando Ele vier, Ele estabelecerá o reino messiânico prometido a Israel por meio de Davi (2 Samuel 7:16).

Em Seu retorno, Ele subjugará todos reinos a Si mesmo, trazendo-os assim ao fim (Apocalipse 11:15 e 19:11-20).

Então Ele governará para sempre no Milênio e no estado eterno.

Um outro argumento

Os amilenistas sustentam que este reino foi estabelecido por Cristo em Seu Primeiro Advento e que agora a igreja é esse reino.

Eles argumentam que:

  1. o cristianismo, como a montanha crescente, começou a crescer e se espalhar geograficamente e ainda está crescendo;
  2. Cristo veio nos dias do Império Romano;
  3. o Império Romano caiu nas mãos de 10 reinos (10 dedos);
  4. Cristo é a principal pedra angular (Efésios 2:20).

Os pré-milenistas, no entanto, sustentam que o reino a ser estabelecido por Cristo na terra ainda é futuro.

Pelo menos seis pontos favorecem essa visão:

  1. A pedra se tornará uma montanha de repente, não gradualmente. O cristianismo não encheu de repente “toda a terra” (Dan. 2:35) no primeiro advento de Cristo.
  2. Embora Cristo tenha vindo nos dias do Império Romano, Ele não o destruiu.
  3. Durante o tempo de Cristo na terra, o Império Romano não tinha 10 reis ao mesmo tempo. No entanto, a estátua de Nabucodonosor sugere que quando Cristo vier para estabelecer Seu reino, 10 governantes existirão e serão destruídos por Ele.
  4. Embora Cristo seja agora a principal pedra angular da igreja (Efésios 2:20) e “uma pedra que faz [os incrédulos] tropeçar” (1 Pedro 2:8), Ele ainda não é uma pedra de ferir ser quando Ele vier novamente.
  5. A Pedra (Messias) esmagará e acabará com todos os reinos do mundo. Mas a igreja não conquistou e não conquistará os reinos do mundo.
  6. A igreja não é um reino com uma esfera política, mas o futuro Milênio será. Assim, o sonho de Nabucodonosor ensina claramente o pré-milenismo, que Cristo retornará à terra para estabelecer Seu governo na terra, subjugando assim todas as nações. A igreja não é esse reino.

Daniel é honrado

Daniel validou sua interpretação ao relembrar primeiro o sonho (vv. 31-35) e certificou que a interpretação (vv. 36-45a) era confiável porque tinha vindo de Deus, que detém o destino das nações em seu próprio poder.

Ele sabe o que acontecerá no futuro (vv. 28-29).

Daniel 2.46-49: “Não há dúvida de que o seu Deus é o Deus dos deuses”

46 Então o rei Nabucodonosor caiu prostrado diante de Daniel, prestou-lhe honra e ordenou que lhe fosse apresentada uma oferta de cereal e incenso. 47 O rei disse a Daniel: “Não há dúvida de que o seu Deus é o Deus dos deuses, o Senhor dos reis e aquele que revela os mistérios, pois você conseguiu revelar esse mistério”. 48 Assim o rei colocou Daniel num alto cargo e o cobriu de presentes. Ele o designou governante de toda a província da Babilônia e o encarregou de todos os sábios da província. 49 Além disso, a pedido de Daniel, o rei nomeou Sadraque, Mesaque e Abede-Nego administradores da província da Babilônia, enquanto o próprio Daniel permanecia na corte do rei. (Dn 2.46–49)

💡 Deus nos chamou para ser luz aonde quer que estejamos. Seja nos palácios ou entre as pessoas mais humildes.

O rei ficou tão comovido com a interpretação de Daniel que se prostrou diante de Daniel e ordenou que fosse feita uma oferta a Daniel, uma honra que normalmente teria sido dada apenas aos deuses da Babilônia.

Tal foi o reconhecimento de Nabucodonosor da autoridade divina de Daniel. Através da revelação e interpretação do sonho de Daniel, Nabucodonosor foi levado a confessar que o Deus de Daniel é superior a todos os deuses da Babilônia e que Ele é o Senhor dos reis da terra.

O Deus de Daniel foi exaltado aos olhos de Nabucodonosor porque Ele, através de Daniel, revelou o curso da história futura.

Deus é, disse o rei, um Revelador de mistérios, como Daniel havia dito (v. 28).

Nabucodonosor aparentemente aceitou o fato de sua própria nomeação ao poder pelo Deus de Daniel (vv. 37-38) e reconheceu Sua autoridade.

Nabucodonosor nomeou Daniel para um cargo de responsabilidade no governo e o recompensou materialmente com presentes reais.

Babilônia foi dividida em muitas províncias, cada uma sob a liderança de um sátrapa (Daniel 3:2).

Daniel evidentemente foi feito sátrapa sobre a província em que a corte real estava localizada a província da cidade de Babilônia.

Daniel não esqueceu seus amigos, mas pediu que eles também fossem promovidos.

Assim, o rei fez de Sadraque (Hananias), Mesaque (Misael) e Abede-nego (Azarias) administradores para servirem sob Daniel na mesma província.

Daniel pôde permanecer na corte real, talvez como conselheiro de Nabucodonosor.

De maneira notável, Deus elevou Daniel a uma posição na corte real para que ele pudesse servir como mediador entre o rei e os exilados de Judá que em breve (em 597 e 586) seriam levados para a Babilônia.

Motivos de oração em Daniel 2

Oro para que:

  • Deus dê sensibilidade ao coração de seus filhos para interpretar mistérios;
  • Possamos ter a resposta certa para este mundo perdido;
  • Sejamos influência no ambiente que Deus nos colocar.

Daniel 1 Estudo: A Decisão de Daniel

Daniel 1 estudo

Em Daniel 1, o profeta nos mostra como os nobres de Israel foram levados como cativos, após a invasão da Babilônia.

O objetivo de Nabucodonosor era tornar sua nação cada vez mais poderosa.

Sendo assim, seus primeiros escravos eram as mentes pensantes de cada povo conquistado. Estes deveriam comer e beber a mesma comida que o rei. E durante três anos serem preparados para uma espécie de concurso público federal.

Quando confrontado por essa situação, Daniel e seus amigos decidiram não se contaminar com as comidas e bebidas babilônicas.

Isto é um grande exemplo para nós.

Hoje muitos cristãos acreditam que seja normal ingerir bebida alcoólica, participar de banquetes de impiedade, como festas, festivais, etc.

A postura de Daniel nos mostra que não importa onde estamos. Se em casa, na igreja, em outra nação, perto do pastor, enfim.

Se eu amar a Deus, eu vou ser fiel a Ele.

A decisão de Daniel agrada a Deus.

É sobre isso…

Este abre as portas para que a decisão do seu servo possa ser mantida. Um dos servos do rei aceita servir apenas legumes e água aos jovens israelitas.

Não estamos sozinhos em nossa jornada cristã. Há um Deus no céu poderoso e disposto a cuidar de nós. Disposto a honrar a fidelidade de seus servos.

Observe que ninguém sugeriu que os jovens deviam fazer isso. Eles podiam pensar: “Deus nos abandonou, nos trouxe para cá como escravos. Quer saber, não importa. Vamos viver como babilônicos agora!”.

Não! Daniel não pensou assim.

Mesmo em situação de adversidade ele manteve sua obediência, fidelidade e amor ao Senhor Deus.

Daniel 1 encerra, mostrando a fidelidade de Deus com aqueles que decidem honrá-Lo. Ao examinar os jovens através de perguntas difíceis, comportamento e saúde o rei ficou espantado.

Isto ocorreu porque Daniel, Hananias, Misael e Azarias foram considerados dez vezes melhores que os outros jovens que estavam na Babilônia.

Honre a Deus, que com certeza você encontrará o favor do Senhor.

Estudo de Daniel 1 em vídeo

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Daniel 1.1,2: levados para a Babilônia

No terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá, Nabucodonosor, rei da Babilônia, veio a Jerusalém e a sitiou. 2 E o Senhor entregou Jeoaquim, rei de Judá, nas suas mãos, e também alguns dos utensílios do templo de Deus. Ele levou os utensílios para o templo do seu deus na terra de Sinear e os colocou na casa do tesouro do seu deus. (Dn 1.1–2)

💡 O fato de Nabucodonosor ter sitiado Jerusalém, destruir o Templo e levar os utensílios sagrados da Casa do Senhor para o templo do seu deus em Sinear, era um símbolo de que Deus havia sido derrotado.

Os dois primeiros versículos do livro de Daniel declaram quando e como o profeta foi levado para a Babilônia.

Os eventos do livro começaram no terceiro ano do reinado de Jeoaquim, rei de Judá.

Isso parece entrar em conflito com a afirmação de Jeremias de que o primeiro ano de Nabucodonosor, rei da Babilônia, foi no quarto ano do reinado de Jeoiaquim (Jr 25:1).

Pelo menos duas explicações podem ser dadas para essa aparente discrepância. A primeira é a diferença entre o cálculo judaico e babilônico.

O calendário judaico começou o ano em Tishri (setembro-outubro), enquanto o calendário babilônico começou na primavera no mês de Nisan (março-abril).

Se o cálculo babilônico fosse usado, o ano em que Nabucodonosor sitiou Jerusalém foi o quarto ano do reinado de Jeoiaquim. Mas se o cálculo judaico foi usado, foi o terceiro ano de Jeoiaquim.

Daniel, um judeu, pode muito bem ter adotado o conhecido calendário judaico.

Ainda sobre a data

Uma segunda explicação é baseada no método babilônico de contar as datas do reinado de um rei.

A parte do reinado de um rei que precedeu o início de um novo ano no mês de nisã, isto é, o ano de ascensão, era chamada de primeiro ano, mesmo que fosse de curta duração.

Se Jeremias seguiu esse método de cálculo, ele contou o ano de ascensão de Jeoiaquim (que era apenas parte de um ano inteiro) como o primeiro ano. E se Daniel usou o método judaico de cálculo (que não contava os primeiros meses do reinado de um rei antes do ano novo), ele contava apenas os três anos completos do reinado de Jeoiaquim, O ano era 605 a.C.

Daniel se referiu a Nabucodonosor (cujo nome significa “Nabu protegeu minha herança”) como rei da Babilônia.

Naquela época (605) Nabopolassar era rei na Babilônia, e Nabucodonosor ainda não havia ascendido ao trono. No entanto, Nabucodonosor, enquanto estava em batalha, ouviu falar da morte de seu pai e correu para a Babilônia para ser entronizado.

Escrevendo em uma data posterior, Daniel se referiu a Nabucodonosor como rei em antecipação à sua ocupação do trono.

O cerco de Jerusalém por Nabucodonosor ocorreu durante o reinado de Jeoiaquim, o 17º rei de Judá e filho mais velho de Josias ( 2 Crônicas 36:2 com 2 Crônicas 36:5).

O irmão mais novo de Jeoaquim, Jeoacaz, foi colocado no trono de Judá depois que o faraó Neco matou o rei Josias em 609 a.C.

Mas Neco destronou Jeoacaz e colocou Jeoaquim no trono (2 Crônicas 36:3–4).

Jeremias havia advertido Jeoiaquim da iminente invasão da Babilônia. E Jeoiaquim tinha ouvido falar da instrução do profeta ao povo de Deus para se submeter à Babilônia sem resistência.

Assim, quando Nabucodonosor sitiou a cidade, pouca ou nenhuma resistência foi oferecida, e Jeoiaquim foi capturado e levado para a Babilônia. Assim, Judá ficou sob a autoridade de Nabucodonosor.

O tempo dos gentios

Com esta incursão de Nabucodonosor, um importante período profético – os tempos dos gentios (Lucas 21:24) – começou.

Os tempos dos gentios é aquele período prolongado de tempo em que a terra dada em aliança por Deus a Abraão e seus descendentes é ocupada por poderes gentios e o trono davídico está vazio de qualquer herdeiro legítimo na linhagem davídica.

Os tempos dos gentios, começando com a invasão de Jerusalém por Nabucodonosor em 605 a.C., continuarão até o retorno do Messias.

Então Cristo subjugará as nações, libertará a terra de Israel de seus ocupantes gentios e trará a nação de Israel para suas bênçãos pactuadas no reino milenar.

Deus havia feito uma aliança com Israel em Moabe (Deuteronômio 28-30) pouco antes de ela entrar na terra (Deuteronômio 29:1).

Nesta aliança, Deus estabeleceu o princípio pelo qual Ele lidaria com Seu povo. Sua obediência a Ele traria bênção (Deuteronômio 28:1-14), mas a desobediência a Ele traria disciplina (Deuteronômio 28:15-68).

Nesta segunda parte, Deus delineou as disciplinas que Ele usaria para corrigir as pessoas quando seu andar estivesse fora de conformidade com Sua Lei revelada.

Essas disciplinas procurariam corrigir seu comportamento trezê-los de volta às Suas exigências para que fossem elegíveis para Suas bênçãos.

Correção final

A disciplina final que Ele usaria para corrigir Seu povo era a invasão de nações gentias que os subjugariam à sua autoridade e os dispersariam de sua terra (Deuteronômio 28:49-68).

Moisés então declarou que quando Israel estivesse sob a disciplina de Deus, essa disciplina não seria levantada até que o povo abandonasse seu pecado, se voltasse com fé para Deus e obedecesse aos Seus requisitos (Deuteronômio 30:1-10).

O Reino do Norte de Israel tinha ido em cativeiro para a Assíria em 722 a.C. Este foi o resultado dos princípios de Deuteronômio 28.

De tempos em tempos (embora não consistentemente) o Reino do Sul (Judá), à luz da queda do Reino do Norte, atendeu às admoestações dos profetas e se voltou para Deus.

O Reino do Sul continuou por mais de um século por causa de seu arrependimento e obediência sob seus reis piedosos.

Essa condição, no entanto, não durou.

Judá também ignorou a aliança de Deus, negligenciou o dia de sábado e o ano sabático (Jeremias 34:12-22), e entrou na idolatria (Jeremias 7:30-31).

Portanto, por causa da aliança em Deuteronômio 28, o julgamento teve que cair sobre Judá.

Deus escolheu Nabucodonosor como instrumento para infligir disciplina ao povo desobediente de Deus (Jeremias 27:6; Habacuque 1:6).

Daniel 1.3-5: A comida do rei

3 Depois o rei ordenou a Aspenaz, o chefe dos oficiais da sua corte, que trouxesse alguns dos israelitas da família real e da nobreza: 4 jovens sem defeito físico, de boa aparência, cultos, inteligentes, que dominassem os vários campos do conhecimento e fossem capacitados para servir no palácio do rei. Ele deveria ensinar-lhes a língua e a literatura dos babilônios.5 De sua própria mesa, rei designou-lhes uma porção diária de comida e de vinho. Eles receberiam um treinamento durante três anos, e depois disso passariam a servir o rei. (Dn 1.3–5)

💡 Nabucodonosor poderia ter duas coisas em mente aqui ao levar os melhores jovens para a Babilônia: primeiro, assegurar que Judá jamais se reergueria por não haver quem a liderasse com qualidade. Segundo, utilizar essa mão de obra qualificada para o beneficio da própria Babilônia.

Quando Nabucodonosor retornou à Babilônia desta invasão de Judá, ele trouxe despojos que simbolizavam a submissão de Judá à Babilônia.

Primeiro, ele trouxe alguns artigos valiosos do templo em Jerusalém que ele colocou no templo de seu deus na Babilônia (2 Crônicas 36:7).

“Seu deus” pode ter sido Bel, também chamado Marduque, o principal deus dos babilônios. Isso significaria a conquista do Deus de Judá pelas divindades babilônicas.

Segundo, Nabucodonosor trouxe consigo alguns dos israelitas (judeus) da família real e da nobreza. Conforme declarado na Introdução, esses príncipes reais podem ter sido considerados reféns, para ajudar a assegurar a contínua submissão de Judá à Babilônia.

Ou eles podem ter sido levados para a Babilônia para prepará-los para ocupar cargos de liderança administrativa lá se Nabucodonosor tivesse que retornar para subjugar Judá.

Aspenaz era o chefe dos funcionários da corte. Ele é mencionado pelo nome apenas aqui no Antigo Testamento, mas é chamado de “o oficial” ou “o oficial principal” seis vezes (Daniel 1:7-11,18).

Não está claro se a palavra para “oficial” (sārîs) significa um eunuco ou simplesmente um cortesão ou oficial de justiça.

Esses cativos eram jovens escolhidos tanto física quanto mentalmente e, como tal, poderiam ser um trunfo para o palácio do rei.

Foi feita uma tentativa de moldar sua identidade à cultura da corte, pois eles eram obrigados a aprender tanto a língua quanto a literatura das pessoas entre as quais agora moravam.

Eles deveriam passar por um rigoroso curso de treinamento de três anos, após o qual deveriam entrar no serviço do rei.

Esse programa educacional provavelmente incluía um estudo de agricultura, arquitetura, astrologia, astronomia, direito, matemática e a difícil língua acadiana.

Daniel 1.6,7: Daniel, Hananias, Misael e Azarias

6 Entre esses estavam alguns que vieram de Judá: Daniel, Hananias, Misael e Azarias. 7 O chefe dos oficiais deu-lhes novos nomes: a Daniel deu o nome de Beltessazar; a Hananias, Sadraque; a Misael, Mesaque; e a Azarias, Abede-Nego. (Dn 1.6–7)

💡 A intenção de Nabucodonosor era mudar a identidade de Daniel e seus amigos. Fazê-los esquecer sua fé e seus valores.

Nenhuma menção foi feita de quantos cativos foram levados, mas quatro são mencionados aqui pelo nome por causa de seu papel significativo posterior na Babilônia.

Porque todos os quatro tinham nomes que honravam Yahweh, o Deus de Israel, seus nomes foram mudados.

El significa Deus e -iah (ou -yah) é uma abreviação de Yahweh, sugerindo assim que os pais dos jovens eram pessoas tementes a Deus que lhes deram nomes que incluíam referências a Deus.

Daniel, cujo nome significa “Deus julgou” (ou “Deus é meu juiz”), recebeu o nome de Beltessazar, que significa “Senhora, proteja o rei”.

Oito das 10 vezes que “Beltessazar” ocorre no Antigo Testamento estão na seção aramaica do Livro de Daniel (2:26; 4:8–9, 18–19; 5:12). As outras 2 ocorrências estão em 1:7 e 10:1.

Hananias (“Yahweh tem sido gracioso”) tornou-se Sadraque provavelmente da forma verbal acadiana šādurāku, que significa “tenho medo (de um deus)”.

Misael (“Quem é o que Deus é?”) recebeu o nome Mesaque, que possivelmente era do verbo acadiano mēšāku, que significa “Sou desprezado, desprezível, humilhado (diante de meu deus)”.

Azarias (“Yahweh ajudou”) foi nomeado Abede-nego, “Servo de Nebo” (Nego sendo uma variação hebraico do nome babilônico do deus Nebo).

Nebo (Isaías 46:1), filho de Bel, era o deus babilônico da escrita e da vegetação.

Assim, o principal oficial da corte (Aspenaz, v. 3) parecia determinado a acabar com qualquer testemunho do Deus de Israel da corte babilônica.

Os nomes que ele deu aos quatro homens significavam que eles deveriam estar sujeitos aos deuses da Babilônia.

Daniel 1.8: A decisão de Daniel

8 Daniel, contudo, decidiu não se tornar impuro com a comida e com o vinho do rei, e pediu ao chefe dos oficiais permissão para se abster deles. (Dn 1.8)

💡 Não importa em qual contexto nós estamos, é a nossa decisão que fará a diferença.

Nabucodonosor havia feito provisões abundantes para os cativos. A vida deles era de luxo, não de privações, pois recebiam diariamente uma porção de comida e vinho da mesa do próprio rei.

No entanto, esse alimento não estava de acordo com os requisitos da Lei mosaica.

O fato de ter sido preparado por gentios o tornou impuro.

Também, sem dúvida, muitas coisas proibidas pela Lei eram servidas na mesa do rei, de modo que participar de tal comida contaminaria os jovens judeus.

Além disso, sem dúvida, essa comida real havia sido sacrificada e oferecida a deuses pagãos antes de ser oferecida ao rei.

Participar de tal comida seria contrário a Êxodo 34:15, onde os judeus eram proibidos de comer carne sacrificada a deuses pagãos.

Um outro problema

Problemas semelhantes surgiriam ao beber o vinho.

Para se abster da proibição do Antigo Testamento contra “bebida forte” (por exemplo, Provérbios 20:1 e Isaías 5:11, “bebidas”), os judeus costumavam diluir o vinho com água.

Alguns adicionaram 3 partes de água ao vinho, outros 6 partes e alguns até 10 partes de água para 1 parte de vinho.

Os babilônios não diluíram seu vinho.

Assim, tanto a comida quanto a bebida teriam contaminado esses jovens judeus.

Daniel conhecia os requisitos da Lei que rege o que ele deve e não deve comer e beber.

O desejo de Daniel era agradar a Deus em tudo que fazia.

Então ele resolveu que, embora não estivesse em sua própria terra, mas em uma cultura que não seguia as leis de Deus, ele se consideraria sob a Lei.

Ele, portanto, pediu ao oficial principal da corte que fosse dispensado de comer e beber a comida e o vinho generosamente fornecidos pelo rei.

Daniel foi corajoso, determinado e obediente a Deus.

Daniel 1.9,10: “Deus fez…”

E Deus fez com que o homem fosse bondoso para com Daniel e tivesse simpatia por ele. 10 Apesar disso, ele disse a Daniel: “Tenho medo do rei, o meu senhor, que determinou a comida e a bebida de vocês. E se ele os achar menos saudáveis que os outros jovens da mesma idade? O rei poderia pedir a minha cabeça por causa de vocês”. (Dn 1.9–10)

💡 A obediência, na maioria dos casos, antecede o milagre.

A resistência do oficial-chefe em atender ao pedido de Daniel é compreensível.

Ele era responsável por supervisionar o desenvolvimento físico e mental dos jovens cativos para que eles se preparassem para os papéis que o rei tinha em mente para eles.

Evidentemente, esses jovens ocupavam um lugar estratégico nos planos do rei, por isso ele os queria bem treinados.

Se esses cativos não tivessem importância para o rei, suas condições físicas não teriam importado e Aspenaz não teria arriscado a perda de sua vida.

Daniel havia confiado sua situação a Deus, que interveio para mover o coração do oficial a mostrar favor e simpatia a Daniel.

Daniel 1.11-14: Apenas vegetais e águas

11 Daniel disse então ao homem que o chefe dos oficiais tinha encarregado de cuidar dele e de Hananias, Misael e Azarias: 12 “Peço-lhe que faça uma experiência com os seus servos durante dez dias: Não nos dê nada além de vegetais para comer e água para beber. 13 Depois compare a nossa aparência com a dos jovens que comem a comida do rei, e trate os seus servos de acordo com o que você concluir”. 14 Ele concordou e fez a experiência com eles durante dez dias. (Dn 1.11–14)

💡 Daniel sabia desenvolver relacionamento, mesmo com pessoas tão diferentes dele. Conversava com elas, entendia suas obrigações, mas sempre preservando a fé. Infelizmente, muitos cristãos não sabem fazer isso.

Quando o pedido de Daniel parecia ter sido negado pelo oficial-chefe, Daniel se aproximou do guarda que Aspenaz colocou sobre os quatro jovens e pediu um período de teste de 10 dias no qual Daniel e seus companheiros receberiam apenas vegetais – que pode incluir grãos – e água.

Visto que a Lei mosaica não designava vegetais como impuros, Daniel podia comer quaisquer vegetais que lhe fossem apresentados sem se contaminar.

Em tão pouco tempo (10 dias) não poderia ter havido uma deterioração acentuada que poria em risco a vida de qualquer autoridade.

Na verdade, Daniel deu a entender que a aparência deles seria melhor do que a dos outros que estavam na dieta do rei.

Como o guarda estava sob a autoridade do oficial-chefe, ele deve ter agido não por conta própria, mas com permissão de Aspenaz.

Isso indica que Deus intervém em favor daqueles que confiam nEle e protege e preserva aqueles que Lhe obedecem, mesmo sob o domínio pagão.

Daniel 1.15,16: Mais saudáveis

15 Passados os dez dias, eles pareciam mais saudáveis e mais fortes do que todos os jovens que comiam a comida da mesa do rei. 16 Assim o encarregado tirou a comida especial e o vinho que haviam sido designados e em lugar disso lhes dava vegetais. (Dn 1.15–16)

💡 O estilo de vida de obediência a Deus pode até parecer menos produtivo, mas só parece. A melhor versão da sua vida é vivida com Deus.

No final dos 10 dias, os quatro que haviam se alimentado de vegetais pareciam mais saudáveis do que aqueles que comiam a comida do rei.

Como os quatro pareciam melhores — e não piores que os outros, como Aspenaz temia (v. 10) — ele não se opôs à dieta que Daniel havia solicitado para si e seus amigos.

Então eles foram autorizados a continuar com uma dieta de vegetais.

Embora Deus não proibisse totalmente o consumo de carne ( como nos mostra Gênesis 9:3 e Romanos 14:14), a dieta vegetal era superior à comida do rei.

Também isso mostra que Deus abençoa aqueles que obedecem aos Seus mandamentos e prospera aqueles que confiam nEle.

Este incidente teria sido uma lição para a nação de Israel.

Deus havia exigido obediência à Lei.

O castigo veio por causa da desobediência, mas mesmo durante um tempo de disciplina, Deus protege e sustenta aqueles que Lhe obedecem e confiam nEle para seu sustento.

Daniel 1.17-21: A recompensa de quem confia

17 A esses quatro jovens Deus deu sabedoria e inteligência para conhecerem todos os aspectos da cultura e da ciência. E Daniel, além disso, sabia interpretar todo tipo de visões e sonhos. 18 Ao final do tempo estabelecido pelo rei para que os jovens fossem trazidos à sua presença, o chefe dos oficiais os apresentou a Nabucodonosor. 19 O rei conversou com eles, e não encontrou ninguém comparável a Daniel, Hananias, Misael e Azarias; de modo que eles passaram a servir o rei. 20 O rei lhes fez perguntas sobre todos os assuntos que exigiam sabedoria e conhecimento, e descobriu que eram dez vezes mais sábios do que todos os magos e encantadores de todo o seu reino. 21 Daniel permaneceu ali até o primeiro ano do rei Ciro. (Dn 1.17–21)

💡 Daniel, Sadraque, Mesaque e Abede-Nego honraram a Deus, agora o Senhor os honra diante dos seus adversários.

Esses quatro homens que estavam sendo preparados por Nabucodonosor para cargos de responsabilidade na corte real estavam, na verdade, sendo preparados por Deus.

Pois Deus lhes deu conhecimento e entendimento em muitos domínios. “Conhecimento” tem a ver com habilidades de raciocínio e processos de pensamento.

Eles eram capazes de pensar com clareza e lógica.

“Sabedoria” tem a ver com insight.

Isso destaca sua capacidade de discernir claramente a natureza das coisas e interpretá-las em sua verdadeira luz.

A literatura e o aprendizado em que Deus lhes deu habilidade era amplo. Por capacitação divina e através de seus anos de instrução sob professores competentes, Daniel adquiriu um amplo conhecimento de artes e ciências.

A capacidade de Daniel

Embora o conhecimento de outros na Babilônia nesses assuntos possa ter igualado o de Daniel, ele era superior a todos eles em uma área: ele tinha a capacidade dada por Deus para entender visões e sonhos.

As pessoas sempre foram curiosas sobre o futuro e procuraram prever eventos futuros. Por exemplo, depois que Israel entrou na terra de Canaã, eles encontraram muitos que tentaram prognosticar o futuro por vários meios.

Mas Israel foi proibido de seguir qualquer uma dessas práticas (Deuteronômio 18:9-13), que também eram predominantes na Babilônia.

Muito superior

No final do tempo de três anos estabelecido pelo rei, Daniel e seus três companheiros foram examinados e descobriu que nenhum se igualava a eles.

Na verdade, eles eram 10 vezes melhores do que todos os que praticavam as artes da adivinhação. É importante dizer que “Dez vezes” é uma expressão idiomática que significa “muitas vezes” (ver Gênesis 31.7, 41; Números 14:22 e Jó 19:3).

O rei consultou magos, encantadores, feiticeiros, astrólogos, sábios e adivinhos.

“Magos” era uma palavra geral que se referia a homens que praticavam o ocultismo.

“Encantadores” pode referir-se àqueles que usavam encantamentos em exorcismos.

A palavra “feiticeiros” provavelmente vem do verbo acadiano kašāpu, “enfeitiçar, lançar um feitiço”.

“Astrólogos” parece referir-se a uma classe sacerdotal da religião babilônica (erroneamente traduzida como “caldeus” na King James) que dependia da revelação através das estrelas, que eram objetos de adoração.

“Adivinhos” podem ser aqueles que procuravam determinar ou decretar o destino de outros.

As práticas desses cinco grupos podem ter se sobreposto extensivamente.

Várias vezes Daniel se referiu a esses homens sob a rubrica geral de “homens sábios”.

O ministério de Daniel

O ministério de Daniel na corte real da Babilônia continuou até a derrubada do Império Babilônico por Ciro em 539 a.C.

Deus havia dito: “Honrarei aqueles que me honram” (1 Samuel 2:30). Daniel decidiu honrar a Deus mesmo vivendo onde as pessoas não tinham os altos padrões que Deus exigia.

E Deus honrou a obediência de Daniel à Lei e o promoveu na corte do rei.

Este incidente teria lembrado a Israel que a obediência traz bênçãos e que a retidão é um pré-requisito para desfrutar das bênçãos da aliança.

O fato de que Deus deu a Daniel a capacidade de entender e interpretar visões e sonhos (Daniel 1:17) significava que durante todo o longo reinado de Nabucodonosor ele dependia de Daniel para entender eventos futuros, revelados por meio de sonhos e visões.

Isso antecipou o ministério que Israel um dia cumprirá.

Deus separou Israel para ser um reino de sacerdotes (Êxodo 19:6). Como tais, eles eram a luz de Deus para o mundo (Isaías 42:6; 49:6).

Eles deveriam receber a revelação de Deus e comunicá-la às nações que ignoravam a Deus. Eles eram continuamente lembrados de seu papel pelo candelabro erguido no tabernáculo.

Daniel, durante seu mandato na corte real da Babilônia, cumpriu essa função de porta-voz de Deus para os gentios.

Quando Israel entrar em sua bênção milenar sob o reinado do Messias, ela cumprirá o papel para o qual foi designada por Deus e então comunicará a verdade de Deus aos gentios (Zacarias 8:21-23).

Motivos de oração em Daniel 1

Oro para que:

  • Deus nos dê um coração obediente como o de Daniel e seu amigos;
  • Sejamos capazes de estar dispostos a sofrer por amor a Jesus;
  • Possamos crer que Deus ajuda seu povo a ser fiel, mesmo em um contexto difícil.
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